segunda-feira, 14 de março de 2022

De regresso ao país. O Presidente da República, chegou ao final da tarde à Bissau depois de um périplo por vários países.


Sua Excelência Umaro Sissoco Embaló visita Mauritania.

Depois de Qatar, o Presidente da República fez uma escala na Mauritania, onde foi recebido pelo seu homólogo Presidente Mohamed Ould Ghazouani.

 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

Guiné-Bissau - Associação do Consumidor de Bens e Serviços - Comunicado À Imprensa

 

Musk vs Putin? Bilionário desafia presidente russo para combate

© Reuters

Notícias ao Minuto  14/03/22 

A proposta foi feita através do Twitter e pretende decidir o futuro da Ucrânia

O fundador e CEO da Tesla e da SpaceX, Elon Musk, desafiou o presidente da Rússia, Vladimir Putin, para lutarem pelo destino da Ucrânia.

O desafio foi colocado pelo próprio Musk através da página no Twitter, com o empresário a identificar o Kremlin no ‘tweet’ seguinte a perguntar se Putin concorda com esta luta. Não foram partilhados mais detalhes sobre esta proposta, pelo que se desconhece em que formato é que a luta entre os dois teria lugar.

“Venho por este meio desafiar Vladimir Putin para um combate singular. A Ucrânia está em jogo”, escreveu Musk. 

Desde o início do conflito na Ucrânia que Elon Musk se tem pronunciado em algumas ocasiões mas, mais recentemente, o empresário tem brincado com o líder da agência espacial russa Roscosmos, dando a entender que os EUA não serão afetados com a suspensão do fornecimento de foguetões pela Rússia.



Leia Também: Musk: "Está na altura de deixarmos voar a vassoura americana"



© Getty Images

Notícias ao Minuto  14/03/22 

O Governo alemão vai deixar de prestar informações sobre o fornecimento de armamento a Kyiv, alegando razões de segurança, depois da extensão da ofensiva russa ao oeste da Ucrânia para impedir o abastecimento das Forças Armadas ucranianas.

A informação foi avançada pela agência espanhola Efe, que cita fonte do executivo da Alemanha.

De acordo com o porta-voz do Ministério da Defesa, Arne Collatz, parte da estratégia da Rússia passa por "bloquear as rotas de abastecimento da Ucrânia com a finalidade de dificultar a defesa" do país.

Também as imagens captadas nas autoestradas da Alemanha vão deixar de estar disponíveis para consulta pela Internet. Vários órgãos de comunicação social do país já tinham reportado que as imagens estavam indisponíveis para consulta.

A autoridade responsável pela gestão das autoestradas já tinha informado que houve "um aumento de atividade" nas vias alemãs de "atores relevantes em matéria de política de segurança".

O porta-voz adjunto do Governo, Wolfgang Büchner, disse, entretanto, que a indisponibilidade das imagens estava relacionada com a guerra na Ucrânia.

"Para não incorrer em qualquer risco para a segurança, não haverá quaisquer informações", referiu Büchner.

A informação foi ainda corroborada pelo porta-voz do Ministério dos Transportes, Tim Alexandrin: "Devido à atual evolução dos acontecimentos em matéria de segurança na Europa, as câmaras de trânsito nas autoestradas federais não estão à disposição [dos automobilistas]".

A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 636 mortos e mais de 1.125 feridos entre a população civil e provocou a fuga de pelo menos 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

Um avião da Air Serbia, a única companhia na Europa que mantém ligações aéreas com a Rússia, interrompeu hoje o voo para Moscovo e regressou a Belgrado após uma ameaça de bomba.

A ameaça, no segundo incidente do tipo em poucos dias, foi enviada por correio eletrónico para o aeroporto de Belgrado e obrigou o aparelho, com 125 passageiros e cinco tripulantes, a regressar à capital da Sérvia, indicou a agência sérvia Tanjug, sem fornecer mais detalhes.

O Ministério do Interior comunicou que as unidades de contraterrorismo vão inspecionar a aeronave.

Na sexta-feira passada, outro avião que voava a mesma rota teve de regressar a Belgrado após uma falsa ameaça de bomba a bordo.

A Air Serbia é a única companhia aérea europeia que continua a voar para a Rússia, uma vez que a Sérvia, candidata à adesão à União Europeia, não aderiu às sanções contra Moscovo no seguimento da invasão à Ucrânia...Ler Mais

Putin assina nova lei sobre aviões para combater sanções

 © Sputnik/Andrei Gorshkov/Kremlin via REUTERS

Notícias ao Minuto  14/03/22 

O Presidente russo, Vladimir Putin, assinou uma lei, publicada hoje no portal oficial, que permite que as companhias aéreas russas registem na Rússia os aviões que alugam no estrangeiro, para que possam voar no país.

A medida permitirá que as empresas continuem a usar esses aviões em voos domésticos, apesar das sanções ocidentais, ainda que possam ser apreendidos se voarem fora de fronteiras.

Esta lei faz parte das medidas adotadas em resposta às sanções sem precedentes adotadas por muitos países ocidentais contra a Rússia, por causa da invasão da Ucrânia.

O espaço aéreo de todos os membros da NATO e da União Europeia (UE) ficou fechado para aeronaves russas, deixando em terra muitos aviões da Aeroflot, a companhia aérea de bandeira da Rússia.

Companhias aéreas como a Air Astana do Cazaquistão, ou a Pegasus Airlines, da Turquia, anunciaram que vão suspender os seus voos para a Rússia, devido à incerteza criada pelas sanções.

A indústria aeronáutica mundial também ficou afetada, devido à proibição de exportação de aeronaves, venda para a Rússia de peças sobressalentes ou equipamentos, interrupção da manutenção de aeronaves registadas na Rússia pela Airbus e pela Boeing, etc.

No sábado, a Aviação Civil das Bermudas, onde estão registadas várias centenas de aviões de empresas russas, anunciou que interrompeu a sua função de certificação, desde domingo, abrindo caminho à interdição de voos.

A lei russa hoje publicada oficialmente procura encontrar uma resposta para estes problemas, com a certificação em território russo desses avios.

De acordo com o Ministério dos Transportes da Rússia, em 11 de março, as companhias aéreas russas operavam 1.367 aviões, dos quais mais de metade (739) foram registados no estrangeiro.

A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 549 mortos e mais de 950 feridos entre a população civil e provocou a fuga de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.


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A invasão russa da Ucrânia é um "fracasso tático e estratégico", afirmou hoje no Conselho de Segurança da ONU o ministro dos Negócios Estrangeiros polaco, cujo país preside este ano à Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).

Como resultado, a Rússia mudou a sua abordagem desde a invasão de 24 de fevereiro e passou a "atacar estruturas civis", acrescentou o ministro Zbigniew Rau, acusando Moscovo de "terrorismo de Estado" pelo qual os seus autores "serão julgados".

Recordando a acusação de Moscovo de falta de imparcialidade na presidência polaca da OSCE, o chefe da diplomacia da Polónia sublinhou que "a imparcialidade acaba onde começam as violações do direito humanitário internacional"...Ler Mais

Governo da Guiné-Bissau retira quatro licenças de prospeção do petróleo

© iStock

Notícias ao Minuto  14/03/22 

O Governo da Guiné-Bissau retirou quatro licenças de prospeção do petróleo por alegados incumprimentos de termos do contrato de conceção das mesmas por parte de duas empresas estrangeiras, disse hoje à Lusa fonte do regulador guineense de hidrocarbonetos.

De acordo com a fonte da Petroguin, as licenças em causa tinham sido concedidas às empresas ADA Business AG e Loyalty, ambas com registo da Guiné Equatorial e que agora lhes foram retiradas.

A lei estabelece que a licença de prospeção de petróleo na Guiné-Bissau só é concedida à empresa que a vai executar em consórcio com a Petroguin, esclareceu a fonte, adiantando que a estatal guineense "acabou por perceber que as duas empresas não têm capacidade necessária".

A Petroguin aponta como incumprimentos da parte da ADA Business AG, que detinha as licenças "Cabra Matu" e "Friantamba", todas no onshore (zona continental), a alegada mudança da designação da companhia para ADA Energy, sem o seu conhecimento, ausência de reuniões diretiva e técnica e ainda o não pagamento do chamado bónus de assinatura de contrato de prospeção.

A mesma fonte da estatal guineense de hidrocarbonetos explicou à Lusa que a lei determina que a companhia deve reunir as comissões diretiva e técnica para projetar ações a empreender, o que, disse, nunca ocorreu, volvidos cerca de 12 meses.

O prazo máximo destas duas reuniões nunca pode ultrapassar 45 dias após a conceção efetiva da licença de prospeção, precisou a fonte.

O chamado bónus de assinatura deve ser pago ao Estado da Guiné-Bissau até 15 dias após a concessão de licença, o que não foi o caso, indicou ainda a fonte da Petroguin.

A ADA Business teria procedido à mudança da designação da empresa para ADA Energy, sem previamente ter informado à Petroguin, e ainda fez "um anúncio bombástico" em como celebrou um contrato com uma companhia dos Emirados Árabes Unidos para explorar três mil milhões de baris de petróleo na Guiné-Bissau.

"Esta informação falsa pesou ainda mais na decisão do Governo" em retirar as licenças à ADA Business AG, sublinhou a fonte da Petroguin.

A outra empresa a quem o Governo da Guiné-Bissau retirou também duas licenças é a Loyalty, que detinha autorização para fazer prospeção no bloco 3 da zona marítima, a licença Raia e o bloco 2 no onshore, a licença Lifanti.

A Loyalty também perdeu as licenças pelos mesmos incumprimentos cometidos pela ADA Business AG, referiu a fonte da Petroguin.

A decisão do Governo guineense, tomada na reunião do Conselho de Ministros na passada quinta-feira, "com caráter irreversível", vai agora ser promulgada pelo Presidente do país, Umaro Sissoco Embaló, e publicada no Boletim Oficial.

Antes, o ministro dos Recursos Naturais e o primeiro-ministro terão de assinar as propostas de decretos de extinção formal das quatro licenças, os quais serão autenticados pelo chefe de Estado para se considerar, finalmente, que as quatro licenças estão livres para novas aquisições.

Jornal New York Times diz que Rússia pediu ajuda militar à China

© Lusa

Notícias ao Minuto   14/03/22 

Um jornal norte-americano noticiou que a Rússia pediu ajuda económica e militar à China para continuar a guerra na Ucrânia e contornar as sanções ocidentais, quando Washington advertiu Pequim contra qualquer assistência a Moscovo.

De acordo com o diário The New York Times, que citou responsáveis que pediram o anonimato, a Rússia pediu à China equipamentos militares para a guerra, e uma ajuda económica para ultrapassar as sanções ocidentais.

As mesmas fontes não indicaram a natureza exata da ajuda pedida, nem se a China respondeu.

"Nunca ouvi falar disso", reagiu um porta-voz da embaixada da China, em Washington, numa declaração a vários órgãos de comunicação social.

A notícia surgiu na véspera de uma reunião, em Roma, entre o conselheiro para a segurança do Presidente dos Estados Unidos Jake Sullivan e o responsável do Partido Comunista Chinês para as questões diplomáticas, Yang Jiechi.

Os dois responsáveis e respetivas equipas "vão analisar os esforços em curso para gerir a concorrência entre os dois países e também debater o impacto da guerra da Rússia contra a Ucrânia na segurança regional e mundial", disse, em comunicado, a porta-voz do Conselho de Segurança da Casa Branca Emily Horne.

Também no domingo, em declarações à cadeia de televisão CNN, Jake Sullivan salientou que os EUA "vigiam estreitamente em que medida a China fornece, de alguma maneira, seja material ou económica, assistência à Rússia".

"Esta é uma questão preocupante para nós", acrescentou.

Sullivan insistiu que Washington "fez saber a Pequim que não ficará passivo e não deixará qualquer país compensar as perdas da Rússia devidas às sanções económicas", impostas desde o início da invasão russa da Ucrânia.

"Haverá, sem dúvida, consequências em caso de ações importantes que visem contornar as sanções", advertiu Jake Sullivan.

Desde o início da invasão que o regime comunista chinês se absteve de pedir ao Presidente russo, Vladimir Putin, para retirar as tropas da Ucrânia.

O diplomata norte-americano Richard Haass, do 'think-tank' Conselho de Relações Estrangeiras, indicou, numa mensagem na rede social Twitter qu,e se a China ajudar a Rússia, ficará "exposta a sanções substanciais e transformada num pária; recusar manteria aberta a possibilidade de uma cooperação" com o Ocidente.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 564 mortos e mais de 982 feridos entre a população civil e provocou a fuga de cerca de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.


A rejeição destas notícias foi feita durante um briefing regular do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China disse que as afirmações das autoridades dos Estados Unidos da América de que a Rússia pediu a Pequim ajuda económica e militar para continuar a guerra na Ucrânia são "desinformação". 

"É completamente falso, é pura desinformação. A China declarou clara e consistentemente a sua posição sobre a crise na Ucrânia. Desempenhamos um papel construtivo e avaliamos a situação de forma imparcial e independente", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Zhao Lijian, em conferência de imprensa...Ler Mais


O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano apelou ainda a mais sanções à Rússia.

Oministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano publicou um tweet, esta segunda-feira, em que se dirigia àqueles que "têm medo de ser arrastados para uma Terceira Guerra Mundial". Dmytro Kuleba apelou ao Ocidente que forneça armas à Ucrânia e aplique mais sanções à Rússia para ajudar a evitar que outros países sejam arrastados para um conflito mais amplo.

A Ucrânia tem pedido repetidamente aos aliados que façam mais para ajudar. Alguns governos ocidentais temem que isso possa levar outros países, incluindo estados membros da NATO, para a guerra, refere a Reuters.

"Para quem está no estrangeiro com medo de serem 'arrastados para a Terceira Guerra Mundial': a Ucrânia tem dado luta com sucesso. Precisamos que nos ajudem a lutar. Forneçam-nos todas as armas necessárias”, escreveu Kuleba no Twitter...Ler Mais


Um vídeo com imagens aéreas mostra a destruição de Mariupol ao dia 14 de março, mais de duas semanas depois do início da guerra.

Mariupol está devastada pela guerra que já dura há 19 dias na Ucrânia. A cidade já quase não dispõe dos serviços de distribuição de gás, eletricidade, há falta de água, alimentos e medicamentos e pelo menos 2.500 civis morreram na cidade cercada desde que as tropas russas invadiram a Ucrânia, a 24 de fevereiro, de acordo com autoridades ucranianos.

Um vídeo divulgado esta segunda-feira, dia 14 de março,  mostra uma visão aérea da cidade após bombardeamentos russos...Ler Mais 

Xº Congresso Ordinário: MÁRIOS DIAS SAMI CRITICA DIRIGENTES DO PAIGC QUE APROVEITAM O PARTIDO PARA SE ENRIQUICER

Jornal Odemocrata 13/03/2022

[ENTREVISTA_março_2022] O antigo deputado e dirigente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Mário Dias Sami, criticou duramente os dirigentes daquela formação política que, segundo a sua explicação, aproveitam a posição do partido para se enriquecer. Acrescentou que se fosse “bandido e imoral” como aquelas pessoas, teria tido os mesmos pensamentos ou comportamentos e aproveitar o partido para se enriquecer a todo custo. 

Sem apontar dedo a ninguém, Mário Dias Sami denunciou que há um grupo de dirigentes do PAIGC que se enriqueceram num espaço de um ano, porque roubaram ao Estado. Embora tenha esse assunto como uma preocupação no seu projeto político, Sami preferiu adiar as acusações e ataques para o congresso ordinário dos libertadores.

O político e ex-secretário de Estado das Pescas destacou três eixos do seu projeto político, caso vença o congresso, nomeadamente: reunificação, redinamização e transformação do PAIGC. Ou seja, não permitir que as bases partidárias (regionais, setoriais e das secções) do partido funcionem apenas nos períodos eleitorais e defendeu que tem que ser um trabalho permanente.  

“QUEM TRAI O POVO É INIMIGO DO POVO. TENHO AS MÃOS LIMPAS EM TUDO QUE PARTICIPEI” – DIAS SAMI

Em relação às vozes críticas que apontam a candidatura de Mário Dias Sami à liderança do PAIGC como um suicídio política, o político e uma das vozes críticas à liderança do presidente cessante do partido, Domingos Simões Pereira, qualificou essas vozes como “pessoas analfabetas na política”, sustentando que filiar-se numa formação política não significa ser político.

“Um partido de esquerda é um partido com a ideologia voltada para satisfazer o interesse do povo. Eu identifico-me mais com qualquer programa que tenha como foco satisfazer o interesse do povo. Ou seja, a minha ideologia, os meus pensamentos, a forma de captar imagem, concepção filosófica e a convição política estão ligados a satisfação do interesse do povo”, vincou.

O ex-deputado da nação na IX legislatura disse ter deixado bom legado no mistério das pescas, do qual essas vozes devem tirar referência, a partir das suas ações como Secretário de Estado das Pescas, que levaram o país ao perdão das dívidas, em vez de questionar a sua candidatura ou pensar que isso representa um suicídio político.

“Essas pessoas que apontam a minha candidatura como um suicídio político devem ser-lhes apontadas canhões, não contra mim. Não é admissível que seja no PAIGC que as pessoas devem enriquecer-se. Se eu fosse bandido e imoral como essas pessoas, teria tido os mesmos pensamentos o mesmo comportamento que tiveram de enriquecer a todo custo através do partido. A causa da minha luta é a razão da minha candidatura. A minha luta é permanente, porque o sofrimento do povo não só da Guiné-Bissau como no mundo é cada vez maior”

Sem apontar dedo a ninguém, Mário Dias Sami denunciou que há um grupo de dirigentes do PAIGC que se enriqueceram num espaço de um ano, porque roubaram ao Estado. Embora tenha esse assunto como uma preocupação no seu projeto político, Sami preferiu adiar as acusações e ataques para o Xº congresso ordinário do partido.

“São jornalistas podem investigar e vão, com certeza, encontrar fatos e as evidências que indicam que dirigentes do PAIGC roubaram ao Estado, construíram casas e traíram o povo. Quem trai o povo é inimigo do povo. Felizmente, para chegar onde estou, escolhi sempre a pureza e tenho as mãos limpas em tudo o que participei. Quando dirigi o setor das pescas tinha um processo naquele ministério que depois levou muitas pessoas para prisão, mas não fui acusado”, enfatizou.  

Um dos candidatos à liderança do PAIGC, referiu que a sua candidatura não se trata de uma simples aventura e está desprovida de qualquer intenção de mandar, razão pela qual está longe de ser um suicídio para a sua carreira política. Sustentou que é chegada a altura de salvar o povo da Guiné-Bissau, não o PAIGC, porque a sua dimensão política ultrapassa a de qualquer tipo de formação política.

“Decidi candidatar-me para liderar o PAIGC para libertar o povo da opressão e de abusos dos governantes e minimizar o seu sofrimento. A dominação de um povo não se limita apenas à dominação estrangeira. Os espancamentos que ocorreram no país são uma forma de opressão nacional e abusos perpetrados pelos governantes. Temos que lutar para acabar com golpes de Estado e a subversão da ordem constitucional”, salientou.

DOMINGOS SIMÕES PEREIRA USA OS SEUS APOIANTES PARA HUMILHAR OS SEUS ADVERSÁRIOS NO PARTIDO

Mário Dias Sami destacou três eixos do seu projeto político caso vença o congresso, nomeadamente: reunificação, redinamização e transformação do PAIGC. Ou seja, não permitir que as bases partidárias (regionais, setoriais e das secções) do partido funcionem apenas nos períodos eleitorais e defendeu que o trabalho tem que ser um trabalho permanente.  

Para Mário Dias Sami, as divergências internas que se vivem dentro do partido são derivadas de ambições e de interesses individuais dos dirigentes, porque o interesse do partido é dirigir e desenvolver o país.

O político desafiou os seus adversários políticos internos a provarem se alguma vez aliciou os militantes para votarem nele, frisando que as vozes críticas à sua candidatura decidiram adotar tal postura, porque não estão a acompanhar os mecanismos viáveis e a forma mais fina de fazer funcionar a democracia.

“Vou aguardar até ao congresso. Não quero incendiar nada agora”, disse, salientando que o PAIGC deve ser protegido de agressões e ingerências externas, bem como de pessoas que estão a tentar imiscuir-se nos assuntos estritamente internos do partido.

“Quem quer contribuir para o bem do partido tem que estar dentro, não pode fazê-lo de fora. Há intenções maléficas de estragar o partido através de infiltração de pessoas estranhas ao partido. Temos que proteger o partido”, insistiu.

Questionado se a liderança de oito anos de Domingos Simões Pereira foi ou não um fracasso para o partido, Mário Dias Sami lembrou que quando o governo de Carlos Gomes Júnior (Cadogo) foi derrubado em 2005, não houve nenhuma perturbação. Também não apontou dedo acusador a ninguém com fracasso do PAIGC nos últimos anos.

“Depois de Cadogo, veio Aristides Gomes e Martinho Ndafa Cabi. A partir desse momento, o Presidente da República decidiu formar um governo de iniciativa presidencial, colocando o falecido Carlos Correia. As pessoas que assessoravam Carlos Gomes Júnior invadiram todos os ministérios. Colocavam e tiravam quem queriam que fosse colocado ou tirado de um determinado ministério. Depois das eleições de 2008, o partido conseguiu 67 deputados e o PAIGC fez quatro anos de mandato sem interrupção”, lembrou.

Dias Sami não ficou por aqui, fez uma radiografia gráfica e análise comparativa de projecções que o PAIGC teve em diferentes pleitos eleitorais, destacando que em 1999, o partido conseguiu 24 mandatos. Em 2004, o PAIGC saiu de 24 para 45 mandatos, mais 21 do que em 99. Em 2008, o partido conseguiu 67 mandados.      

“Infelizmente, depois de termos atingido a altura máxima, começamos a cair de 67 para 57 e deste para 47 mandatos”, lamentou.

O antigo secretário de Estado das pescas foi crítico à forma como os subscritores da carta que requeria a convocação da reunião do Comité Central do partido, realizada 20 e 21 de janeiro deste ano. Segundo Dias Sami, depois de terem enviado a carta ao presidente do PAIGC foram obrigados a ler a carta na reunião como se o destinatário nunca tivesse visto a carta.

Em tom de revolta, Mário Dias Sami pediu ao Domingos Simões Pereira que não se arme em esperto porque tem estado a enganar-se politicamente, utilizando seus aliados para humilhar seus adversários, como foi o que aconteceu na reunião do Comité Central e o tratamento dado à carta que solicitava a sua convocação, porque “Domingos Simões Pereira não chega nem sequer a um terço do conhecimento que tenho do PAIGC e da política “.

“Um intelectual não coloca a esperteza no relacionamento. Quem se julga esperto é a pessoa mais porca e burra!”, afirmou.

Para Mário Dias Sami, solicitar o envio de uma força estrangeira para estabilizar o país é “contraditório” e constitui um ” retrocesso ” ao processo de desenvolvimento do país, porque ” se tudo isso acontecer é porque não temos um presidente da República”.

“Eu, pessoalmente, não tenho Presidente da República nem chefe. Sissoco Embaló não é o meu Presidente. Não podemos sacrificar o esforço demostrado pelos nossos valentes combatentes, ao ponto de solicitar o envio de uma força estrangeira. Os nossos homens das forças armadas estão à altura de fazer face a qualquer obstáculo, porque demostraram o que valem na luta de libertação nacional “

Mário Dias Sami acusou Umaro Sissoco Embaló de falta de capacidade para dirigir o país, porque ” produziu uma lista com nomes de militares que estariam envolvidos na tentativa falhada de golpe de Estado para incendiar o país”.

“Quer copiar a política Adolf Hitler, a minha luta e o pensamento de Benito Amilcare Andrea Mussolini mas não pode, porque não conhece as suas ideias, aliás, não leu nenhum dos pensamentos dos dois”, indicou.

Mário Dias Sami disse que as pessoas que estão a ser acusadas de tentativa de golpe de Estado por Umaro Sissoco Embaló merecem ser tratadas com dignidade, caso contrário estará a construir um novo caso para desenterrar o caso 17 de outubro de 1986.

Questionado se há possibilidade de vir a desistir a favor de Domingos Simões Pereira, tendo em conta a atual situação vigente no partido e pressão externa sobre o líder do PAIGC, Dias Sami descartou qualquer possibilidade e salientou que quem deve fazê-lo é Domingos Simões Pereira.

Apesar de ser crítico à liderança de Domingos Simões Pereira, Sami frisou que o interesse do partido sempre deve ser protegido, tendo aconselhado DSP a abster-se de se chamar de presidente do PAIGC porque terminou o seu mandato.

“Não pode querer ganhar uma coisa passando por cadáveres dos seus colegas. Talvez só isso possa levar-me a desistir, mas não a favor de alguém. Os jovens que estão a concorrer à liderança do país têm a única ambição que é a de ser primeiro-ministro”, criticou.

Em análise à situação política vigente no país, Mário Dias Sami responsabilizou todos que criaram condições para que Umaro Sissoco Embaló fosse eleito Presidente da República.

“O povo não tem culpa disso, nem os eleitores que votaram nele. Os culpados dessa história são os atores políticos guineenses, que fazem política de oportunismo”, salientou, para de seguida afirmar que a campanha eleitoral tem mais força que a campanha de comercialização de castanha de caju, devido aos meios financeiros que são alocados para aliciar os eleitores.  

Por: Filomeno Sambú

Foto: Marcelo Na Ritche 

A Ministra de Estado, dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das Comunidades, Suzi Barbosa, participou no encontro de Sua Excelência Presidente da República com os investidores Cataris convidados pelo Centro de Liderança de Qatar.

Na sua exposição, a Chefe da Diplomacia apresentou aos possíveis investidores as oportunidades de negócios na Guiné-Bissau e descreveu os setores prioritários de investimento.

Ministério dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau