Buba, 27 Mar 17 (ANG) - O Presidente da República mostrou-se satisfeito e agradeceu a população da Região de Quinara pelo "acolhimento caloroso" de que foi alvo sexta-feira em Buba, no âmbito da Presidência Aberta que tem levado a cabo nas regiões do pais.
"Haviam dito que a vossa recepção seria fraca, no entanto constatei que afinal estavam errados”, disse José Mário Vaz perante o delírio da multidão, tendo justificado a razão de só agora poder visitar as regiões, desde que foi eleito, com a sobrecarga de sua agenda.
O chefe de Estado explicou que o seu objectivo é apenas desenvolver o pais, tendo adiantado que o seu sonho de transformar a Guiné-Bissau num paraíso continua firme por forma a resgatar o respeito de que os guineenses outrora gozavam.
Disse apostar na juventude guineense para a realização do referido sonho e revelou que tal implica, entre outros, paz e estabilidade, na correcta aplicação dos recursos e no desenvolvimento do sector agrícola através da sua mecanização.
"A Guiné-Bissau neste momento está em paz, apesar de forças pretenderem fazer o contrário, mas creio que a população guineense não vai aceitar isso", disse José Mário Vaz perante a moldura humana que encheu quase toda a avenida principal daquela cidade.
Criticou o facto de as pessoas, pouco tempo depois de assumirem o cargo na administração pública, já conseguem recursos para fazer *grandes construções*. Avisou que não vai dar tréguas no combate aos desvios de fundos públicos, os quais segundo JOMAV devem ser aplicados no desenvolvimento dos sectores da Educação, Saúde, Agricultura e Infra-estruturas.
A concluir a sua intervenção voltou a frisar a necessidade de todos se empenharem na produção agrícola com vista a alimentar o pais. "Agora é tempo de pôr em prática o projecto *Mon na Lama*", exortou para depois lembrar que chegou o tempo do pais trabalhar para sair da dependência de outros, em termos de produtos alimentares, nomeadamente o arroz.
O comício de Buba ficou marcado com fortes ataques desferidos pelo Combatente da Liberdade da pátria, Luís Oliveira Sanca contra o líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira a quem responsabiliza pela crise actual, "devido a sua política de fazer o que lhe apetece sem consultar os órgãos do partido".
ANG/JAM/SG
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