domingo, 29 de outubro de 2023

Israel volta a ordenar a palestinianos que fujam para o sul de Gaza

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POR LUSA   29/10/23 

O exército de Israel voltou a ordenar aos palestinianos que se desloquem para o sul da Faixa de Gaza, prometendo que a ajuda humanitária vinda do Egito será hoje reforçada nessa zona.

"Civis do norte de Gaza e da Cidade de Gaza devem deslocar-se temporariamente para o sul de Wadi Gaza, para uma área mais segura onde possam receber água, alimentos e medicamentos", disseram as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês).

As IDF prometeram na rede social X (antigo Twitter) que "os esforços humanitários em Gaza, liderados pelo Egito e pelos Estados Unidos, serão reforçados" nessa zona, através do posto fronteiriço de Rafah, entre Gaza e o Egito.

Em 09 de outubro, Israel impôs um "cerco total" a Gaza, cortando o fornecimento de água, eletricidade e alimentos. O território já estava sujeito a um bloqueio terrestre, aéreo e marítimo israelita desde a chegada ao poder do movimento islamita Hamas em 2007.

Em 15 de outubro, o exército israelita já tinha ordenado à população que se deslocasse para o sul do enclave palestiniano, em preparação para uma ofensiva terrestre contra o Hamas.

Na sexta-feira, a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) aprovou, com 120 votos a favor, uma resolução que apela a uma "trégua humanitária imediata, duradoura e sustentada" em Gaza e à rescisão da ordem de Israel para deslocação da população para o sul do enclave.

No total, 84 camiões de ajuda humanitária conseguiram chegar a Gaza através do Egito desde 21 de Outubro, de acordo com as Nações Unidas, que estima que sejam necessários 100 por dia para as 2,4 milhões de pessoas que vivem no território.

Milhares de palestinianos regressaram ao norte de Gaza, lamentou a ONU, devido à falta de abrigo e ajuda no sul, onde várias centenas de milhares de civis se concentram perto da fronteira com o Egito, que permanece fechada.

O Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU (OCHA, na sigla inglesa) reconhecer hoje ter poucos dados sobre a situação no enclave, devido ao corte dos serviços de comunicações, telemóvel e internet desde sexta-feira.

"A pouca informação disponível indica que nas últimas 24 horas [Gaza] sofreu os mais intensos bombardeamentos aéreos e de artilharia desde o início das hostilidades", indicou a OCHA, que mencionou confrontos entre grupos armados palestinianos e equipas de infantaria israelita, apoiadas por veículos blindados.

Num comunicado, o gabinete da ONU sublinhou ainda que o corte das telecomunicações, devido os intensos bombardeamentos israelitas, interrompeu também o "já difícil trabalho" de distribuição de ajuda humanitária.

O acesso à Internet está a ser restabelecido em Gaza, disse hoje a plataforma Netblocks, que monitoriza a conectividade dos utilizadores e a censura na Internet, e a empresa palestiniana de telecomunicações Paltel, a única operadora que presta serviço no enclave.

Após o ataque de 07 de outubro do Hamas ao sul de Israel, que fez mais de 1.400 mortos, cerca de 5.000 feridos e 229 reféns, os intensos bombardeamentos da retaliação israelita sobre Gaza fizeram, desde então, pelo menos 7.703 mortos e cerca de 19.000 feridos no enclave palestiniano.



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sábado, 28 de outubro de 2023

Gaza é "campo de batalha" e residentes devem "partir", diz Israel

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POR LUSA   28/10/23 

O exército israelita avisou hoje que considera a cidade de Gaza e a região circundante como um "campo de batalha" e ordenou aos residentes que "partam imediatamente" para o sul, através do rio Wadi Gaza.

"A província de Gaza tornou-se um campo de batalha; as zonas de abrigo e toda a província não são seguras", lê-se nos folhetos que o exército israelita afirma ter lançado no território palestiniano, de acordo com a agência francesa de notícias, a France-Presse (AFP).

"Devem partir imediatamente para as zonas a sul de Wadi Gaza", o rio que atravessa o território de leste a oeste, acrescenta-se ainda no texto da AFP.


Leia Também: O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Arábia Saudita condenou hoje "qualquer ação terrestre" de Israel contra a Faixa de Gaza, considerando que constitui uma ameaça para a vida dos civis que vivem encurralados no enclave.

ONU adverte para "novo nível de violência e dor" na guerra com o Hamas

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POR LUSA    28/10/23 

O conflito entre Israel e o Hamas alcançou "um novo nível de violência e dor" desde que as forças israelitas intensificaram os bombardeamentos e cortaram a internet e outras telecomunicações na Faixa de Gaza, advertiram hoje as Nações Unidas.

O bombardeamento de infraestruturas de telecomunicações em Gaza e o seu isolamento do mundo exterior, intensificado desde sexta-feira, "põe a população civil em grave perigo", alertou hoje, num comunicado, o alto comissário da ONU para os Refugiados, Volker Türk.

Para o Alto-Comissariado, citado pela agência Efe, o 'apagão' dificultará, entre outras coisas, a busca por vítimas entre os escombros, por parte das equipas de resgate.

Além disso, "os civis não podem receber informação atualizada sobre onde podem aceder a ajuda humanitária", nem de quais são os lugares mais e menos perigosos no território, explicou o alto comissário.

Os jornalistas no interior de Gaza também já não podem informar acerca da situação naquele território palestiniano, acrescentou Türk, antes de manifestar preocupação quanto aos trabalhadores do próprio Alto-Comissariado da ONU, com os quais já perdeu o contacto.

"Tinham sofrido dias e noites de incessantes bombardeamentos em Gaza, perderam famílias, amigos e lares", disse o responsável máximo da ONU para os refugiados.

No comunicado, Türk advertiu para as "catastróficas consequências" que podem ter as novas operações militares em grande escala sobre Gaza, "com o risco de que milhares de civis continuem a morrer".

"Peço a todas as partes, assim como a Estados terceiros com influência sobre os lados em conflito, que façam tudo o que esteja ao seu alcance para desescalar as hostilidades e trabalhar para que israelitas e palestinianos possam desfrutar dos direitos humanos e viver juntos uns dos outros em paz", concluiu.

O ministro da Defesa de Israel disse hoje que "o solo tremeu em Gaza" e que a guerra contra os líderes do enclave palestiniano, o grupo islamita Hamas, entrou numa nova etapa.

"Passamos para a próxima etapa da guerra", disse o ministro da Defesa, Yoav Gallant, em declarações hoje divulgadas pelos meios de comunicação israelitas.

"Na noite passada [sexta-feira], o solo tremeu em Gaza. Atacamos acima do solo e no subsolo. (...) As instruções para as forças são claras. A campanha continuará até novo aviso."

As suas declarações marcam a aceleração gradual rumo a uma possível ofensiva terrestre total no norte de Gaza.

O grupo islamita palestiniano Hamas atacou Israel no dia 07 de outubro, provocando a morte de mais de 1.400 pessoas, além de 220 sequestradas. Israel respondeu com bombardeamentos e incursões terrestres na Faixa de Gaza, que é controlada pelo Hamas desde 2007.

Desde o início do conflito, foram contabilizados mais de 7.300 mortos e cerca de 19.000 feridos na Faixa de Gaza, a grande maioria civis, dos quais mais de 3.000 são crianças.



Leia Também: "Solo tremeu em Gaza". Guerra entrou em nova etapa, diz Yoav Gallant

Acompanhe o video_resumo da participação da Guiné-Bissau na reunião 147ª da Assembleia Geral da UIP_União Inter-parlamentar que juntou em Luanda, Angola, cerca de 150 delegações do mundo, sob o lema "Acção Parlamentar pela Paz, Justiça e Instituições Fortes".

  
Radio Voz Do Povo

O Presidente da União Nacional dos Imames da Guiné-Bissau, Aladje Tcherno Suleimane Baldé, fala em Conferência de Imprensa sobre dos últimos acontecimentos (caso Mbantonha) e pede paz, tolerância e a união inter-religiosa no país

 Radio Voz Do Povo

Hezbollah reivindica 5 ataques a Israel em mais um dia de fogo cruzado

© FADEL SENNA/AFP via Getty Images

POR LUSA   28/10/23 

O grupo xiita libanês Hezbollah afirmou hoje ter lançado cinco ataques contra o norte de Israel, a maioria deles com foguetes, em mais um dia de intenso fogo cruzado.

De acordo com um comunicado do movimento xiita, a primeira ação desta tarde foi levada a cabo com mísseis teleguiados e "armas apropriadas" contra uma série de postos militares nas quintas de Chebaa e nas colinas de Kfar Chouba, territórios controlados pelos israelitas que o Líbano reclama como seus.

Em áreas separadas, o movimento armado reivindicou a responsabilidade por três outros ataques com mísseis contra duas posições e uma "força de infantaria" nas proximidades de um quartel, bem como uma quinta ação não especificada contra uma "congregação de soldados sionistas inimigos".

O Hezbollah afirmou que alguns dos ataques de hoje provocaram baixas nas fileiras do exército israelita, e detalhou que um deles foi em resposta ao alegado "ataque" de sexta-feira à noite contra civis e jornalistas, pertencentes a uma equipa de imprensa iraniana, durante o qual um cidadão iraniano foi morto.

As Forças Armadas israelitas informaram que a sua aviação atacou hoje a infraestrutura militar do grupo xiita libanês Hezbollah no Líbano.

Num comunicado divulgado nas redes sociais, o Exército israelita precisou que estes bombardeamentos ocorreram em resposta à tentativa do Hezbollah, na sexta-feira, de lançar foguetes contra território israelita, que acabaram por atingir a vizinha Síria.

A troca de disparos entre Israel e o Hezbollah começou um dia depois de o grupo islamita palestiniano Hamas ter atacado solo israelita, em 07 de outubro, causando 1.400 mortos, cerca de 5.000 feridos e mais de 200 reféns que foram levados para a Faixa de Gaza.

No dia seguinte, começaram as hostilidades entre o Exército israelita e o Hezbollah, na fronteira entre Israel e o Líbano.

Estes incidentes fizeram pelo menos 63 mortos até agora: 06 em Israel - 05 soldados e um civil - e pelo menos 57 no Líbano, incluindo 08 civis - entre eles um jornalista da agência Reuters -, 43 membros do Hezbollah e 06 membros de milícias palestinianas.

Nos últimos dias, a organização xiita libanesa reconheceu um número significativo de vítimas nas suas fileiras, 43.

Esta semana, os líderes do Hamas e da Jihad islâmica da Palestina reuniram-se em Beirute com o líder do Hezbollah, Hasan Nasrallah, cujo grupo é apoiado pelo Irão.

A escalada aumentou os receios de que o Líbano se possa tornar uma segunda frente na guerra entre Israel e as milícias de Gaza, enquanto o governo libanês mantém contactos a nível nacional e internacional para tentar contê-la.


NOMEAÇÕES NO SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

 

 Notabanca

Israel anuncia morte de chefe do Hamas que planeou ataque de 7 de outubro

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POR LUSA   28/10/23 

O exército de Israel anunciou hoje que um ataque com caças levou à morte do chefe do comando aéreo do Hamas, Ezzam Abu Raffa, que terá participado no planeamento do ataque de 07 de outubro.

"Abu Raffa foi responsável pela gestão dos sistemas de veículos aéreos não tripulados, drones, deteção aérea, parapentes e defesa aérea" do movimento islamita palestiniano, disseram as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês).

"Como parte da sua posição, participou no planeamento e execução do massacre assassino nos colonatos ao redor de Gaza em 7 de Outubro", acrescentou o exército na rede social X (antigo Twitter).

Num outro comunicado, as IDF afirmaram hoje que atingiram cerca de 150 alvos subterrâneos em Gaza, incluindo túneis e postos de combate subterrâneos, levando à morte de vários membros do Hamas.

"Durante a noite, aviões de guerra das FDI atingiram 150 alvos subterrâneos no norte da Faixa de Gaza, incluindo túneis usados por terroristas, locais de combate subterrâneos e outras infraestruturas subterrâneas. Terroristas do Hamas foram mortos", disse o exército.

As IDF tinham anunciado na sexta-feira que iriam ampliar as operações terrestres na Faixa de Gaza, em paralelo com os bombardeamentos que têm atingido o enclave desde 07 de outubro.

O Hamas relatou na sexta-feira estar envolvido em "violentos combates" na Faixa de Gaza com as forças israelitas, que terão feito incursões terrestres em dois setores do território.

"Estamos a enfrentar incursões israelitas em Beit Hanoun (norte) e Boureij (centro) e há combates violentos", indicou o braço armado do Hamas, as brigadas Izz al-Din al-Qassam, em comunicado.

Também na sexta-feira, em Nova Iorque, a Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU) aprovou, com 120 votos a favor, uma resolução que apela a uma "trégua humanitária imediata, duradoura e sustentada" em Gaza e à rescisão da ordem de Israel para deslocação da população para o sul do enclave.

Após o ataque de 07 de outubro do Hamas ao sul de Israel, que fez mais de 1.400 mortos, cerca de 5.000 feridos e 224 reféns, os bombardeamentos israelitas sobre Gaza fizeram, desde então, mais de 7.300 mortos e cerca de 19.000 feridos no território palestiniano.



Leia Também: Corte da internet em Gaza pode ocultar "atrocidades em massa", alerta ONG


Leia Também: Centenas de edifícios ficaram "completamente destruídos" na Faixa de Gaza na sequência dos bombardeamentos israelitas realizados durante a noite de sexta-feira, informou hoje a Defesa Civil palestiniana.

sexta-feira, 27 de outubro de 2023

Telavive volta a criticar ONU após votação que pede trégua humanitária

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POR LUSA    27/10/23 

Israel voltou hoje a atacar as Nações Unidas (ONU) na sua própria sede, em Nova Iorque, após a Assembleia-Geral ter aprovado uma resolução não vinculativa que pede uma "trégua humanitária imediata, duradoura e sustentada" em Gaza.

Após a votação, com 120 votos a favor da resolução proposta pela Jordânia, o embaixador israelita, Gilad Erdan -- que na terça-feira pediu a demissão do secretário-geral da ONU, António Guterres -- voltou a desqualificar a ONU, uma instituição que diz já "não ter um pingo de legitimidade ou relevância". 

Num tom muito irritado, Erdan disse que "hoje é um dia negro para a ONU e para a humanidade" porque "a maioria da comunidade internacional mostrou que prefere defender os terroristas nazis do Hamas em vez do Estado de Israel, que cumpre as leis para defender os civis."

A resolução não tem qualquer poder vinculativo, mas tem um elevado valor simbólico, razão pela qual Erdan manifestou indignação face a uma resolução que considerou "ridícula" e "terrível" e cujo objetivo, disse, é "fazer com que Israel deixe de se defender".

Mesmo no dia em que a Faixa de Gaza ficou sem internet e sem serviços telefónicos, Erdan afirmou que "Israel está a acompanhar de perto a situação em Gaza" e disse saber "que não há crise humanitária de acordo com o direito internacional", em contradição com relatórios da ONU.

O embaixador acusou ainda a comunidade internacional de aceitar todas as versões do Hamas sobre o que acontece em Gaza: "E continuam a repetir as suas mentiras. Vocês não têm vergonha?", questionou, perante o corpo diplomático presente na Assembleia-Geral da ONU.


Leia Também:  O movimento Hamas saudou hoje a resolução da Assembleia Geral da ONU que apela a uma "trégua humanitária" na Faixa de Gaza, bombardeada por Israel desde 7 de outubro, mas qualificou a votação como "infame".


Leia Também: O Presidente brasileiro, Lula da Silva, acusou hoje o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, de "querer acabar com a Faixa de Gaza" e de se esquecer que lá vivem mulheres e crianças e não apenas "soldados do Hamas".

Justiça - OAGB se disponibiliza para mediar a “crise” no Supremo Tribunal de Justiça


Bissau, 27 Out 23 (ANG) - A Ordem dos Advogados  da Guiné-Bissau (OAGB) disse estar preocupado com situação do conflito prevalecente no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e se disponibiliza a faciliatr a mediação, com base num diálogo profícuo para encontrar uma saida pacífica para o crsie.

A disponibilidade da Ordem vem expressa numa nota à imprensa desta organização,assinado pelo seu Bastonário, Januário Pedro Correia, a que a ANG teve acesso hoje

Para o efeito, de acordo com nota, a Ordem dos Advogados constitui uma comissão de contato composta por Basílio Sanca, Waldemar Martins, Fátima Camará, Sãozinho Malaca, Joel Aló Fernandes, Alex Bassuco e Ricardino Nancassa.

Justificou  a disponibilização  com o fato de o conflito prevalecente poder  gerar bloqueios com consequencias graves ao normal funcionamento da administração da Justiça.

O Conselho Superiro da Magistratura decidiu recentemente suspender José Pedro Sambú das funções de Presidente da instituição com alegações de cometimento de  “grosseiro atropelo ao decoro e danosa da imagem da justiça e graves violações dos procedimentos e da lei do processo”.

Reagindo a esta deliberação, a assessoria de imprensa do presidente do STJ  emitiu o comunicado no dia 23, no qual se alega à inexistência jurídica da deliberação Nº 05/20237CSMJ,por absoluta inobservância da formalidade da convacatória da reunião e de deliberação em causa,uma vez que foi  desconvocada e sobejamente notificada aos membros.

Por seu lado, José Pedro Sambú por Despacho numero 15/PSTJ 2023, de 25, de Outubro mandou suspender e instaurar procedimento disciplinar a todos os magistrados que tomaram parte na referida deliberação do CSMJ,por “usurpação de competências e insubordinação”.

“Na desinência dos imbroglioS acima espostos e da gravidade da situação prevalecente no STJ e CSUMJ,a OAGB na qualidade de um dos intervenientes activos e de um dos maiores interessados na preservação da boa imagem da justiça, no normal funcionamento do sector judiciário pede que seja esclarecida a alegada inexistência juridica da deliberação nº 05 CSMJ,por usurpação de competência e insubordinação,bem como o processo crime em curso no Ministério Público contra o José Pedro Sambú”, refere a nota.

ANG/LPG//SG

Exército israelita lança intenso bombardeamento e corta Internet em Gaza

© Ahmad Hasaballah/Getty Images

POR LUSA   27/10/23 

O Exército israelita realizou hoje intensos bombardeamentos, sem precedentes desde o início da guerra, no norte da Faixa de Gaza, particularmente na cidade de Gaza.

De acordo com o grupo islamita Hamas, as comunicações e a Internet foram cortadas na Faixa de Gaza, após o início dos ataques israelitas que começaram há poucas horas.

Os bombardeamentos por ar, mar e terra são, de acordo com o Governo do Hamas, "os mais violentos desde o início da guerra", em 07 de outubro, obrigando as forças militares do grupo islamita a uma resposta "aos massacres contra civis" com disparos de "salvos de foguetes contra as terras ocupadas".



Senseless?... Orbán diz que estratégia da Ucrânia "falhou" e não recuperará territórios

© Sean Gallup/Getty Images

POR LUSA   27/10/23 

O primeiro-ministro húngaro alegou hoje que a estratégia para apoiar a Ucrânia contra a Rússia "falhou" e que a União Europeia (UE) necessita de outro plano, por duvidar que os ucranianos consigam vencer no campo de batalha.

"Hoje todos o reconhecem, mas ninguém se atreve a dizê-lo alto e bom som, que esta estratégia falhou. É óbvio que não vai funcionar... Os ucranianos não vão vencer no campo de batalha", disse Viktor Orbán, à margem da reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas.

Considerado um dos mais céticos no apoio à Ucrânia, o primeiro-ministro da Hungria acrescentou que é necessário considerar outro plano para a população ucraniana e fazer uma estimativa de custos para essa estratégia: "Assim que soubermos quando é que nos vai custar, podemos saber quando é que toca a cada um".

Viktor Orbán sustentou que apesar de haver uma "grande batalha" sobre o apoio à Ucrânia em sede de discussão dos líderes da UE, o primeiro-ministro húngaro disse não encontrar uma razão para canalizar dinheiro dos seus contribuintes para apoiar Kyiv.


Leia Também: Há acordo sobre "pausas humanitárias", mas líderes não esquecem Ucrânia


Israel acusa Hamas de usar hospitais para camuflar instalações de comando

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POR LUSA   27/10/23 

O Exército israelita acusou hoje o grupo islamita palestiniano Hamas de utilizar os hospitais da Faixa de Gaza para camuflar as suas instalações de comando e planeamento e esconder combustível.

O porta-voz das Forças de Defesa de Israel, contra-almirante Daniel Hagari, afirmou à imprensa que "o Hamas usa os hospitais de Gaza para manter escondida toda uma infraestrutura de comando e controlo e como refúgio para alguns terroristas e seus comandantes".

Da mesma forma, Hagari afirmou que, de acordo com informações na posse de Israel, "há combustível nos hospitais de Gaza e o Hamas está a utilizá-lo para alimentar a sua infraestrutura".

Israel tem rejeitado sistematicamente a entrada de combustível em Gaza, apesar dos apelos nos últimos dias da comunidade internacional, devido ao colapso em que entraram serviços essenciais na Faixa, como eletricidade, água ou cuidados de saúde.

Hagari apresentou uma série de fotos aéreas, gravações de áudio e uma reconstituição em computador de como seria o dispositivo montado pelo Hamas nos hospitais do enclave, especialmente em Shifa, na Cidade de Gaza e o maior do território.

O dispositivo consistiria, segundo o Exército israelita, numa complexa rede de túneis e salas na cave do hospital, com um sofisticado centro de comando e controlo da organização palestiniana.

Por seu lado, o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, informou hoje que, desde o passado dia 07 de outubro, o número de vítimas devido aos bombardeamentos de Israel subiu para 7.326 mortos e 18.967 feridos.

"[O Hamas] está cinicamente a utilizar os hospitais de Gaza como refúgio para camuflar a sua complexa operação terrorista. Não está apenas a utilizar hospitais, mas também escolas e outros locais sensíveis", disse Hagari.

Após os ataques de 07 de outubro do movimento palestiniano contra Israel, "centenas de terroristas invadiram o hospital de Shifa e outros para se esconderem", prosseguiu o porta-voz, que sublinhou que, ao operar a partir destes hospitais, "o Hamas não só põe em perigo a vida de civis israelitas, mas também "usa civis inocentes em Gaza como escudos humanos".

"Shifa não é o único hospital, é um entre muitos. Portanto, a maior parte do uso de hospitais é sistemático. Os terroristas do Hamas operam dentro dos hospitais precisamente porque sabem que as Forças de Defesa de Israel distinguem entre terroristas e civis", destacou.

O porta-voz militar israelita advertiu que, "quando as instalações médicas são utilizadas para fins terroristas, correm o risco de perder a proteção contra ataques de acordo com o direito internacional".

Hagari afirmou que "as Forças de Defesa de Israel continuarão a esforçar-se para minimizar os danos aos civis e a agir de acordo com o direito internacional, como têm feito há mais de duas semanas", pedindo aos civis no norte do território e da cidade de Gaza que se desloquem "temporariamente, para sua própria segurança, para o sul".

O grupo islamita Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.

Secretária de Estado da Gestão Hospitalar Cadidja Mané disse que o sistema de saúde guineense está com falta dos técnicos qualificados na área de gestão hospitalar

Radio TV Bantaba

A direção da UNTG Liderado pelo Laureano Pereira da Costa sente-se afastado pelo atual governo

 Radio TV Bantaba

Israel mostra imagens de incursão terrestre no interior de Gaza

 Israel voltou a fazer uma incursão terrestre dentro do território de Gaza, durante a última noite. É o escalar de um conflito que corre o risco de se alastrar por toda a região e que coincide com o encontro entre representantes do Irão e do Hamas em Moscovo.


Ucrânia. Comissão Europeia quer mandar 1 milhão de munições até março

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POR LUSA   27/10/23 

A Comissão Europeia garantiu hoje que mantém o objetivo de enviar um milhão de munições de grande calibre para a Ucrânia até março de 2024, sem confirmar eventuais atrasos na aquisição destes projéteis.

Numa resposta enviada à Lusa, o porta-voz da Comissão para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Peter Stano, sustentou que "a meta do milhão de munições continua a ser um importante objetivo político".

Contudo, o porta-voz não quis comentar uma notícia publicada pela Bloomberg na quinta-feira, que refere que até hoje os países da União Europeia (UE) apenas adquiriram cerca de 30% do total que prometeram enviar para a Ucrânia.

"Infelizmente, não estamos em posição de avançar com números [de aquisição] para cada Estado-membro [...]. Não podemos comentar o valor das encomendas [de munições], os preços por unidade, ou revelar os nomes dos fabricantes", acrescentou o porta-voz.

Peter Stano acrescentou que estão a decorrer "outras negociações para cada tipo de munição de artilharia e mísseis": "Em paralelo, outros Estados-membros, como a Alemanha ou França, têm projetos nacionais de aquisição".

De acordo com um artigo publicado pela agência Bloomberg na quinta-feira, até hoje os 27 da UE apenas conseguiram satisfazer 30% do objetivo de um milhão de munições para auxiliar as Forças Armadas ucranianas nos combates contra as tropas russas, que iniciaram uma ofensiva militar no país vizinho em fevereiro de 2022.

A Bloomberg consultou assinaturas de contratos para aquisição de munições pelos países da UE e outros documentos, bem como falou com fontes conhecedoras do processo, que prestaram declarações sob a condição de anonimato.

No final de março, os 27 aprovaram um pacote de dois mil milhões de euros para a aquisição de munições de artilharia para enviar para a Ucrânia. Metade do valor é para entrega imediata de munições de grande calibre. Os outros mil milhões são para aquisição conjunta pelos países da UE.

A invasão militar russa iniciada há mais de um ano e meio esgotou rapidamente a quantidade de munições que a Ucrânia tinha disponíveis para defender o seu território.

Os países da UE e outros aliados auxiliaram Kiev com o envio de munições, especificamente as de 155 milímetros, mas isso teve sérias repercussões nos stocks dos Estados-membros do bloco europeu.

Em maio, a UE anunciou, através do alto-representante para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, que os 27 tinham enviado mais de 25% do total de um milhão de munições.

Cinco meses depois os Estados-membros enviaram apenas mais 5% do objetivo que tinha sido formalmente anunciado, segundo a agência Bloomberg.

O plano é reforçar as munições em 12 meses, ou seja, o objetivo tem de ser cumprido até março de 2024, mas a este ritmo, a UE poderá não conseguir.

A Bloomberg acrescentou que os Estados Unidos já pressionaram o bloco político-económico europeu para acelerar a aquisição das munições, mas a Casa Branca rejeitou comentar estas alegações.

As munições de grande calibre são uma necessidade cada vez mais premente da Ucrânia. A contraofensiva está a ser feita a um ritmo mais lento do que o inicialmente previsto.

No início da invasão, a Rússia chegou a ocupar quase 27% do território ucraniano, mas as Forças Armadas ucranianas foram recuperando território e no início do ano a previsão era de que Moscovo controlava apenas 16% do território.

A percentagem será hoje ligeiramente menor, mas o território que está sob ocupação russa, em Donetsk e em Lugansk, assim como a Crimeia -- península ucraniana anexada em 2014 -, está bem protegido, pelo que dificulta a travessia de carros de combate.

Além disso, a longa e sangrenta batalha por Bakhmut fez cair ainda mais o stock de munições que Kiev tinha à disposição.


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PRESIDENTE DA REPÚBLICA REUNE-SE COM A COMUNIDADE GUINEENSE EM LISBOA


 Presidência da República da Guiné-Bissau   26.10.23

O Presidente da República, Umaro  Sissoco Embaló, reuniu-se  com a comunidade guineense residente em Lisboa.  

Perante algumas centenas de pessoas, o Presidente da República, ouviu as preocupações e as expectativas dos emigrantes e abordou os grandes desafios que a Guiné-Bissau ainda enfrenta, volvidos 50 anos como país independente, realçando as grades conquistas que tiveram lugar nos últimos anos e prometeu exercer a sua magistratura de influência na busca de soluções para os problemas que afectam os guineenses na diáspora.🇬🇼🇵🇹


EUA diz que caça chinês se aproximou a menos de 3 metros de bombardeiro

© Reuters

POR LUSA   27/10/23 

Um caça chinês aproximou-se a menos de três metros de um bombardeiro norte-americano B-52 que sobrevoava o Mar do Sul da China, quase provocando um acidente, informou hoje o Exército dos Estados Unidos.

Durante a interceção noturna, o caça bimotor Shenyang J-11 aproximou-se do avião da Força Aérea dos Estados Unidos a uma "velocidade excessiva e descontrolada, voando por baixo, à frente e a menos de três metros do B-52, colocando ambas as aeronaves em risco de embate", afirmou o Comando para o Indo-Pacífico dos EUA, em comunicado.

"Estamos preocupados com o facto de o piloto não ter consciência de que esteve muito perto de provocar um embate", lê-se na mesma nota.

O Governo chinês ainda não reagiu, mas, num incidente semelhante em maio, Pequim rejeitou as acusações norte-americanas e exigiu que Washington pusesse fim a esses voos sobre o Mar do Sul da China.

Pequim reivindica a quase totalidade do Mar do Sul da China, um espaço marítimo alegadamente rico em reservas de gás e de petróleo, e estratégico para o comércio e a Defesa.

Nos últimos anos, Pequim construiu ali ilhas artificiais capazes de receberem instalações militares, num avanço contrário às pretensões do Vietname e das Filipinas, ambos com reivindicações na zona, tal como Brunei, Taiwan e Malásia.

Na semana passada, um navio da guarda costeira chinesa e uma embarcação que o acompanhava abalroaram um navio da guarda costeira filipina e um barco de abastecimento militar ao largo de um banco de areia contestado na via navegável.

Os EUA e os seus aliados efetuam regularmente manobras marítimas no Mar do Sul da China e também sobrevoam regularmente a área com aviões para sublinhar que as águas e o espaço aéreo são internacionais.

O B-52 estava "legalmente a realizar operações de rotina sobre o Mar do Sul da China no espaço aéreo internacional" quando foi intercetado pelo J-11 na terça-feira, disseram os militares dos EUA.

As interceções são comuns: os EUA afirmaram que se registaram mais de 180 incidentes deste tipo desde o outono de 2021.

As intercepções não costumam ser tão próximas quanto o incidente de terça-feira, no entanto. Com as tensões já altas entre Pequim e Washington, um embate poderia resultar numa escalada.

As Forças Armadas norte-americanas afirmaram no comunicado que o incidente não vai alterar a sua abordagem.

"Os Estados Unidos vão continuar a voar, navegar e operar - de forma segura e responsável -- onde a lei internacional permitir", afirmaram os militares.



Leia Também: China e EUA dão sinais de reinício do diálogo no âmbito militar

Irão vai realizar manobras militares em grande escala nos próximos dias

© Reuters

POR LUSA   27/10/23 

O Irão vai realizar manobras militares em grande escala nos próximos dias, no meio de tensões na região devido à guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas, anunciou hoje uma agência iraniana.

Os exercícios militares, de dois dias, vão realizar-se na província central de Isfahan, informou a agência noticiosa Tasnim, ligada à Guarda Revolucionária iraniana.

Serão utilizados veículos blindados, artilharia, mísseis, helicópteros e 'drones' (aeronaves sem tripulação), disse a mesma fonte, segundo a agência espanhola EFE.

O exército informou que 200 helicópteros participarão numa das manobras, mas sem dar mais pormenores.

As manobras terão lugar no meio de tensões acrescidas na região devido à guerra entre Israel e o Hamas, que começou quando o grupo islamita atacou o Estado judaico em 07 de outubro.

Israel disse que a operação causou 1.400 mortos e que o Hamas raptou mais de duas centenas de israelitas e estrangeiros, que mantém como reféns na Faixa de Gaza.

O Hamas controla a Faixa de Gaza desde 2007.

Israel declarou guerra ao Hamas e cortou o fornecimento de energia, água e combustível aos mais de dois milhões de residentes no território palestiniano.

O exército israelita tem bombardeado constantemente o pequeno território de 365 quilómetros quadrados, com um balanço de mais de sete mil mortos, segundo o Hamas.

A União Europeia (UE) apelou na quinta-feira para pausas humanitárias que permitam fazer chegar ajuda à população palestiniana.

Israel acusou o Irão de ter apoiado a operação do Hamas com treino militar, armamento e informações de inteligência.

Teerão, que nega as acusações, apoia o Hamas e tem alertado para o risco de uma escalada se Israel não parar com os ataques contra Gaza.

O conflito alastrou-se já ao norte de Israel, com trocas de tiros entre as forças israelitas e a milícia libanesa Hezbollah, ligada ao Irão.

Os Estados Unidos posicionaram meios navais na região como meio de dissuasão.

Israel, Estados Unidos e UE consideram o Hamas como uma organização terrorista.



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Israel mostra armas do Hamas fabricadas no Irão e Coreia do Norte

© Reuters

POR LUSA    26/10/23 

O exército israelita mostrou hoje, a alguns jornalistas, armas usadas pelos comandos do Hamas no ataque de 07 de outubro contra Israel, algumas das quais, disseram, terão sido fornecidas pela Coreia do Norte e pelo Irão.

A exposição de algumas dezenas de armas, entra as quais minas, lança-rockets, obuses e até drones de fabrico artesanal, apreendidas nos locais dos ataques do Hamas, foi feita durante uma visita a uma instalação militar que não pode ser revelada.

"Penso que entre 5% e 10% destas armas foram fabricadas pelo Irão e 10% são norte-coreanas. O resto foi fabricado na Faixa de Gaza", afirmou um responsável do exército israelita, cuja identidade não pode ser revelada, de acordo com a France-Press.

Os ataques sem precedentes desde a fundação do Estado de Israel mataram pelo menos 1.400 pessoas, a maioria das quais civis, enquanto 224 pessoas foram raptadas e mantidas reféns pelo Hamas na Faixa de Gaza.

Em resposta, os bombardeamentos de Israel contra a Faixa de Gaza já mataram mais de 7.000 pessoas, igualmente civis na sua maior parte, de acordo com o Ministério da Saúde do Hamas.



quinta-feira, 26 de outubro de 2023

Pilotos ucranianos já treinam em caças F-16 nos Estados Unidos

© Reuters

POR LUSA  26/10/23 

Os pilotos ucranianos já estão a receber formação nos Estados Unidos em caças F-16, cuja chegada à Ucrânia está prevista para o primeiro semestre de 2024.

"No dia 25 de outubro, os pilotos ucranianos já começaram a voar nos F-16. Até então, utilizavam simuladores que reproduziam integralmente o 'cockpit'", disse um porta-voz da Força Aérea dos Estados Unidos, citado pela agência independente ucraniana Unian.

Os pilotos ucranianos treinam da base de Morris da Guarda Aérea Nacional norte-americana em Tucson, estado do Arizona, que já formou pilotos de mais de vinte países.

A formação deverá durar "vários meses", sendo que o curso habitual geralmente dura pelo menos meio ano, mas, no caso dos pilotos ucranianos, segundo as autoridades norte-americanas, pode ser acelerado para atender às necessidades de Kyiv na guerra que trava com a Rússia.

Além dos Estados Unidos, os pilotos ucranianos estão a receber formação em F-16 de uma coligação de países da NATO liderada por Dinamarca, Países Baixos e Estados Unidos e integrada também por Portugal.

Alguns dos membros da coligação já assumiram o compromisso de entregar estas aeronaves à Força Aérea de Kyiv.

À medida que a guerra se prolonga e surgiu um novo conflito no Médio Oriente entre Israel e o movimento palestiniano Hamas, Kyiv acelera a produção das suas próprias armas.

O secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia, Oleksi Danilov, declarou hoje que a Ucrânia aumentará em breve a sua própria produção, em empresas estatais e privadas localizadas em locais seguros.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, também abordou hoje numa reunião com a liderança militar do país o fornecimento de armas de parceiros, bem como "a produção própria" e o "aumento das capacidades da indústria de defesa".

Enquanto o novo primeiro-ministro da Eslováquia, o populista Robert Fico, anunciou hoje que o seu país deixará de ajudar militarmente a Ucrânia, a Dinamarca anunciou que vai fornecer a Kyiv equipamento no valor de 3,7 mil milhões de coroas (495 milhões de euros) e os Estados Unidos um novo pacote de armamento avaliado em 150 milhões de dólares (142,3 milhões de euros).

"Esta doação inclui tanques, veículos de combate de infantaria, munições de artilharia, 'drones' e armas ligeiras", informou o Ministério da Defesa dinamarquês em comunicado, dois dias após uma visita do titular da pasta, Troels Lund Poulsen, a Kyiv.

A décima terceira doação dinamarquesa, em cooperação com a Alemanha, "confirma que a Ucrânia pode contar com o apoio inabalável da Dinamarca na sua luta pela liberdade", afirma o ministro dos Negócios Estrangeiros, Lars Lokke Rasmussen, citado no comunicado.

"Esta doação também envia um sinal importante à Ucrânia e à Rússia de que não perderemos de vista o nosso objetivo, mesmo que a atenção do mundo esteja atualmente focada em Israel e na Palestina", acrescentou.

Também os Estados anunciaram hoje uma nova parcela de armas e equipamento, no valor de 150 milhões de dólares, "para ajudar a Ucrânia a ter sucesso no campo de batalha e a proteger o seu povo da invasão brutal da Rússia".

Segundo um comunicado do Departamento de Estado, o novo pacote inclui armamento de defesa aérea, artilharia, munições antitanque e outras capacidades que "irão reforçar ainda mais a capacidade da Ucrânia para defender o seu território contra as ofensivas russas, ao mesmo tempo que continua a sua contraofensiva".

A Ucrânia, apoiada pelo Ocidente, tem estado envolvida numa contraofensiva no leste e no sul desde junho, mas até agora apenas produziu resultados limitados.

A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e anexou regiões que representam quase 15% do território da Ucrânia, incluindo Donetsk e Lugansk, no leste, Kherson e Zaporijia, no sul.


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Delegação do Hamas em conversações em Moscovo e elogia papel de Putin

© Contributor/Getty Images

POR LUSA     26/10/23 

O grupo islamita palestiniano Hamas elogiou hoje a posição do Presidente russo sobre o conflito no Médio Oriente, durante conversações políticas mantidas em Moscovo, nas quais as autoridades russas exigiram a libertação imediata dos reféns estrangeiros mantidos em Gaza.

"A delegação valorizou muito a posição do Presidente da Rússia, Vladimir Putin, e também os esforços ativos da diplomacia russa", afirmou o Hamas, num comunicado citado pela agência estatal RIA Novosti a propósito das conversações mantidas na capital russa entre representantes do braço político do grupo islamita e as autoridades russas.

Na nota informativa, o Hamas destacou que, durante as conversações com o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Mikhail Bogdanov, e o representante especial do Presidente russo para o Médio Oriente e países africanos, foram discutidas formas de travar "os crimes de Israel apoiados pelo Ocidente".

Na declaração, o grupo islamita defendeu o seu direito de resistir à ocupação israelita com todos os métodos à sua disposição.

Na habitual conferência de imprensa semanal, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, confirmou que representantes da ala política do Hamas estavam em Moscovo para consultas com as autoridades russas.

Segundo disseram fontes palestinianas à agência estatal RIA Novosti, o vice-chefe do gabinete político do Hamas, Musa Abu Marzuq, liderou a delegação presente em Moscovo.

Bogdanov revelou hoje que manteve reuniões no Qatar com a liderança política do Hamas para discutir o "destino dos sequestrados" em posse do movimento palestiniano desde o início do conflito com Israel, em 07 de outubro.

Segundo Israel, o braço armado do Hamas mantém pelo menos 224 pessoas raptadas em Gaza, entre as quais pelo menos três cidadãos russos de dupla nacionalidade, segundo o embaixador da Rússia em Telavive, Anatoly Viktorov.

Além disso, pelo menos 23 cidadãos russos morreram nos ataques perpetrados pelo Hamas no sul de Israel no dia 07 de outubro.

A diplomacia russa fez saber hoje que durante as conversações em Moscovo voltou a abordar a questão dos reféns e que exigiu a libertação imediata dos estrangeiros mantidos em Gaza.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros disse que discutiu "a retirada de russos e outros estrangeiros do território do enclave palestiniano".

Moscovo confirmou também a sua "posição inalterada" a favor da aplicação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU e da Assembleia-Geral sobre a criação de "um Estado palestiniano soberano nas fronteiras de 1967, com Jerusalém Oriental como capital e vivendo lado a lado em paz e segurança com Israel".

A Rússia não reconhece o Hamas como uma organização terrorista, ao contrário de outros atores internacionais, como é o caso dos Estados Unidos e da União Europeia (UE).

Bogdanov, antigo embaixador russo em Israel, também anunciou hoje que o líder da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, viajará "em breve" para Moscovo e manterá conversações com Putin.

O Presidente russo condenou o ataque terrorista do Hamas contra Israel, mas também apelou para a proteção dos civis em Gaza.

A visita da delegação da ala política do Hamas a Moscovo coincide com a presença na Rússia do vice-ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Ali Bagheri Kani, que se reuniu na capital russa com o seu homólogo russo, Mikhail Galuzin.


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UMARO SISSOCO EMBALÓ: Presidente da Guiné-Bissau contesta sanções anunciadas pelos EUA

© Lusa

POR LUSA    26/10/23  

A Guiné-Bissau "não é um país traficante", vincou hoje em Lisboa o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, reagindo à decisão dos Estados Unidos de sancionar o seu país por falhas na luta contra o tráfico humano.

"Na Guiné-Bissau nós não somos traficantes. E nunca a Guiné-Bissau alinhou no tráfico humano. Eu já dei orientações ao ministro dos Negócios Estrangeiros [guineense Carlos Pinto Pereira]. Haverá alguma reação do Estado da Guiné-Bissau", disse Sissoco Embaló, que falava uma conferência de imprensa em Lisboa.

As sanções dos Estados Unidos à Guiné-Bissau, que abrangem ainda a Guiné Equatorial e a região administrativa especial chinesa de Macau, anuncaidas quarta-feira, aplicam-se à "ajuda não humanitária e não relacionada com o comércio".

"Porque nós condenamos. De facto, os Estados Unidos não têm e não podem pensar que a Guiné-Bissau é um Estado falhado. E nós também podemos caracterizar os Estados Unidos como um Estado agressor. Para mim isso é uma falta de respeito. É inadmissível. Não há pequenos Estados, há Estados, e nós temos que nos relacionar no respeito mútuo. Mas porque é que os Estados Unidos têm de sancionar a Guiné-Bissau? A Guiné-Bissau também pode sancionar os Estados Unidos", acrescentou.

Instado a dizer de que forma o Estado guineense pode sancionar os Estados Unidos, Sissoco Embaló limitou-se a responder: "Nós somos um Estado. Essa é uma medida também que nós podemos tomar" sem detalhar.

"As nossas relações com qualquer outro Estado devem basear-se no respeito mútuo. Os Estados Unidos não podem sancionar a Guiné-Bissau porque nós não somos um Estado falhado", frisou.

"Isso é inadmissível, inaceitável", concluiu.

No anúncio da decisão de sancionar a Guiné-Bissau, os Estados Unidos consideram que há ressalvas desde que beneficiem o combate ao tráfico de pessoas ou o interesse nacional dos EUA, determinando-se exceções em programas que vão desde treino e formação militar, operações de manutenção de paz, de ajuda ao desenvolvimento e ligados à promoção de saúde.

Guiné-Bissau, Macau e Guiné Equatorial encontram-se na 'lista negra' dos EUA de países com medidas insuficientes para travar o tráfico de pessoas, situando-se no nível três, numa avaliação em que o nível quatro é o mais baixo.

Os EUA calculam que cerca de 27 milhões de pessoas no mundo são vítimas de tráfico humano e trabalhos forçados, um fenómeno que atinge sobretudo mulheres, pessoas da comunidade LGBT (sigla para lésbicas, 'gays', bissexuais e transgénero) e minorias étnicas e religiosas.



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Declarações de Guterres foram "suspiro de alívio" para partido Sinn Féin

© TCHANDROU NITANGA/AFP via Getty Images

POR LUSA    26/10/23 

O partido irlandês Sinn Fein acolhe as declarações do secretário-geral da ONU sobre o conflito entre Israel e o Hamas com "um suspiro de alívio" e defende que a única solução é diplomática e política.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, "falou realmente em nome do mundo quando fez uma avaliação muito precisa e muito equilibrada do que se passa no Médio Oriente", disse hoje a presidente do Sinn Féin, Mary Lou McDonald, que se encontra em Lisboa para contactos com partidos e o Governo português.

"Foi com um suspiro de alívio que ouvimos [as declarações de Guterres] porque finalmente o que precisava de ser dito foi dito e nós apoiamo-lo totalmente, inequivocamente, na sua afirmação e, francamente, no desempenho da sua função", afirmou a responsável do Sinn Féin (esquerda), único partido ativo em simultâneo na Irlanda e na Irlanda do Norte.

A posição do secretário-geral da ONU sobre o conflito -- em que condenou o ataque do grupo islamita Hamas, ocorrido em 07 de outubro, enquanto salientou que este "não veio do nada" -- foi recebida com indignação por Israel, que pediu a demissão de António Guterres e suspendeu os vistos para trabalhadores das Nações Unidas no país.

"Sabemos que há gerações que o povo palestiniano vê negado o seu direito à autodeterminação. Foi despojado. Suportaram a anexação das suas terras, o castigo coletivo e, francamente, suportaram coisas que consideraríamos inimagináveis no nosso próprio país. E penso que, durante muito tempo, não se pediu a Israel que aceitasse as suas próprias violações do direito internacional", considerou hoje Mary Lou McDonald, em declarações à imprensa internacional.

A presidente do Sinn Féin condenou o "horrível" ataque do Hamas -- considerado terrorista pela União Europeia, EUA e Israel -, que constituiu uma "violação do direito internacional", enquanto sustentou que "não há justificação para o bombardeamento contínuo de Gaza" por Telavive.

"Não se trata de ações defensivas, são ações ofensivas. E, a menos que a comunidade internacional siga agora o exemplo das Nações Unidas e do seu líder, estamos a criar mais um ciclo previsível e destrutivo de violência e sofrimento", sustentou.

Para o Sinn Féin, "não há resposta militar para este conflito, só há diplomacia, só há política e só há paz".

A responsável defendeu a necessidade imediata de travar os bombardeamentos.

"Chegou o momento de todos, pessoas de boa vontade a nível mundial, dizerem a uma só voz: 'Parem, parem agora, não [basta] uma pausa humanitária para que a ajuda chegue a Gaza e o massacre não possa recomeçar'", sublinhou.

Para Mary Lou McDonald, depois de pararem os combates, "a comunidade internacional e as partes envolvidas, o lado palestiniano e o lado israelita, precisam de formar um quadro diplomático viável e robusto" e trabalhar tendo como único princípio "o respeito e a aplicação do Direito internacional".

A política irlandesa criticou ainda a posição da União Europeia sobre o conflito.

"Penso que muitos europeus ficaram muito desanimados com a forma como a Comissão Europeia e a liderança do Parlamento Europeu foram vistas como partidárias e como estando a dar carta branca a Israel. Não é esse o caminho a seguir", lamentou, numa alusão à deslocação da presidente da Comissão, Ursula Von der Leyen, a Israel dias depois do ataque do Hamas, durante a qual não pediu às autoridades israelitas que respeitem o Direito internacional, motivando críticas.



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