Por Balde Balde Balde
sábado, 27 de julho de 2024
Jogos Olímpicos: O presidente francês, Emmanuel Macron, considerou hoje que a cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos Paris2024, realizada na sexta-feira ao longo do rio Sena, "deixou todos os franceses orgulhosos", e foi um "exemplo em termos de segurança".
© Getty Images
Por Lusa 27/07/24
Macron elogia segurança na cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos
O
presidente francês, Emmanuel Macron, considerou hoje que a cerimónia de
abertura dos Jogos Olímpicos Paris2024, realizada na sexta-feira ao
longo do rio Sena, "deixou todos os franceses orgulhosos", e foi um
"exemplo em termos de segurança".
Numa visita surpresa ao centro da polícia de Paris, que coordena o dispositivo de segurança dos Jogos, Macron demonstrou às forças da ordem "a gratidão de toda nação" e agradeceu a sua "extraordinária mobilização".
"Há sete anos, todos nos diziam que era impossível fazer uma cerimónia como a que fizemos. Todos diziam que era uma loucura, que nunca iríamos conseguir. Recordo-me muito bem disso", disse o presidente, aludindo também a todos os que diziam que seria impossível fazer a cerimónia no rio Sena devido às ameaças terroristas".
Macron, que esteve acompanhado pelo ministro do Interior, e pelo responsável da polícia de Paris, deixou um agradecimento: "A cerimónia fez-se com o vosso trabalho coletivo e com o envolvimento de toda a nação ao longo dos últimos anos".
O presidente gaulês lembrou que é preciso manter o nível de segurança até 08 de setembro, dia em que terminam os Jogos Paralímpicos, que começarão cerca de duas semanas depois do final dos Olímpicos, agendado para 11 de agosto.
A decisão de realizar a cerimónia de abertura ao longo do rio Sena, com as delegações de atletas a percorrer um trajeto de barco, foi objeto de muitas críticas, tanto por questões de segurança como pelo impacto no centro da cidade.
A cerimónia, que pela primeira vez se realizou fora de um estádio, foi um êxito, tendo sido presenciada por 300.000 espetadores, e envolvido 45.000 polícias e 10.000 militares.
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EUA: Após controvérsia, FBI esclarece: Trump foi atingido por bala do atacante
© Joe Raedle/Getty Images
Notícias ao Minuto 27/07/24
Palavras do diretor do FBI, Christopher Wray, geraram polémica.
O FBI viu-se obrigado a fazer um esclarecimento após as mais recentes palavras do seu diretor, Christopher Wray, que sugeriu que existiam "algumas dúvidas" sobre se Donald Trump havia sido atingido por "uma bala ou estilhaços" na orelha, no ataque de que foi alvo a 13 de julho, num comício na Pensilvânia.
Após as palavras gerarem críticas, sobretudo por parte do candidato republicano à Casa Branca, o FBI esclareceu, esta sexta-feira, que foi de facto uma bala que atingiu a orelha do ex-presidente.
"O que atingiu o ex-presidente Trump na orelha foi uma bala, inteira ou fragmentada em pedaços mais pequenos, disparada pela espingarda do sujeito falecido", frisou o FBI em comunicado.
Note-se que, até então, os agentes federais envolvidos na investigação, incluindo o FBI e os Serviços Secretos, tinham-se recusado a fornecer informações sobre as causas dos ferimentos de Trump. Além disso, a campanha de Trump também se recusou a divulgar os registos médicos do hospital onde foi tratado pela primeira vez ou a disponibilizar os médicos para responder a perguntas.
De recordar que as declarações de Christopher Wray levaram Ronny Jackson, republicano que foi médico de Trump na Casa Branca, a reagir e a dizer que "o diretor Wray está errado e é inapropriado sugerir" que não tenha sido uma bala a atingir Trump.
O ex-presidente e candidato presidencial também comentou: "Não, infelizmente foi uma bala que atingiu a minha orelha, e atingiu-a com força. Não havia vidro, não havia estilhaços", escreveu Trump na sua rede social, a Truth Social.
Ao discursar num evento na sexta-feira em West Palm Beach, na Flórida, Trump arrancou vaias da multidão quando falou no mais recente esclarecimento do FBI.
"Viram que o FBI pediu desculpa?" questionou. "Isto nunca acaba com esta gente. ... Aceitamos as suas desculpas", acrescentou.
É de realçar que Trump apareceu ontem pela primeira vez sem uma ligadura na orelha direita e parecia estar totalmente recuperado.
Guiné-Bissau: Polícia na rua sem manifestações e sem internet na Guiné-Bissau
© Lusa
Por Lusa 27/07/24
A cidade de Bissau acordou hoje com um forte dispositivo policial espalhado pelas ruas, sem sinais das duas manifestações anunciadas, uma pró e outra contra o regime do país, e sem Internet.
A desmobilização dos protestos devido à presença da polícia tem sido uma constante nos últimos meses em diversas manifestações convocados, mas é a primeira vez que as iniciativas coincidem com uma falha generalizada nas comunicações.
Desde cerca das 07h30 (mais uma hora em Lisboa) que não há dados móveis nas duas operadoras que servem o país e há falhas na rede fixa, o que impossibilita o uso do principal meio de comunicação dos guineenses, o serviço de WhatsApp.
A falta de acesso à internet é evidente nas páginas online dos órgãos de comunicação social locais, que ainda não foram atualizadas no dia de hoje, até por volta das 11h00, hora local.
Apoiantes e opositores do regime na Guiné-Bissau convocaram para hoje manifestações, dois meses depois de terem tomado a mesma iniciativa, em maio, com o mesmo resultado: mais polícias dos que manifestantes nas ruas da capital guineense.
Tal como aconteceu em maio, a manifestação dos apoiantes do presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, foi convocada pela Plataforma "Firkidja di Povo" (Forquilha do povo), enquanto a dos opositores foi iniciativa da Frente Popular com o lema "Republika i anos" (A República é nossa).
Até ao momento, ainda não foi possível obter reações de ambos os lados.
Os apoiantes do regime reunidos na Plataforma "Firkidja di Povo" contestam a libertação dos ex-governantes suspeitos de corrupção que pertenciam ao executivo deposto pelo Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, depois de ter dissolvido, em dezembro de 2023, o parlamento da maioria PAI-Terra Ranka, liderada pelo PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde.
Este grupo apela ainda aos guineenses para apoiarem o Presidente do país para um segundo mandato nas próximas eleições presidenciais que a oposição reclama para este ano e o chefe de Estado pretende fazer em 2025.
O Presidente guineense tem afirmado, por várias vezes, que as eleições presidenciais só terão lugar em 2025, uma posição contrariada por várias organizações da sociedade civil e partidos políticos que advogam que o escrutínio deve ser realizado em 2024, já que tem de acontecer antes do fim do atual mandato de Sissoco Embaló, que ocorre em fevereiro de 2025.
No lado oposto está a Frente Popular, uma plataforma que junta grupos de mulheres, de jovens e de sindicatos, contra a dissolução do parlamento e a manutenção da direção da Comissão Nacional de Eleições, cujo mandato consideram já ter caducado.
A Frente Popular, que tem como objetivo "salvar a democracia" que diz estar ameaçada na Guiné-Bissau, exige a realização de eleições no Supremo Tribunal de Justiça, que afirma "estar capturado pelo Presidente da República" e ainda a marcação da data das eleições presidenciais ainda este ano.
Na manifestação convocada para maio, cerca de 100 ativistas da Frente Popular foram detidos pela polícia na 2.ª Esquadra de Bissau, alguns dos quais estiveram encarcerados durante 10 dias.