terça-feira, 1 de março de 2022

D.R.P. da Coreia - Ensaio para o desenvolvimento de um satélite de reconhecimento

A Direção Nacional de Exploração Espacial e a Academia Nacional de Ciências da Defesa da República Popular Democrática da Coreia realizaram um teste importante em 27 de fevereiro como parte do programa de desenvolvimento de satélites de reconhecimento.

No final do teste, as características e a correção da operação do sistema de fotografia de alta resolução, o sistema de transmissão de dados e os dispositivos de controle de atitude foram confirmados por disparos verticais e regiões terrestres oblíquas especialmente determinadas usando filmadoras para se estabelecer no satélite de reconhecimento .

Este teste é de grande importância no desenvolvimento do satélite de reconhecimento.

Agência Central de Notícias da Coréia


Rússia avisa que vai atacar Kyiv e alerta civis para fugirem

© Wikimedia Commons

Notícias ao Minuto   01/03/22 

O exército russo avisou hoje que vai atacar em Kyiv as infraestruturas tecnológicas dos serviços de segurança ucranianos, SBU, e pediu aos civis que vivam próximos desses alvos para fugirem.

"Para impedir ciberataques contra a Rússia, serão realizados ataques com armas de alta precisão, em Kiev, contra as infraestruturas tecnológicas do SBU e o principal centro da Unidade de Operações Psicológicas. Nós apelamos aos cidadãos que vivem próximo dessas infraestruturas para abandonares as suas casas", afirmou o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov.

Entretanto, o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigú, citado pela agência Interfax, afirmou hoje que a Rússia vai prosseguir a "operação militar especial" iniciada na Ucrânia na passada quinta-feira "até alcançar os seus objetivos".

"O importante é proteger a Federação Russa da ameaça militar criada pelo Ocidente, que tenta utilizar o povo ucraniano na luta contra o nosso país" adiantou o governante.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e mais de 660 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.


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GUERRA NA UCRÂNIA - Jornalista em lágrimas confronta Boris Johnson: "A III Guerra já começou"

© Twitter

Notícias ao Minuto  01/03/22 

Daria Kaleniuk fugiu de Kyiv e manifestou a sua revolta em frente ao primeiro-ministro britânico, exigindo que este implemente uma zona de exclusão aérea na guerra Rússia-Ucrânia porque são as crianças e mulheres que estão a pagar o preço.

Uma jornalista ucraniana, que fugiu de Kyiv, desfez-se hoje em lágrimas em frente ao primeiro-ministro britânico Boris Johnson e acusou-o de ter medo de agir. 

Daria Kaleniuk censurou o primeiro-ministro do Reino Unido numa conferência de imprensa em Varsóvia, na Polónia, e exigiu que este implementasse uma zona de exclusão aérea para impedir que jatos russos matassem civis.

A jornalista começou por confrontar Boris Johnson afirmando ter uma mulher da sua equipa com filhos medo de ser morta.

"Uma mulher da minha equipa está em Bila Tserkva, ela tem dois filhos, e militares russos estão lá. Ela tem medo de ser baleada. A cidade onde estudei foi bombardeada hoje na praça central. Você fala sobre o estoicismo do povo ucraniano, mas as mulheres ucranianas e as crianças ucranianas vivem em profundo medo por causa das bombas e mísseis que caem do céu", começa por sublinhar Kaleniuk.

"O povo ucraniano pede desesperadamente que o Ocidente proteja o nosso céu, pedimos uma zona de exclusão aérea, mas dizem-nos que isso desencadeará a III Guerra Mundial", continua. De seguida, a ucraniana questiona qual é a alternativa. 

"A alternativa é observar? As nossas crianças, em vez de aviões, estão a proteger a NATO das bombas?", confrontou a jornalista acrescentando que "neste momento, é impossível atravessar a fronteira". "Imagine com um bebé", continua acrescentando que Boris Johnson está na Polónia, não está em Kyiv ou Lviv porque "tem medo". 

"A III Guerra Mundial já começou e são as crianças ucranianas que estão a pagar o preço", alerta. 

Daria fala ainda do caso de Roman Abramovich que se encontra em Londres. “Você fala de mais sanções, senhor primeiro-ministro, mas Roman Abramovich não é sancionado, está em Londres, os seus filhos não estão nos bombardeios, estão em Londres", disse fazendo também referência aos filhos de Vladimir Putin que "estão na Holanda, na Alemanha, em mansões".

"Onde estão todas essas mansões confiscadas? Não vejo isso", apontou.

Em resposta, Boris Johnson admitiu que o que o Reino Unido pode fazer não é suficiente. O britânico recusou implementar uma zona de exclusão aérea, mas disse que poderia ajudar de outras maneiras.

“Infelizmente, a implicação disso [implementar uma zona de exclusão aérea] é de que o Reino Unido estaria envolvido em derrubar aviões russos, estaria envolvido num combate direto com a Rússia – isso não é algo que possamos fazer ou que tenhamos previsto", explicou o primeiro-ministro.

"As consequências disso seriam realmente muito difíceis de controlar", concluiu.

A jornalista deixa um apelo ao Ocidente: proteger o céu ucraniano numa altura em que os ucranianos agarram em "armas com proteção zero" para "combater o mal" das tropas russas.

Nas redes sociais, a jornalista reage à rejeição de Boris Johnson de implementar uma zona de exclusão aérea na Ucrânia indicando que são os bebés que vão sofrer com esta decisão. 

"Não, os membros da NATO não vão fechar o céu sobre a Ucrânia. Líderes dos estados-membros da NATO virão à fronteira ocidental da Ucrânia para fazer conferências de imprensa. Serão estas crianças que enfrentarão os mísseis, não os sistemas de defesa aérea da NATO. Que vergonha, NATO", escreveu a ucraniana.

A Rússia lançou uma ofensiva militar sobre a Ucrânia na madrugada de dia 24 de fevereiro entrando hoje no sexto dia de invasão. Mais de 660 mil pessoas abandonaram o país, segundo os dados da ONU.  



Cerimónia de Posse do Chefe de Estado Maior da Armada, Sr. Hélder Nhanque e do Vice-Chefe de Estado Maior do Exército, Sr. Baute Yamta Na Mam.

    
@Rádio Jovem Bissau Tomada de posse dos novos chefias militares (Hélder Nhanque e Baute Yamta Na Mam)

UCRÂNIA - Zelensky diz que míssil russo atingiu praça central de Kharkiv

© Lusa

Notícias ao Minuto  01/03/22 

O Presidente da Ucrânia disse que um míssil russo atingiu hoje a praça central de Kharkiv, a que chamou "terror indisfarçável".

"Ninguém perdoará. Ninguém esquecerá", afirmou Volodymyr Zelensky.

A declaração surge depois de o chefe da administração regional de Kharkiv, Oleh Sinehubov, ter afirmado que o centro da cidade, a segunda maior da Ucrânia, está a ser hoje alvo de novos bombardeamentos russos.

O edifício da administração, no centro da cidade, e vários prédios residenciais foram alvo das forças russas, acrescentou o responsável.

Zelensky declarou, numa mensagem vídeo publicada no Telegram, que o bombardeamento russo de Kharkiv constitui um "crime de guerra" e que a defesa da capital do país, Kiev, é "a prioridade".

"O ataque contra Kharkiv é um crime de guerra. É terrorismo de Estado", disse o presidente ucraniano, alertando para um avanço russo em direção a Kiev.

"Eis porque a defesa da capital é hoje a prioridade chave" da Ucrânia, acrescentou.?

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e mais de 660 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.


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Numa conferência sobre desarmamento que ocorria esta terça-feira na ONU, um dos intervenientes era Sergei Lavrov, ministro russo dos Negócios Estrangeiros. O discurso de Lavrov foi pré-gravado, já que o MNE russo, devido às sanções, não pôde sair da Rússia.

Mas quando o discurso do governante de Moscovo passava no ecrã, centenas de diplomatas saíram da sala, que ficou praticamente vazia, boicotando assim as palavas do MNE da Federação Russa.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky interveio esta terça-feira na sessão do Parlamento Europeu, tendo sido aplaudido de pé pelos eurodeputados, alguns envergando bandeiras da Ucrânia pelas costas.

Segundo o Estado-Maior General das Forças Armadas da Ucrânia, além dos mais de 5.700 russos mortos, há ainda 200 soldados de Putin presos. As perdas russas incluem ainda 198 tanques russos, 29 aeronaves, 846 veículos blindados e 29 helicópteros. 

Ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano diz que ataque a Kharkiv é "bárbaro" e que Putin comete cada vez mais crimes de guerra.


Edifícios ucranianos estão a ser marcados por forças russas e sabotadores pró-Kremlin.



O Presidente russo, Vladimir Putin, causou incredulidade ao invadir a Ucrânia, a sua maior ação militar desde a anexação da Crimeia, em 2014, apesar de nunca ter escondido a ambição de restaurar o poder da Rússia.

EUA expulsam 12 diplomatas russos na ONU por "activistas de espionagem"

Vasily Nebenzya, Representante Permanente da Rússia junto das Nações Unidas, discursa na Assembleia Geral, Nova Iorque, 28 Fevereiro 2022

Por voaportugues.com

Representante russo na ONU acusa Estados Unidos de "acção hostial"

NOVA IORQUE — Os Estados Unidos decidiram expulsar 12 diplomatas que trabalham na Missão Permanente da Rússia junto das Nações Unidas em Nova Iorque, acusados de envolvimento em actividades de espionagem.

"Os Estados Unidos informaram às Nações Unidas e à Missão Permanente da Rússia nas Nações Unidas que estamos a iniciar o processo de expulsar 12 agentes de inteligência da Missão Russa que abusaram dos seus privilégios de residência nos Estados Unidos ao se envolverem em actividades de espionagem que são adversos à nossa segurança nacional", disse a porta-voz da Missão dos EUA nas Nações Unidas em comunicado.

Olivia Dalton acrescentou que a acção está a ser tomada “ao Acordo da Sede da ONU e está em desenvolvimento há vários meses"

O representante russo na ONU, Vassily Nebenzia, disse a repórteres que os EUA deram aos diplomatas até 7 de Março para deixarem o país, uma acção que considerou de “hostil" do Governo dos EUA e que viola as obrigações de Washington como país anfitrião das Nações Unidas.

Nebenzia acrescentou que o país anfitrião mostrou "desrespeito grosseiro" ante os seus compromissos "tanto sob a Carta da ONU quanto o Acordo do País Anfitrião e as convenções de Viena".

Não é a primeira vez que os Estados Unidos declaram diplomatas russos na ONU como persona non grata.

Em 2018, a Administração Trump expulsou uma dúzia de diplomatas russos da missão da ONU por acusações semelhantes, à medida que as tensões aumentavam devido ao envenenamento a um ex-espião russo na Grã-Bretanha.

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Segundo o presidente da Ucrânia, a Rússia terá também enviado 113 mísseis de cruzeiro com destino a território ucraniano.



Na perspetiva do presidente da Ucrânia, "comprar bens russos" equipara-se, neste momento, a "pagar para matar pessoas".



Filippo Grandi, Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, acredita que o número de refugiados possa atingir os quatro milhões nas próximas semanas.

Caso resgate aos bancos: PGR SUSPENDE O MAGISTRADO FERNANDO MENDES E ORDENA PROSSEGUIMENTO DOS AUTOS DO PROCESSO

O DEMOCRATA
28/02/2022

O Procurador-Geral da República, Bacar Biai, ordenou o prosseguimento dos autos do processo resgate aos bancos, por estar em curso diligências necessárias para o esclarecimento do destino dos valores alocados para o resgate e para o próprio esclarecimento das imputações que impendem sobre o suspeito Domingos Simões Pereira.

Na última sexta-feira, o magistrado Fernando Mendes arquivou o processo resgate aos bancos que implicava Simões Pereira, presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

Através de um despacho, com a data de 28 de fevereiro, na posse de O Democrata, Bacar Biai informou que, quando chamado para se pronunciar sobre as circunstâncias que moveram a mudança do posicionamento do seu coordenador em menos de 72 horas, o coordenador, “no lugar de esclarecer estas circunstâncias, decidiu pura e simplesmente apresentar a sua demissão do cargo”.

Lê-se no despacho que, “da apreciação da reclamação”, o artigo 51 Código de Processo Penal (CPP) determina o destinatário da reclamação, neste particular, “dos despachos do Ministério Público durante a investigação, apenas cabe a reclamação para o superior hierárquico, normas aliás concretizada nos arts. 170.°/2”, lembrando que o magistrado titular do processo, Fernando Mendes, tinha ordenado a notificação de várias empresas e particulares beneficiárias de resgate e ouviu em autos as empresas “Belinca Construções, SARL, a empresa SUINAVE, Aparthotel Lobato e Alvalade Safim e todos, unanimidade, afirmaram que não beneficiaram de resgate, porquanto até hoje os bancos continuam a exigir o cumprimento do mútuo e ameaçaram até acionar a garantia em alguns casos”.

“Curiosamente o magistrado titular do processo convocou para o dia 24 de fevereiro de 2022, pelas 10h, a inquirição dos representantes legais da Federação de Futebol da Guiné-Bissau, da empresa Malaika Trading, Lda, da empresa Gomes e Gomes, da Mavegro EIR, Lda, e para o dia 25 de fevereiro de 2022, a mesma hora, o escritório da Advocacia Carlos Pinto Pereira e Associados (curiosamente advogado nos presentes autos e co-autor num outro processo), Hotel Bassamar e a Empresa Hiperium” explicou, para de seguida afirmar que “embora não tenha adiado as referidas diligências”, o magistrado Fernando Mendes decidiu pelo arquivamento dos autos com fundamento no art.° 203.°/1 al. c) CCP.
“Compulsados o despacho em crise, denota-se algumas incongruências insanáveis”, argumenta Bacar Biai, a invocação de uma suposta sentença absolutória de um processo ainda em curso, a revogação do despacho da constituição do suspeito e a revogação do despacho da aplicação da medida de coacção.

Lembrou que o processo resgate aos bancos não chegou ao julgamento, porque o Juíz de Instrução Criminal (JIC) rejeitou a acusação, devolvendo os autos ao Ministério Público para “corrigir as eventuais irregularidades para depois apresentá-las sem aquele vício, o que ainda está em curso”.

Por isso, Bacar Biai revogou o despacho de arquivamento e o da revogação da medida de coacção aplicada ao (PAIGC), Domingos Simões Pereira, mantendo-se “intatos todos os atos processuais até aqui realizados”, dando 45 dias para que se prossiga com a inquirição das empresas convocadas de “fls. 40- 46, 50- 52, constante no volume II dos autos”, assim como a designação da data da inquirição das empresas “supostamente” resgatadas conforme a lista fornecida pelos Bancos BAO e BDU constante de “fls. 59 do volume II  dos autos”.

Também o procurador-geral suspendeu das suas funções o magistrado Fernando Mendes.

Por: Tiago Seide

@Gaitu Baldé  Procuradoria Geral da Republica.