sábado, 27 de maio de 2017
LÍDER DO PAIGC REVOLTADO COM VIOLÊNCIA CONTRA MANIFESTANTES
O presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, considera, este sábado (27/05), que a violência das forças de segurança contra os marchantes demonstra a predisposição do Presidente da Republica em transformar o país “num espaço da sua ditadura e da sua tirania”
O líder dos libertadores estava no Hospital Nacional Simão Mendes onde deram entrada 10 pessoas vítimas da violência.
Numa entrevista exclusiva á Rádio Sol Mansi (RSM), minutos depois de os manifestantes serem dispersos, com gás lacrimogéneo e violência física, pelas forças de defesa e segurança que os impediram de chegar a praça dos heróis nacionais, Simões Pereira diz que fica “simplesmente a proibição da marcha e este é o verdadeiro rosto de ditadura e tirania que está a dar o seu últimos sopros”.
“Foi uma marcha completamente pacífica realizada pelos cidadãos livres, primeiro recebeu uma carga militar completamente desproporcional transformado na violência de uma forma gratuita que põe em causa a integridade física das pessoas, sem qualquer tipo de necessidade que não estavam a constituir ameaça nem para as instituições e para os titulares de quaisquer tipos de cargo”, critica.
Simões Pereira diz ainda que o acto que aconteceu na manhã deste sábado demostra o principio do fim.
“De facto, o povo deve ter coragem de ser livre e de confrontar esta situação de uma vez por todas libertar destas ameaças de tirania.
Sabemos que 10 pessoas deram entradas no Hospital Nacional Simão Mendes e desconhecemos o número dos manifestantes detidos, mas a RSM sabe que alguns polícias foram feridos.
Tentamos falar com o ministro da administração interna mas a assessoria informa que o ministro deve falar á imprensa ainda esta tarde sobre o mesmo assunto.
Igualmente ouvido pela RSM o presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Augusto Mário da Silva, diz que o acto enquadra-se na estratégia das forças de segurança de tentar limitar o exercício dos direitos fundamentais na Guiné-Bissau.
“Nós temos assistido, nos últimos dias, informações que visam simplesmente provocar medo aos manifestantes para não poderem exercer os seus direitos. Isto é muito mau na democracia e as pessoas têm que poder exercer livremente os seus direitos sem qualquer receio de represália ou de algumas intervenções a margem da lei por parte dos manifestantes”, sustenta Augusto Mário que afirma que a liga é sempre contra a violência e apela as forças de segurança a serem aludidos nas acções a serem executados e os cidadãos para evitarem a actos de provocação e de vandalismo.
Entretanto, Fatumata Djau Baldé diz que as autoridades que garantes segurança têm duas faces porque “quando é uma marcha para agradar um grupo é garantida a segurança mas quando é uma marcha para exigir do outro lado o cumprimento da constituição da república a segurança é barrada”.
O Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados, que marchava para pedir a renúncia do presidente José Mário Vaz, deve falar á imprensa ainda esta tarde sobre o sucedido.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos
Radiosolmansi
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