Uma nova vacina contra o VIH, que será testada esta semana na África do Sul, é tida como o "prego final no caixão" para a sida caso se prove o seu sucesso, estimaram cientistas.
Anthony Fauci, diretor de um instituto governamental dos Estado Unidos ligado a doenças infecciosas, afirmou, em comunicado, que a nova vacina é promissora.
O início do teste denominado HVTN 702 deverá iniciar-se quarta-feira em 14 locais da África do Sul e pretende incluir 5.400 homens e mulheres ativos sexualmente, com idades entre os 18 e os 35 anos.
Segundo a agência noticiosa Associated Press, trata-se do maior e mais avançado teste para uma vacina contra o VIH a decorrer na África do Sul, onde mais de mil pessoas são infetadas diariamente com o vírus que provoca a sida.
PL // APN
Lusa/fim
domingo, 27 de novembro de 2016
Estudiosos criticam a ausência do tema escravatura nos debates na Guiné-Bissau
A antropóloga guineense Margarida Moreira criticou a ausência do tema escravatura nos currículos escolares e nos debates que se realizam pelo país, considerando tratar-se de um tema «atual e pertinente».
A antropóloga teceu estas críticas durante uma conferência sobre a história da escravatura e do tráfico negreiro, realizada no sábado, na cidade de Cacheu, a 100 quilómetros a norte da capital guineense, onde se situava um dos antigos portos de partida de navios com escravos para outras paragens do mundo.
A iniciativa foi da Ação para o Desenvolvimento (AD), uma organização não-governamental guineense que visa transformar Cacheu num centro de turismo na Guiné-Bissau a partir das valências deixadas pela escravatura, disse à Lusa, Jorge Handem, da organização.
A antropóloga Margarida Moreira, formada em Portugal e que se assume interessada pelo tema escravatura, considera que na Guiné-Bissau atual «não se fala da escravatura», ou seja, é como se não existisse na história do país.
Margarida Moreia entende que, em certa medida, «os guineenses acabam por ser omissos perante a escravatura» o que representa «um branquear do passado e de parte importante da história» do país.
No entanto, é uma parte que deve ser explicada às novas gerações, sublinhou.
A escravatura existiu e foi alimentada em grande parte através de lutas entre as etnias que existem no país, reforçou a antropóloga, que vê nesse facto «um bom motivo» para «afastar certos fantasmas que existiam e ainda existem» na comunidade guineense.
Embora tenha sido um acontecimento «atroz, penoso e muito mau», a escravatura serviu também para o povo guineense «ajudar na construção de outras nações do mundo», nomeadamente Cabo Verde, Brasil e outros países, defendeu Margarida Moreira.
A estudiosa lamenta igualmente que a escravatura tenha sido um marco que permitiu a supremacia de umas etnias sobre outras, mas quer que esse facto seja utilizado agora pelos políticos para impulsionarem o fim da opressão do povo guineense, que disse ainda persistir.
Isabel Levy, professora e também estudiosa do tema, estranha a «ausência do assunto em todos os níveis do ensino» no país, tratando-se de um «acontecimento vergonhoso» que merecia ser tratado.
A professora entende que escravatura continua a persistir na sociedade guineense através das crianças forçadas ao trabalho e de mulheres «que são compradas ou vendidas como escravas sexuais» ainda que ninguém aborde o tema de forma aberta.
Esta antiga diretora da Escola Portuguesa de Bissau, compilou, num livro, alguns artigos existentes no país sobre o tema e espera ver o livro distribuído nas escolas públicas.
Abola.pt
A antropóloga teceu estas críticas durante uma conferência sobre a história da escravatura e do tráfico negreiro, realizada no sábado, na cidade de Cacheu, a 100 quilómetros a norte da capital guineense, onde se situava um dos antigos portos de partida de navios com escravos para outras paragens do mundo.
A iniciativa foi da Ação para o Desenvolvimento (AD), uma organização não-governamental guineense que visa transformar Cacheu num centro de turismo na Guiné-Bissau a partir das valências deixadas pela escravatura, disse à Lusa, Jorge Handem, da organização.
A antropóloga Margarida Moreira, formada em Portugal e que se assume interessada pelo tema escravatura, considera que na Guiné-Bissau atual «não se fala da escravatura», ou seja, é como se não existisse na história do país.
Margarida Moreia entende que, em certa medida, «os guineenses acabam por ser omissos perante a escravatura» o que representa «um branquear do passado e de parte importante da história» do país.
No entanto, é uma parte que deve ser explicada às novas gerações, sublinhou.
A escravatura existiu e foi alimentada em grande parte através de lutas entre as etnias que existem no país, reforçou a antropóloga, que vê nesse facto «um bom motivo» para «afastar certos fantasmas que existiam e ainda existem» na comunidade guineense.
Embora tenha sido um acontecimento «atroz, penoso e muito mau», a escravatura serviu também para o povo guineense «ajudar na construção de outras nações do mundo», nomeadamente Cabo Verde, Brasil e outros países, defendeu Margarida Moreira.
A estudiosa lamenta igualmente que a escravatura tenha sido um marco que permitiu a supremacia de umas etnias sobre outras, mas quer que esse facto seja utilizado agora pelos políticos para impulsionarem o fim da opressão do povo guineense, que disse ainda persistir.
Isabel Levy, professora e também estudiosa do tema, estranha a «ausência do assunto em todos os níveis do ensino» no país, tratando-se de um «acontecimento vergonhoso» que merecia ser tratado.
A professora entende que escravatura continua a persistir na sociedade guineense através das crianças forçadas ao trabalho e de mulheres «que são compradas ou vendidas como escravas sexuais» ainda que ninguém aborde o tema de forma aberta.
Esta antiga diretora da Escola Portuguesa de Bissau, compilou, num livro, alguns artigos existentes no país sobre o tema e espera ver o livro distribuído nas escolas públicas.
Abola.pt
PAIGC retira confiança política ao Presidente da Guiné-Bissau
O PAIGC, partido vencedor das últimas eleições legislativas na Guiné-Bissau, mas arredado do poder, retirou a confiança política ao Presidente do país, José Mário Vaz, anunciou o porta-voz daquela força política, João Bernardo Vieira.
A decisão foi tomada numa reunião extraordinária do comité central realizada no sábado, numa votação que foi apoiada por 112 dos 123 presentes na sala.
A decisão visa "retirar a confiança política ao cidadão e militante José Mário Vaz por ser o principal promotor de toda a grave crise politica que tem assolado o país há cerca de dois anos", referiu João Bernardo Vieira.
O partido suportou a candidatura de José Mário Vaz à presidência da Guiné-Bissau, mas o desentendimento tem reinado nesta legislatura, com o Presidente guineense a demitir dois Governos do PAIGC.
O PAIGC, liderado pelo ex-primeiro-ministro Domingos Simões Pereira, acusa ainda o chefe de Estado de ter atitudes que demostram que está determinado em prejudicar o partido.
Aquela força política vai reunir provas de violação dos estatutos por parte de Vaz e entregá-las ao conselho de jurisdição para que o órgão tome medidas.
Na mesma reunião, o PAIGC decidiu que não irá integrar o novo governo do país, que diz ser de iniciativa presidencial e por tal não estar previsto na Constituição.
O partido imputa ao chefe do Estado a responsabilidade pelas consequências que poderão advir pelo facto de persistir na crise política ao nomear Sissoco Embaló para liderar o próximo executivo.
MB // SB
Lusa/Fim
Also:
PAIGC rejeita integrar novo Governo da Guiné-Bissau
O PAIGC, partido vencedor das eleições legislativas na Guiné-Bissau, mas arredado do poder, não vai participar no novo governo do país, anunciou hoje.
A decisão foi tomada com 112 votos a favor e 11 contra numa reunião do comité central do PAIGC que se iniciou no sábado e já terminou de madrugada...Ler mais
A decisão foi tomada numa reunião extraordinária do comité central realizada no sábado, numa votação que foi apoiada por 112 dos 123 presentes na sala.
A decisão visa "retirar a confiança política ao cidadão e militante José Mário Vaz por ser o principal promotor de toda a grave crise politica que tem assolado o país há cerca de dois anos", referiu João Bernardo Vieira.
O partido suportou a candidatura de José Mário Vaz à presidência da Guiné-Bissau, mas o desentendimento tem reinado nesta legislatura, com o Presidente guineense a demitir dois Governos do PAIGC.
O PAIGC, liderado pelo ex-primeiro-ministro Domingos Simões Pereira, acusa ainda o chefe de Estado de ter atitudes que demostram que está determinado em prejudicar o partido.
Aquela força política vai reunir provas de violação dos estatutos por parte de Vaz e entregá-las ao conselho de jurisdição para que o órgão tome medidas.
Na mesma reunião, o PAIGC decidiu que não irá integrar o novo governo do país, que diz ser de iniciativa presidencial e por tal não estar previsto na Constituição.
O partido imputa ao chefe do Estado a responsabilidade pelas consequências que poderão advir pelo facto de persistir na crise política ao nomear Sissoco Embaló para liderar o próximo executivo.
MB // SB
Lusa/Fim
Also:
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O PAIGC, partido vencedor das eleições legislativas na Guiné-Bissau, mas arredado do poder, não vai participar no novo governo do país, anunciou hoje.
A decisão foi tomada com 112 votos a favor e 11 contra numa reunião do comité central do PAIGC que se iniciou no sábado e já terminou de madrugada...Ler mais
Congo Kinshasa: Dezenas de civis massacrados em Luhanga
No República Democrática do Congo, pelo menos 30 civis foram hoje mortos na aldeia de Luhanga, no norte do país.
Grande parte das vitimas eram da etnia hútu e entidades oficiais locais disseram que os autores dos assassinatos foram milícias da etnia Nande.
Trata-se do último incidente violento opondo aquelas duas comunidades na província de Kivu no norte do país.
Um responsável do governo local, Joy Bokele, disse que os militantes atacaram primeiro um quartel das forças armadas congolesas antes de levarem a cabo o massacre em Luhanga.
Rivalidades étnicas, invasões estrangeiras e competição pelas riquezas naturais da região têm alimentado os conflitos entre dezenas de grupos rebeldes no leste do Congo com elevados custos humanos.
VOA
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Trinta e quatro civis mortos em ataque a aldeia no Congo
Trinta e quatro civis morreram hoje durante um ataque a uma aldeia hutu por milícias de etnia nande na República Democrática do Congo, segundo um balanço oficial provisório...Ler Mais
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Trata-se do último incidente violento opondo aquelas duas comunidades na província de Kivu no norte do país.
Um responsável do governo local, Joy Bokele, disse que os militantes atacaram primeiro um quartel das forças armadas congolesas antes de levarem a cabo o massacre em Luhanga.
Rivalidades étnicas, invasões estrangeiras e competição pelas riquezas naturais da região têm alimentado os conflitos entre dezenas de grupos rebeldes no leste do Congo com elevados custos humanos.
VOA
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PAIGC - Comité Central
Terminou a reunião do Comité Central do PAIGC. Ficou decidido:
- Não entrada do PAIGC no governo de JOMAV liderado pelo Umaro Cissoko
- Retirada de confiança política ao militante José Mário Vaz (presidente da República)
- Mandatar o presidente da ANP para interceder junto da CEDEAO e do mediador, presidente Alpha Condé, da Guiné Conacry, a fim de clarificar e fazer cumprir o acordado nas reuniões de Conacry
- SURPRESA DA NOITE: Cipriano Cassama, presidente da ANP, telefonou da Guiné Equatorial, e está "de acordo com tudo o que o CC deliberou"
- Moção de pesar pela morte, aos 90 anos, do Comandante FIDEL CASTRO. Moção foi entregue em mãos nesta mesma noite, por uma comitiva do partido chefiada pelo seu presidente, Domingos Simões Pereira, ao embaixador de Cuba na Guiné-Bissau.
Na reunião do comité Central estiveram presentes mais de 194 membros, e contou apenas com 12 votos contra a resolução final. AAS
Publicada por António Aly Silva
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- Retirada de confiança política ao militante José Mário Vaz (presidente da República)
- Mandatar o presidente da ANP para interceder junto da CEDEAO e do mediador, presidente Alpha Condé, da Guiné Conacry, a fim de clarificar e fazer cumprir o acordado nas reuniões de Conacry
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Na reunião do comité Central estiveram presentes mais de 194 membros, e contou apenas com 12 votos contra a resolução final. AAS
Publicada por António Aly Silva
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