Governo cria e empossa o Comité de Gestão do Hospital Nacional Simão Mendes, para a gerência técnica e financeira do maior Centro Hospitalar do país.
O ministro das Finanças, João Aladje Mamadu Fadia, anunciou esta terça-feira, 07 de abril de 2020, que a sua instituição vai disponibilizar mensalmente uma soma de 122 milhões de Francos CFA para o funcionamento integral do Hospital Nacional Simão Mendes.
O governante fez esse anúncio depois da assinatura do despacho conjunto com o ministro da Saúde Pública, António Deuna, que materializa a criação do Comité de gestão do maior estabelecimento hospitalar do país. O Comité, a contar de hoje, tem a missão de gerir todas as questões técnicas e financeiras do hospital.Fadia explicou na sua declaração aos jornalistas que os fundos postos à disposição do Comité são para a aquisição de medicamentos para o serviço de urgências, passando o tratamento de pacientes a ser gratuito. Acrescentou que parte da verba será direcionada para o fornecimento da alimentação, bem como para o pagamento das remuneração dos serviços extras dos médicos e enfermeiros que asseguram os serviços de “vela”.
“Outra parte do fundo vai para a questão da limpeza, serviços da lavandaria, e vamos disponibilizar ainda um fundo de 100 milhões de francos cfa para fazer algumas intervenções urgentes. O Comité que integra não só elementos do ministério de Saúde e do hospital na pessoa do seu diretor-geral, tem um representante do ministério das Finanças, do sindicato do setor da saúde, da sociedade civil e da ONG AIDA e passa a ter a competência exclusiva de gerir os referidos fundos”, informou.
Informou que os fundos são provenientes do ministério das Finanças, tendo frisado que “é preciso poupar e utilizar o dinheiro onde deve ser investido”. E garantiu que todos os meses a sua instituição entregará o valor acordado ao Comité de Gestão, de forma a garantir um bom funcionamento daquele que é considerado o maior centro hospitalar da Guiné-Bissau.
Por sua vez, o ministro da Saúde Pública, António Deuna, disse aos jornalistas que a iniciativa assumida pelas Finanças é como um balão do oxigénio para um doente que se encontra em estado crítico, tendo assegurado que o seu ministério colaborará.
Questionado se a iniciativa do governo criará dificuldades ao funcionamento de hospitais regionais que não receberão o mesmo tratamento que o HNSM, esclareceu que antes da assinatura do despacho conjunto reuniu-se com os sindicatos de bases e abordaram a mesma questão. Afirmou que atualmente o executivo guineense não está em condições de disponibilizar verba extra para o funcionamento dos hospitais regionais, por isso o ministério das Finanças tomou a iniciativa de avançar apenas com o hospital Nacional Simão Mendes tido como um centro de referência no país.
“Os subsídios de vela destinados aos médicos e técnicos de saúde serão pagos da seguinte forma: Médicos especialistas receberão por hora um valor de cinco mil Francos CFA; os médicos de clínica geral ganharão por cada hora 2500 Francos CFA e os Enfermeiros/as receberão por hora 1000 (mil) Francos CFA” assegurou o ministro de Saúde. António Deuna revelou que anteriormente os médicos recebiam por dia 800 Francos CFA como subsídio de vela e os enfermeiros/as ganhavam 650 Francos CFA.
//O Democrata / Aliu Cande