segunda-feira, 27 de novembro de 2023

GUINÉ-BISSAU: Primeiro-ministro guineense destaca "boa coabitação" com presidente

© Lusa

POR LUSA   27/11/23 

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Geraldo Martins, defendeu, em entrevista à Lusa, que existe uma "boa coabitação" com o Presidente do país, Umaro Sissoco Embaló, e acredita que "é desta" que um Governo completará quatro anos, sem ser demitido. 

Fazendo um balanço dos 100 dias da governação, Geraldo Martins disse à Lusa que, apesar de serem oriundos de famílias políticas diferentes, as relações institucionais e pessoais são boas com Sissoco Embaló, baseadas no respeito pelas regras democráticas e respeito mútuo.

O Presidente da República foi apoiado pelo Movimento para a Alternância Democrática (Madem G15), que lidera a oposição no parlamento, e Martins é um dos vice-presidentes do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que lidera a coligação Plataforma da Aliança Inclusiva (PAI - Terra Ranka)  no Governo.

Geraldo Martins afirmou que, "apesar de ser uma experiência" para ambos, pelo facto de nunca um Presidente e um primeiro-ministro na Guiné-Bissau terem sido de campos políticos opostos, os dois responsáveis devem "fazer um esforço" para que a coabitação "seja saudável".

"Pela minha parte, eu vou continuar a trabalhar com o Presidente da República com todo o respeito, fazendo o meu trabalho e desempenhando o meu papel de chefe do Governo", destacou Geraldo Martins, apontando para as regras estabelecidas na Constituição e nas leis do país.

À pergunta sobre se acredita que é desta vez que um Governo eleito democraticamente vai até ao fim da legislatura sem ser demitido, o primeiro-ministro guineense disse, com um sorriso aberto, que, apesar de não depender apenas de si, tem esse sentimento.

"Claro que não depende apenas do primeiro-ministro, mas o nosso objetivo é termos a possibilidade de poder cumprir com o nosso mandato até ao final da legislatura. Eu penso que a Constituição da República e as leis foram feitas no sentido de proporcionar que os governos possam terminar os seus mandatos", sublinhou Geraldo Martins.

No que depender dele, o primeiro-ministro disse que "não vai acontecer qualquer crise no país que pudesse complicar o normal funcionamento das instituições", uma das premissas para que o Presidente da República demita o Governo.

"É evidente que o jogo democrático é complexo e muitas vezes não temos o controlo de todas as variáveis", frisou Geraldo Martins.

Entre várias tarefas previstas no programa do Governo recentemente aprovado pelo parlamento, constam a revisão da Constituição e da Lei Eleitoral, dois dos assuntos que mais polémica têm suscitado na classe política e na própria sociedade guineense.

Em relação à revisão constitucional, o Presidente Umaro Sissoco Embaló instituiu, em 2020, uma comissão que encarregou de formular um novo texto, uma iniciativa bastante criticada no país, sobretudo pela classe política e setores da justiça que dizem ser da exclusiva competência do parlamento.

O primeiro-ministro salientou ser do parlamento a decisão de avançar ou não para a revisão constitucional ou da lei eleitoral, mas lembrou que o Governo que lidera é uma emanação de uma maioria parlamentar.

Geraldo Martins, observou, contudo, ser "quase consensual" no país que é preciso rever a Constituição da República, de forma parcial ou pontual, para "clarificar algumas zonas sombras" no documento.

"Nós colocámos isso no nosso programa eleitoral, porque é um programa eleitoral de uma maioria e essa maioria está representada no parlamento, mas caberá a essa maioria tomar a decisão de avançar ou não com a revisão constitucional", defendeu Geraldo Martins.

O programa do Governo foi aprovado na primeira sessão plenária da Assembleia Nacional Popular, que se prolonga até ao final de dezembro e que tem na ordem de trabalhos a discussão e votação do Orçamento Geral do Estado para 2024, que o executivo está a ultimar.

Se o previsto se confirmar, esta será a primeira vez que a Guiné-Bissau terá um orçamento preparado e votado antes do ano a que se destina.

O Governo tomou posse a 13 de agosto e resultou da nova composição da Assembleia Nacional Popular, com 102 deputados representativos de nove partidos.

O MADEM-G15, o partido do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, é o único da oposição, já que todos os outros apoiam a coligação da maioria que governa a Guiné-Bissau, liderada pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

A coligação elegeu 54 deputados do PAIGC, da União para a Mudança (UM), do Partido da Convergência Democrática (PCD), do Partido Social Democrata (PSD) e do Movimento Democrático Guineense (ODM).

Aos cinco partidos juntaram-se mais tarde, através de um acordo de incidência parlamentar, o Partido da Renovação Social (PRS), com 12 deputados, o Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG), com cinco deputados, e um eleito do APU-PDGB.



Leia Também: Guiné-Bissau pede para crianças irem à escola, sobretudo as meninas

Cancelada a greve convocada pela Federação Nacional dos Motoristas e Transportadores

Por: Mamasamba Balde   © Radio TV Bantaba  Novembro 27, 2023

Afirmação é do porta-voz da federação dos motoristas e Transportadores da Guiné-Bissau Bubacar Hopfer Felix numa entrevista telefónica hoje 27.11.2023.

“Tínhamos marcado greve no setor dos transportes que devia começar esta manhã, mas graças a intervenção do Primeiro-ministro Geraldo João Martins decidimos suspender a greve” disse Bubacar.

Segundo Bubacar Djalo no encontro foi criada uma comissão inter-ministerial de seguimento dos em reivindicação que apresentara relatório até 15 dias.

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Guiné-Bissau. Primeiro-ministro quer fazer país crescer e infraestruturar

© Lusa

POR LUSA   27/11/23 

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Geraldo Martins, quer pôr o país a crescer "sete a sete e meio por cento" até ao final da legislatura e infraestruturar o país, onde falta de quase tudo, desde estradas a energia.

Em entrevista à Lusa por ocasião dos 100 dias de governação, Geraldo Martins considerou "pouco" e "curto" o atual crescimento económico da Guiné-Bissau, em média de cinco por cento ao ano, e indicou como meta do Governo alcançar um valor de "sete, sete e meio por cento, nos próximos quatro anos".

O objetivo, disse, "vai implicar boas políticas macroeconómicas, a mobilização de poupanças, a atração de investimento estrangeiro e um setor privado que seja capaz de investir em áreas produtivas na Guiné-Bissau".

O chefe do executivo acredita que "esse crescimento económico vai proporcionar mais receitas ao Estado para financiar as suas atividades" e contrariar o atual cenário em que a Guiné-Bissau é um dos países que tem a menor taxa de pressão fiscal no mundo por só conseguir cobrar nove por cento da riqueza produzida anualmente no país.

A meta é chegar aos "15% no final da legislatura" e um dos caminhos traçados será o combate à economia informal com um programa de incentivo à formalização dos informais, que pagam, mas os pagamentos que fazem não chegam aos cofres do Estado porque "são feitas várias cobranças ilegais ou abusivas", segundo o primeiro-ministro.

Um suporte para o crescimento económico, acredita Geraldo Martins, é a infraestruturação do país, que classifica como "uma das coisas mais importantes".

O primeiro-ministro avançou que, em breve, a Guiné-Bissau deixará de depender de apenas um fornecedor de energia elétrica, o barco turco da Karpower, empresa que, em outubro, cortou o fornecimento durante dois dias por uma dívida de 15 milhões de dólares (13,7 milhões de euros).

Uma das soluções alternativas é o projeto da OMVG, a Organização para o Aproveitamento do Rio Gâmbia, que "está praticamente a colocar energia em Bissau, com uma capacidade mais ou menos semelhante à Karpower", especificou.

Geraldo Martins afirmou que a Guiné-Bissau não vai fazer "uma rutura imediata" com a atual fornecedora, mas, quando tiver outras soluções, "tudo vai depender daquilo que forem as negociações" com a empresa do barco.

O Governo guineense propõe-se, também, construir mais de mil quilómetros de estradas em quatro anos, com parcerias público-privadas, tendo como prioridade "as que servem para escoamento de produtos e produção agrícola local".

O chefe do executivo sublinhou que "o crescimento económico é fundamental para a redução da pobreza" num país "onde grande parte da população é pobre, cerca de 60% vive com menos de dois dólares por dia".

O turismo é outra aposta, com destaque para a divulgação das "ilhas paradisíacas" dos Bijagós, o arquipélago de 88 ilhas no sul do país, para atrair mais turistas.

"Vamos publicitar essas nossas ilhas, vamos criar condições infraestruturais para que as pessoas possam praticar o turismo, mas um turismo ecologicamente sustentável, por isso mesmo falamos em ecoturismo. Vamos criar outras condições, nomeadamente em termos de saúde, de prestação de serviços de saúde" para garantir segurança ao turista, afirmou.

Questionado pela Lusa, Geraldo Martins aproveitou para esclarecer uma dúvida que circula no país, a de que a ilha de Caravela, também no arquipélago dos Bijagós, teria sido vendida, pelo Governo anterior, a um grupo estrangeiro que opera no país.

Geraldo Martins confirmou ter "informações de que teria havido algum acordo, algum contrato em termos de cedência da ilha de Caravela para alguns grupos que pretendem fazer investimento nessa área", mas assegurou não ter tido acesso "a nenhum papel que prove que houve anuência do Conselho de Ministros para a cedência".

O programa do Governo aponta, como outro vetor do crescimento económico, o início da exploração de recursos naturais, nomeadamente os fosfatos em Farim, no norte, a bauxite, em Boé, no leste, e a areia pesada, em Varela, no norte.

Dos primeiros 100 dias da sua governação, o primeiro-ministro guineense elencou um conjunto de realizações que, disse, estão a atenuar as dificuldades da população, nomeadamente, a abertura do ano escolar, o abaixamento do preço do arroz (base da dieta alimentar do país), dos combustíveis e da farinha do trigo.

A redução do preço do peixe no mercado ainda não foi oficializada, mas o primeiro-ministro disse ser já uma realidade e defendeu ser imperativo que os guineenses comam mais peixe, um recurso abundante no país, mas pouco consumido pela população.

Geraldo Martins garantiu que, até o final do ano, os guineenses vão ter mais peixe no mercado.

O Governo tomou posse a 13 de agosto e resultou da nova composição da Assembleia Nacional Popular, com 102 deputados representativos de nove partidos.

O MADEM-G15, o partido do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, é o único da oposição, já que todos os outros apoiam a coligação da maioria que governa a Guiné-Bissau, liderada pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

A coligação elegeu 54 deputados do PAIGC, da União para a Mudança (UM), do Partido da Convergência Democrática (PCD), do Partido Social Democrata (PSD) e do Movimento Democrático Guineense (ODM).

Aos cinco partidos juntaram-se mais tarde, através de um acordo de incidência parlamentar, o Partido da Renovação Social (PRS), com 12 deputados, o Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG), com cinco deputados, e um eleito do APU-PDGB.



Leia Também: O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Geraldo Martins, pede a pais e encarregados de educação para deixarem as crianças ir à escola, sobretudo as meninas, e promete políticas de sensibilização e criação de condições para a escolarização da população.

domingo, 26 de novembro de 2023

PRESIDENTE DA REPÚBLICA INICIA VISITA DE ESTADO A TIMOR LESTE

A convite do seu homólogo timorense, José Ramos Horta, o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, chegou hoje, 26 de novembro, a Díli, para uma Visita de Estado, por ocasião das Celebrações do Dia da Independência da República de Timor-Leste. 

Esta visita de Estado constitui uma oportunidade para abordar um conjunto de temas relevantes no plano bilateral e multilateral, aprofundando desta forma as excelentes relações entre os dois países.

 Presidência da República da Guiné-Bissau

Netanyahu avisa que guerra vai "continuar até ao fim" do Hamas

© Israeli Government (GPO) / Handout /Anadolu via Getty Images

POR LUSA    26/11/23 

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Nentayahu, afirmou hoje na Faixa de Gaza que as suas tropas vão retomar a ofensiva após o fim do cessar-fogo temporário até que o grupo islamita Hamas seja eliminado.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Nentayahu, afirmou hoje na Faixa de Gaza que as suas tropas vão retomar a ofensiva após o fim do cessar-fogo temporário até que o grupo islamita Hamas seja eliminado.

"Vamos continuar até ao fim, até à vitória. Nada nos demoverá e estamos convencidos que temos o poder, a força, a vontade e a determinação para alcançar todos os objetivos da guerra", afirmou o primeiro-ministro israelita, citado pela agência noticiosa EFE, numa visita ao enclave palestiniano.

Na visita ao enclave, a primeira visita de Netanyahu a Gaza desde o início da guerra, em 07 de outubro, o chefe do governo israelita passou pelos túneis atribuídos ao grupo Hamas e reuniu-se com as tropas do seu país destacadas na zona, de acordo com um comunicado do seu gabinete.

A trégua de quatro dias entrou em vigor às 07:00 de sexta-feira (05:00 em Lisboa) após mais de um mês e meio de guerra, como parte de um acordo para libertar 50 reféns israelitas em troca de 150 prisioneiros palestinianos.

O cessar-fogo chegou até a estar em risco, depois de o Hamas ter dito que Israel não estava a cumprir a sua parte, mas uma intervenção de Egito e do Qatar ajudou a desbloquear a situação.

A guerra eclodiu quando membros do Hamas invadiram o sul de Israel, matando pelo menos 1.200 pessoas, na maioria civis, e fazendo reféns, incluindo bebés, mulheres e idosos, bem como soldados.

Os bombardeamentos israelitas, agora na sétima semana, mataram mais de 14.500 palestinianos, segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, governada pelo Hamas.


Presidente da Serra Leoa diz ter abortado possível tentativa de golpe

Julius Maada Bio, Presidente da Serra Leoa, em campanha, Freetown, 20 junho 2023

VOA Português  26/11/23

Atacantes invadiram cadeias na capital

FREETOWN — O Presidente de Serra Leoa, Julius Maada Bio, declarou um recolher obrigatório a nível nacional depois de homens armados terem atacado o principal quartel militar do país, na capital, aumentando o receio de um possível golpe devEstado, tal como tem acontecido na região.

Bio disse neste domingo, 26, em comunicado no X, anteriormente conhecido como Twitter, que homens armados não identificados atacaram um arsenal na capital, Freetown, no início da manhã.

“A calma foi restaurada e as forças de segurança estão a perseguir os homens armados”, acrescentou.

O ministro da informação, Chernor Bah, disse contudo mais tarde que os atacantes tinham invadido vários prisões após as forças de segurança terem efecutado “uma retirada tática”.

Julius Maada Bio foi reeleito para um segundo mandato em Junho, numa votação criticada pelo principal partido da oposição que acusou a comissão eleitoral de conspirar com o partido do Presidente para realizar fraude.

O Ministério da Informação e Educação também afirmou num comunicado que o Governo e as forças de segurança estão “no controlo” da situação.

Não foi avançado nenhum detalhe sobre os tais homens armados ou o motivo do ataque.

Vídeos online, que se tornaram virais, mostraram soldados a patrulhar as ruas vazias de Freetwon e fortes disparos de arma de fogo.

A Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO), da qual Sioerra Leon é membro, descreveu o incidente como uma conspiração “para adquirir armas e perturbar a paz e a ordem constitucional” no país.

“A CEDEAO reitera a sua tolerância zero para mudanças inconstitucionais de governo”, disse num comunicado.

A votação de junho foi a quinta eleição presidencial do país desde o fim de uma brutal guerra civil de 11 anos – há mais de duas décadas – que deixou dezenas de milhares de mortos e destruiu a economia do país.

Bio continua a enfrentar críticas devido às difíceis condições económicas do pais.

Quase 60% da população da Serra Leoa, de mais de sete milhões de pessoas, vivem na pobreza, sendo o desemprego juvenil um dos mais elevados da África Ocidental.

C/AP


Leia Também: Um grupo de homens armados por identificar invadiram hoje uma prisão e libertaram presos depois de terem atacado um quartel do exército em Freetown, dando início a um tiroteio, confirmou à EFE uma fonte dos serviços prisionais.

Telavive acusa primeiro-ministro irlandês de "normalizar terrorismo"

© Sudan Sovereignty Council / Handout/Anadolu Agency via Getty Images

POR LUSA   26/11/23 

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Eli Cohen, acusou hoje o primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, de "normalizar o terrorismo" ao ter feito um comentário impróprio sobre a libertação de uma criança israelo-irlandesa.

Segundo adianta a agência EFE, Cohen aludia ao facto de Varadkar ter celebrado a libertação da rapariga israelo-irlandesa Emily Hand, de nove anos, dizendo que ela "se perdeu" e não mencionando que estava refém do Hamas na Faixa de Gaza.

"Senhor primeiro-ministro, parece ter perdido a sua bússola moral e precisa de uma verificação da realidade. Emily Hand não se 'perdeu', foi raptada por uma organização terrorista pior do que o Estado Islâmico, que assassinou a sua madrasta", escreveu Eli Cohen no twitter, acusando Varadkar de "legitimar e normalizar o terrorismo".

Horas antes, Varadkar tinha celebrado numa declaração através do X (ex-twitter) a libertação de Hand, juntamente com outros 12 reféns israelitas que deixaram no sábado a Faixa de Gaza, no âmbito do acordo de troca de reféns por prisioneiros e do cessar-fogo temporário com o movimento islamita Hamas.

"Este é um dia de enorme alegria e alívio para Emily Hand e a sua família. Uma criança inocente que estava perdida foi agora encontrada e devolvida, respiramos de alívio", disse o líder irlandês, num comentário em que não fez qualquer referência ao Hamas ou ao facto de a criança ter sido levada em cativeiro por milícias palestinianas.

Hand foi raptada durante o ataque das milícias em Israel, em 07 de outubro, quando se encontrava no seu local de residência, o Kibbutz Beeri, uma comunidade colectiva a poucos quilómetros de Gaza, onde dezenas de pessoas foram feitas prisioneiras pelas milícias palestinianas.

A madrasta de Hand foi morta no ataque, enquanto a rapariga foi levada para Gaza juntamente com uma amiga que estava com ela.

No sábado foi libertada com outros 12 israelitas, todos mulheres e menores, para além da libertação de quatro tailandeses que trabalhavam em comunidades agrícolas perto de Gaza.



Leia Também: Presidente alemão reitera direito à defesa antes de viajar para Telavive

PAPA FRANCISCO: Gripe leva Papa a rezar Angelus dominical a partir da sua residência

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POR LUSA  26/11/23 

O Papa Francisco rezará o Angelus dominical na capela da sua residência no Vaticano e não na varanda do Palácio Apostólico na Praça de São Pedro, como habitualmente, devido à gripe que obrigou a cancelar a agenda de sábado.

"Às 12h00, o Papa Francisco recitará o Angelus via conexão a partir da capela da Casa Santa Marta. A oração será transmitida ao vivo pela televisão e nos ecrãs da Praça de São Pedro", informou a Santa Sé em comunicado.

No sábado, o Vaticano anunciou que a agenda do pontífice para esse dia tinha sido cancelada devido ao "ligeiro estado gripal" do Papa.

"As audiências do Santo Padre marcadas para esta manhã foram canceladas devido a um leve estado gripal", indicou a Santa Sé num breve comunicado.

Entretanto, Francisco efetuou uma TAC (tomografia computorizada) para descartar o risco de complicações pulmonares no hospital Gemelli Isola, em Roma: "O exame deu negativo e o Papa regressou à Casa Santa Marta", informou o Vaticano.

No sábado, o Papa tinha agendado um encontro com o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, que foi cancelado, mas os seus compromissos para os próximos dias continuam na agenda, incluindo a viagem do Dubai, na sexta-feira, 01 de dezembro, à cimeira da COP 28 sobre as alterações climáticas.

Na terça-feira, está também prevista a participação de Francisco no encontro de bispos da Conferência Episcopal Espanhola, no Dicastério para o Clero, no Vaticano, e, um dia antes, na segunda-feira, a receção em audiência do presidente do Paraguai, Santiago Peña.

No passado dia 06 de novembro, o próprio Francisco explicou, com voz cansada, que não estava bem de saúde e que preferia não ler o discurso que tinha preparado para receber os rabinos europeus, mas não interrompeu as atividades então previstas na sua agenda.

"Bons dias, saúdo a todos e dou-lhes as boas vindas. Agradeço esta visita, que tanto me agrada, mas não estou bem de saúde e, por isso, prefiro não ler o discurso, mas entregá-lo para que o levem", disse o Papa, com voz cansada e algo rouca.

Posteriormente, nesse mesmo dia, o porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, esclareceu que o Papa estava "um pouco constipado", mas que as suas atividades iriam prosseguir normalmente.



Leia Também: Papa Francisco faz exames no hospital após contrair gripe

Economia informal paga, mas dinheiro não chega aos cofres da Guiné-Bissau

© Lusa

POR LUSA   26/11/23 

A economia informal na Guiné-Bissau é alvo de várias cobranças e paga-as, mas o dinheiro não chega aos cofres do Estado, realidade que o Governo quer contrariar com um programa de incentivo à legalização, avançou o primeiro-ministro, Geraldo Martins.

O chefe do executivo guineense, em funções há pouco mais de três meses, adiantou, numa entrevista que a Lusa divulgará na integra esta segunda-feira, que o Governo está a preparar um programa de incentivo da formalização dos informais, mas considerou que o problema não é apenas de falta de pagamento de impostos.

Desde o saldo para telemóvel à fruta, vende-se de tudo nas ruas da Guiné-Bissau sem fatura, o que não significa que este comércio não pague, segundo o primeiro-ministro, que reconhece que o dinheiro fica, muitas vezes, com quem faz as cobranças.

O problema dos informais, como disse, "é que pagam, mas pela informalidade, os pagamentos que fazem, muitas vezes, não são pagamentos legais no sentido de que não são pagamentos que chegam aos cofres do Estado".

"Há muitos informais que nos dizem que são feitas várias cobranças ao mesmo tempo, mas eles próprios têm noção que estão a pagar mas que esses pagamentos não chegam aos cofres do Estado", afirmou.

A explicação do chefe do executivo é que essas cobranças são feitas por "entidades que se aproveitam, certamente, de alguma fragilidade da parte do próprio Estado para fazerem ou cobranças ilegais ou cobranças abusivas".

Estas são algumas das razões pelas quais a Guiné-Bissau é um dos países que tem a menor taxa de pressão fiscal do mundo.

"Nós só conseguimos ir buscar, em termos de receitas fiscais, nove por cento do nosso Produto Interno Bruto (PIB), anualmente", concretizou o primeiro-ministro.

O programa do Governo quer fazer passar a taxa de pressão fiscal de 9% para 15% "até ao final da legislatura" e, uma das medidas previstas, é "trabalhar com esses informais, primeiro para tentar puxá-los para a formalidade, porque eles próprios, sendo operadores formais, têm várias vantagens".

"Os informais não têm acesso a crédito bancário, se vão a um banco não conseguem porque não têm garantias, por exemplo, para apresentar. O facto de serem formais, de terem uma contabilidade própria e organizada já é uma vantagem, podem ter acesso aos bancos e podem passar a pagar de acordo com aquilo que são as regras para os pagamentos de taxas, impostos etc", sustentou.

O Governo acredita que será possível convencer os informais, também, com os mecanismos que o Estado irá criar e que "vão gradualmente poder utilizar, para serem operadores formais que participam no processo de crescimento económico e da produção da riqueza".


Vendedores pagam para "bolsos" de alguém no maior mercado da Guiné-Bissau

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POR LUSA   26/11/23 

Todos os dias, milhares de pessoas compram uma senha para vender no maior e mais emblemático espaço de comércio da Guiné-Bissau, o mercado de Bandim, sem saber quantas vezes e quanto vão ter que pagar.

Ninguém sabe ao certo quanto dinheiro passa por aquele que é reconhecido como o centro da economia informal, em Bissau, mas quem lá vende garante que paga e que o dinheiro está "nos bolsos" de alguém.

Teresa Cá vende mandioca, batata-doce, inhame, entre outros produtos, num passeio e contou à Lusa que ela, e os outros
vendedores, "muitas vezes" pagam a senha do dia, no valor de 150 francos cfa (0,23 euros) e os fiscais da Câmara voltam, apreendem os produtos e obrigam a pagar novamente para os recuperar.

Segundo diz, às vezes dão-lhes também e senha com um preço superior ao habitual e tudo o que os vendedores pedem é que o Governo os ajude "a mudar isto que está a acontecer.

"Todos os dias apreendem as coisas e metem no carro e levam. No momento da apreensão, pedem-nos para pagar mil (1,5 euroa) ou cinco mil francos (7,5 euros) para poder libertar as tuas coisas. As coisas nem chegam à Câmara, é só para nos tirar dinheiro", continuou.

Teresa garantiu à Lusa que os vendedores sabem "que aquele dinheiro não vai para os cofres do Estado, vai para os bolsos deles (de quem cobra)".

Do mesmo se queixa, Aladje Djalo, vendedor ambulante, que sublinha à Lusa que todos os dias está ali no passeio a vender galinhas, panos, roupa, porque "nem toda a gente consegue emprego no Estado".

Diz que faz disto vida para se sustentar e à família e "para poder evitar outros caminhos", como roubar.

"O que nos acontece é que depois de pagar, vêm as mesmas pessoas e roubam-nos (porque) levam o que estamos a vender e temos que pagar multa, o que significa que pagamos duas vezes por dia", contou.

"Quando estamos a vender, aparecem as mesmas pessoas da Câmara, prendem-te e roubam o que tu tens e levam-te para pagar a multa superior aos 150 que já tinhas pagado", insistiu.

No mesmo passeio está diariamente Mariatu Si, a vender castanha, que compra sem lhe passarem recibo, algo que escasseia por ali, assim como faturas.

É assim que ganham "pão", que ganham "para os filhos irem à escola, para transporte e material".

"Mas nós não estamos seguros aqui, porque a Câmara não nos dá tempo, mal tu chegas e estás a montar o banco, a Câmara já chega e pega (nos produtos) e leva e quando levam, não consegues recuperar tudo", indicou.

Esta vendedora ouve dizer que "Bissau vai melhorar", mas considera que "cada dia está mais complicado".

"Quando votamos pensamos que ia haver um resultado positivo, não é só pôr lá o dedo e depois não vês nada. Toda a vez que nós votamos, o resultado é zero. Será que vamos ficar sempre assim?", pergunta-se esta mulher.


Guiné-Bissau: Constipação leva o Papa a cancelar visita de Sissoco Embalo

Por Rádio Capital Fm

Bissau - (26.11.2023) - A agenda do Papa Francisco para este sábado (25.11) foi cancelada, porque o Pontífice se encontra num "ligeiro estado gripal", anunciou o Vaticano.

“As audiências do Santo Padre previstas para esta manhã foram canceladas devido a um leve estado gripal", indicou a Santa Sé num curto comunicado.

O Papa tinha marcado para este sábado um encontro com o presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, que foi cancelado, mantendo-se na agenda os seus compromissos para os próximos dias, incluindo a viagem ao Dubai, na sexta-feira, 01 de dezembro, à cimeira da COP 28 sobre as alterações climáticas.

Para terça-feira, está prevista a participação de Francisco no encontro de bispos da Conferência Episcopal Espanhola, no Dicastério para o Clero, no Vaticano, e um dia antes, na segunda-feira, o Papa deverá receber em audiência o Presidente do Paraguai, Santiago Peña.

No passado dia 6 de novembro, o próprio Francisco explicou, com voz cansada, que não estava bem de saúde e que preferia não ler o discurso que havia preparado ao receber os rabinos europeus, mas não interrompeu as atividades da sua agenda.

Ministro das Finanças Suleimane Seidi será interpelado pelos deputados segunda-feira

Por Radio Voz Do Povo

O ministro da Economia e Finanças vai ao parlamento para esclarecer sobre os 6 biliōes FCFA destinados a resgatar empresas.

Vários tecnicos das finanças e baqueiros já foram ouvidos pelo Ministerio Publico que

efetuou sexta-feira, buscas e apreensões no Ministerio das Finanças, bem como no Banco da África Ocidental. 

O Ministério Público fez apreensao de documentos que, segundo fontes, realçam elementos passíveis de indícios de práticas de crimes de corrupção, violação de normas de execução orçamental, de administração danosa e de peculato.

Logo na terça-feira, o Ministerio Publico agendou ouvir tambem o Ministro da Economia e Finanças no āmbito dos inqueritos sobre os 6 biliōes FCFA, pagos as empresas.

sábado, 25 de novembro de 2023

ESTADO, BANDIDASKU KU BANDISSALONS.

Por Jorge Herbert

A ignorância e a cultura da dependência a ajudas externas que existe na sociedade guineense, faz com que o cidadão guineense tenha uma enorme falta de noção do que é Estado e de sentir-se como parte integrante dele, com deveres para com ele e com direitos à proteção daquilo que é o bem comum, ou seja de todos os guineenses, mesmo que a sua proveniência tenha sido através de doações …

Como é possível que alguns representantes do Estado queiram fazer com que o Estado (entenda-se TODOS OS GUINEENSES) assuma as dívidas de empresas privadas dos amigos e ainda existirem guineenses que concordem como esse processo, apenas por questões de ideologia política ou a continuidade da garantia de sustento (barriga!)!?

Quando é que os nossos dirigentes políticos e o povo em geral entenderão que enriquecendo meia-dúzia de amigos, empobrece-se todo um país e o seu povo, enquanto que, enriquecendo o país, uma boa fatia da população também acaba por conseguir melhores condições de vida e isso resulta na estabilidade política e social e ainda maior desenvolvimento e enriquecimento ?

Ainda não consigo perceber como é que um cidadão comum é capaz de concordar e até apoiar esse novo processo de resgate, que para mim não passa de uma grande aldrabice. Aquilo que dizemos em criolo “Bandidasku di bandissalons”.

Resultado final do processo de recrutamento de pessoal para o INE

  Radio Voz Do Povo

Santo Egídio: PRESIDENTE DA REPÚBLICA VISITA SEDE DA COMUNIDADE SANT’EGÍDIO EM ROMA

 Presidência da República da Guiné-Bissau


Veja Também:

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, manteve um encontro com o Presidente da Câmara Municipal de Roma, Roberto Gualtieri, no salão nobre da autoridade local. 

Na ocasião, Roberto Gualtieri expressou o interesse da Câmara de Roma em estabelecer laços de cooperação com a Câmara de Bissau e aproveitou a oportunidade para solicitar o apoio da Guiné-Bissau à candidatura de Roma para sediar a Expo 2030.🇬🇼🇮🇹


Israel boicota reunião de países da UE e 15 do Mediterrâneo em Barcelona

© Shutterstock

POR LUSA   25/11/23 

Os chefes da diplomacia dos 27 membros da União Europeia, de outros 15 países mediterrânicos e da Comissão Europeia debatem na segunda-feira em Barcelona a situação no Médio Oriente, com a presença da Autoridade Palestiniana, mas sem Israel.

Trata-se do oitavo Fórum Regional da União pelo Mediterrâneo, um encontro dos países que integram esta organização intergovernamental ao nível de ministros dos Negócios Estrangeiros, incluindo o chefe da diplomacia portuguesa João Gomes Cravinho.

Israel e a Autoridade Palestiniana fazem parte da União pelo Med
iterrâneo (UpM), mas Telavive cancelou na sexta-feira a presença em Barcelona.

A UpM revelou na quinta-feira, num comunicado, que apesar de a agenda inicial do fórum ter como foco o 15.º aniversário da organização "e as reformas em curso", os ministros vão afinal "debater a situação crítica em Israel e em Gaza-Palestina, assim como as consequências na região".

"O fórum é a oportunidade para um intercâmbio entre todos os membros sobre a situação dramática no terreno e o caminho a seguir", defendeu a UpM.

Poucas horas depois, fontes do governo israelita disseram a meios de comunicação espanhóis que Israel não vai ao encontro anual de ministros da UpM em Barcelona. Em paralelo, a Autoridade Palestiniana confirmou que vai estar presente.

Israel lamentou "a mudança de agenda original" do fórum da UpM, que deveria ser "uma plataforma prática para fomentar a cooperação entre diferentes países em benefício de todos os povos do Mediterrâneo".

As mudanças "prejudicam o propósito da UpM e correm o risco de a transformar noutro fórum internacional em que os países árabes criticam Israel", disseram as fontes de Telavive, citadas pela agência Europa Press.

O boicote de Telavive frusta o objetivo do Governo espanhol de fazer da UpM e do encontro de segunda-feira uma plataforma de diálogo e de aproximação entre Israel e os países árabes, incluindo a autoridades palestiniana.

Em 17 de outubro, dias depois do início da guerra em Gaza na sequência do ataque do grupo islamita radical Hamas a Israel, o primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, propôs ao Conselho Europeu fazer da UpM essa plataforma de diálogo entre várias partes, com o argumento de que israelitas, palestinianos e outros países europeus e árabes têm assento neste fórum em igualdade de condições.

"Tanto os europeus como os árabes se sentam em volta da mesa. É, em nosso entender, uma boa oportunidade para ser aproveitada", disse Sánchez.

A decisão de Israel não estar em Barcelona coincidiu também com a visita de Sánchez, em conjunto com o homólogo da Bélgica, Alexander de Croo, na quinta e na sexta-feira, ao Médio Oriente, durante a qual ambos fizeram declarações que o Governo de Telavive considerou de "apoio ao terrorismo" do Hamas.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, segundo um comunicado do Governo de Telavive, "condenou energicamente" as declarações de Sánchez e de Croo, por considerar que não atribuíram ao Hamas, que controla a Faixa de Gaza, "toda a responsabilidade pelos crimes contra a humanidade que perpetuou: massacrar cidadãos israelitas e usar os palestinianos como escudos humanos".

Numa conferência de imprensa na sexta-feira em Rafah, no Egito, na fronteira com Gaza, Sánchez e de Croo pediram a libertação dos reféns israelitas por parte do Hamas, mas voltaram a criticar, e repetidamente, Israel pelo desrespeito pelo direito internacional e a morte de "demasiados civis" palestinianos, incluindo milhares de crianças, na operação militar israelita das últimas semanas naquele território.

"Penso firmemente que temos de fazer um apelo a Israel para que cumpra com as suas obrigações em matéria de direito internacional", disse Pedro Sánchez, que usou expressões como "matança indiscriminada de civis inocentes" em Gaza.

O primeiro-ministro belga, por seu turno, disse que foi à região com Sánchez com uma "mensagem de solidariedade e de humanidade", afirmou que do outro lado da fronteira onde se encontravam, no território palestiniano, "perderam a vida demasiados civis" e considerou que "a destruição de Gaza é inaceitável".

Tanto Sánchez como De Croo realçaram que condenam o ataque do Hamas de 07 de outubro e que Israel tem o legítimo direito de se defender no quadro das leis internacionais.

Fazem parte da UpM 43 países - os 27 da UE e mais 17 estados mediterrânicos da Europa, do Norte de África e do Médio Oriente, incluindo a Palestina, não reconhecido oficialmente como estado por todos os restantes.

O Fórum Regional da UpM, um encontro de ministros dos Negócios Estrangeiros (MNE), realiza-se anualmente em Barcelona e é co-presidido pelo chefe da diplomacia da UE, o espanhol Josep Borrell, e pelo ministro da Jordânia Ayman Safadi.

A UpM foi criada em 2008 e é herdeira da Conferência Euro-mediterrânica, fundada em 2015 e conhecida como "processo de Barcelona", tendo como objetivo fomentar a cooperação na região euro-mediterrânica.



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Pyongyang diz que satélite espião captou imagens de potenciais alvos

© Lusa

POR LUSA   25/11/23 

A Coreia do Norte garantiu hoje que o seu satélite espião, lançado na terça-feira, captou imagens de potenciais alvos na vizinha Coreia do Sul, especialmente em áreas onde estão localizadas bases militares dos EUA.

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, visitou na sexta-feira o centro de controlo geral da Administração Nacional de Tecnologia Aeroespacial norte-coreana (NATA, na sigla em inglês), na capital, de onde é coordenada a missão do satélite, avançou hoje a KCNA.

De acordo com a agência de notícias estatal da Coreia do Norte, Kim viu no centro "fotografias das principais regiões alvo, incluindo Mokpo, Gunsan, Pyeongtaek, Osan, Seul e outras áreas" do país vizinho.

A cidade de Pyeongtaek, no norte da Coreia do Sul, alberga Camp Humphreys, a maior base militar dos Estados Unidos fora do território norte-americano. Gunsan e Osan também acolhem bases dos EUA, o principal aliado militar de Seul.

As fotografias terão sido tiradas entre as 10:15 e as 10:27 de sexta-feira (entre as 02:15 e 02:17 em Lisboa), "quando o satélite passou sobre a península coreana", avançou a KCNA.

Kim Jong-un, que já se tinha deslocado ao centro de controlo horas depois do lançamento, na terça-feira, visitou novamente as instalações "para rever a preparação operacional do satélite de reconhecimento".

A Coreia do Norte indicou que a missão do satélite terá início oficialmente a 01 de dezembro, mas garante que o dispositivo já capturou imagens relevantes, incluindo de várias instalações militares dos EUA na ilha de Guam.

A NATA informou Kim "sobre o plano fotográfico da região inimiga e o processo de ajuste adicional do satélite de reconhecimento" planeado para hoje de manhã, acrescentou a KCNA.

Pyongyang não publicou até ao momento quaisquer imagens captadas pelo satélite.

O serviço de inteligência da Coreia do Sul confirmou na quinta-feira que o lançamento do satélite espião do Norte foi bem-sucedido e que foi colocado numa trajetória orbital, mas disse que ainda era demasiado cedo para saber se o satélite está a funcionar.

O lançamento do satélite espião foi condenado por grande parte da comunidade internacional por violar as sanções impostas pelas Nações Unidas ao regime da Coreia do Norte.

Em retaliação, Seul decidiu suspender de forma parcial o acordo militar assinado com Pyongyang em 2018, algo que permite ao Sul retomar as atividades de reconhecimento nas zonas em torno da fronteira militarizada com o Norte

Pouco depois de a Coreia do Sul ter suspendido parcialmente este acordo, na quarta-feira, o país posicionou drones e aviões de reconhecimento nas zonas fronteiriças, revelaram fontes militares à agência de notícia sul-coreana Yonhap.


𝗣𝗔𝗥𝗧𝗜𝗗𝗢 𝗟𝗨𝗭 𝗘𝗫𝗜𝗚𝗘 𝗔 𝗗𝗘𝗠𝗜𝗦𝗦Ã𝗢 𝗗𝗢 𝗚𝗢𝗩𝗘𝗥𝗡𝗢 𝗗𝗘 𝗚𝗘𝗥𝗔𝗟𝗗𝗢 𝗠𝗔𝗥𝗧𝗜𝗡𝗦

Hoje numa conferência de imprensa realizada em Bissau, cujo objetivo de denunciar suposta empréstimo de 6 biliões de francos cefa por parte do executivo à um banco no país para pagar dívidas a um grupo de empresários guineenses, o vice-presidente do partido, Herculano Arlindo Mendes, pede o envolvimento do Ministério Público para "travar" o suposto pagamento.

O Partido liderado por Lesmes Mutna Monteiro alega a caducidade do atual governo, por isso, alerta o chefe de Estado, Úmaro Sissocó Embaló para assumir as suas "responsabilidades".

 Rádio Jovem Bissau

Caso “resgate” de empresas: MINISTÉRIO PÚBLICO EFETUA BUSCAS E APREENSÕES NO MINISTÉRIO DAS FINANÇAS E NO BAO

 O DEMOCRATA  24/11/2023  

O Ministério Público efetuou na manhã desta sexta-feira, 24 de novembro de 2023, um mandado de buscas e apreensões na direção geral do Tesouro Público e no Serviço de Dívida Interna do ministério das Finanças, bem como no Banco da África Ocidental (BAO), no âmbito de um plano de combate e luta contra a corrupção na Guiné-Bissau

O Democrata apurou junto do Gabinete de Imprensa do Ministério Público que as operações de buscas e apreensões foram desencadeadas na sequência de uma denúncia sobre supostos pagamentos de seis biliões de francos cfa a favor de 11 empresas nacionais, através do Banco BAO, em Bissau, em resposta ao pedido, por escrito, do Ministro das Finanças, Suleimane Seidi, com a data de 07 de novembro deste ano.

De acordo com as informações, os delegados do Ministério Público conseguiram descobrir, no âmbito das buscas e apreensões junto do BAO e no Ministério das Finanças, o Cativo das contas do Tesouro Público e das empresas em causa e a apreensão de vários documentos para averiguação.

“Para além desses documentos na posse dos magistrados do Ministério Público, já existem elementos suficientes passíveis de indícios de práticas de crimes, nomeadamente de corrupção, violação de normas de execução orçamental, de administração danosa e de peculato, todos enquadrados nos crimes de titulares de cargos políticos”, indicou o documento consultado pelo Democrata.

Segundo uma nota do gabinete de imprensa da Procuradoria-Geral da República a que a redação do Jornal O Democrata teve acesso, participaram nessas operações dois magistrados do Gabinete de Auditoria e Contas da Procuradoria-Geral da República, dois da Vara Crime do Tribunal Regional de Bissau, um Oficial de Justiça e um técnico informático.

Por: Filomeno Sambú


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sexta-feira, 24 de novembro de 2023

Guiné-Bissau pondera parcerias público-privadas para estradas

© Lusa

POR LUSA    24/11/23 

O Governo da Guiné-Bissau pondera recorrer a parcerias público-privadas para construir mais de mil quilómetros de estradas até ao final da legislatura, disse o primeiro-ministro, Geraldo Martins, à Lusa.

A infraestruturação do país é uma das prioridades do executivo da coligação PAI-Terra Ranka, em funções há pouco mais de três meses, num país com uma rede viária deficitária, em que predomina a terra batida e buracos.

O primeiro-ministro, Geraldo Martins, reconheceu, em declarações à Lusa, que a Guiné-Bissau tem mais necessidades, mas disse que o Governo está a ser prudente em função das possibilidades e designou como objetivo "alcatroar mais de mil quilómetros de estradas".

O financiamento, disse, é possível pela via da dívida, ou seja pedir dinheiro emprestado, "mas a dívida tem as suas limitações e a Guiné-Bissau já está num patamar de dívida extremamente elevado que requer alguma prudência".

A outra opção de financiamento, a qual o Governo está a ponderar, é as parcerias público-privadas.

"É uma das coisas que nós estamos a pensar, é procurar parcerias público-privadas", afirmou, apontando concretamente mecanismos como os chamados BOIT, Bussiness of Idle Things, recursos inativos que investidores usam para financiar e que recuperam através da exploração dos equipamentos.

"Devemos ser realistas e considerarmos, primeiro, não temos muita margem para dívida para fazermos mais do que mil quilómetros de estrada em quatro anos, ou teremos condições de fazer parcerias público-privadas, mas essas parcerias público-privadas também não podem levar-nos a fazer mais do que mil quilómetros de estrada", insistiu.

Este é o objetivo mínimo do Governo, sublinhou, acrescentando que "se conseguir mais, melhor para o país".

O objetivo dos mil quilómetros de estradas é "para quatro anos" e, segundo o primeiro-ministro, "o que vai acontecer é que, anualmente, o Governo vai apresentar à Assembleia Nacional Popular o Orçamento Geral do Estado para o ano seguinte e o Plano Nacional de Desenvolvimento.

Será nesse Plano nacional de Desenvolvimento que o executivo irá "determinar quais são as prioridades para cada ano de governação".

O primeiro-ministro observou que "as estradas prioritárias são aquelas, por exemplo, que servem para o escoamento de produtos e da produção agrícola local".

"Quando há estrada numa zona de produção, as populações têm mais estímulo para produzirem e isso pode dar um "boost" (impulso) em termos e produção, crescimento económico, etc.", considerou.

Para Geraldo Martins, "essa produção leva a um crescimento económico, o crescimento económico leva a que o Estado possa ter mais receitas e as receitas podem contribuir para pagar a estrada".

Outras obras rodoviárias estão em curso no país como a reabilitação de 40 quilómetros da principal estrada de Bissau, no troço Safim-Jugudul, onde esteve hoje o primeiro-ministro,

A cerimonia marcou o lançamento dos trabalhos de manutenção corrente da estrada em terra e revestida da rede rodoviária nacional prioritária.


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POR LUSA   23/11/23 

A Guiné-Bissau recebeu hoje um drone submarino para monitorizar o lixo nas ilhas Bijagós, oferta de uma expedição que partiu de Portugal, com velejadores de várias nacionalidades, para chamar a atenção para o arquipélago considerado "um paraíso".

As 88 ilhas das Bijagós, 20 das quais habitadas, são área protegida para onde as correntes do oceano Atlântico arrastam lixo de diferentes origens, o que as autoridades locais reconhecem como um problema para a biodiversidade.

A expedição Bijagós, uma iniciativa da sociedade civil, entregou hoje ao Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas (IBAP) da Guiné-Bissau um drone que vai permitir monitorizar os meios aquáticos no arquipélago e obter informação sobre biodiversidade e formação de depósitos de lixo no leito marinho.

Miguel Teixeira foi o impulsionado da iniciativa que partiu da ilha da Madeira, em Portugal, e juntou velejadores de várias nacionalidades, assim como os 1.300 euros para aquisição do drone.

Segundo explicou, na entrega, que decorreu na Embaixada de Portugal, em Bissau, este equipamento irá dar uma ideia mais precisa do que ocorre "até 50 metros de profundidade, porque o que se vê à tona de água é para aí 10% do que existe lá em baixo".

Como sublinhou, o arquipélago guineense "é um paraíso que está a ser violentado por um lixo que não é produzido" localmente.

Uma questão "muito preocupante", segundo a diretora-geral do Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas (IBAP), Aissa Regalla de Barros, explicando que "as Bijagós recebem muitos lixos, por causa das correntes e acabam por ser tipo um depósito de lixo que não é produzido a nível nacional".

Para a diretora-geral do IBAP, "estas pequenas iniciativas que dão orientações sobre como gerir o lixo ou pequenas ações de sensibilização mesmo da comunidade para recolha desse lixo, são extremamente importantes".

As praias afetadas, como disse, "são zonas muito importantes de desova de muitas espécies de aves migratórias e tartarugas".

Na Guiné-Bissau, chegou a ser feito um despacho governamental, para acabar com os sacos plásticos, proibindo a comercialização de sacos de plásticos não biodegradáveis, mas estes continuam a ser usados.

"Temos que começar a falar disso e o Governo atual tem que ter isso em consideração", defendeu.

Um dos propósitos da expedição de velejadores às Bijagós foi justamente, como enfatizou Miguel Teixeira, monitorizar e elaborar um relatório sobre os plásticos e resíduos médicos que se acumulam após a época das chuvas nas ilhas, assim como limpar as praias da ilha de Poilao para que as tartarugas-de-couro possam desovar.

A expedição serviu também para entregar bens essenciais, como medicamentos e roupas, aos habitantes das 20 ilhas habitadas, e colocar um farol na ilha de Urangozino.

O mentor adiantou que "o próximo passo" será "tentar oferecer uma incineradora de lixo ao hospital de Bubaque", num país onde não existe este tipo de equipamento.