quarta-feira, 26 de julho de 2023
Migração - Director Geral considera de “falsas” as informações da detenção no aeroporto de Lisboa de uma mulher com 11 crianças provenientes de Bissau
SENEGAL: Pelo menos 22 pessoas morreram e 52 ficaram feridas quando um autocarro que transportava passageiros capotou na manhã de hoje no norte do Senegal, disseram os bombeiros.
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POR LUSA 26/07/23
Capotamento de autocarro no Senegal faz 22 mortos e 52 feridos
Pelo menos 22 pessoas morreram e 52 ficaram feridas quando um autocarro que transportava passageiros capotou na manhã de hoje no norte do Senegal, disseram os bombeiros.
"O acidente ocorreu na aldeia de Ngeune Sarr, na região de Louga, e provocou 74 vítimas", entre as quais 22 mortos e 52 feridos, disse um responsável nacional dos bombeiros.
"Não terminámos de contar" as vítimas, disse à agência AFP um socorrista mobilizado no terreno.
O horário e as circunstâncias do acidente não foram referidos pelos bombeiros.
Dezenove pessoas morreram e 24 ficaram feridas em 16 de janeiro, no seguimento de uma colisão entre um autocarro e um camião na área ao redor de Louga, onde ocorreu o acidente de hoje.
Anteriormente, uma colisão entre dois autocarros tinha causado a morte de cerca de 40 pessoas, no dia 08 de janeiro, no centro do país.
A tragédia de 08 de janeiro, atribuída ao rebentamento de um pneu, tinha suscitado uma onda de críticas às autoridades pela incapacidade de fazer cumprir as regras de condução, mas também os regulamentos sobre o estado das viaturas, apesar da multiplicação de acidentes.
O Governo senegalês anunciou imediatamente cerca de 20 medidas, incluindo a proibição de viagens noturnas de autocarros e os pneus usados, mas os profissionais do ramo dos transportes consideram que estas eram inaplicáveis.
Esses acidentes no início do ano revelaram os problemas das estradas no Senegal, como em muitos países africanos, como a degradação dos veículos, uma condução imprudente ou mesmo a corrupção generalizada de agentes responsáveis pelo cumprimento das leis e a emissão da carta de condução.
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NÍGER: Golpe de Estado? Bloqueado acesso a Palácio Presidencial no Níger
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POR LUSA 26/07/23
Um grupo de soldados nigerinos terá bloqueado as ruas de acesso ao Palácio Presidencial da capital, Niamey, num momento em que se apontam suspeitas sobre uma possível tentativa de golpe.
Fontes citadas pelo portal noticioso nigerino ActuNiger dão conta de "uma situação confusa e ainda complicada", não adiantando mais pormenores, entre informações que apontam para uma tentativa de disputa no seio da Guarda Presidencial, sem que as autoridades se tenham pronunciado sobre o sucedido.
No entanto, este mesmo meio destacou que existe uma situação calma nas imediações do Palácio Presidencial e que não há circulação de pessoas armadas, tendo o tráfego sido retomado, após os bloqueios registados na madrugada.
Por seu lado, fontes citadas pelo canal de televisão britânico BBC indicaram que o Presidente, Mohamed Bazoum, teria mantido conversações com os militares responsáveis ??pelos bloqueios.
À agência AFP, fonte próxima da presidência referiu que existem "conversações" em curso e que "o Presidente está bem, está são e salvo".
"Ele e sua família estão na residência", acrescentou a mesma fonte, na condição de anonimato.
Por seu lado, a deputada do Partido Nigerino para Democracia e Socialismo (PNDS, no poder), Kalla Moutari, afirmou: "Falei com o Presidente e amigos do ministro, eles estão bem".
Na manhã de hoje foi proibido o acesso à residência do Presidente nigerino e aos gabinetes da Presidência que se encontram no mesmo perímetro.
Nenhum dispositivo militar em particular foi visível no distrito onde está localizada a presidência, o tráfego estava normal e nenhum tiro foi ouvido, adiantou a AFP.
O Níger, país parceiro privilegiado da França no Sahel assolado pela violência terrorista em várias partes do seu território, é liderado pelo presidente democraticamente eleito Mohamed Bazoum, no poder desde abril de 2021.
A história deste país vasto, pobre e desértico, tem sido pontuada por golpes de estado.
Desde a independência desta ex-colónia francesa, em 1960, foram quatro os golpes de estado, com o primeiro em abril de 1974, contra o Presidente Diori Hamani, e o último em fevereiro de 2010, que derrubou o Presidente Mamadou Tandja. Foram inúmeras as tentativas de golpe.
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Kyiv destina mais quase 1.000 milhões para produção nacional de 'drones'
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POR LUSA 26/07/23
O primeiro-ministro da Ucrânia, Denis Shmyhal, anunciou hoje que o Governo de Kyiv vai destinar cerca de 1.000 milhões de euros até ao final do ano para financiar a produção nacional de 'drones' (aparelhos não tripulados).
"Há um ano, graças à iniciativa UNITED24, apresentada pelo Presidente [da Ucrânia] Volodymyr Zelensky, arrecadamos 100 milhões de euros, que investimos em fabricantes de 'drones' ucranianos", disse Shmyhal num evento público, referindo-se à iniciativa presidencial de obter doações.
O primeiro-ministro ucraniano lembrou que, nessa altura, cerca de uma dezena de empresas participou no projeto.
"Hoje há mais de 40 empresas que têm contratos com o Estado, e a produção de 'drones' multiplicou por dez", explicou o chefe do Governo da Ucrânia, cujas autoridades têm como prioridade desenvolver a produção nacional em conjunto com o setor privado para abastecer o exército com milhares de aparelhos não tripulados.
Na intervenção, Shmyhal lembrou que a Ucrânia tem promovido reformas legislativas para tornar mais atraente o investimento privado na produção de 'drones'.
Uma delas elevou para 25% a margem de lucro das empresas do setor que recebem contratos públicos.
Na terça-feira, num discurso ao país, Zelensky destacou a importância do chamado "Exército 'Drone'" que a Ucrânia está a criar.
"A nossa defesa precisa desesperadamente de todos os 'drones', desde o relativamente simples 'Mavic' até aos drones marítimos e de ataque que podem operar a longas distâncias", declarou.
A Ucrânia tem atacado repetidamente a península ocupada da Crimeia com 'drones' marítimos e de longa distância.
Nas últimas semanas, estes últimos 'drones' também foram disparados contra alvos em Moscovo e noutras regiões da Federação Russa.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão, justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para Kyiv e com a imposição a Moscovo de sanções políticas e económicas.
Embaixadores da UE alargam sanções à Bielorrússia pelo apoio à Rússia
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POR LUSA 26/07/23
Os embaixadores dos Estados-membros da União Europeia (UE) chegaram hoje a acordo para alargar as sanções à Bielorrússia pelo apoio à Rússia na guerra contra a Ucrânia e pela repressão em Minsk, abrangendo 38 indivíduos e três entidades.
"Hoje, os embaixadores da UE chegaram a acordo sobre a adoção de medidas restritivas tendo em conta a situação na Bielorrússia e o envolvimento da Bielorrússia na agressão russa contra a Ucrânia", anuncia a presidência rotativa espanhola do Conselho da União Europeia numa mensagem publicada na rede social Twitter.
As medidas incluem o alargamento das listas de sanções e, de acordo com informação dada à agência Lusa por fonte da presidência espanhola, estão em causa mais 38 indivíduos e três entidades.
A UE tem vindo a condenar o envolvimento da Bielorrússia no apoio à Rússia na guerra contra a Ucrânia e, desde 2022, avançou já com sanções individuais e económicas dirigidas a 22 pessoas, restrições ao comércio, proibições no sistema internacional de pagamentos Swift para cinco bancos bielorrussos e em transações com o banco central bielorrusso, para além de limites aos fluxos financeiros bielorrussos para o espaço comunitário.
Paralelamente, na sequência das eleições presidenciais realizadas na Bielorrússia em agosto de 2020, consideradas como fraudulentas pelo bloco europeu, a UE tem vindo a alargar as sanções pela repressão no país.
Desde outubro de 2020, a UE impôs cinco pacotes de sanções relacionadas com a situação na Bielorrússia, num total de 195 pessoas e 34 entidades, respondendo assim à violência das autoridades bielorrussas contra manifestantes e aos ataques híbridos nas fronteiras europeias.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
Apenas dois presidentes lusófonos confirmados na cimeira Rússia/África
faladepapagaio
POR LUSA 26/07/23
A cimeira Rússia/África, que decorre esta semana em São Petersburgo, tem confirmada a presença apenas de dois chefes de estado lusófonos (Moçambique e Guiné-Bissau) e há um, Cabo Verde, que nem sequer envia representação.
De acordo com a recolha feita pela agência Lusa junto dos países lusófonos, a Guiné-Bissau e Moçambique estarão representados ao mais alto nível, com os Presidentes Umaro Sissoco Embaló e Filipe Nyusi, respetivamente, enquanto Angola enviou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Téte António, e São Tomé e Príncipe estará representado pelo embaixador em Lisboa, que está também acreditado em Moscovo.
Pelo contrário, Cabo Verde não enviará qualquer representante à cimeira que junta a Rússia e os países africanos, e que deverá ser marcada não só pela invasão da Ucrânia, mas também pela questão do acesso aos cereais russos e ucranianos (cujas vendas a África foram dificultadas ou mesmo suspensas devido à guerra), a presença do grupo paramilitar Wagner em vários países africanos, e a venda de armamento.
Na semana passada, o Presidente da Guiné-Bissau afirmou que a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) está preocupada com a presença de mercenários do grupo russo Wagner na região, nomeadamente no Mali.
"Sim, estamos preocupados com essa presença e não só", disse Umaro Sissoco Embaló, quando questionado na última quarta-feira sobre se a 'troika' criada na última cimeira de chefes de Estado da CEDEAO para analisar e encontrar soluções para as questões de segurança na região estava preocupada com a presença daquele grupo de mercenários.
Para além de Moçambique e Guiné-Bissau, estarão representados pelos Presidente a África do Sul e o Egito; o vice-presidente da Nigéria, Kashim Shettima, e os primeiros-ministros de Marrocos, Aziz Ajanuch, e da Argélia, Aimen Benabderrahmane.
De acordo com a agência russa de notícias, a TASS, Putin terá reuniões individuais com os presidentes das Comoros, Moçambique, Burundi, Zimbabué, Uganda e Eritreia.
O Presidente russo receberá entre quinta e sexta-feira os representantes de 49 dos 54 países africanos, incluindo 17 chefes de Estado, depois de criticar aquilo que chamou de "pressões sem precedentes" por parte dos Estados Unidos e da França para os países africanos não participaram.
Num artigo publicado na segunda-feira no 'site' do Kremlin, o Presidente russo escreveu que "hoje, a parceria construtiva, confiante e voltada para o futuro entre a Rússia e a África é particularmente significativa e importante".
Espera-se desta segunda cimeira que a Rússia e os países africanos assinem um "plano de ação até 2026" e uma série de documentos bilaterais, como anunciou o Kremlin, tentando que a relação vá além dos acordos na área da defesa e venda de armas, que resumem, na maioria dos casos, até hoje a relação de Moscovo com África.
Contudo, para Moscovo o mais importante, segundo analistas internacionais ouvidos pela Lusa, é mostrar um entendimento com os Estados africanos, apesar do conflito na Ucrânia, que alguns condenaram nas Nações Unidas, e o fim do acordo dos cereais.
Leia Também: Rússia diz que assinou contratos de 10 mil milhões com África desde 2019
Taiwan simula pela 1.ª vez ataque chinês ao principal aeroporto da ilha
© SAM YEH/AFP via Getty Images
POR LUSA 26/07/23
As autoridades de Taiwan realizaram hoje pela primeira vez um exercício militar no aeroporto internacional de Taoyuan, que serve a capital Taipé, simulando um ataque de tropas da República Popular da China.
A iniciativa integra a semana de exercícios anuais 'Han Kuang' (Glória de Han), que este ano incluem a proteção de aeroportos civis, numa altura em que Pequim intensifica a pressão militar e política sobre a ilha.
Trata-se do primeiro exercício do género realizado no maior aeroporto de Taiwan, perto da capital, desde que entrou em funcionamento em 1979, segundo a agência francesa AFP.
O tráfego aéreo foi interrompido durante cerca de 30 minutos enquanto dezenas de soldados lutavam contra "inimigos" que chegavam em helicópteros de ataque à pista do aeroporto.
A polícia e os bombeiros do aeroporto também participaram na operação que, segundo o Governo, visa combinar forças civis e militares para proteger infraestruturas críticas.
"Devemos partir do conceito de 'defender a sociedade como um todo', integrar e utilizar os recursos do exército, do Governo central, dos governos locais e dos setores civis, e coordenar todas as unidades para que trabalhem em conjunto", disse a Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen.
Tsai, que participou num exercício numa refinaria de petróleo em Taoyuan, estava vestida de uniforme e usava uma máscara, tendo sido diagnosticada esta semana como positiva para a covid-19 com sintomas ligeiros.
De acordo com o especialista militar Alexander Huang, Taiwan está a inspirar-se na invasão russa da Ucrânia.
"A tomada do aeroporto do adversário é essencial para enviar um grande número de forças de assalto por via aérea como parte de uma operação de invasão", disse Huang, da Universidade Tamkang de Taipei, à AFP.
"Além de familiarizar as nossas forças com o comando e o controlo, este exercício pode também indicar aos potenciais inimigos que nos estamos a preparar para essa eventualidade", acrescentou.
Taiwan organiza frequentemente manobras militares num contexto de crescente pressão militar e política de Pequim.
Os caças chineses têm feito incursões cada vez mais frequentes na zona de defesa aérea de Taiwan desde que Tsai Ing-wen chegou ao poder em 2016.
No ano passado, as forças armadas chinesas fizeram exercícios em grande escala ao redor de Taiwan e intensificaram continuamente as patrulhas aéreas e navais nas proximidades da ilha, que tem 23 milhões de habitantes.
A China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas.
Pequim considera Taiwan parte do seu território e ameaça a reunificação através da força, caso a ilha declare formalmente a independência.
PRESIDENTE DA REPÚBLICA EM SÃO PETERSBURGO PARA PARTICIPAR NA CIMEIRA RUSSIA - ÁFRICA
O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, efectuou uma viajem a São Petersburgo, Russia, para participar na 2ª Cimeira Rússia-África, que se realizará em São Petersburgo a 27 e 28 de julho.
A Cimeira terá como foco as perspectivas de um maior desenvolvimento das relações entre a Rússia e África, com ênfase na assistência russa ao desenvolvimento soberano nacional dos países africanos, garantindo o acesso equitativo a alimentos, fertilizantes, tecnologias modernas e recursos energéticos.🇬🇼🇷🇺
Membros do Serviço Secreto mordidos por cão de Joe Biden mais de 10 vezes
SIC Notícias 25.07.2023
Biden recebeu o Commander em dezembro de 2021, uma oferta do seu irmão James.
O cão Commander, do presidente dos EUA, Joe Biden, já mordeu membros do Serviço Secreto, encarregado da proteção presidencial, pelo menos 10 vezes, entre outubro de 2022 e janeiro, segundo registos do Departamento de Segurança Interna.
A informação foi divulgada pelo grupo conservador Observador Judicial, na terça-feira, depois de ter tido acesso a cerca de 200 páginas de registos do Serviço Secreto.
A Casa Branca e o Serviço Secreto minimizaram a situação.
Outro cão de Biden, chamado Major, também pastor alemão, foi enviado para casa de amigos, no Estado do Delaware, depois de incidentes similares com membros do Serviço Secreto e funcionários da Casa Branca.
A família também tem um gato, chamado Willow.
Leia Também: EUA. Três militares encontrados misteriosamente mortos dentro de carro
Zelensky denuncia traição de deputado 'apanhado' em férias nas Maldivas
© Alexey Furman/Getty Images
POR LUSA 25/07/23
O Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky denunciou hoje "a traição" de um deputado recentemente descoberto num hotel de luxo nas Maldivas, insistindo na necessidade de as autoridades e líderes políticos darem o exemplo, em tempo de guerra contra a Rússia.
Yuri Aristov, deputado de 48 anos do partido no poder Servo do Povo, foi visto em meados de julho num hotel de cinco estrelas do arquipélago do oceano Índico, de acordo com o 'site' de notícias Slidstvo.info.
Na sequência destas revelações na imprensa, David Arakhamia, o presidente do grupo presidencial no Parlamento, destacou hoje em comunicado que pediu a "suspensão imediata" do deputado no seio do seu grupo parlamentar.
"Solicitei todos os documentos de viagens de negócios e que todas as informações sejam verificadas", acrescentou.
O presidente do Parlamento ucraniano, Rouslan Stefantchouk, revelou, por sua vez, que recebeu uma carta de demissão de Aristov, também vice-presidente da comissão parlamentar responsável pela segurança nacional, defesa e inteligência, cujo papel é eminentemente estratégico.
"[A situação] será avaliada na próxima sessão plenária" do Parlamento, referiu ainda, sem adiantar mais detalhes.
É necessária uma votação parlamentar para remover um deputado eleito do seu cargo na Ucrânia.
Volodymyr Zelensky abordou hoje à noite a polémica, referindo que preferir "ilhas e resorts em tempos de guerra" é "uma traição aos princípios do Estado".
"Qualquer traição interna, qualquer 'praia' ou qualquer enriquecimento pessoal, em vez de [defender] os interesses da Ucrânia vai provocar no mínimo raiva", sublinhou durante o habitual discurso noturno diário.
"Devemos trabalhar na Ucrânia e pelos interesses do povo ucraniano", destacou, numa mensagem dirigida a deputados, funcionários públicos e outros agentes do Estado.
As condições impostas às viagens para fora do país de funcionários públicos ou deputados foram amplamente regulamentadas desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022 e, em particular, da introdução da lei marcial.
Mali abandona o francês como língua oficial
© Radio TV Bantaba Julho 25, 2023
A nova constituição de Bamako substitui a língua dos seus antigos colonizadores por outras faladas localmente.
Mali removeu o francês como sua língua oficial, uma decisão que surge mais de seis décadas após Bamako ter conquistado a independência. A decisão está contida na nova constituição do país da África Ocidental, adotada no sábado.
Na sexta-feira, o tribunal constitucional de Bamako validou os resultados finais de um referendo em junho sobre um projeto de constituição, afirmando que recebeu a aprovação de 96,91% dos eleitores.
O francês servirá como a principal língua de trabalho, enquanto as 13 línguas nacionais faladas no país serão formalmente reconhecidas como línguas oficiais. Outras 70 línguas locais, incluindo Bambara, Bobo, Dogon e Minianka, algumas das quais receberam o status de língua nacional por meio de um decreto em 1982, serão mantidas.
O Mali tem sido governado por uma junta militar desde dois golpes em agosto de 2020 e maio de 2021, após uma década de instabilidade política marcada por insurgências jihadistas.
A junta insistiu que uma nova constituição é essencial para a reconstrução do país, prometendo retornar ao governo civil com eleições em fevereiro de 2024, após um plano anterior ter falhado.
O presidente interino Assimi Goita anunciou no sábado que a implementação do quadro constitucional sinaliza o início da Quarta República na antiga colônia francesa.
As relações entre Paris e Bamako têm deteriorado nos últimos anos, à medida que o sentimento anti-francês tem crescido nas antigas colônias da África Ocidental da França como resultado de alegações de falhas militares contra jihadistas e interferências políticas.
A França retirou suas últimas tropas do Mali em agosto, encerrando uma operação militar de nove anos no país para combater grupos armados.
No final do ano passado, o governo militar ordenou que todas as ONGs, incluindo grupos de ajuda financiados pela França, cessassem operações no país. A ação foi tomada em reação à decisão de Paris de suspender a ajuda ao desenvolvimento para Bamako devido a supostas preocupações sobre a cooperação do Mali com a companhia militar privada russa Wagner.
RTB/RT
terça-feira, 25 de julho de 2023
Republicanos dos EUA admitem iniciar processo de 'impeachment' a Biden
© Reuters
POR LUSA 25/07/23
O líder da maioria Republicana da Câmara de Representantes dos EUA, Kevin McCarthy, disse que o seu partido admite um processo de 'impeachment' contra o Presidente Joe Biden, por má conduta financeira.
Numa entrevista à cadeia televisiva Fox News, na noite de segunda-feira, McCarthy defendeu que as finanças da família Biden merecem ser investigadas, como está a ser pedido por numerosos membros da bancada Republicana no Congresso.
O líder da maioria Republicana admite mesmo que essa investigação possa ser realizada no âmbito de um processo de destituição, alegando que esse método "fornece ao Congresso um poder mais forte para conseguir as informações necessárias".
Um inquérito de 'impeachment' pela Câmara seria um primeiro passo para levantar novas questão políticas de destituição, disse McCarthy.
Os Republicanos no Congresso intensificaram as investigações sobre a família Biden, procurando dados sobre as suas finanças, nomedamente por causa das ligações do filho Hunter Biden a uma empresa de energia ucraniana, Burisma, que já tinha sido alvo de inquérito no primeiro processo de 'impeachment' do ex-Presidente Donald Trump.
Recentemente, Hunter Biden chegou a um acordo com os procuradores para se declarar culpado de acusações de contravenção por não ter pago imposto sobre rendimento por vários anos e deve comparecer numa sessão de julgamento ainda esta semana.
Mas os Republicanos dizem querer mais informações sobre alegadas suspeitas de que Joe e Hunter Biden teriam recebido luvas da Burisma no valor de vários milhões de euros, em troca de ajuda para afastar um procurador ucraniano que estava a investigar a empresa.
O Departamento de Justiça norte-americano chegou a abrir um processo sobre estas suspeitas, sob a liderança do procurador-geral de Trump, William Barr, mas acabou por arquivar o caso, por falta de provas.
Os Democratas no Congresso já disseram que se vão opor a este plano dos Republicanos, alegando que a investigação seria realizada em cima de puras especulações e lembrando que o caso já foi investigado por autoridades judiciais que nada conseguiram provar.
Líder do PTG diz que os partidos políticos devem aconselhar os deputados eleitos antes do dia da tomada de posse.
Testemunho raro revela a vida brutal dos condenados russos que lutam na Ucrânia
cnnportugal.iol.pt, 25/07/23
Um combatente foi atingido duas vezes e foi enviado do hospital para a frente de combate, onde bebeu neve derretida para sobreviver. Foi forçado a atacar repetidamente posições ucranianas, até que uma granada o deixou temporariamente sem visão. Foi salvo das trincheiras por um médico que o transformou num auxiliar de hospital. Um outro foi preso aos 20 anos por pequenas acusações de tráfico de droga e enviado para a frente de combate aos 23 anos. Quase sem treino, morreu três semanas depois. Foi um dos cerca de 60 russos mortos num ataque no mesmo dia em que o presidente russo, Vladimir Putin, celebrava a derrota dos nazis na Praça Vermelha.
As duas histórias, de sobrevivência notável e morte prematura, simbolizam a perda de vidas em condições miseráveis e penosas nas trincheiras russas. No entanto, há uma distinção: os mortos são prisioneiros, aos quais foi prometido um alívio das suas penas de prisão se se juntassem aos chamados batalhões Storm-Z dirigidos pelo Ministério da Defesa russo.
A esperança de vida é curta, as condições de sobrevivência são difíceis e os condenados dizem que são utilizados como carne para canhão. Dezenas de milhares de condenados foram recrutados para servir na linha da frente, um esquema utilizado inicialmente pelo grupo mercenário Wagner, mas depois, assumidamente, pelo Ministério da Defesa.
A CNN falou com a mãe de um dos condenados, Andrei, que foi preso aos 20 anos, acusado de tráfico de droga, e enviado para a linha da frente no âmbito do programa de recrutamento do exército russo. A mãe forneceu vídeos, documentação e mensagens que comprovam a história do filho e a sua morte prematura, apenas três semanas após o destacamento.
A CNN também falou com um raro sobrevivente das unidades Storm-Z, Sergei - que foi entrevistado pela primeira vez por telefone num hospital militar meses antes e que, na semana passada, contou como era a vida nas trincheiras russas.
Embora as terríveis condições de combate sejam bem conhecidas, muitos dos testemunhos russos provêm de prisioneiros de guerra e são fornecidos através de mediadores ucranianos. Estas duas histórias representam testemunhos raros prestados diretamente por russos. A CNN alterou os nomes e retirou pormenores importantes destes dois relatos para segurança dos entrevistados.
Sergei, nome fictício, numa imagem fornecida pelo próprio. Diz que muitos dos membros da sua unidade foram mortos e feridos em combate na Ucrânia.
Atualmente, Sergei tem dois empregos para conseguir alimentar a família, mas diz que ainda aguarda uma indemnização militar pelos seus múltiplos ferimentos. Os seus ouvidos zumbem à noite devido ao impacto das bombas, o que torna difícil dormir no silêncio da sua casa.
Disse ter sofrido nove concussões devido a projéteis de artilharia que caíram nas proximidades quando estava na linha da frente, durante um período de oito meses. No inverno passado, foi atingido na perna e, após dez dias de tratamento, foi enviado novamente para a frente de combate. Voltou a ser atingido, no ombro, e devidamente hospitalizado. Dois meses mais tarde, por causa da falta de efetivos, foi novamente enviado para a linha da frente, onde descobriu que os amputados condenados tinham sido incumbidos de tarefas de rádio e que as tropas estavam a descartar os seus coletes à prova de bala, uma vez que tinham um valor de proteção mínimo.
"Não ajudam contra os projéteis, uma vez que a artilharia [ucraniana] ataca com grande precisão", disse Sergei. "A nossa artilharia pode disparar três ou quatro vezes e, se Deus quiser, alguma coisa explode. É torta e, na maioria das vezes, atinge-nos primeiro."
Horrores quotidianos
O número de baixas é difícil de calcular. Sergei conta que, da sua unidade de 600 prisioneiros recrutados em outubro, apenas 170 ainda estavam vivos e todos, exceto dois, estavam feridos. "Todos foram feridos, duas, três, algumas quatro vezes", disse. Lembra-se de ver os seus colegas a serem despedaçados por obuses que caíram perto deles e da sua admiração por terem sobrevivido. Um dos ataques foi particularmente marcante.
"Lembro-me claramente da última das nove concussões que tive", disse. "Atacámos. Havia lançadores de granadas, drones, alguns contra nós. O nosso comandante gritava pelo rádio: 'Não me interessa, avancem! Não voltem enquanto não ocuparem esta posição! Dois de nós encontrámos uma pequena trincheira e mergulhámos lá dentro".
Mas o seu calvário ainda não tinha terminado. "Um drone (ucraniano) atirou-nos uma granada, que caiu no espaço de 30 centímetros entre nós. O meu amigo ficou coberto de estilhaços por todo o lado. Eu não fui afetado. Mas perdi a visão durante cinco horas - apenas um véu branco à frente dos meus olhos. Levaram-me pela mão".
Por fim, encontrou médicos que tiveram pena dele e lhe deram emprego como auxiliar de hospital - transportando cadáveres, verificando os documentos de identificação dos corpos, limpando - até ao último mês do seu contrato.
Sergei recorda os horrores quotidianos das trincheiras russas. A comida era sobretudo carne enlatada com massa instantânea, mas a água era o mais difícil de obter. "Tinha de se andar três a quatro quilómetros para a conseguir. Por vezes, não comíamos durante vários dias, não bebíamos durante vários dias". No inverno, sobreviviam bebendo a neve derretida. "Não era muito agradável, mas tínhamos de o fazer".
Segundo ele, a disciplina era mantida através de execuções. "Por vezes, o comandante fazia um ‘reset’. Eliminava, matava. Só vi isso uma vez - uma luta com um homem que roubava e matava o seu próprio pessoal nas trincheiras. Não vi quem das quatro pessoas que o rodeavam disparou. Mas quando ele tentou fugir, uma bala atingiu-o na nuca. Eu vi o ferimento na cabeça. Levaram-no”.
"Apenas a liberdade"
Para Andrei, os horrores na linha da frente foram de curta duração. A sua mãe, Yulia, descreveu como ele, "ainda não era um homem", quando foi enviado, com 23 anos, para a linha da frente. As suas mensagens de voz - brincando sobre o tempo - e o seu ar de menino de uniforme traem um coração jovem apanhado num mundo feio.
"Ele não se lembrava da quantia que lhe tinham oferecido, disse que não tinha verificado. Por isso, não vi qualquer interesse financeiro para ele. Tratava-se apenas de liberdade. Ele tinha uma pena longa, de nove anos e meio, e já tinha cumprido três", conta Yulia.
Andrei, nome fictício, é visto na Ucrânia ocupada em abril de 2023, numa imagem enviada à sua mãe
Yulia partilhou um vídeo de Andrei num campo de treino na Ucrânia ocupada, a aprender brevemente táticas de assalto. O seu rosto mal barbeado foi fotografado em imagens fixas, queimado pelo sol, sob um grande capacete de camuflagem, na traseira de um camião do exército. As imagens eram poucas, pois o seu tempo na frente de combate foi curto.
Foi a 8 de maio que Andrei enviou uma mensagem à mãe a dizer que a sua unidade ia ser enviada para a frente, uma das partes mais disputadas do campo de batalha oriental. O assalto começaria ao amanhecer de 9 de maio - um dia festivo na história moderna da Rússia, em que o Kremlin assinala o aniversário da derrota dos nazis pelos soviéticos com a pompa e a grandeza de uma parada militar na Praça Vermelha. Este ano, Putin presidiu a uma versão reduzida da cerimónia, o que os analistas atribuíram ao facto de grande parte do arsenal de Moscovo ter sido danificado ou enviado para a frente ucraniana.
Yulia recordou com lágrimas a última troca de palavras. "Estávamos a discutir. É horrível dizê-lo, mas eu já pensava nele como se estivesse morto. Ele foi-se embora (da Rússia) sabendo tudo. Todos os dias eu dizia-lhe 'não, não, não'. E ele não me ouvia. Quando ele dizia 'vamos para a tempestade', eu escrevia-lhe 'Foge, Forrest, Foge'".
Depois, como tantos outros prisioneiros com acesso limitado a telemóveis na linha da frente, desapareceu completamente. Nas semanas que se seguiram, Yulia soube pelos familiares dos outros prisioneiros recrutados na sua colónia penal que cerca de 60 tinham morrido naquele ataque - um número difícil de corroborar, mas que corresponde às baixas extraordinárias registadas pelos observadores destas unidades constituídas por prisioneiros.
Yulia não recebeu nenhum corpo, nem pertences, apenas uma carta do Ministério da Defesa que regista a morte de Andrei como sendo o dia em que ele saiu da prisão para as linhas da frente.
"A parte mais difícil é que eu tinha medo de que ele matasse alguém", soluça Yulia. "Por mais ridículo que pareça, tinha medo que ele passasse por tudo isto e voltasse para mim como um assassino. Porque posso viver com o meu filho toxicodependente, mas com o meu filho assassino… Era difícil para mim aceitar isso".
Por vezes, os horrores que a invasão russa inflige à Ucrânia quase não têm paralelo com o que faz aos seus próprios cidadãos.
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[PAI TERRA RANKA] Coligação promove jornadas parlamentares visando preparação dos 54 deputados da coligação
Líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, abre jornadas parlamentares visando preparação dos deputados e transformação da Assembleia Nacional Popular em defesa dos interesses do povo.
Bissau, Terça-feira 25-07-2023 – Domingos Simões Pereira, líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), conduziu a cerimônia de abertura das jornadas parlamentares destinadas aos 54 deputados da coligação.
A ação, realizada na sede do partido (PAIGC) com o objetivo de preparar os futuros parlamentares para uma melhor atuação no Parlamento guineense, teve como foco primordial transformar a Assembleia Nacional Popular em um espaço de discussão de assuntos relevantes para o povo.
Em seu discurso inicial, Simões Pereira destacou a importância de uma atuação parlamentar vigorosa e dedicada aos anseios e necessidades da população guineense.
“Queremos transformar a Assembleia Nacional Popular em um lugar onde se discutem assuntos que realmente interessam ao povo, onde as vozes dos cidadãos são ouvidas e suas demandas são atendidas”, afirmou o líder do PAIGC.
As jornadas parlamentares, organizadas pelo PAIGC em parceria com outras agremiações políticas que compõem a coligação, compreendem uma série de palestras, workshops e debates voltados para a capacitação dos futuros deputados. Dentre os temas abordados estão a legislação guineense, o funcionamento das instituições parlamentares e técnicas de oratória parlamentar.
A expectativa é de que o evento possibilite aos parlamentares eleitos uma sólida base de conhecimentos para exercerem seu papel de forma mais efetiva e representativa. Além disso, DSP disse acreditar que a promoção dessas atividades tem o intuito de reforçar a transparência, ética e a responsabilidade na atuação política, elementos essenciais para o fortalecimento do sistema democrático.
O líder do PAIGC enfatizou a importância de uma atuação conjunta dos parlamentares em busca do interesse público. “Precisamos estabelecer um diálogo sadio e construtivo entre os diferentes grupos políticos, a fim de encontrarmos soluções eficazes para os problemas que afligem nossa nação”, ressaltou Simões Pereira advertindo que a XI legislação não será como as anteriores.
Com a realização dessas jornadas parlamentares, o PAIGC demonstra seu comprometimento em buscar aprimorar o desempenho parlamentar e assegurar que a voz dos cidadãos seja ouvida de maneira legítima no cenário político guineense.
A expectativa é de que esses esforços aliados à vontade política possibilitem uma Assembleia Nacional Popular mais atuante e eficiente no atendimento aos anseios populares.
As Marinhas de Guerra de Portugal e da Guiné-Bissau realizaram, conjuntamente, um exercício militar combinado de desembarque de uma Força de Fuzileiros, na Praia do Suro, dia 25 de julho.
O exercício, muito bem-sucedido, foi lançado a bordo do Navio da República Portuguesa (NRP) "Setúbal", presentemente na Guiné-Bissau, no âmbito da Iniciativa "Mar Aberto 23.1", envolvendo vinte fuzileiros portugueses e guineenses, em quatro botes e uma embarcação de alta velocidade (EAV "Bissau), os quais treinaram, em condições reais, técnicas de desembarque, controlo territorial e combate a ações ilegais e contou com a presença do Chefe de Estado-Maior da Armada da Guiné-Bissau, Contra-Almirante Hélder Nhanque.
BRASIL: Falsa grávida condenada a indemnizar 'pai do bebé' em mais de 6 mil euros
© iStock
Notícias ao Minuto 25/07/23
O homem recorreu à justiça dizendo-se vítima de uma "mentira repugnante" e no início de julho a justiça brasileira condenou a mulher ao pagamento de uma indemnização de 33,6 mil reais, ou seja, mais de 6.300 euros.
João, de 30 anos, passou nove meses a acreditar que ia ser pai. Contudo, tudo não passava de uma mentira. Agora, a justiça brasileira decretou que deverá ser indemnizado.
Segundo o UOL, a 'gravidez' era fruto de um relacionamento casual com uma jovem que conhecera em casa de amigos em comum.
Não duvidando da mulher, disse de imediato que assumiria responsabilidades e nem pediu exames.
A 'gravidez' evoluiu e houve até um chá de bebé onde se revelou que era uma menina.
O homem pintou o quarto do bebé na casa onde a mulher mora com os pais em Atibaia, montou o berço, comprou fraldas e um guarda-roupa. Mesmo não querendo viver com ela, fez um empréstimo para que a mulher e a filha pudessem viver numa nova casa.
Por fim, a verdade veio à tona na reta final... Na 42.ª semana da 'gravidez', pressionada a ir ao hospital, entrou em desespero e contou que não ia nascer criança nenhuma.
Segundo o mesmo meio, a mulher primeiro disse que tinha confundido a gravidez com um mioma. Depois, que sofrera um aborto aos oito meses.
O homem recorreu à justiça dizendo-se vítima de uma "mentira repugnante" e no início de julho a justiça brasileira condenou a mulher ao pagamento de uma indemnização de 33,6 mil reais, ou seja, 6.314 euros.
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Supremo tribunal da justiça prestou hoje, a última homenagem ao falecido juíz conselheiro Fernando Té.
Marinha do Irão recebe mísseis equipados com Inteligência Artificial
© REUTERS/Fars News
POR LUSA 25/07/23
O exército e a Guarda Revolucionária do Irão receberam hoje os primeiros mísseis de cruzeiro navais de fabrico iraniano, equipados com tecnologias de Inteligência Artificial e com um poder de alcance superior a mil quilómetros, informaram os 'media' oficiais.
A entrega do novo equipamento faz parte do plano de reforço "ao poder de combate" das forças navais iranianas.
A entrega dos mísseis foi assinalada hoje numa cerimónia em que estiveram presentes altos cargos militares e o ministro da Defesa, o general Mohammad Reza Ashtiani.
O ministro afirmou que o novo míssil de cruzeiro, designado como "Abu Mahdi", é capaz de enfrentar situações de "guerra eletrónica" e evitar os sistemas de radar, bem como usa tecnologia moderna de Inteligência Artificial (IA) capaz de definir a trajetória em pleno voo.
De acordo com a agência iraniana Fars, o novo míssil de fabrico iraniano "vai ampliar várias vezes a cobertura da defesa naval do Irão", assim como vai permitir às unidades do exército aumentar o raio de ação.
O míssil "Abu Mahdi", inicialmente apresentado em agosto de 2020, tem o nome do "número dois" da milícia xiita iraquiana que morreu junto ao general iraniano Qasem Soleimani, num ataque conduzido pelas forças norte-americanas em Bagdad, Iraque.
O projétil, conhecido como o primeiro míssil naval de cruzeiro de longo alcance, tem características diferentes quanto à precisão do ataque, poder de destruição e é capaz de penetrar nos sistemas de defesa antiaéreos, referiu ainda a agência Fars.
O Irão sustenta que a capacidade armada do país serve apenas para fins defensivos.
Nos últimos anos, os especialistas iranianos têm desenvolvido internamente novo armamento devido ao embargo internacional imposto pelas Nações Unidas.
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China anuncia demissão de ministro desaparecido (mas não diz onde está)
© Lusa
POR LUSA 25/07/23
O ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Qin Gang, que estava desaparecido de cerimónias públicas há um mês, foi hoje demitido e substituído pelo seu antecessor, Wang Yi, divulgaram os 'media' estatais.
A decisão terá sido adotada durante uma sessão do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional (o parlamento chinês), de acordo com a agência noticiosa estatal chinesa Xinhua, que acrescentou que o governador do Banco Central, Yi Gang, também foi afastado de funções, sendo substituído por Pan Gongsheng.
Qin Gang não aparecia em público desde o passado dia 25 de junho, dia em que se reuniu na capital chinesa com responsáveis do Sri Lanka, Rússia e Vietname, e, desde então, tem estado ausente de vários eventos diplomáticos, suscitando variadas especulações sobre o seu paradeiro e sobre a sua situação.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros não forneceu qualquer explicação sobre a situação no seu 'briefing' diário de hoje - não dando, também, informações acerca do paradeiro de Qin Gang.
No início deste mês, a porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, justificou a ausência de Qin Gang de um encontro de ministros dos Negócios Estrangeiros da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), em Jacarta, Indonésia, por "motivos de saúde".
Questionada novamente sobre o paradeiro do responsável, a porta-voz disse, em conferência de imprensa na segunda-feira, não ter informações sobre o assunto e negou que a ausência tivesse a ter impacto nas atividades diplomáticas do país.
Qin Gang, de 57 anos, foi nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros em dezembro passado. Anteriormente foi embaixador em Washington e é fluente em inglês.
A nomeação como ministro ocorreu na altura em que Pequim terminou a política de 'zero covid', que manteve as fronteiras do país encerradas durante quase três anos.
Além de receber dignitários estrangeiros em Pequim, incluindo o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, Qin Gang efetuou deslocações à Europa, África e Ásia Central.
Qin substituiu Wang Yi, atual diretor do Gabinete da Comissão para as Relações Externas do Partido Comunista da China (PCC) e classificado como o principal diplomata chinês, com uma agenda internacional marcada pela guerra na Ucrânia ou pela crescente rivalidade entre Pequim e Washington.
Hu Xijin, influente comentador chinês e antigo editor-chefe do Global Times, jornal oficial do PCC, admitiu, num comentário difundido através da rede social Weibo, que "está toda a gente preocupada com um assunto, mas que não pode discuti-lo publicamente".
Na China, o desaparecimento de altos funcionários, celebridades e empresários é comum. Frequentemente, as autoridades anunciam mais tarde que a pessoa desaparecida está a ser investigada ou foi punida.
Entre os casos mais proeminentes dos últimos anos consta o do ex-chefe chinês da Interpol Meng Hongwei, que desapareceu durante uma viagem à China, em 2018. Em 2020, foi condenado a 13 anos e meio de prisão por um tribunal chinês por receber mais de dois milhões de dólares em subornos.
Em fevereiro passado, Bao Fan, o fundador de um banco de investimento, também desapareceu. Uma semana depois, a empresa admitiu "ter tido conhecimento" de que Bao estava a cooperar numa investigação.
A tenista chinesa Peng Shuai também deixou de ser vista em público, em 2021, depois de acusar um antigo vice--primeiro-ministro chinês de má conduta sexual.
No dia 27 de julho, o parlamento de Guiné-Bissau toma posse e aumenta no país a expectativa de estabilidade e crescimento económico. Em entrevista ao África Agora, o ativista social Sumaila Djaló comentou o momento político de Guiné-Bissau e fez críticas à corrupção.
"Temos um povo deixado na miséria ao mesmo tempo que os titulares dos órgãos públicos vivem em luxo", disse ele.
Mulher que viajava com 11 crianças e foi detida por suspeita de tráfico humano fica em liberdade
Aeroporto de Hong Kong (AP)
Patrícia Pires cnnportugal.iol.pt 25/07/23
A CNN Portugal sabe que a suspeita já foi presente a um juiz e ficou com Termo de Identidade e Residência. “Nunca houve um caso assim, com tantos menores”, diz inspetor do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras
A mulher que foi detida no sábado à noite no aeroporto de Lisboa por “fortes indícios” da prática do crime de tráfico de seres humanos, auxílio à migração ilegal e uso de documento de viagem alheio vai ficar em liberdade. A CNN Portugal sabe que ficou sujeita à medida de coação de Termo de Identidade e Residência. Recorde-se que a mulher viajava com 11 crianças, oriunda de Bissau, quando foi interpelada pelo SEF. Um inspetor do SEF assumiu à CNN Portugal que não se recorda de mais nenhum caso como este.
“Nunca houve um caso assim, com tantos menores”, afirma o inspetor do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras. Apesar de preferir não ser identificado, a experiência no terreno é grande e assume que é normal chegarem aos aeroportos nacionais adulto estrangeiros “com duas, três, quatro crianças. No máximo”.
Este “modus operandi” já é conhecido das autoridades e não é exclusivo de Portugal. No meio de um grupo de menores tentam passar um ou dois de forma ilegal. “Não me lembro de ver nada assim”, insiste a mesma fonte.
O SEF “tem equipas com muita experiência especializadas nesta área: tráfico humano e de menores” e é difícil passar por elas.
Apesar de não residir em Portugal, a suspeita terá fornecido ao tribunal a morada de familiares que vivem no país. Das 11 crianças que viajavam a seu cargo, a mulher alegava que uma delas era sua filha e foi precisamente essa que levantou suspeitas aos inspetores. Ela “apresentou às autoridades de fronteira um documento alheio” – mas verdadeiro - pertencente à sua verdadeira filha, com a qual a menor apresentava semelhanças fisionómicas. A jovem em causa terá 17 anos.
Ainda segundo o inspetor do SEF não é invulgar, pessoas que viajam de países africanos, trazerem a seu cargo menores, filhos de familiares que estão em Portugal, “por exemplo, sobrinhos”. E a verdade, é que nesta situação, as outras 10 crianças acabaram “entregues em segurança a familiares” já residentes no país.
A menor que se revelou não ser filha da suspeita foi encaminhada “para uma casa abrigo, destinada ao acolhimento de crianças e jovens suspeitas de terem sido vítimas deste crime” e foi ainda “acompanhada por uma equipa multidisciplinar, especialmente vocacionada para casos de tráfico de seres humanos”.
Exploração laboral com mais incidência
Nos últimos anos, o aumento deste tipo de crimes levou à criação de uma equipa por parte do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras. A equipa trabalha em exclusivo nos aeroportos, desde 2020, com situações suspeitas de tráfico humano e tráfico de menores.
Mas o inspetor do SEF deixa um último alerta: “A maioria dos casos de tráfico humano não chega de avião. Entra em Portugal por terra”. Porque é mais fácil escapar ao controlo das autoridades.
No ano passado, em 2022, o SEF sinalizou 32 vítimas de tráfico de seres humanos. Este número é apenas referente a esta polícia criminal. Neste número não estão incluídos os dados das restantes: GNR, PSP e Polícia Judiciária. O crime "de tráfico de pessoas relacionado com a exploração laboral" continua a ser o que tem mais incidência. Seguido a grande distância pela "exploração sexual".
Os números de 2023 vão superar - em muito - os de 2022. Recorde-se que este ano, o caso ligado à BSports, relacionado com jovens atletas a residir numa academia de futebol, ligada a Mário Costa, ex-presidente da Mesa da Assembleia Geral da Liga, identificou 36 menores. Um número superior, por si só, ao do ano passado.
"A Rússia é uma ameaça ao continente europeu"
Helena Ferro Gouveia, analisa os últimos ataques russos, que visam a rota do Danúbio, uma das principais alternativas ucranianas para a exportação de cereais.
A comentadora da CNN Portugal diz que há um triplo objetivo russo que passa por "enfraquecer a Ucrânia naquilo que é a sua capacidade económica", além de "pressionar e aumentar as tensões na UE" e "demonstrar uma boa vontade com África".