© Israeli Defense Minister/Anadolu via Getty Images
POR LUSA 13/11/23
O ministro da Defesa israelita garantiu hoje que o Hamas "perdeu o controlo de Gaza" e os seus combatentes estão "a fugir para sul", após mais de cinco semanas de guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano.
Os civis "estão a pilhar as bases do Hamas. Já não acreditam no Governo [do Hamas]" no poder no pequeno território palestiniano, frisou Yoav Gallant, numa mensagem de vídeo transmitida por várias televisões.
Israel tem bombardeado Gaza incessantemente, por ar, terra e mar, há mais de cinco semanas, em resposta ao ataque sem precedentes levado a cabo em 07 de outubro no seu território pelo Hamas, grupo considerado terrorista pela União Europeia e Estados Unidos.
Desde o final de outubro que as tropas israelitas têm avançado no norte do estreito território e os combates com os militantes do Hamas estão agora a ter lugar no coração da cidade de Gaza, onde ainda existem dezenas de milhares de civis.
O Exército israelita tem divulgado diariamente imagens de novas infraestruturas militares do Hamas desmanteladas em Gaza, de esconderijos de armas, túneis e comandantes do movimento palestiniano mortos durante as operações.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) e os serviços secretos (ISA) israelitas tinham reivindicado hoje terem abatido o chefe do Grupo de Mísseis Antitanque da Brigada Khan Yunis e o ex-líder dos Serviços de Informações Militares do Hamas.
Além disso, de acordo com um comunicado conjunto, a que a agência Lusa teve acesso, prossegue Israel, foi morto Mohammed Khamis Dababash, um operacional sénior do Hamas que, no passado, foi chefe dos serviços secretos militares do movimento islamita.
Segundo fontes militares israelitas citadas hoje em vários meios de comunicação social, o Hamas tinha antes de 07 de outubro cerca de 30.000 combatentes na Faixa de Gaza, divididos em cinco brigadas regionais, 24 batalhões e cerca de 140 companhias.
Segundo as mesmas fontes, os batalhões do Hamas no norte da Faixa de Gaza sofreram "golpes significativos" nas últimas semanas e muitos destes lutam agora para organizar os seus ataques, devido à morte dos seus comandantes.
Muitos especialistas alertaram para o perigoso confronto direto entre o Exército e o Hamas na devastada Gaza, que expõe ambos os campos a uma fase de combates urbanos de alto risco.
As organizações humanitárias internacionais estão a intensificar os apelos a um cessar-fogo na Faixa de Gaza, onde faltam água potável, energia e medicamentos, e a ajuda humanitária é insuficiente.
Desde 07 de outubro, os bombardeamentos israelitas mataram 11.240 pessoas, a maioria civis, incluindo 4.630 crianças, na Faixa de Gaza, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.
O ataque do Hamas causou cerca de 1.200 mortos do lado israelita, a maioria civis mortos em 07 de outubro, segundo os últimos dados oficiais israelitas.