segunda-feira, 25 de novembro de 2019
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segunda-feira, novembro 25, 2019
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Alguém próximo do DSP, apela os militantes do PAIGC para não estarem desabimados..
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A Nossa Vitória - Dara Fonseca Ramos
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segunda-feira, novembro 25, 2019
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domingo, 24 de novembro de 2019
Umaro Sissoco Embalo cada vez mais presidente da Guiné-Bissau e é provável vencedor logo a primeira volta
A zona leste da Guiné-Bissau esta ser determinante para a eleição do candidato do MADEM-G15 logo na primeira volta.
De acordo com os dados provenientes das comissões regionais de eleição (CRS,s), o antigo primeiro-ministro e terceiro vice-coordenador do Movimento para Alternância Democrática, MADEM-G15, deve ser eleito logo na primeira volta.
O candidato do MADEM-G15 General Umaro Sissoco Embalo, lidera a contagem dos votos com 51,4% seguido pelo candidato independente e o Presidente cessante Dr José Mário Vaz com 21,5% na terceira posição surge o candidato do PAIGC Eng.º Domingos Simões Pereira com 18,7 %, seguido do candidato do APU-PDGB apoiado pelo PRS, Eng Nuno Gomes Nabiam com 8,4,% .
Os dados são provisórios, faltam recolher os resultados da votação na diáspora.
dokainternacionaldenunciante
De acordo com os dados provenientes das comissões regionais de eleição (CRS,s), o antigo primeiro-ministro e terceiro vice-coordenador do Movimento para Alternância Democrática, MADEM-G15, deve ser eleito logo na primeira volta.
O candidato do MADEM-G15 General Umaro Sissoco Embalo, lidera a contagem dos votos com 51,4% seguido pelo candidato independente e o Presidente cessante Dr José Mário Vaz com 21,5% na terceira posição surge o candidato do PAIGC Eng.º Domingos Simões Pereira com 18,7 %, seguido do candidato do APU-PDGB apoiado pelo PRS, Eng Nuno Gomes Nabiam com 8,4,% .
Os dados são provisórios, faltam recolher os resultados da votação na diáspora.
dokainternacionaldenunciante
Resultados provisórios das presidenciais deste domingo vão ser conhecidos na próxima quarta-feira. O anúncio da Secretária Executiva Adjunta aonteceu na terceira e última comunicação da CNE.
Felisberta Moura Vaz disse que as urnas começam a chegar as comissões regionais eleitorais.
Aliu Cande
Aliu Cande
Presidenciais fecham ciclo eleitoral na Guiné-Bissau
Assembleias de voto encerram as portas às 17 horas locais
Arrancou a eleição presidencial na Guiné-Bissau às 7 horas locais deste domingo, 24, e as 3.139 Mesas de Assembleias de Voto que devem atender 761.676 eleitores inscritos fecharão as portas às 17 horas.
A partir de então, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) começa um aturado trabalho de contagem dos votos, antes de anunciar os resultados parciais que devem acontecer, segundo fontes locais, até quarta-feira, 27.
O prazo legal, no entanto, é de sete dias.
Dados da CNE indicam que cerca de 40 por cento dos votantes concentam-se na capital, Bissau, e em Oio, no norte do país.
Na terceira posição surge a região de Bafatá, com pouco mais de 100 mil eleitores, seguida de Gabu, com 97 mil, Cacheu, com 90 mil, e Biombo, com cerca de 50 mil.
Nas demais regiões, Quinara tem registado quase 32 mil votantes, e em Bolama/Bijagós os eleitores rondam os 17 mil.
Os guineenses no exterior também votam, com 10.510 eleitores registados no círculo da África (Senegal, Gâmbia, Guiné Conacri, Cabo Verde e Mauritânia) e 6.480 na Europa (Portugal, Espanha, França, Inglaterra e Bélgica).
As ruas na capital Bissau estão calmas, o policiamento é feito pela força nacional, que, no entanto, recebeu um reforço de 140 agentes policiais do Togo, que se juntam ao contingente do Burkina Faso estacionado no país há algum tempo.
As forças da Ecomib, da CEDEAO, não estão nas ruas.
As eleições estão ser observadas por missões da CPLP (23), CEDEAO (60), União Africana (54) e Estados Unidos (47).
VOA
Arrancou a eleição presidencial na Guiné-Bissau às 7 horas locais deste domingo, 24, e as 3.139 Mesas de Assembleias de Voto que devem atender 761.676 eleitores inscritos fecharão as portas às 17 horas.
A partir de então, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) começa um aturado trabalho de contagem dos votos, antes de anunciar os resultados parciais que devem acontecer, segundo fontes locais, até quarta-feira, 27.
O prazo legal, no entanto, é de sete dias.
Dados da CNE indicam que cerca de 40 por cento dos votantes concentam-se na capital, Bissau, e em Oio, no norte do país.
Na terceira posição surge a região de Bafatá, com pouco mais de 100 mil eleitores, seguida de Gabu, com 97 mil, Cacheu, com 90 mil, e Biombo, com cerca de 50 mil.
Nas demais regiões, Quinara tem registado quase 32 mil votantes, e em Bolama/Bijagós os eleitores rondam os 17 mil.
Os guineenses no exterior também votam, com 10.510 eleitores registados no círculo da África (Senegal, Gâmbia, Guiné Conacri, Cabo Verde e Mauritânia) e 6.480 na Europa (Portugal, Espanha, França, Inglaterra e Bélgica).
As ruas na capital Bissau estão calmas, o policiamento é feito pela força nacional, que, no entanto, recebeu um reforço de 140 agentes policiais do Togo, que se juntam ao contingente do Burkina Faso estacionado no país há algum tempo.
As forças da Ecomib, da CEDEAO, não estão nas ruas.
As eleições estão ser observadas por missões da CPLP (23), CEDEAO (60), União Africana (54) e Estados Unidos (47).
VOA
DSP Presidente - O próximo Presidente da República da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, acompanha os trabalhos da Célula de Monitorização Eleitoral no Hotel Azalai.
Somente quem ama a democracia respeita os resultados eleitorais.
DSP Presidente
DSP Presidente
“Nenhum incidente grave” nas presidenciais na Guiné-Bissau
A Célula de Monitorização Eleitoral, da sociedade civil, não registou “nenhum incidente grave” nas eleições presidenciais deste domingo na Guiné-Bissau. A Liga Guineense dos Direitos Humanos apontou um problema com tinta indelével que atrasou o arranque do voto numa das mesas.
Em declarações à imprensa, Miguel de Barros, responsável pela Célula de Monitorização Eleitoral, da sociedade civil, disse que não houve nenhum incidente grave que pusesse em causa o funcionamento das mesas de voto..... Ler mais
Dentro instante a conferência de imprensa da Comissão Nacional de Eleições da Guiné-Bissau (CNE), para fazer balanço do processo eleitoral em curso no país.
Mais de 760 mil eleitores são hoje chamados a votar nas eleições presidenciais na Guiné-Bissau, escolhendo entre 12 candidatos quem irá suceder a José Mário Vaz, que se recandidata ao cargo.
Alison Cabral
Alison Cabral
ONU na Guiné-Bissau - As votações em Bubaque estão a decorrer com muita afluência dos eleitores, num clima calmo. As urnas abriram as 7 horas, e varias mesas de votos já tinham mais de 50% de taxa de particapação ás 10 horas. Também é notável uma inovação para essa eleição: 3 mesas de votos móveis, que foram de manhã para Rubane e na parte da tarde para Bubaque
Os observadores internacionais da União Africana e representantes da sociedade civil acompanham o processo de votação. O Presidente da Comissão Regional de Eleições (CRE) para Bolama-Bijagós, Fernando Gomes Mendes, avisou que até agora, não se registrou nehum problema.
ONU na Guiné-Bissau
ONU na Guiné-Bissau
NOVO DUNUNCIA DE PAIGC NA PIRADA UM KAMIOA LEBA ARROZ ki TRES MOTAS PA CUMPRA VOTOS DE POVO
Eleições Presidenciais - União Africana diz que processo decorre com normalidade habitual
Bissau, 24 Nov 19 (ANG) – O antigo Primeiro-ministro de São Tome e Príncipe em missão de observação da União Africana das eleições presidenciais guineense, Rafael Branco disse que o processo está a decorrer com normalidade habitual e elogiou o povo guineense pela participação pacifica e cívica no ato de votação.
“Nós estamos a constatar que as coisas estão a decorrer com normalidade habitual e eu pessoalmente já esteve cá nas legislativas e fiquei com a ideia de que na Guiné-Bissau o processo sempre corre bastante bem, calmo e com uma grande demonstração de civismo e isso é importante para processo de votação”, considerou Rafael Branco.
Disse que a maneira calma e tranquila com que se desenrola o processo não surpreende a comunidade internacional, até porque ela já se habituou ao elevado comportamento de civismo da parte do povo guineense, quando é chamada para decidir sobre o seu futuro.
Branco disse esperar que os candidatos aceitem a vontade soberana do povo expressa nas urnas.
A União Africana colocou observadores em todo o território nacional.
ANG/LPG//SG
“Nós estamos a constatar que as coisas estão a decorrer com normalidade habitual e eu pessoalmente já esteve cá nas legislativas e fiquei com a ideia de que na Guiné-Bissau o processo sempre corre bastante bem, calmo e com uma grande demonstração de civismo e isso é importante para processo de votação”, considerou Rafael Branco.
Disse que a maneira calma e tranquila com que se desenrola o processo não surpreende a comunidade internacional, até porque ela já se habituou ao elevado comportamento de civismo da parte do povo guineense, quando é chamada para decidir sobre o seu futuro.
Branco disse esperar que os candidatos aceitem a vontade soberana do povo expressa nas urnas.
A União Africana colocou observadores em todo o território nacional.
ANG/LPG//SG
Primeiro relatório da Célula de monitorização eleitoral da sociedade civik
Membros de organizações da sociedade civil estão a monitorar a situação em todo o país a partir da sua célula em Bissau, com relatórios vindo dos 422 observadores em todas as regiões Monitorização do Processo Eleitoral 2019 - Guiné-Bissau
ONU na Guiné-Bissau
O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Aristides Gomes, já exerceu o direito ao voto no UDIB, em Bissau.
Votação: MAIS DE SETECENTOS ELEITORES GUINEENSES VÃO ELEGER HOJE O NOVO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
As assembleias de vota abriram às 7 horas, segundo a lei eleitoral, e escrutínio na Guiné-Bissau está decorrer normalmente, embora haja pequenas dificuldades que o órgão gestor de eleições, a Comissão Nacional de Eleições (CNE), espera cobrir em pouco tempo. A equipa móvel de O Democrata que está no terreno apurou que a maior parte das assembleias de vota de Bissau estão operacionais e estão a funcionar sem indecentes nem perturbação.
Na sexta-feira, a CNE confirmou que o universo de eleitores para o dia domingo, 24 de novembro, é de setecentos e sessenta e um mil e seiscentos e setenta e seis(761.676), distribuídos para três (03) mil e 139 mesas de assembleias de voto, para eleger novo Presidente da República, que representará a Guiné-Bissau nos próximos cinco anos.
Deste número de votantes, mais de 40% dos eleitores estão concentrados em Bissau (Capital) e Oio, no norte do país.
Dos 761.676 eleitores inscritos, que podem votar nas eleições Presidenciais do Domingo (hoje): o Sector Autónomo de Bissau (SAB – Capital), conta com 207 mil e 659 eleitores distribuídos em 645 Mesas de Assembleias de Voto a nível da capital.
De acordo com a Comissão Nacional de Eleições (CNE), depois de Bissau, a região de Oio fica em segundo lugar, em termos do maior número de eleitores, totalizando 109.179 pessoas admitidas legalmente para votar neste domingo, distribuídos em 521 Mesas de Assembleias de Voto, zona norte do país.
A região de Bafatá, na zona leste, surge na terceira posição com 100.961 eleitores que podem votar em 458 mesas de voto, sendo a região de Gabú com 97.414 eleitores indicados igualmente para voltar em 421 Mesas de Assembleias de Voto.
Na região de Cacheu, 90.092 eleitores são chamados inicialmente a votar em 405 Assembleias de Voto, seguido da região de Biombo com 50.490 eleitores recomendados a exercerem o seu direito de voto numa das 198 mesas de votos, a região de Tombali conta 39.704 eleitores inscritos e tem 202 locais de voto na zona sul da Guiné-Bissau.
Segundo a Comissão Nacional de Eleições, a região de Quinara conta com 31.920 eleitores e a região de Bolama/Bijagós totaliza 17.267 eleitores, distribuídos respectivamente em 158 e 77 Mesas de Assembleias de Voto para ambas as regiões.
Relativamente à diáspora África que engloba Senegal, Gâmbia, Guiné Conacri, Cabo Verde e Mauritânia, a CNE registou 10.510 eleitores que vão poder votar em 29 Mesas de Assembleias de Voto, enquanto a Europa conta com 6.480 eleitores e 25 Mesas de Votos, distribuídas por Portugal, Espanha, França, Inglaterra e Bélgica.
No total vão ser 3.139 Mesas de Assembleias de Voto que devem atender 761.676 eleitores inscritos nas eleições deste domingo 24 de Novembro.
Por: Redação, O Democrata.
OdemocrataGB
Na sexta-feira, a CNE confirmou que o universo de eleitores para o dia domingo, 24 de novembro, é de setecentos e sessenta e um mil e seiscentos e setenta e seis(761.676), distribuídos para três (03) mil e 139 mesas de assembleias de voto, para eleger novo Presidente da República, que representará a Guiné-Bissau nos próximos cinco anos.
Deste número de votantes, mais de 40% dos eleitores estão concentrados em Bissau (Capital) e Oio, no norte do país.
Dos 761.676 eleitores inscritos, que podem votar nas eleições Presidenciais do Domingo (hoje): o Sector Autónomo de Bissau (SAB – Capital), conta com 207 mil e 659 eleitores distribuídos em 645 Mesas de Assembleias de Voto a nível da capital.
De acordo com a Comissão Nacional de Eleições (CNE), depois de Bissau, a região de Oio fica em segundo lugar, em termos do maior número de eleitores, totalizando 109.179 pessoas admitidas legalmente para votar neste domingo, distribuídos em 521 Mesas de Assembleias de Voto, zona norte do país.
A região de Bafatá, na zona leste, surge na terceira posição com 100.961 eleitores que podem votar em 458 mesas de voto, sendo a região de Gabú com 97.414 eleitores indicados igualmente para voltar em 421 Mesas de Assembleias de Voto.
Na região de Cacheu, 90.092 eleitores são chamados inicialmente a votar em 405 Assembleias de Voto, seguido da região de Biombo com 50.490 eleitores recomendados a exercerem o seu direito de voto numa das 198 mesas de votos, a região de Tombali conta 39.704 eleitores inscritos e tem 202 locais de voto na zona sul da Guiné-Bissau.
Segundo a Comissão Nacional de Eleições, a região de Quinara conta com 31.920 eleitores e a região de Bolama/Bijagós totaliza 17.267 eleitores, distribuídos respectivamente em 158 e 77 Mesas de Assembleias de Voto para ambas as regiões.
Relativamente à diáspora África que engloba Senegal, Gâmbia, Guiné Conacri, Cabo Verde e Mauritânia, a CNE registou 10.510 eleitores que vão poder votar em 29 Mesas de Assembleias de Voto, enquanto a Europa conta com 6.480 eleitores e 25 Mesas de Votos, distribuídas por Portugal, Espanha, França, Inglaterra e Bélgica.
No total vão ser 3.139 Mesas de Assembleias de Voto que devem atender 761.676 eleitores inscritos nas eleições deste domingo 24 de Novembro.
Por: Redação, O Democrata.
OdemocrataGB
Presente cessante e candidato a sua própria sucessão, José Mário Vaz vota no circulo-24, distrito eleitoral 22, mesa 02.
Candidato suportado pelo PUSD, Gabriel Indi vota no circulo-24, distrito eleitoral 22, mesa 1.
O candidato presidencial independente Carlos Gomes Júnior, antigo primeiro-ministro, acaba de votar em Bissau, no círculo eleitoral 24, distrito 27, mesa 01.
Declaração do candidato independente, Carlos Gomes Júnior, após de exercer o direito ao voto, no centro da capital guineense Bissau.
Exclusivo a Rádio Jovem, Gomes Júnior, promete unir os guineenses, caso for eleito Chefe de Estado da Guiné-Bissau.
Braima Darame / Alison Cabral
O General de povo já exerceu o seu dever civico na sua terra natal Gabu Saara, (250km) de Bissau
Le Général du peuple vient d'accomplir son devoir civique à Gabu (250km) de Bissau.
Général Umaro El Mokhtar Sissoco Embalo
Général Umaro El Mokhtar Sissoco Embalo
Eleições na Guiné-Bissau: “A maioria dos políticos não tem ideia do país económico, fala nas nuvens”
Vendedores de rua em Bissau PAULO PIMENTA
Seja qual for o futuro económico da Guiné-Bissau depois destas eleições será “muito difícil”, mas todos os analistas concordam que sem estabilidade política será ainda pior.
A instabilidade política, o tráfico de droga que degradou a imagem externa da Guiné-Bissau, a dificuldade de circulação dentro do país e a falta de garantias para o investimento mantêm os empresários estrangeiros longe de um país que tem potencial, nomeadamente na área do turismo, e que segue sem o aproveitar.
“A crise política concorre, sobretudo, para afastar o investimento externo. Mas com crise política ou sem crise política, ninguém investe num país onde as acessibilidades são inexistentes e não há condições mínimas para garantir a segurança dos investimentos”, diz ao PÚBLICO Julião Soares Sousa, historiador e analista político guineense.
“A estabilidade política é fundamental”, afirma o investigador, a questão é se um país como a Guiné-Bissau, “mergulhado há décadas em sistemáticas crises, é capaz de fazer a catarse e inverter essa tendência de uma ‘guerra civil’ não declarada ou de guerra de todos contra todos”.
Para Carlos Lopes, professor guineense da The Nelson Mandela School of Public Governance, da Universidade da Cidade do Cabo, o futuro da Guiné-Bissau será “muito difícil” e o que “sair das eleições pode criar uma imagem favorável ou piorar ainda mais o cansaço internacional” em relação ao país.
“Muitos guineenses gostam de falar de soberania, esquecendo-se que somos a 52.ª economia de 54 em África – só São Tomé e Comores, com populações menores que Bissau, têm economias mais pequenas. O desafio da transformação do país é gigantesco. A maioria dos políticos não tem ideia do país económico, fala nas nuvens”, explica Carlos Lopes, que fez toda a sua carreira na ONU e chegou a ser conselheiro político do secretário-geral Kofi Annan.
É, por isso, que o economista Fernando Jorge Cardoso, especialista em assuntos africanos, não tenha dúvidas que o país não tem capacidade para desenvolver a sua economia a curto prazo, mesmo que das eleições deste domingo saia uma estabilidade que não houve durante o mandato de José Mário Vaz na Presidência: “O país vive de ajuda externa, para investir ou mesmo pagar despesas correntes. A prazo poderá haver investimentos se a situação se mantiver estável durante uma legislatura”.
E a estabilidade é mesmo a palavra fundamental. Como lembra Carlos Sangreman, especialista em cooperação, com muitas missões nos PALOP e profundo conhecedor da situação guineense. “A crise 2014-2019 foi o factor que impediu o país de aproveitar os meios que a comunidade internacional lhe colocou à disposição em 2014, na mesa redonda de Bruxelas, com base no plano de desenvolvimento Terra Ranka (para o país arrancar)”, refere.
“Mesmo assim, houve avanços em estradas, energia eléctrica, sistema fiscal, segurança, etc., mas nada do que poderia ter sido feito com os fundos disponibilizados”, acrescenta Sangreman, que pertence à direcção do CESA – Centro de Estudos sobre África e Desenvolvimento do ISEG. Mas “foi como um carro potente que andou a 40 à hora quando tinha condições para andar a 200”.
De acordo com o FMI, o PIB da Guiné-Bissau cresceu 3,8% em 2018 e poderá crescer 5% em 2019 e 2020, números que deixam transparecer melhor saúde do que a economia guineense realmente tem. “O que importa é que 85% da população vive abaixo do limiar da pobreza e o país no seu todo tenha um PIB pífio de menos de dois mil milhões de dólares para uma população de 1,4 milhões de pessoas, ou seja menos de uma semana do PIB da Nigéria, ou, se quisermos, menos de metade do PIB dos Açores que tem apenas 248 mil almas”, explica Carlos Lopes.
Muito dependente da castanha-de-caju, que representa mais de 80% em valor das exportações do país, a Guiné-Bissau, como outros “países africanos que vivem da grande dependência de um produto não transformado”, também se viu a braços com os preços em queda desse produto no mercado mundial. Algo que o FMI avisava que podia ter impacto nas previsões de crescimento económico guineense este ano. E daqui para a frente a situação será ainda mais problemática.
“Muitos países africanos estão rendidos a esse negócio e a Guiné-Bissau já perdeu o seu lugar privilegiado de grande fornecedor”, explica Carlos Lopes. “A concorrência é grande e, claro, os preços baixam. No futuro será pior, o que deixa condescendente os que ouve ouvem alguns candidatos prometer preços ainda maiores ao produtor. Um absurdo.”
tp.ocilbup@seugirdor.oinotna
publico.pt
Seja qual for o futuro económico da Guiné-Bissau depois destas eleições será “muito difícil”, mas todos os analistas concordam que sem estabilidade política será ainda pior.
A instabilidade política, o tráfico de droga que degradou a imagem externa da Guiné-Bissau, a dificuldade de circulação dentro do país e a falta de garantias para o investimento mantêm os empresários estrangeiros longe de um país que tem potencial, nomeadamente na área do turismo, e que segue sem o aproveitar.
“A crise política concorre, sobretudo, para afastar o investimento externo. Mas com crise política ou sem crise política, ninguém investe num país onde as acessibilidades são inexistentes e não há condições mínimas para garantir a segurança dos investimentos”, diz ao PÚBLICO Julião Soares Sousa, historiador e analista político guineense.
“A estabilidade política é fundamental”, afirma o investigador, a questão é se um país como a Guiné-Bissau, “mergulhado há décadas em sistemáticas crises, é capaz de fazer a catarse e inverter essa tendência de uma ‘guerra civil’ não declarada ou de guerra de todos contra todos”.
Para Carlos Lopes, professor guineense da The Nelson Mandela School of Public Governance, da Universidade da Cidade do Cabo, o futuro da Guiné-Bissau será “muito difícil” e o que “sair das eleições pode criar uma imagem favorável ou piorar ainda mais o cansaço internacional” em relação ao país.
“Muitos guineenses gostam de falar de soberania, esquecendo-se que somos a 52.ª economia de 54 em África – só São Tomé e Comores, com populações menores que Bissau, têm economias mais pequenas. O desafio da transformação do país é gigantesco. A maioria dos políticos não tem ideia do país económico, fala nas nuvens”, explica Carlos Lopes, que fez toda a sua carreira na ONU e chegou a ser conselheiro político do secretário-geral Kofi Annan.
É, por isso, que o economista Fernando Jorge Cardoso, especialista em assuntos africanos, não tenha dúvidas que o país não tem capacidade para desenvolver a sua economia a curto prazo, mesmo que das eleições deste domingo saia uma estabilidade que não houve durante o mandato de José Mário Vaz na Presidência: “O país vive de ajuda externa, para investir ou mesmo pagar despesas correntes. A prazo poderá haver investimentos se a situação se mantiver estável durante uma legislatura”.
E a estabilidade é mesmo a palavra fundamental. Como lembra Carlos Sangreman, especialista em cooperação, com muitas missões nos PALOP e profundo conhecedor da situação guineense. “A crise 2014-2019 foi o factor que impediu o país de aproveitar os meios que a comunidade internacional lhe colocou à disposição em 2014, na mesa redonda de Bruxelas, com base no plano de desenvolvimento Terra Ranka (para o país arrancar)”, refere.
“Mesmo assim, houve avanços em estradas, energia eléctrica, sistema fiscal, segurança, etc., mas nada do que poderia ter sido feito com os fundos disponibilizados”, acrescenta Sangreman, que pertence à direcção do CESA – Centro de Estudos sobre África e Desenvolvimento do ISEG. Mas “foi como um carro potente que andou a 40 à hora quando tinha condições para andar a 200”.
De acordo com o FMI, o PIB da Guiné-Bissau cresceu 3,8% em 2018 e poderá crescer 5% em 2019 e 2020, números que deixam transparecer melhor saúde do que a economia guineense realmente tem. “O que importa é que 85% da população vive abaixo do limiar da pobreza e o país no seu todo tenha um PIB pífio de menos de dois mil milhões de dólares para uma população de 1,4 milhões de pessoas, ou seja menos de uma semana do PIB da Nigéria, ou, se quisermos, menos de metade do PIB dos Açores que tem apenas 248 mil almas”, explica Carlos Lopes.
Muito dependente da castanha-de-caju, que representa mais de 80% em valor das exportações do país, a Guiné-Bissau, como outros “países africanos que vivem da grande dependência de um produto não transformado”, também se viu a braços com os preços em queda desse produto no mercado mundial. Algo que o FMI avisava que podia ter impacto nas previsões de crescimento económico guineense este ano. E daqui para a frente a situação será ainda mais problemática.
“Muitos países africanos estão rendidos a esse negócio e a Guiné-Bissau já perdeu o seu lugar privilegiado de grande fornecedor”, explica Carlos Lopes. “A concorrência é grande e, claro, os preços baixam. No futuro será pior, o que deixa condescendente os que ouve ouvem alguns candidatos prometer preços ainda maiores ao produtor. Um absurdo.”
tp.ocilbup@seugirdor.oinotna
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sábado, 23 de novembro de 2019
CEDEAO ENVIA A BISSAU MAIS DE CEM POLÍCIAS PARA REFORÇAR SEGURANÇA NAS ELEIÇÕES
Mais de 100 polícias do Togo chegaram a Bissau entre sexta-feira e hoje para ajudar a garantir a segurança das eleições presidenciais de domingo, disse à Lusa fonte governamental.
"Cento e quarenta polícias do Togo chegaram ontem [sexta-feira] e hoje para ajudarem a garantir a segurança das eleições presidenciais", confirmou fonte do Ministério do Interior guineense.
A cimeira de chefes de Estado e de Governo da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), realizada no passado dia 08 no Níger, decidiu reforçar a segurança no país, depois de o Presidente cessante e candidato às presidenciais, José Mário Vaz, ter demitido o Governo liderado por Aristides Gomes e nomeado um outro.
A CEDEAO, que tem mediado a crise política no país desde 2016, condenou a decisão de José Mário Vaz e reforçou que só reconhece o Governo de Aristides Gomes, que tomou posse em junho, na sequência das legislativas realizadas em 10 de março.
Os 140 polícias vão integrar o Estado-Maior Conjunto, criado pelo Ministério do Interior para garantir a segurança das eleições, que inclui a Polícia de Ordem Pública, Guarda Nacional, Forças Armadas, Polícia Judiciária, Ecomib, bombeiros, Interpol e representantes da Missão Integrada da ONU para a Consolidação da Paz.
Mais de 760.000 guineenses escolhem no domingo, entre 12 candidatos, o próximo Presidente da Guiné-Bissau.
Por Notabanca; 23.11.2019
"Cento e quarenta polícias do Togo chegaram ontem [sexta-feira] e hoje para ajudarem a garantir a segurança das eleições presidenciais", confirmou fonte do Ministério do Interior guineense.
A cimeira de chefes de Estado e de Governo da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), realizada no passado dia 08 no Níger, decidiu reforçar a segurança no país, depois de o Presidente cessante e candidato às presidenciais, José Mário Vaz, ter demitido o Governo liderado por Aristides Gomes e nomeado um outro.
A CEDEAO, que tem mediado a crise política no país desde 2016, condenou a decisão de José Mário Vaz e reforçou que só reconhece o Governo de Aristides Gomes, que tomou posse em junho, na sequência das legislativas realizadas em 10 de março.
A organização regional tinha inicialmente previsto reforçar a presença militar da força de interposição no país, a Ecomib, o que provocou fortes reações de condenação por parte dos partidos da oposição e alguns candidatos independentes às presidenciais de domingo.
Os 140 polícias vão integrar o Estado-Maior Conjunto, criado pelo Ministério do Interior para garantir a segurança das eleições, que inclui a Polícia de Ordem Pública, Guarda Nacional, Forças Armadas, Polícia Judiciária, Ecomib, bombeiros, Interpol e representantes da Missão Integrada da ONU para a Consolidação da Paz.
Mais de 760.000 guineenses escolhem no domingo, entre 12 candidatos, o próximo Presidente da Guiné-Bissau.
Por Notabanca; 23.11.2019
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