sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

Assim que o Povo da Guiné-Bissau me eleger um dia como Presidente da República, o meu primeiro Decreto é, abolir Ordem dos advogados de Direito de Bissau.

Por  O Democrata Osvaldo Osvaldo

O espetáculo jurídico vesgo começou!

O juízo é exclusivo deles!

Pois é!

Temos aqui o preço da subserviência jurídica dita 'parceria'

Só os preguiçosos mentais é que vão acreditar neste estrabismo jurídico crônico !

Assim que o Povo da Guiné-Bissau me eleger um dia como Presidente da República, o meu primeiro Decreto é, abolir Ordem dos advogados de Direito de Bissau. Que tipo de juristas trabalham aquele lugar? Silenciosamente, é vergonhoso ouvir argumentos jurídicos vesgos.

Juvenal Cabi Na Una.

A Rússia acusou esta sexta-feira a Ucrânia de matar 22 civis numa aldeia russa na região de Kursk, capturada pelas forças ucranianas, a mais recente acusação contra Kiev, que negou ter cometido os alegados crimes.

© Fermin Torrano/Anadolu via Getty Images   Por Lusa  31/01/2025
Rússia acusa forças de Kiev pela morte de 22 civis em Kursk

A Rússia acusou esta sexta-feira a Ucrânia de matar 22 civis numa aldeia russa na região de Kursk, capturada pelas forças ucranianas, a mais recente acusação contra Kiev, que negou ter cometido os alegados crimes.

A Ucrânia assumiu o controlo de dezenas de localidades na região fronteiriça de Kursk, no oeste da Rússia, desde que lançou uma ofensiva surpresa em agosto, e afirma que cerca de dois mil civis ainda vivem nas áreas ocupadas.

O Exército russo começou a repelir esta ofensiva e recapturou várias localidades.

O comité de investigação russo, que anunciou em 19 de janeiro a abertura de uma investigação sobre o assassínio de pelo menos sete civis na aldeia de Russkoye Porechnoye, a cerca de 20 quilómetros da fronteira com a Ucrânia, indicou hoje que estava a averiguar os homicídios de 22 habitantes, cometidos entre setembro e novembro, segundo Moscovo.

Entre as vítimas, cujos corpos foram encontrados nas caves de várias casas, estão oito mulheres que terão sido violadas antes de serem mortas, relatou o comité de investigação.

Os investigadores responsabilizam cinco soldados ucranianos pelos crimes e alegam que um deles, identificado como Yevgeny Fabrisenko, foi capturado e interrogado durante os combates na região de Kursk.

"Devemos falar sobre isto, mostrá-lo, apesar de toda a surdez da comunidade internacional e da sua má vontade perante estas atrocidades", comentou o porta-voz do Kremlin (presidência russa), Dmitri Peskov, à imprensa.

Por sua vez, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, observou que as ações dos soldados ucranianos ilustram a sua "impotência militar e política num momento de derrotas na frente de combate".

Um porta-voz ucraniano na região de Kursk, Oleksiy Dmytrachkivsky, negou pelo seu lado as acusações em declarações à agência France Presse (AFP) e devolveu-as a Moscovo.

"As autoridades russas estão a tentar esconder o assassínio dos seus concidadãos (...) que bombardeiam com artilharia e matam com aviação, destruindo as suas casas e culpando as forças ucranianas", acusou.

A Rússia e a Ucrânia acusam-se mutuamente de matar civis desde que o conflito começou, em fevereiro de 2022.


Leia Também: As tropas norte-coreanas posicionadas na região russa de Kursk "foram retiradas" devido às pesadas perdas infligidas pelo Exército ucraniano, indicou hoje um porta-voz das forças especiais de Kyiv. 

O Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló inaugura a Fábrica de Produção de Ovos Locais Frescos "Fazenda Guine-Bissau"


Presidência da República da Guiné-Bissau 

O Presidente Umaro Sissoco Embaló, manteve hoje uma longa conversa telefónica com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Durante o diálogo, foi abordada a situação atual da Ucrânia e discutidas as relações bilaterais entre os dois países.

 Presidência da República da Guiné-Bissau

O Presidente da República da Guiné-Bissau SAID RAÏS DAULA visitou esta tarde as Obras de Estado maior General das forças Armadas.


 @Abel Djassi

Donald Trump promete cancelar vistos de universitários "simpatizantes" do Hamas

Por  sicnoticias.pt 

A medida, que exige a "ação imediata" do Departamento de Justiça para "reprimir o vandalismo e a intimidação pró-Hamas, e investigar e punir o racismo anti-judaico em faculdades e universidades esquerdistas e anti-americanas" visa a repressão do ativismo pró-palestiniano, caracterizado por Trump como um movimento "pró-jihadista".

O Presidente norte-americano, Donald Trump, garantiu que cancelará os vistos de estudantes "simpatizantes do Hamas", após ter assinado uma ordem executiva contra o antissemitismo nos 'campus' universitários dos Estados Unidos, que deverá afetar instituições como Columbia e Harvard.

"A todos os estrangeiros residentes que se juntaram aos protestos pró-'jihadistas', avisamos: em 2025, vamos encontrar-vos e deportar-vos. Vou também cancelar rapidamente os vistos de estudante de todos os simpatizantes do Hamas nos 'campus' universitários, que foram infestados de radicalismo como nunca antes", refere a ordem executiva, que cita o Presidente norte-americano.

A medida, que exige a "ação imediata" do Departamento de Justiça para "reprimir o vandalismo e a intimidação pró-Hamas, e investigar e punir o racismo anti-judaico em faculdades e universidades esquerdistas e anti-americanas" visa a repressão do ativismo pró-palestiniano, caracterizado por Trump como um movimento "pró-jihadista", bem como a deportação dos estudantes estrangeiros que participaram em protestos universitários pró-palestinianos no ano passado.

Estão também incluídas na ordem, assinada por Trump na quarta-feira, instruções aos secretários de Estado, da Educação e da Segurança Interna para que exijam às universidades norte-americanas que monitorizem e informem sobre as atividades de estudantes e professores estrangeiros que possam ser consideradas antissemitas.

Trump referiu que decidiu assinar esta ordem executiva sobre o antissemitismo pois "os estudantes judeus, em particular, enfrentaram assédio antissemita nas escolas e nos 'campus' universitários".

O Harvard Crimson, um jornal dirigido por estudantes de Harvard, afirmou que, apesar de a ordem não cancelar diretamente os vistos, sugere que a Casa Branca "quer que as universidades questionem a elegibilidade para os vistos dos estudantes e funcionários internacionais que se envolvam em ativismo pró-palestiniano".

Protestos pró-Palestina eclodiram no ano passado

A ordem executiva dá particular atenção aos protestos que eclodiram em abril de 2024 nos 'campus' universitários dos Estados Unidos, em especial nas universidades de Columbia e Harvard, contra a guerra na Faixa de Gaza e o apoio de Washington a Israel.

Os protestos nas universidades tiveram uma duração de cerca de três meses e resultaram na detenção de cerca de 3.100 pessoas.

O Harvard Crimson apontou que a Universidade de Columbia, em Nova Iorque, será "um alvo privilegiado" para a medida assinada pelo líder do executivo, uma vez que muitas das detenções nos protestos pró-palestinianos ocorreram nessa instituição, mas reconheceu que Harvard também poderá ser alvo de investigações devido a vários incidentes.

Presidente de Israel reage às medidas de Trump

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, agradeceu ao Presidente dos Estados Unidos por ter assinado a ordem executiva.

"Em nome de Israel e do povo judeu, agradeço ao Presidente Donald Trump a sua ordem executiva para combater o antissemitismo e o apoio ao terrorismo nos 'campus' universitários norte-americanos", de acordo com um comunicado divulgado pelo seu gabinete.


"Obrigado [Trump] por defender a verdade e a justiça", dizia a nota do líder israelita.


Leia Também "Quer que vá a nado?" Resposta de Trump a jornalista dá que falar 

Refinaria russa atingida em Volgogrado

© Reuters Lusa  31/01/2025

Outra grande refinaria russa foi atacada com 'drones' ucranianos na quinta-feira à noite na região russa de Volgogrado, confirmou nas redes sociais o chefe do Centro contra a Desinformação do Conselho de Segurança e Defesa Nacional da Ucrânia.

"Arefinaria de Volgogrado foi atingida. É uma das maiores da Federação Russa, tendo uma capacidade de cerca de 14 milhões de toneladas de petróleo por ano. É a sexta maior refinaria da Rússia", escreveu Andri Kovalenko.

O líder ucraniano acrescentou que a refinaria produz gasolina, óleo diesel, óleo combustível e gás para aviação.

Autoridades russas também relataram um ataque ucraniano que causou um incêndio numa refinaria de petróleo em Volgogrado.

O fogo foi rapidamente extinto, de acordo com a versão russa.

A região de Volgogrado está localizada nas margens do Rio Volga, a uma distância de mais de 300 quilómetros do ponto mais próximo da fronteira com a Ucrânia.

O Ministério da Defesa russo relatou a queda de 49 'drones' ucranianos em sete regiões do país. Oito foram abatidos sobre Volgogrado, segundo o relatório.

Kyiv, por sua vez, informou que a Rússia lançou um total de 102 'drones' na última noite, dos quais 59 foram abatidos e outros 37 caíram sem atingir os alvos.

A Ucrânia atacou repetidamente refinarias localizadas na Rússia esta semana.


Leia Também: Jornalistas russos denunciam ataque ucraniano durante reportagem em Kursk

quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

A primeira missão da Europa na Lua com um módulo de alunagem deverá ser lançada em 2031, avançou hoje a Agência Espacial Europeia (ESA) ao anunciar a contratualização da construção do engenho.

© Shutterstock    Lusa   30/01/2025

Missão europeia com módulo de alunagem deverá ser lançada em 2031

A primeira missão da Europa na Lua com um módulo de alunagem deverá ser lançada em 2031, avançou hoje a Agência Espacial Europeia (ESA) ao anunciar a contratualização da construção do engenho.

O Argonauta, o primeiro módulo de alunagem europeu, vai ser construído por um consórcio liderado pela empresa aeroespacial Thales Alenia Space, com a qual a ESA assinou um contrato. 

Segundo a ESA, a primeira missão operacional com o módulo, a ArgoNet, está prevista para 2031.

Em comunicado, a Agência Espacial Europeia realça que o Argonauta "é uma das contribuições da Europa para os programas lunares internacionais, em particular o programa Artemis da NASA [agência espacial norte-americana], e os serviços comerciais de alunagem", permitindo "estabelecer uma presença humana permanente e sustentável na Lua".

A NASA prevê enviar de novo astronautas para a órbita da Lua em 2026 e para a sua superfície em 2027, incluindo a primeira mulher e o primeiro negro.

De acordo com a ESA, o módulo Argonauta "será capaz de sobreviver às rigorosas noites e dias lunares durante cinco anos, proporcionando uma exploração lunar sustentável".

O aparelho poderá "fornecer infraestruturas, instrumentos científicos, veículos robóticos, demonstradores de tecnologia e recursos vitais para os astronautas na superfície lunar, como comida, água e oxigénio".

O módulo de alunagem foi pensado para funcionar em sintonia com os futuros sistemas de comunicação e navegação lunares europeus Lunar Link (Ligação Lunar) e Moonlight (Luar).



Primeiro-Ministro Rui Duarte de Barros presidiu hoje, (30.01) a cerimônia de entrega do Perímetro Hortícola de 8 hectares foi construída em benefício das mulheres horticultoras de Bula. O evento é organizado pelo Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural com o apoio do Grupo Banco Mundial e FAO

 
@Radio Voz Do Povo

Sob orientação do Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, o Ministro do Interior, Aladje Botche Candé, transmite a mensagem do Chefe de Estado à população de "DJABI-CUNDA" leste do país.


@Radio Voz Do Povo

EUA: O Governo dos Estados Unidos congelou os fundos de ajuda federal às organizações não-governamentais (ONG) que fornecem serviços de apoio à imigração, segundo um documento do Departamento de Segurança Interna (DHS) hoje citado pela agência de notícias espanhola EFE.

© KAMIL KRZACZYNSKI/AFP via Getty Images   Lusa   30/01/2025

EUA congelam fundos federais para ONG que prestam apoio a migrantes

O Governo dos Estados Unidos congelou os fundos de ajuda federal às organizações não-governamentais (ONG) que fornecem serviços de apoio à imigração, segundo um documento do Departamento de Segurança Interna (DHS) hoje citado pela agência de notícias espanhola EFE.

No memorando, assinado pela secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, encarregada desta pasta pelo novo Presidente norte-americano, o republicano Donald Trump, o DHS expressa "preocupações" de que as verbas do Estado estejam a ser usadas para "atividades ilegais", como "promover ou induzir a migração ilegal".

A diretiva dá instruções aos funcionários do DHS para fazerem uma avaliação de todas as ONG "de alguma forma relacionadas" com a questão da imigração e para redigirem um relatório, recorrendo aos instrumentos judiciais disponíveis para investigar se estão a utilizar o dinheiro para "fins ilegais".

Numa entrevista na quarta-feira concedida ao canal televisivo conservador Fox News, Kristi Noem afirmou que o Governo federal gastou "centenas de milhões de dólares" em financiamentos a ONG que "facilitam a invasão dos Estados Unidos".

"Não vamos gastar nem mais um cêntimo para ajudar à destruição deste país", sublinhou a secretária norte-americana.

O Governo Trump equiparou a imigração a uma "invasão", e os imigrantes a "invasores", e instruiu as forças militares do país a deslocarem-se para a fronteira para a repelir.

A DHS atribui anualmente centenas de milhões de dólares em subsídios a organizações sem fins lucrativos, incluindo organizações religiosas ou especializadas em comunidades marginalizadas.

As verbas da DHS, em especial as da Agência Federal de Gestão de Emergências, conhecida como FEMA, têm sido alvo de escrutínio e crítica por parte de políticos republicanos no país.

Durante o ciclo eleitoral, por exemplo, o Presidente Trump repetiu uma farsa, alegando que o Governo do então Presidente, o democrata Joe Biden, tinha dado fundos da FEMA a imigrantes para que votassem no candidato do Partido Democrata - portanto, inicialmente nele, Biden - e depois na vice-presidente em exercício, Kamala Harris, que o substituiu na corrida presidencial.

Ao mesmo tempo, em Estados com Governos republicanos, como o Texas, as autoridades locais processaram ONG que apoiam migrantes em cidades fronteiriças dos Estados Unidos, como a Catholic Charities.

Várias destas organizações recebem dinheiro da FEMA, através do seu programa de Abrigo e Serviços, para responder às necessidades das pessoas assim que estas são libertadas da custódia da Polícia Fronteiriça.

No ano fiscal de 2024, esse programa recebeu 650 milhões de dólares (623 milhões de euros), de acordo com dados da FEMA. Em comparação, o orçamento anual total do DHS foi de 91,5 mil milhões de dólares (87,7 mil milhões de euros).


Leia Também: O Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, disse hoje que aplicará o princípio da reciprocidade se o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidir impor tarifas aos produtos brasileiros.

Leia Também: O México recebeu 6.244 migrantes deportados dos Estados Unidos nas duas primeiras semanas da Presidência de Donald Trump, incluindo pelo menos 1.371 de outras nacionalidades, tendo a Presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, reagido afirmando que "são poucos".

Benin: Um tribunal do Benim condenou hoje Olivier Boko, antigo amigo próximo do Presidente da República, e Oswald Homéky, ex-ministro dos Desportos, a 20 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado.

© Shutterstock  Lusa  30/01/2025 

Ex-amigo do presidente do Benim e ex-ministro condenados a 20 anos

Um tribunal do Benim condenou hoje Olivier Boko, antigo amigo próximo do Presidente da República, e Oswald Homéky, ex-ministro dos Desportos, a 20 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado.

Os dois arguidos não foram representados por advogado.

Olivier Boko, um influente homem de negócios considerado durante muito tempo como o 'braço direito' do Presidente Patrice Talon, e o ex-ministro Oswald Homéky, foram detidos no final de setembro de 2024 por suspeita de planearem um golpe de Estado neste pequeno país da África Ocidental com 13 milhões de habitantes, o que sempre negaram.

Rock Nieri, cunhado de Olivier Boko, que se encontra atualmente em fuga, foi também julgado.

Os três homens foram condenados a 20 anos de prisão e ao pagamento de 60 mil milhões de francos CFA (cerca de 91,5 milhões de euros) de indemnização ao Estado beninense, um montante sem precedentes, por "conspiração contra a autoridade do Estado, corrupção de um funcionário público e falsificação de um certificado".

Os arguidos forma ainda condenados a pagar uma coima individual de 4,5 mil milhões de francos CFA (6,8 milhões de euros).

Três outros acusados neste processo judicial foram absolvidos.

Aquando da abertura do processo, em 21 de janeiro, os advogados de defesa opuseram-se à composição do tribunal, composto por três juízes em vez dos cinco habituais, e todos eles se retiraram do processo como forma de protesto.

O tribunal pediu então aos arguidos que encontrassem novos advogados para os defenderem, mas estes recusaram, considerando impossível o tempo concedido.

O julgamento foi retomado na terça-feira, sem a presença de advogados de defesa.

"Não há lugar para o ódio no meu coração. Tudo o que o procurador especial diz é por dedução. Estou inocente", declarou Olivier Boko hoje no tribunal.

Durante o julgamento, o coronel Djimon Dieudonné Tevoedjrè, chefe da guarda presidencial, afirmou ter sido abordado pelo antigo ministro sobre "um golpe de Estado ao estilo de Bazoum", em referência ao antigo Presidente do Níger Mohamed Bazoum, derrubado em 2023 por uma junta militar.

Olivier Boko tinha começado a manifestar ambições políticas, sugerindo que seria candidato à magistratura suprema em 2026, o que terá desagradado a Patrice Talon.

Talon, que está no poder desde 2016, chegará ao fim do seu segundo mandato em 2026.


Leia Também: "Barbárie". UE solidariza-se com Benim após ataque que matou 28 militares 

O Dia Nacional da Mulher Guineense celebra-se hoje, 30 janeiro, com o lançamento oficial da Jornada sob o lema: "MINDJER I FIRKIDJA DI FAMILIA I FORÇA DI NAÇON".


@Radio Voz Do Povo

PGR Bacari Biai esclarece a situação sobre o fim do mandato do Presidente da República e a recente troca de acusações entre o Ministro do Interior e o líder do PAIGC.


Vídeo completo aqui👇

Radio Voz Do Povo


Cinco pessoas foram detidas no âmbito de uma investigação sobre o homicídio a tiro de Salwan Momika, um dos homens que queimou cópias do Corão em 2023 na Suécia, declarou hoje a polícia sueca.

© Reuters   Lusa  30/01/2025

Cinco suspeitos detidos por matar homem que queimou Corão na Suécia

Cinco pessoas foram detidas no âmbito de uma investigação sobre o homicídio a tiro de Salwan Momika, um dos homens que queimou cópias do Corão em 2023 na Suécia, declarou hoje a polícia sueca.

"A polícia deteve cinco pessoas durante a noite [de quarta-feira]. O Ministério Público colocou-as sob detenção", afirmou a polícia sueca no seu portal oficial na internet. 

"Posso confirmar que estamos a investigar o assassínio de Salwan Momika", disse o procurador Rasmus Öman à agência de notícias AFP.

"Estamos apenas na fase inicial, ainda não passaram 24 horas. Portanto, há muita informação a ser recolhida. Cinco pessoas suspeitas de envolvimento neste caso foram detidas", confirmou.

Salwan Momika, um dos homens que em 2023 queimou o Corão e cuja ação provocou protestos violentos em diversos países muçulmanos, foi morto a tiro em Estocolmo, na Suécia.

A polícia já havia confirmado que Salwan Momika foi morto a tiro na quarta-feira à noite num subúrbio de Estocolmo.

Segundo vários jornais suecos, Momika foi atingido com dois tiros quando fazia um direto nas suas redes sociais.

O tribunal de Estocolmo que deveria divulgar hoje a decisão sobre as acusações de incitamento ao ódio étnico contra Salwan Momika disse ter adiado a sessão para 03 de fevereiro porque "um dos acusados havia morrido".

A Procuradoria-Geral da Suécia tinha deduzido em agosto do ano passado acusações contra dois homens por incitarem ao ódio ao queimarem cópias do Corão, o livro sagrado dos muçulmanos, ações que provocaram na altura uma indignação generalizada nas nações muçulmanas e levaram a vários ataques, como o que ocorreu contra a embaixada sueca no Iraque.

Os dois homens, Momika e Salwan Najem, estavam acusados de quatro crimes de incitamento ao ódio contra um grupo étnico pelos incidentes, protagonizados nas proximidades de várias mesquitas de Estocolmo, com base em vídeos que os mostram a queimarem cópias do Corão.

Na altura, Momika alegou que os seus protestos tinham como alvo a religião do Islão e não os muçulmanos e disse que queria proteger a população da Suécia das mensagens do Corão.

A polícia sueca permitiu as manifestações, legando liberdade de expressão.

Em outubro de 2023, as autoridades de imigração suecas decidiram não prolongar a autorização de residência de Momika, que era um refugiado cristão iraquiano, por fornecer informações incorretas sobre a sua necessidade de proteção.

No entanto, Momika acabou por receber uma nova autorização provisória, uma vez que a sua deportação para o Iraque não pôde ser executada por razões de segurança.

"Sou o próximo da lista", disse hoje Salwan Najem na rede social X, após a morte de Momika.


Leia Também: Populares incendiaram na quarta-feira uma portagem da Rede Viária de Moçambique (Revimo) na província de Maputo, sul do país, interrompendo o pagamento na mesma, disse hoje fonte oficial.

CABAZ GARANDI RATCHA, DIA 27 INA KÉBRA

Por  Gaio Martins Batista Gomes

O Dr. Abdul Mané, ao rejeitar a teimosia do Domingos Simões Pereira em substituir o Presidente da República após 27 de Fevereiro, demonstra ter plena consciência da inviabilidade jurídica desse ato. Além disso, deixa evidente que reconhece a incoerência das declarações de Domingos Simões Pereira na TV Obulum sobre o golpe de Estado, e tem a plena consciência que apoiar tal iniciativa poderia configurar em cumplicidade com outra tentativa de golpe de Estado. 

Esse posicionamento marca o primeiro indício de um afastamento gradual do API em relação ao PAIGC e à liderança de Domingos Simões Pereira.

Os analistas convidados no dia seguinte para interpretar sua entrevista tentaram, sem sucesso, limpar a imagem do DSP, viram-se impotentes diante da presença do analista Mamadu Bela Balde, que se recusou a ser "advogado do diabo".

Virão mais advogados do DSP, estaremos atentos as palavras e aos atos.

DSP é teimoso, precisa de um tira-teimas.


/ Gaio Martins Batista Gomes /

#MULHERES DO #PRS: Cerimônia de comemoração de 30 de Janeiro, organização de MINDJERES de PRS marca presença.

@Plataforma Repúblicana
 

PTG RESPONDE COMUNICADO DO PAIGC E ACUSA DOMINGOS SIMÕES PEREIRA DE CORRUPÇÃO

//TV VOZ DO POVO
O cenário político guineense aqueceu nas últimas horas com uma forte reação do Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG) contra o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC). Em um comunicado à imprensa, o PTG classificou como "panfleto de ódio" a nota emitida pelo PAIGC, que teria sido articulada pelo seu líder, Domingos Simões Pereira.

No documento, o PTG acusa Simões Pereira de ser um político "ganancioso, golpista, corrupto, anti-democrático e negacionista", afirmando que o dirigente do PAIGC quer assumir a Presidência da República a qualquer custo para continuar a "saquear o erário público".

O PTG relembra episódios recentes em que Simões Pereira teria incitado os militares a intervir, permitindo-lhe a entrada no Palácio da República "mesmo que isso custasse o derramamento de sangue". Além disso, a nota defende o líder do PTG, Aladje Botche Candé, afirmando que ele é uma "referência inquestionável" na política guineense, sempre agindo em prol da democracia e da unidade nacional.

O partido também lançou um desafio direto ao líder do PAIGC, instando-o a "ser um cidadão exemplar" e a colocar-se à disposição da justiça, em vez de "se esconder atrás da Imunidade Parlamentar".

O PTG demonstrou total solidariedade ao seu presidente, exortando-o a manter-se firme na sua trajetória política e alertou que qualquer novo comunicado acusatório do PAIGC terá uma "resposta contundente".

Por fim, o partido apelou aos seus militantes e simpatizantes para se manterem "serenos, firmes e determinados na defesa da verdade, da legalidade democrática e da unidade nacional".

A crise política na Guiné-Bissau parece longe de chegar ao fim, com os principais partidos do país a trocarem acusações e a endurecerem o tom do debate público.


quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

Ministro da Administração Territorial e Poder Local, Aristides Ocante, confere posse à nova Secretária-geral da Câmara Municipal de Bissau, Aissatu Turé.

CLIQUE AQUI PARA ASSISTIR AO VÍDEO

 Radio Voz Do Povo

Coligação Aliança Patriótica Inclusiva "API_CABAS GRANDI" em Conferência de Imprensa.


Radio Voz Do Povo 

Communicado de imprensa. Retirada de Burkina Faso, Mali e Niger da CEDEAO entrou em vigor hoje 29 de Janeiro de 2025

 
Por ecowas.int  29 Jan, 2025

Governo, através do Ministério dos Transportes, Telecomunicações e Economia Digital, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) na Guiné-Bissau, lança a Estratégia Nacional para a Transformação Digital.



Por  Ministério dos Transportes e Comunicações

48 GUINEENSES VÃO SER DEPORTADOS DE AMÉRICA PARA BISSAU-Decisão de Donald Trump

Por  Notabanca

A Ucrânia atacou a quarta maior refinaria da Rússia, disse o responsável do Centro contra a Desinformação do Conselho de Segurança Nacional e Defesa ucraniano, Andriy Kovalenko.

© Lusa   29/01/2025

Ucrânia diz ter atacado a quarta maior refinaria da Rússia

A Ucrânia atacou a quarta maior refinaria da Rússia, disse o responsável do Centro contra a Desinformação do Conselho de Segurança Nacional e Defesa ucraniano, Andriy Kovalenko.

O dirigente disse que o ataque, lançado durante a madrugada, teve como alvo uma refinaria, localizada na cidade de Kstovo, na região de Nizhny Novgorod, no oeste da Rússia, processava entre 15 e 17 milhões de toneladas de petróleo por ano para produzir gasolina, gasóleo, combustível para aviação e alcatrão.

"Quanto menor for a refinação, menos combustível e outros recursos terão os russos", acrescentou Kovalenko, que descreveu as infraestruturas como importantes para o exército da Rússia.

Pouco antes, o governador da região de Nizhny Novgorod, Gleb Nikitin, tinha dito que os destroços de um drone abatido pela defesa aérea russa provocaram um incêndio numa refinaria.

"Os bombeiros estão a combater o incêndio neste momento. De acordo com os relatórios iniciais, ninguém ficou ferido", disse o dirigente, na plataforma de mensagens Telegram.

Kyiv intensificou os ataques aéreos contra instalações militares e energéticas russas nos últimos meses, numa resposta ao bombardeamento da Rússia contra cidades e a rede eléctrica ucranianas.

O Ministério da Defesa da Rússia anunciou hoje que abateu 104 drones ucranianos em nove regiões, um dos maiores ataques deste tipo em território russo desde o início do conflito.

Todas as 104 aeronaves foram "intercetadas e destruídas pelos sistemas de defesa aérea" durante a noite, incluindo 47 - o maior número - na região de Kursk, de acordo com a mensagem do ministério, publicada no Telegram.

A Ucrânia afirma controlado centenas de quilómetros quadrados em Kursk, desde uma ofensiva surpresa lançada em agosto.

Na região de Belgorod, onde quatro aeronaves ucranianas foram intercetadas, um civil ficou ferido numa zona residencial na cidade de Graivoron por drones e foi hospitalizado, disse o governador regional Vyacheslav Gladkov.

Outros 11 drones foram intercetados na região de Smolensk, incluindo um "durante uma tentativa de ataque a uma instalação nuclear" que não causou qualquer dano, disse o governador local, Vasily Anokhine, no Telegram.

Na direção oposta, cinco pessoas morreram nas regiões de Kherson e Mykolaiv, no sul da Ucrânia, e em Donetsk, no leste do país, devido a fogo de artilharia e bombardeamentos das forças da Rússia, disseram hoje as autoridades ucranianas.

Os ataques surgiram horas depois do Presidente russo, Vladimir Putin, ter garantido que está aberto a negociar a paz, mas rejeitando conversações diretas com o homólogo ucraniano, por Volodymyr Zelensky já ter terminado o mandato.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste do país vizinho, independente desde 1991 e que tinha vindo a afastar-se de Moscovo e a aproximar-se do Ocidente.


Leia Também: O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse hoje o chefe de Estado russo têm medo de negociações e de líderes fortes e voltou a acusar Vladimir Putin de querer prolongar a guerra indefinidamente.

Ruanda: O Presidente do Ruanda, Paul Kagame, disse hoje ter tido uma "conversa produtiva" com o chefe da diplomacia dos Estados Unidos sobre a "necessidade de garantir um cessar-fogo" na República Democrática do Congo (RDCongo).

© Lusa  29/01/2025

 Presidente do Ruanda sublinha necessidade de cessar-fogo na RDCongo

O Presidente do Ruanda, Paul Kagame, disse hoje ter tido uma "conversa produtiva" com o chefe da diplomacia dos Estados Unidos sobre a "necessidade de garantir um cessar-fogo" na República Democrática do Congo (RDCongo).

Numa mensagem publicada na rede social X, Kagame disse que, durante a conversa por telefone com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, sublinhou a importância "de abordar de uma vez por todas as causas profundas do conflito" na vizinha RDCongo.

O chefe de Estado do Ruanda enfatizou "a importância de aprofundar" os "laços bilaterais com base no respeito pelos nossos respetivos interesses nacionais".

"Estou ansioso por trabalhar com a administração [do novo Presidente dos Estados Unidos, Donald] Trump para criar a prosperidade e a segurança que o povo da nossa região merece", acrescentou Kagame.

Num comunicado, o Departamento de Estado norte-americano disse que Rubio "pediu um cessar-fogo imediato na região e que todas as partes respeitem a integridade territorial soberana" da RDCongo.

Os Estados Unidos estão "profundamente preocupados com a escalada do conflito em curso no leste da RDCongo, particularmente com a queda de Goma para o grupo armado M23, apoiado pelo Ruanda", acrescentou o comunicado.

Os Estados Unidos apelaram na terça-feira aos seus cidadãos para abandonarem a RDCongo, horas depois de a sua embaixada e várias outras representações estrangeiras em Kinshasa terem sido alvo de manifestantes.

Os ataques às embaixadas do Ruanda, França, Bélgica, Estados Unidos, Uganda e Quénia foram realizados por manifestantes, quando os rebeldes avançam no leste do país, segundo fontes diplomáticas.

Em Nova Iorque, as Nações Unidas divulgaram que o secretário-geral António Guterres falou na terça-feira com Paul Kagame, a quem pediu para retirar as suas tropas da RDCongo e cessar o apoio que presta aos rebeldes do M23.

Guterres falou igualmente com o Presidente da RDCongo, Felix Tshisekedi.

Os apelos de Guterres surgem numa altura de tensão acrescida no nordeste da RDCongo, especialmente na cidade de Goma, que tem dois milhões de habitantes, metade dos quais são refugiados, onde os ataques do M23 deixaram muitos cadáveres nas ruas, segundo o porta-voz do Gabinete das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários, Jens Laerke.

"O secretário-geral discutiu [com Kagame] a situação na RDCongo e foi muito claro, tanto em público como em privado, sobre a necessidade de o Ruanda cessar o seu apoio ao M23 e retirar-se da RDCongo", disse o porta-voz de Guterres, Stephane Dujarric.

As forças do M23 controlam o aeroporto de Goma e os combates estão a decorrer na cidade e nos arredores.

A missão de manutenção da paz da ONU (Monusco) foi forçada a acantonar-se nas suas bases, salientou Dujarric.

O Conselho de Segurança da ONU deverá debater ainda hoje a situação na RDCongo numa reunião de emergência convocada para o efeito.


Leia Também: A fronteira entre a República Democrática do Congo (RDC) e o Ruanda, na região de Goma, foi encerrada na sequência dos confrontos entre o grupo armado M23 e as tropas de Kinshasa, disse à France Presse fonte consular europeia.

Furtos nos supermercados atingem recorde em 2023

Por CNN Portugal

REVISTA DE IMPRENSA || O distrito do Porto lidera com mais furtos

Desde 2015 que o número de queixas por furtos nos supermercados não atingia valores tão elevados, avança o Jornal de Notícias que dá conta que Só em 2023, foram participadas 1879 ocorrências no país.

O jornal, que cita dados do Sistema de Informação das Estatísticas da Justiça, dá conta ainda que o segundo ano com mais casos de furtos em supermercados foi 2016, com 1726 ocorrências.

O distrito do Porto lidera com mais furtos (594) seguido de Lisboa (497) e Faro (206).

Assim sendo, Lisboa e Porto somam 58% dos casos de furto durante 2023. No entanto, em Faro, Beja, Évora, Setúbal, Santarém, Leiria, Castelo Branco, Aveiro, Braga e Viana do Castelo, o número de furtos tem aumentado. 

Contactado pelo Jornal de Notícias, o presidente da Associação Portuguesa de Empresas e Distribuição desvalorizou o fenómeno criminal destacando que o tema "não tem expressão nos retalhistas".


Leia Também: Em 2024, 185 menores estrangeiros chegaram sozinhos a Portugal, alguns provenientes de campos de refugiados, sem que estivessem enquadrados num programa do Governo e da União Europeia para o efeito.

terça-feira, 28 de janeiro de 2025

ONG diz que Portugal está envolvido em esquema ilegal que colocou madeira russa na União Europeia

Bétulas em Moscovo (NATALIA KOLESNIKOVA/AFP via Getty Images)  cnnportugal.iol.pt, 

Esquema abrange toda a UE e quer empresas estrangeiras quer comerciantes europeus admitiram, segundo a investigação, com imagens e áudios, ter violado as sanções num processo que chamam “mina de ouro”

Um esquema ilegal está a colocar em países da União Europeia (UE) madeira russa de bétula, um comércio avaliado em 1,5 mil milhões de euros, com Portugal a receber cerca de mil camiões de contraplacado ilegal de bétula.

Segundo a investigação de uma organização não-governamental (ONG) britânica há um esquema de branqueamento de madeira russa para a UE, violando as sanções, que só para Portugal tem um valor superior a 100 milhões de euros.

O esquema abrange toda a UE e quer empresas estrangeiras quer comerciantes europeus admitiram, segundo a investigação, com imagens e áudios, ter violado as sanções num processo que chamam “mina de ouro”.

A ONG que fez a investigação, “Eartsight”, diz que sete dos 10 principais exportadores russos de madeira de bétula continuam a abastecer a UE e os lucros vão para os oligarcas que se encontraram com Vladimir Putin no dia em que a Ucrânia foi invadida.

As florestas, todas estatais, são uma importante fonte de receitas para a máquina de guerra russa, diz a organização.

Na UE empresas que fabricam brinquedos, pavimentos e mobiliário, bem como o maior fabricante mundial de paredes de escalada, foram identificadas como tendo comprado madeira de bétula a exportadores, que admitiram ter transacionado madeira ilegal mas negaram ter cometido qualquer infração.

Com o título “Bétula manchada de sangue: expondo o comércio da UE de contraplacado de conflito”, a investigação apanhou empresas, através de câmaras, de chamadas de voz e de documentos internos, a organizar um fluxo constante de madeira russa para a UE cujos compradores são importantes fabricantes.

Elementos da “Earthsight”, uma ONG do Reino Unido que utiliza investigações aprofundadas para expor crimes ambientais e sociais, injustiças e as ligações ao consumo global, fizeram-se passar por compradores durante nove meses e gravaram comerciantes a admitirem o crime.

A ONG estima que mais de 500 mil metros cúbicos de madeira saíram da Rússia para países terceiros e depois para a UE desde a imposição das sanções, em julho de 2022. Desses, mais de 30.000 metros cúbicos de madeira, o equivalente a 990 camiões, chegaram a Portugal, com um valor de retalho de 103,1 milhões de euros.

Todos os dias chegam aos portos e fronteiras da UE o equivalente a 20 grandes camiões de madeira (700 metros cúbicos). Os maiores volumes são enviados para a Polónia, seguindo-se a Alemanha, Espanha, Portugal, Itália e Estónia.

A ONG especifica que entre os exportadores russos que continuam a fornecer bétula à UE estão os oligarcas Alexei Mordashov e Vladimir Yevtushenkov, e diz que empresas estatais bielorrussas estão a ajudar no comércio e também a vender produtos de madeira proibidos à UE.

Empresas russas disseram aos investigadores que fazem o branqueamento da madeira através de países como o Cazaquistão ou a Turquia, embora a maior parte da madeira passe pela China.

A “Earthsight” gravou comerciantes a admitir ter comprado, para vender, contraplacado russo ilegal e revela o nome de várias empresas clientes. Diz também que tem vindo a partilhar conclusões com as autoridades de toda a UE, sem grandes respostas, apelando a uma maior liderança nesta matéria por parte da Comissão Europeia.

O documento revela ainda que muitas das empresas envolvidas no contraplacado ilegal proclamam-se como éticas e exibem o certificado FSC, “Forest Stewardship Council”, o maior rótulo verde do mundo para a madeira. Acontece com implicados no processo da Polónia, China, Cazaquistão, Estónia, Itália ou Espanha, citados no documento.

A “Tianma Lvjian”, empresa chinesa que a investigação sugere ser a maior contrabandista de contraplacado de bétula, ofereceu-se para rotular o contraplacado russo branqueado com um carimbo FSC, ao custo adicional de 50 euros por metro cúbico.

“O facto de tantas empresas se envolverem no contrabando de madeira ilegal enquanto detêm certificados do FSC sublinha falhas estruturais mais amplas dentro do FSC”, alerta-se no documento agora divulgado.

A ONG diz ainda que a investigação mostra que apesar do “branqueamento desenfreado” as sanções da UE reduziram o fluxo de madeira russa para a Europa em cerca de 80%, privando exportações russas num valor estimado em 10 mil milhões de euros até fim de 2024 e poupando 100 milhões de árvores.

Mas, salienta, cerca de um quinto do contraplacado de bétula consumido na Europa é madeira ilegal. A Polónia é o maior ponto de entrada na Europa mas a ONG sugere que outros países tomem medidas. E cita-os: Espanha, Itália, Grécia, Alemanha, Bulgária, Estónia, Eslovénia e Portugal.

“Instamos o governo português a investigar todo o contraplacado de bétula que entra no país e a pôr fim ao comércio manchado de sangue”, pediu Tara Ganesh, líder da “Earthsight”.


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