“Se o filho de uma deputada falecida recebeu a viatura e o deputado que substituiu a malograda não teve direito sequer a uma moto, ainda tinhas dúvidas que os carros foram oferecidos a título privado e não institucional?”, interroga um deputado que fez parte da lista dos 13 da bancada do PAIGC excluídos da lista dos beneficiários.
Quando forem eleitos os novos deputados nas eleições legislativas marcadas para 18 de Novembro do ano em curso, o Estado guineense terá que pedir novos Toyota Prados para novos deputados escolhidos pelo Povo.
Na noite desta segunda-feira, na rotunda de chapa de Bissau, um jovem emigrante que circulava num Mercedes 185, cinzas, com matrícula da série CF, foi abordado pela polícia e simplesmente recusou-se a encostar, porque, segundo disse, na mesma altura passaram dois Prados, um cinzento e outro preto, sem placas e que fará papel de Livre Trânsito afixado no vidro.
“Somos todos iguais perante a Lei”, gritava aos polícias de trânsito, o jovem emigrante que prosseguiu o seu percurso.
Recorde-se que José Mário Vaz entregou as viaturas oferecidas ao país pelo rei do Marrocos em 2017 aos deputados.
Nas redes sociais, vários cidadãos guineenses têm também manifestado estar contra a entrega das viaturas aos deputados, lembrando que no país não há educação nem saúde.
O líder do Parlamento guineense, Cipriano Cassamá, ao referir-se também às viaturas que o próprio alega ter pedido ao rei de Marrocos, defendeu que servem para que os deputados possam visitar o eleitorado nas suas aldeias e criticou também o facto de vários deputados do PAIGC não terem recebido uma viatura.
Fonte: Braima Darame
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