sexta-feira, 12 de setembro de 2025

O Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, foi condecorado pela Interpol durante a sua visita à sede da Organização Internacional da Polícia Criminal, em Lyon, França.

No âmbito desta deslocação, teve lugar uma reunião bilateral entre a delegação da Guiné-Bissau e a Direcção da Interpol, onde foram revistas as relações de cooperação existentes e definidos novos compromissos centrados no reforço dos mecanismos de combate ao crime.

O encontro culminou com a assinatura de uma declaração de intenção. No final, a Interpol distinguiu o Chefe de Estado com uma condecoração, em reconhecimento das excelentes relações de cooperação com a Guiné-Bissau.

 Presidência da República da Guiné-Bissau

Albânia tem agora uma ministra criada por inteligência artificial, a Diella

Por oglobo.globo.com12/09/2025

Primeiro-ministro do país, que está no seu quarto mandato, disse que agente de IA será responsável por licitações públicas para que esses contratos sejam '100% livres de corrupção'

O primeiro-ministro albanês, o socialista Edi Rama, anunciou, nesta quinta-feira, a nomeação de uma ministra gerada por inteligência artificial (IA), uma novidade em nível mundial.

O nome da funcionária é Diella, que significa "sol" em albanês, explicou o chefe de governo ao apresentar seu novo gabinete em uma reunião de seu partido, que obteve ampla vitória nas eleições parlamentares de maio.

— Diella é o primeiro membro do governo que não está fisicamente presente, mas foi criado virtualmente por inteligência artificial— afirmou Rama.

Segundo o premiê, a ministra será responsável por todas as decisões sobre as licitações de contratação pública para garantir que estejam "100% livres de corrupção" e que todos os financiamentos públicos submetidos a esse procedimento sejam "perfeitamente transparentes".

Seu dever será avaliar as licitações e ela terá o direito de "contratar talentos de todo o mundo", especificou.

Diella, uma "mulher" vestida com o traje tradicional albanês, foi apresentada em janeiro como uma assistente virtual movida por IA para ajudar as pessoas a utilizarem a plataforma oficial e-Albania, onde podem obter documentos e realizar diversos serviços.

Ela já ajudou a emitir 36.600 documentos digitais e prestou quase 1.000 serviços por meio da plataforma, de acordo com números oficiais.

Rama, que conseguiu um quarto mandato nas eleições de maio, apresentará seu novo gabinete aos legisladores nos próximos dias.

A luta contra a corrupção, especialmente na administração pública, é um critério-chave para a candidatura da Albânia à União Europeia (UE).

O primeiro-ministro albanês espera que seu país, de 2,8 milhões de habitantes, ingresse no bloco europeu até 2030.

AIMA dá ordem de expulsão a imigrantes com filhos portugueses

AIMA (Horacio Villalobos/Corbis via Getty Images)    Por  CNN Portugal

REVISTA DE IMPRENSA || Lei prevê que estrangeiros com filhos portugueses não podem ser expulsos, mas as notificações não refletem essa condição

Três cidadãos indianos, todos com filhos portugueses, receberam ordens de saída do país após notificações da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), que justificou as decisões com alertas do Sistema de Informação Schengen (SIS). De acordo com o jornal Público, os casos envolvem Baljit Kaur, Kiran Bala e Chamkaur Singh, que vivem em Portugal há vários anos, trabalham e descontam para a Segurança Social, mas enfrentam processos de afastamento.

A lei prevê que estrangeiros com filhos portugueses não podem ser expulsos, mas as notificações não refletem essa condição. O Governo garante que os imigrantes podem recorrer judicialmente, enquanto a AIMA sublinha que os cidadãos devem apresentar documentos que comprovem a filiação para evitar expulsão.

Estes processos somam-se a mais de 100 mil ações em tribunal contra a AIMA. Só no caso da comunidade indiana, quase metade dos pedidos de residência têm sido recusados. As famílias temem a separação e aguardam decisão judicial.

O Presidente da República da Guiné-Bissau, General Umaro Sissoco Embaló, realizou uma visita à sede da Organização Internacional da Polícia Criminal, Interpol, em Lyon, França, a convite da própria instituição.

À chegada ao aeroporto, o Chefe de Estado foi calorosamente recebido pelo Presidente da Interpol, Ahmed Nasser Al Raisi, que lhe dirigiu palavras de boas-vindas.

Em honra da presença do Presidente da República, os responsáveis da Organização ofereceram um jantar oficial.

 Presidência da República da Guiné-Bissau

Estudo preocupa: Efeito do consumo de bebidas diet é "impressionante"... Um estudo realizado este verão por cientistas australianos revelou o impacto que o consumo de bebidas diet pode ter no organismo. Um dos especialistas revela que os resultados são impressionantes.

© Shutterstock   noticiasaominuto.com   12/09/2025

O que acontece ao corpo quando consome bebidas diet? Pode parecer mais saudáveis do que as ditas normais, mas a verdade é que acabam por trazer outro tipo de problemas associados. Um estudo realizado por cientistas australianos revelou o impacto de este tipo de bebidas tem no organismo. Em causa está o consumo de refrigerantes. 

A investigação da Universidade Monash deixou um alerta sobre a ingestão destas bebidas que acaba por ter um impacto no organismo que poderia não esperar uma vez que se tem a ideia de estar a consumir uma sugestão mais saudável.

Os efeitos do consumo de bebidas diet

"Beber uma ou mais dessas bebidas por dia, adoçadas com açúcar ou substitutos artificiais,  foi associado a um risco significativamente maior de desenvolver diabetes tipo 2”, começou por dizer Hussen Kabthymer, um dos autores do estudo.

A investigação analisou dados de mais de 36 mil pessoas com idades entre os 40 e os 69 anos. "Beber um refrigerante diet por dia pode ​​aumentar o risco de desenvolver diabetes tipo 2 em impressionantes 38%."

O risco pode ser ainda maior do que outras opções que são mais ricas em açúcar. "Surpreendentemente, este é um risco ainda maior do que o daqueles que optam por opções clássicas com muito açúcar, que foram associadas a um aumento de 23%."

Desta forma, o estudo deixou um importante alerta sobre os adoçantes artificiais que são usados neste tipo de refrigerantes e bebidas. Podem ser um agente bastante prejudicial à saúde pública.

"Pode ser o momento de ampliar a discussão política não apenas sobre a tributação do açúcar, mas sobre a redução do consumo de todas as bebidas nocivas para a população, independentemente de serem adoçadas com açúcar ou alternativas sintéticas", revela Barbora de Courten ao New.com.au   

O impacto negativo dos adoçantes na saúde cerebral

Já outro estudo publicado este mês de setembro revelou o impacto dos adoçantes artificiais na saúde cerebral. segundo um novo estudo publicado na revista Neurology, pode estar a afetar o cérebro e fazer com que acelere o declínio cognitivo.

O estudo revelou que pessoas que consumiram adoçantes em excesso apresentavam problemas de memória e dificuldades em construir pensamentos. Concluíram que o declínio foi 62% superior em comparação com pessoas que consumiam este tipo de adoçantes em menores quantidades.

"Adoçantes com baixas ou nenhumas calorias são frequentemente vistos como uma alternativa saudável ao açúcar. No entanto, as nossas descobertas sugerem que certos adoçantes podem ter efeitos negativos na saúde do cérebro ao longo do tempo", revela Claudia Kimie Suemoto em comunicado de imprensa, aqui citada pelo jornal USNews.

No estudo foram acompanhados quase 12.800 adultos com uma idade média de 52 anos. A investigação foi feita ao longo de oito anos. Aspartame, sacarina, acessulfame-K, eritritol, xilitol, sorbitol e tagatose foram alguns dos adoçantes mais consumidos pelos participantes.


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A "maior fábrica de munições da Europa" vai ser construída em terreno ucraniano

Por  SIC Notícias Com LUSA

O projeto é descrito como a maior fábrica de munições da Europa e possivelmente do mundo. A cooperação entre a Ucrânia e a empresa alemã Rheinmetall abrange várias áreas, incluindo produção de munições, veículos blindados e soluções de defesa aérea.

ministro da Defesa ucraniano anunciou esta quinta-feira que foi atribuído um terreno numa região segura da Ucrânia para construir uma fábrica de munições da empresa alemã Rheinmetall.

"Na terça-feira foi atribuído um terreno numa região segura da Ucrânia, onde será construída uma nova fábrica de projéteis da Rheinmetall para satisfazer as necessidades das Forças de Defesa", disse Denys Shmyhal na rede social Facebook.

O presidente da Rheinmetall, Armin Papperger, disse no final de agosto que o projeto trata-se da " maior fábrica de munições da Europa e provavelmente do mundo".

"Esta fábrica é a prova de que a Alemanha está a fazer algo pela nossa segurança e pela segurança da Europa", salientou o vice-chanceler e ministro das Finanças alemão, Lars Klingbeil.

O ministro da Defesa ucraniano e o presidente da Rheinmetall, Armin Papperger, reuniram-se em Londres, no Reino Unido, à margem da feira de Equipamentos de Defesa e Segurança Internacional (sigla inglesa DSEI), que ocorreu esta quinta-feira.

Denys Shmyhal anunciou que foram finalizados os procedimentos para o lançamento de uma nova produção conjunta e que tem uma relação boa com o dono da empresa alemã, especializada no setor automobilístico e da defesa.

"Temos uma cooperação eficaz em diversas áreas, como a produção de munições, veículos blindados e soluções de defesa aérea", indicou o ministro da defesa ucraniano.

De acordo com o ministro da defesa da Ucrânia, durante a reunião foram abordados "outros projetos importantes, incluindo o desenvolvimento de capacidades para a reparação e produção de veículos blindados".

Novos modelos podem fortalecer militares ucranianos

A Rheinmetall tem vários novos modelos que podem fortalecer as Forças de Defesa da Ucrânia, segundo a publicação no Facebook.

Denys Shmyhal agradeceu ainda o apoio prestado e pelo desenvolvimento de projetos conjuntos de "grande dimensão da empresa alemã".

A Rheinmetall, cotada no índice Dax da bolsa de Frankfurt, é o maior fabricante europeu de munições para tanques e peças de artilharia, à frente da norueguesa Nammo e da francesa Nexter.

Jair Bolsonaro condenado a 27 anos e três meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal

Por Sicnoticias - Com Lusa

O antigo Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado e outros crimes. A decisão foi tomada pela Primeira Turma do STF, com quatro dos cinco juízes que compõem o coletivo a votar a favor.

O antigo Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, foi condenado, esta quinta-feira, a 27 anos e três meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal. Foi considerado culpado de tentativa de golpe de Estado, entre outros crimes.

O anúncio surge no mesmo dia que a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal formou maioria para condenar Jair Bolsonaro por tentativa de abolição violenta do Estado de Direito Democrático, golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de património.

"As consequências do crime são amplamente desfavoráveis, porque estavam direcionadas a aniquilar os pilares essenciais do Estado democrático de Direito, mediante violência, grave ameaça, ataques sistemáticos ao Poder Judiciário. A consequência maior do crime seria o retorno a uma ditadura no Brasil", justificou o juiz.

Quatro dos cinco juízes que compõem o coletivo de juízes que apoia o Ministério Público considerou que a "organização criminosa" dividiu as tarefas e operou de forma hierárquica sob as ordens de Bolsonaro.

Defendem que só terá fracassado devido à recusa dos comandantes do Exército e da Força Aérea, quando os acusados já tinham tudo pronto para decretar um estado de exceção, intervir na Justiça Eleitoral e manter-se no poder.

A derrota que (quase) terminou em golpe de Estado

Em 2022, Lula da Silva concorreu contra Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais do Brasil. A campanha foi marcada por forte polarização, com Bolsonaro e os seus apoiantes a colocarem em causa a fiabilidade do sistema eleitoral, especialmente das urnas eletrónicas.

Após a vitória de Lula, que Bolsonaro recusou reconhecer, seguidores do ex-Presidente começaram a organizar protestos em várias partes do país. Desde o dia seguinte às eleições, surgiram apelos a uma intervenção militar que impedisse a tomada de posse do novo Presidente.

Bolsonaro continuou a alimentar teorias infundadas sobre fraude eleitoral e encorajou manifestações em frente a quartéis, promovendo um ambiente de instabilidade e desconfiança. Também surgiram indícios de que estaria envolvido em planos para se manter no poder, mesmo depois da derrota.

A situação agravou-se a 8 de janeiro de 2023, quando milhares de apoiantes radicais invadiram e destruíram instalações do Supremo Tribunal Federal, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto, em Brasília. Foi uma tentativa violenta de derrubar Lula da Silva e reverter os resultados das eleições. Um ataque sem precedentes à democracia brasileira.

quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Trump recorda vítimas do 11 de Setembro em cerimónia solene no Pentágono... O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, homenageou hoje, numa cerimónia solene no Pentágono, as vítimas dos atentados de 11 de Setembro de 2001 em Nova Iorque e Washington, que causaram cerca de 3.000 mortos.

Por LUSA 11/09/2025

"Nessa manhã terrível, há 24 anos, o tempo parou. Hoje, como uma só nação, renovamos o nosso voto sagrado de que nunca esqueceremos o 11 de setembro de 2001", frisou Trump.

Na cerimónia, que contou também com a presença da primeira-dama, Melania Trump, e do secretário da Defesa, Pete Hegseth, foram colocadas coroas de flores e lidos os nomes das 125 vítimas mortas na sede do Departamento de Defesa, atingido por um avião em que seguiam 59 pessoas, também elas falecidas. No mesmo dia foram destruídas as Torres Gémeas em Nova Iorque.

Quase 3.000 pessoas morreram em 11 de setembro de 2001, quando membros da rede terrorista Al-Qaida sequestraram quatro aviões comerciais: dois atingiram as Torres Gémeas, um embateu contra o Pentágono e o quarto caiu na Pensilvânia, depois de os passageiros tentarem retomar o controlo da aeronave.

"Naquele dia fatídico, monstros selvagens atacaram os próprios símbolos da nossa civilização. Mas aqui, na Virgínia, em Nova Iorque e nos céus da Pensilvânia, os norte-americanos não hesitaram. Mantiveram-se firmes e mostraram ao mundo que nunca cederemos, nunca nos dobraremos, nunca nos renderemos", declarou.

Com semblante e tom solenes, Trump partilhou várias histórias pessoais das vítimas e dirigiu uma mensagem de condolências às famílias, "que continuam a sentir o vazio deixado pelos seus entes queridos todos os dias das suas vidas".

O Presidente norte-americano destacou ainda que a captura e morte do líder da Al-Qaida, Osama bin Laden, demonstrou a supremacia dos Estados Unidos.

"Foi uma mensagem inequívoca para todos os inimigos do mundo: se atacarem os Estados Unidos, nós perseguimo-los e encontramo-los", garantiu.

Tal como em Washington, também Nova Iorque recordou as cerca de 3.000 vítimas que morreram durante e após os ataques às Torres Gémeas, entre elas trabalhadores das empresas sediadas nos edifícios, bombeiros, polícias e pessoal médico.

Vinte e quatro anos depois, o Instituto de Medicina Forense da Cidade de Nova Iorque informou que mais de mil vítimas continuam por identificar.


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Iniciou-se esta semana a missão à Guiné-Bissau de uma Equipa Técnica de capacitação (ETC) das Forças Armadas Portuguesas, no âmbito do projeto COSTA SEGURA, sistema de monitorização e vigilância do espaço marítimo cuja primeira estação se encontra operacional em Bissau desde julho de 2024.

Por Embaixada de Portugal na Guiné-Bissau

Hoje, 11 de setembro, os militares portugueses que integram a ETC e os seus contrapartes guineenses, visitaram o Ilhéu de Ponton, onde decorrem os trabalhos para a instalação da segunda estação COSTA SEGURA.

O projeto COSTA SEGURA é desenvolvido entre Portugal 🇵🇹 e a Guiné-Bissau 🇬🇼, com apoio também da União Europeia 🇪🇺, e visa reforçar as capacidades da Guiné-Bissau nos domínios da segurança marítima, nomeadamente para combater atividades ilícitas que ameaçam os recursos marinhos e a segurança das populações costeiras

O COSTA SEGURA está alinhado com o mais amplo enquadramento da cooperação no domínio da defesa entre Portugal e a Guiné-Bissau, um dos principais eixos do relacionamento bilateral entre os dois países. 🇵🇹🤝🏼🇬🇼

O Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, deixou Bissau na manhã desta quinta-feira com destino a França, para uma estada oficial.

Durante esta missão, o Chefe de Estado tem previsto um encontro com a comunidade guineense residente em território francês, reforçando os laços com a diáspora.

Antes da chegada a Paris, o Presidente efectuou uma paragem em Lyon, onde visitou a sede da Interpol, instituição com a qual a Guiné-Bissau mantém uma cooperação activa nas áreas da segurança e do combate ao crime transnacional.

Na ocasião, o Presidente da República reafirmou o apoio inabalável da Guiné-Bissau ao trabalho da Interpol, destacando o papel fundamental da organização na protecção dos países e na construção de um mundo mais seguro.

Presidência da República da Guiné-Bissau

Polónia pediu reunião extraordinária do Conselho de Segurança da ONU... A Polónia pediu uma reunião extraordinária do Conselho de Segurança da ONU, após a intrusão de cerca de vinte drones russos no seu território, anunciou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros polaco.

© Tomas Tkacik/SOPA Images/LightRocket via Getty Images   Lusa   11/09/2025

"A pedido da Polónia, será convocada uma reunião extraordinária do Conselho de Segurança da ONU sobre a violação do espaço aéreo polaco por parte da Rússia", disse o Ministério polaco na rede social X. 

A Polónia pretende "chamar a atenção do mundo para este ataque sem precedentes de drones russos contra um país que não é apenas membro da ONU, mas também da União Europeia e da NATO", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros polaco, Radoslaw Sikorski, à rádio RMF FM.

Segundo Sikorski, a intrusão "não é apenas um teste para a Polónia, é um teste para toda a NATO, não só militar, mas também político".

A Polónia anunciou hoje também que restringiu o tráfego aéreo na sua fronteira leste.

Esta restrição vigorará até ao início de dezembro, afirmou a Agência de Navegação Aérea da Polónia (PAZP) em comunicado.

De acordo com a agência, a pedido dos militares polacos, o tráfego aéreo será encerrado, salvo raras exceções, aos voos civis ao longo da fronteira com a Bielorrússia e com a Ucrânia a partir de hoje e até 09 de dezembro.

Na quarta-feira, o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk [na imagem], reportou 19 violações do seu espaço aéreo durante a madrugada. A invasão dos drones não provocou feridos, mas uma casa e um carro ficaram danificados no leste do país.

O chanceler alemão, Friedrich Merz, denunciou a "ação agressiva" da Rússia e o Presidente francês, Emmanuel Macron, advertiu Moscovo contra este ato "precipitado".

"Estamos ao lado dos nossos aliados da NATO diante destas violações do espaço aéreo e defenderemos cada centímetro do território da Aliança", prometeu o embaixador dos Estados Unidos na Aliança Atlântica, Matthew Whitaker.

A ministra dos Negócios Estrangeiros da UE, Kaja Kallas, denunciou "a mais grave violação do espaço aéreo europeu por parte da Rússia desde o início da guerra".

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após o desmoronamento da União Soviética - e que tem vindo a afastar-se da esfera de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já causou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia a cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado, em ofensivas com drones, alvos militares em território russo e na península da Crimeia, ilegalmente anexada por Moscovo em 2014.


Rússia poderá avançar 150 mil soldados para grande batalha em Pokrovsk... A Rússia guardou blindados durante todo o ano e pode fazer avançar 150 mil soldados em direção a Pokrovsk, onde se prevê uma grande batalha com as forças ucranianas, numa importante zona na defesa da região de Donetsk.

©> Stringer/Anadolu via Getty Images  Lusa  11/09/2025

A Rússia guardou blindados durante todo o ano e pode fazer avançar 150 mil soldados em direção a Pokrovsk, onde se prevê uma grande batalha com as forças ucranianas, numa importante zona na defesa da região de Donetsk. 

A agência de notícias ucraniana Euromaidan antecipou, num artigo, a preparação de uma importante batalha pelos dois lados.

O Exército ucraniano criou a 156.ª Brigada de Infantaria na primavera de 2024, uma unidade que, pouco tempo depois, se converteu numa brigada mecanizada com veículos blindados adicionais. Esta brigada recrutou e treinou os seus milhares de soldados durante o outono e o inverno e, este verão, foi enviada para a linha da frente na região de Sumy, no norte da Ucrânia.

Atualmente, a 156.ª Brigada Mecanizada é uma das crescentes unidades ucranianas que avançam para sul, para a região de Donetsk, para enfrentar uma massa de tropas e tanques russos prontos para atacar a cidade-fortaleza de Pokrovsk.

O operador ucraniano de drones Kriegsforscher descreveu esta como uma "última, derradeira batalha".

Com a derrota da sua incursão liderada pela infantaria a nordeste de Pokrovsk nas últimas semanas, o Kremlin (presidência ucraniana) tomou uma decisão importante.

De acordo com o artigo da Euromaidan, em vez de desistir de Pokrovsk, Moscovo redobrou a força e enviou reforços pela cidade para o que se configura como uma poderosa ofensiva liderada por tanques.

Poderá haver 150.000 soldados russos concentrados em redor de Pokrovsk, pode ler-se no artigo da agência ucraniana.

A queda de Pokrovsk abriria caminho para as últimas grandes posições defensivas da Ucrânia em Donetsk, forçando potencialmente uma retirada estratégica que poderia remodelar toda a frente leste.

Ao longo de 2025, os regimentos russos atacaram sobretudo a pé ou de moto e a razão é entendida agora como uma poupança de recursos.

"Lentamente, mas com segurança, está a ser comprovado que a Rússia estava de facto a reter os blindados na retaguarda e a reduzir os ataques mecanizados ao mínimo", observou o analista Jompy.

O confronto que se avizinha "será maior e mais sangrento" do que as batalhas de infantaria que eram comuns em Pokrovsk no início deste ano, alertou o analista finlandês Joni Askola.

As brigadas ucranianas mais antigas em torno de Pokrovsk são hábeis na destruição de tanques, mas os soldados relativamente inexperientes da 156.ª Brigada Mecanizada devem ser capazes de aprender as táticas padrão rapidamente.

Nos 43 meses desde que a Rússia alargou a sua guerra contra a Ucrânia, as forças ucranianas destruíram, danificaram ou capturaram cerca de 4.100 tanques russos, representando mais tanques do que os regimentos russos tinham em serviço na linha da frente antes da guerra mais ampla, salientou ainda a agência de notícias.


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O Reino Unido anunciou hoje um acordo com a Ucrânia para partilhar projetos e desenvolver em conjunto equipamento militar avançado.

quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Aumentam para 30 mortos e mais de mil feridos vítimas de distúrbios no Nepal... Pelo menos 30 pessoas morreram e mais de mil ficaram feridas nos distúrbios em curso no Nepal desencadeados pela proibição de acesso às principais redes sociais, disseram hoje as autoridades.

Por LUSA 

O novo balanço de vítimas surge na sequência da continuação dos protestos, apesar de o Governo nepalês ter anunciado a retirada da impopular medida.

O Ministério da Saúde confirmou 30 mortos e pelo menos 1.033 feridos, enquanto aumenta a violência no país, que se encontra sob fortes medidas de segurança e um recolher obrigatório instaurado a nível nacional.

Pelo menos 55 dos feridos tiveram de ser transferidos para outros hospitais, mais de 700 receberam alta e outros 253 foram internados ao longo do dia de hoje, noticiou o diário nepalês Republica.

O Serviço Hospitalar Civil tratou um total de 436 pessoas, embora esteja sobrecarregado devido ao elevado número de doentes, disseram as autoridades.

No Centro Nacional de Traumatologia, há atualmente 161 pessoas internadas, ao passo que 109 estão a receber cuidados médicos no Hospital Evereste.

No total, são 28 os centros médicos que têm estado a atender os feridos, e os serviços de emergência foram mobilizados em grande escala para lidar com o grande número de afetados, acrescentou o jornal nepalês.


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Ministério dos Negócios Estrangeiros apela aos cidadãos que ainda não tenham sido identificados para que contactem o Gabinete de Emergência Consular.


Míssil russo que atingiu prédio do governo em Kiev continha dezenas de peças americanas e europeias, muitas fabricadas recentemente

Por  CNN

Os números de série mostram que algumas dessas peças foram fabricadas há anos, mas outras estão listadas como tendo sido fabricadas recentemente, inclusive após o início da invasão em grande escala em 2022

Um míssil de cruzeiro russo que atingiu um edifício governamental no centro de Kiev no domingo estava repleto de dezenas de peças estrangeiras, incluindo chips e outros componentes eletrónicos fabricados nos Estados Unidos, afirmaram as autoridades ucranianas esta terça-feira.

O míssil Iskander 9M727 que atingiu o edifício não explodiu, provavelmente porque foi danificado pelas defesas aéreas ucranianas, afirmou Vladyslav Vlasiuk, comissário presidencial da Ucrânia para a política de sanções, na terça-feira.

Vlasiuk divulgou fotografias do míssil danificado, bem como uma lista de componentes que foram encontrados anteriormente em mísseis idênticos.

A lista inclui 35 peças fabricadas por empresas americanas, incluindo Texas Instruments, Analog Devices, Altera e outras, bem como componentes fabricados por empresas japonesas, britânicas e suíças.

Os números de série mostram que algumas dessas peças foram fabricadas há anos, mas outras estão listadas como tendo sido fabricadas recentemente, inclusive após o início da invasão em grande escala à Ucrânia em 2022.

Muitos países ocidentais, incluindo os quatro mencionados na lista publicada por Vlasiuk, impuseram sanções rigorosas e controlos de exportação sobre esses componentes para impedir que fossem usados pela Rússia.

Mas Moscovo encontrou maneiras de contornar essas medidas.

A CNN entrou em contacto com as empresas listadas por Vlasiuk para comentar o assunto.

A Infineon Technologies, empresa alemã que agora é proprietária da Cypress Semiconductor, com sede nos Estados Unidos – um dos fabricantes listados –, disse à CNN que tomou "medidas extensivas"para garantir que os seus produtos não acabem na Rússia.

Um porta-voz da empresa afirmou que a Infineon Technologies suspendeu todas as remessas diretas e indiretas para a Rússia e que possui ferramentas para garantir a conformidade entre os seus clientes.

"(Se) obtivermos provas concretas de que empresas com as quais mantemos relações comerciais estão a negociar com a Rússia, cancelamos a entrega e exigimos esclarecimentos da empresa em questão", afirmou o porta-voz.

No entanto, a empresa produz cerca de 30 mil milhões de chips por ano, o que, segundo o porta-voz, torna "difícil controlar as vendas ao longo de toda a vida útil de um produto".

Outras empresas listadas por Vlasiuk não responderam às perguntas da CNN.

A Texas Instruments afirmou anteriormente que deixou de vender produtos para a Rússia e a Bielorrússia em fevereiro de 2022 e que quaisquer envios dos seus chips para a Rússia são ilícitos e não autorizados.

Vlasiuk disse que, embora este míssil em particular ainda incluísse dezenas de peças fabricadas no Ocidente, continha menos componentes desse tipo em comparação com os mísseis analisados no início da guerra.

"Há menos componentes da Europa e dos EUA e mais da Rússia e da Bielorrússia", disse ele, acrescentando que o governo ucraniano informou os seus aliados sobre as peças descobertas "para resposta às sanções".

"Rússia pôs em perigo vidas humanas num Estado que pertence à NATO e UE"... O chanceler alemão, Friedrich Merz, acusou hoje a Rússia de colocar em perigo vidas humanas na Polónia, um Estado membro da NATO e da União Europeia (UE), após drones russos terem violado o espaço aéreo polaco.

© Jens Büttner/picture alliance via Getty Images     Lusa    10/09/2025 

"A Rússia pôs em perigo vidas humanas num Estado que pertence à NATO e à UE. Este comportamento imprudente vem juntar-se a uma longa cadeia de provocações na região do Báltico e no flanco oriental da NATO", afirmou numa breve declaração.  

O chanceler sublinhou que o seu Governo "condena veementemente as ações agressivas da Rússia, acrescentando, no entanto, que considera positivo que a Polónia, juntamente com outros membros da aliança atlântica, tenha sido capaz de detetar e neutralizar as ameaças a tempo. 

Merz afirmou que, após a reunião do Conselho do Atlântico Norte da NATO, o principal órgão de decisão política da Aliança composto por todos os Estados membros que foi hoje convocada pela Polónia, que a organização "está e continuará a estar preparada para a defesa" dos seus aliados.

Depois de o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, ter afirmado que os aparelhos "foram claramente direcionados" para a Polónia, também o ministro dos Negócios Estrangeiros polaco, Radoslaw Sikorski, corroborou a tese de que os drones foram enviados propositadamente. 

"Não temos dúvidas de que não foi um acidente", declarou Sikorski à imprensa.

O chefe da diplomacia polaca acusou a Rússia de "um ataque sem precedentes, não só em território polaco, mas também no da NATO e da União Europeia".

O Ministério da Defesa russo rejeitou que o exército russo tivesse a intenção de visar o território polaco. 

Para repelir a incursão de pelo menos 19 drones russos foram destacados caças, outros aviões e sistemas de defesa aérea de aliados como a Holanda, Alemanha e Itália em apoio ao exército polaco na madrugada de ontem, sob a coordenação do Comando Aéreo da NATO. 

A Polónia e a Alemanha desmentem estas alegações, frisando que os drones russos foram enviados propositadamente. 


Leia Também: O CEO de uma empresa de fertilizantes russa foi encontrado decapitado debaixo de uma ponte em Kaliningrado, na segunda-feira, dia 8 de setembro.

Segundo relata o The Moscow Times, o corpo de Alexei Sinitsyn, de 43 anos, estava amarrado a uma corda de reboque quando foi descoberto pelas autoridades russas.


Israel/Palestina: "Se o Hamas não aceitar condições de Israel, Gaza será destruída"... Israel avisou hoje que os seus inimigos "não têm onde se esconder", um dia depois do ataque israelita contra responsáveis do grupo islamita palestiniano Hamas, em Doha, que provocou descontentamento no Governo dos Estados Unidos.

© Getty Images   Lusa   10/09/2025

"A política de segurança de Israel é clara: o seu longo braço vai agir contra os seus inimigos, onde quer que estejam. Não há onde se esconder", afirmou hoje o ministro da Defesa israelita, Israel Katz, na rede social X. 

"Se os assassinos e violadores do Hamas não aceitarem as condições impostas por Israel para o fim da guerra, principalmente a libertação de todos os reféns e o seu desarmamento, serão destruídos e Gaza será destruída", acrescentou.

De acordo com Katz, "todos os envolvidos no massacre de 07 de outubro serão levados à Justiça" e "todos que pratiquem atos de terrorismo contra Israel serão atingidos".

O ataque do Hamas contra território israelita, em 07 de outubro de 2023, que fez cerca de 1.200 mortos, a maioria civis, e perto de 250 reféns, desencadeou a guerra em curso na Faixa de Gaza.

Um ataque aéreo israelita visando o chefe da delegação de negociadores do Hamas, Khalil al-Hayya, em Doha, no Qatar, fez na terça-feira pelo menos seis mortos, segundo o movimento islamita palestiniano e as autoridades qataris.

A presidência norte-americana afirmou na terça-feira que os Estados Unidos alertaram o Qatar sobre o ataque iminente de Israel contra responsáveis do Hamas em Doha, mas as autoridades qataris reclamam que só foram avisadas depois.

Após os ataques de Israel a Doha, o presidente norte-americano, Donald Trump, conversou com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e com o emir do Qatar, xeque Tamim bin Hamad al-Thani, revelou a porta-voz do executivo dos EUA, Karoline Leavitt.

"Estou muito descontente", disse Trump na noite de terça-feira, após o ataque.

O primeiro-ministro do Qatar, Mohammed Bin Abdulrahman al-Thani, sublinhou na terça-feira à noite que o ataque israelita aos representantes do Hamas em Doha "viola toda a moralidade", alertando que o seu país reserva o direito de responder firmemente à "agressão flagrante".

O Governo do Qatar confirmou que Israel tinha atacado uma reunião de "vários membros do gabinete político do Hamas", num edifício residencial. O Hamas sublinhou, em comunicado, que cinco dos seus membros foram mortos no ataque israelita em Doha, embora nenhum deles fizesse parte da sua delegação para as negociações.

Um membro das forças de segurança do Qatar também morreu, segundo o Ministério do Interior do Qatar, enquanto vários agentes de segurança do Qatar ficaram feridos.

A operação israelita em Doha foi condenada pela unanimidade dos países da região e pode ameaçar os esforços de paz promovidos por Estados Unidos, Egito e Qatar.

O embaixador israelita na ONU, Danny Danon, declarou hoje à rádio israelita 103 FM que o seu país nem sempre age segundo os interesses do seu maior aliado, os Estados Unidos.

"Nem sempre agimos segundo os interesses dos Estados Unidos. Coordenamo-nos [com Washington], os norte-americanos dão-nos um apoio incrível, nós apreciamos, mas por vezes tomamos decisões e informamos os Estados Unidos", disse Danon.

O ataque israelita a Doha "não foi um ataque ao Qatar, foi um ataque ao Hamas", e "essa decisão foi a correta", acrescentou o embaixador israelita.


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A organização de defesa dos direitos humanos Amnistia Internacional defendeu hoje que Israel tem de revogar de imediato a ordem de deslocação em massa dos residentes na Cidade de Gaza, considerando-a cruel e ilegal.


Ucrânia/Rússia: Rutte avisa que NATO defenderá "cada centímetro do território"... O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, avisou hoje que os aliados "estão decididos a defender cada centímetro do território" após Varsóvia ter derrubado de madrugada vários 'drones' russos que violaram o espaço aéreo polaco.

© Omar Havana/Getty Images   Lusa   10/09/2025 

"O que está claro é que a violação da noite passada não é um incidente isolado", afirmou Rutte numa conferência de imprensa na sede da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Bruxelas, depois de o Governo polaco ter anunciado que invocará o artigo 4.º do Tratado do Atlântico Norte para formalizar consultas com os restantes aliados. 

O secretário-geral da NATO informou que o Conselho do Atlântico Norte se reuniu na manhã de hoje para abordar a situação à luz do pedido de consultas apresentado pela Polónia ao abrigo do artigo 4.º do tratado.

Rutte explicou que está a ser realizada uma avaliação completa do incidente e, embora tenha evitado antecipar o resultado da investigação, criticou que "seja intencional ou não, é absolutamente imprudente" e "perigoso".

"Os aliados expressaram solidariedade para com a Polónia e condenaram o comportamento imprudente da Rússia", indicou o ex-primeiro-ministro dos Países Baixos, que instou o Presidente russo, Vladimir Putin, a "parar de violar o espaço aéreo aliado".

A este respeito, Rutte garantiu que a NATO continuará "a acompanhar de perto a situação ao longo da fronteira oriental", ao mesmo tempo que garantiu que as defesas aéreas aliadas "estão continuamente preparadas".


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O embaixador dos Estados Unidos junto da Aliança Atlântica disse hoje que o país está com a Polónia para defendê-la de "violações aeroespaciais" e que "cada centímetro" do território da NATO será defendido.

Chefe de Estado, General Umaro Sissoco Embaló após ter presidido o Conselho de Ministros em Sessão Extraordinária, 10.09.2025.

 

Radio Voz Do Povo

Polónia: Após ataque, primeiro-ministro polaco invoca ativação do Artigo 4 da NATO... A invocação deste artigo não implica resposta militar, prevê apenas a consulta oficial do assunto junto dos embaixadores dos países aliados.

© Mateusz Slodkowski/Getty Images    noticiasaominuto com Lusa   10/09/2025

A Polónia pediu a ativação do Artigo 4.º do Tratado da NATO, o que permitirá a Donald Tusk levar o assunto a discussão em sede de Conselho do Atlântico Norte. 

Este mecanismo, que é mais de alarme e concertação política, prevê consultas entre todos os Estados-membros perante ameaças à segurança de um deles. Após discussão, podem ser decididas medidas conjuntas, seja no plano diplomático ou militar, mas não é garantido.

Isto acontece na sequência da violação do seu espaço aéreo por drones russos.

As conversações com os aliados "estão atualmente a assumir a forma de um pedido formal para ativar o artigo quarto do Tratado do Atlântico Norte", avançou  Donald Tusk, esta quarta-feira, ao parlamento polaco. "Não há dúvida de que esta provocação é, no entender da Polónia, incomparavelmente mais perigosa do que as anteriores".

De acordo com o artigo em causa, os Estados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) "devem consultar-se mutuamente quando, a critério de qualquer um deles, a integridade territorial, a independência política ou a segurança de qualquer uma das partes estiver ameaçada".

O primeiro-ministro da Polónia acusou a Rússia de "provocação em grande escala", após a entrada de drones russos no espaço aéreo do país membro da União Europeia e da NATO.

Donald Tusk disse que durante a noite de hoje, a Polónia sofreu um total de 19 violações do seu espaço aéreo por aparelhos aéreos não tripulados (drones russos).

As Forças Armadas da Polónia anunciaram terem sido enviados, de imediato, aviões polacos e dos aliados.

"As aeronaves usaram armas contra objetos hostis", referiu o ministro da Defesa polaco, Wladysla Kosiniak-Kamysz, numa mensagem difundida através das redes sociais.

O ministro da Defesa referiu ainda que estava em contacto permanente com o comando da NATO.

Também a NATO anunciou ter ajudado a Polónia a abater os drones russos que invadiram o espaço aéreo polaco.

Numa publicação feita esta manhã nas redes sociais, a porta-voz do secretário-geral da aliança militar que une a Europa e os Estados Unidos, Mark Rute, confirmou estar em contacto com as autoridades polacas e disse que as defesas aéreas da NATO ajudaram a Polónia.

"Vários drones entraram no espaço aéreo polaco durante a noite e encontraram defesas aéreas polacas e da NATO", escreveu Allison Hart.

O primeiro-ministro polaco indicou ainda que o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, também está em "contacto constante" com o presidente do país, Karol Nawrocki, e o ministro da Defesa, que esteve em Londres para participar numa reunião com quatro colegas europeus na quarta-feira.

A violação do espaço aéreo polaco obrigou ao encerramento temporário de quatro aeroportos: o Aeroporto Chopin de Varsóvia, o Aeroporto de Varsóvia-Modlin, o Aeroporto de Rzeszów-Jasionka e o Aeroporto de Lublin, a maioria dos quais pôde reabrir ao início desta manhã.

O público foi avisado de que, caso encontre drones abatidos ou fragmentos dos mesmos, não deve aproximar-se, tocar-lhes ou movê-los até que sejam inspecionados por esquadrões antibombas.

Entretanto, o Ministério da Defesa da Roménia indicou ter mobilizado, esta madrugada, dois caças F-16 devido à presença de drones russos perto do seu espaço aéreo, na mesma altura em que a Polónia afirma ter abatido três dos drones russos que invadiram o seu território.


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O artigo permite a Estados-membros “submeter uma questão à apreciação do Conselho do Atlântico Norte”, o principal órgão de decisão política da NATO, para que o assunto seja discutido por todos os membros, e não prevê ação militar.


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As autoridades polacas encontraram hoje destroços de sete drones e de um projétil após a incursão de aparelhos não tripulados russos na Polónia durante a noite, que causaram estragos numa casa e num automóvel.



🗣️ Joana Cobde Nhanca líder do Movimento Social Democrático (MSD) em conferência de imprensa.

PR Umaro Sissoco Embaló preside neste momento Sessão Extraordinária do Conselho de Ministros no Salão Nobre Presidente Umaro Sissoco Embaló do Ministério dos Negócios Estrangeiros


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