Houve um encontro entre o presidente da Ucrânia e o dos EUA. E saíram novidades dele - como uma sobre drones
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, revelou esta quarta-feira que discutiu com o seu homólogo norte-americano, Donald Trump, uma eventual produção conjunta de drones. O tema foi falado entre ambos durante uma reunião paralela à cimeira da NATO, realizada em Haia.
“Discutimos o potencial de coprodução de drones. Podemos fortalecer-nos mutuamente”, escreveu Zelensky na rede social X, sublinhando a relevância de uma colaboração tecnológica que poderá beneficiar ambos os países em termos estratégicos e militares.
A reunião entre os dois líderes, que durou cerca de 50 minutos, foi descrita por ambos como “substantiva” e “muito positiva”.Além da questão tecnológica, Zelensky e Trump abordaram formas de alcançar um cessar-fogo e construir uma paz duradoura na Ucrânia, após mais de dois anos de guerra com a Rússia.
Durante a conferência de imprensa que se seguiu, Trump salientou: “Tivemos momentos difíceis, por vezes, mas ele [Zelensky] não podia ter sido mais agradável”. A frase surge como tentativa de mitigar as tensões anteriores entre os dois, nomeadamente após o confronto público ocorrido em fevereiro na Casa Branca.
Foto disponibilizadas pelo Serviço de Imprensa Presidencial da Ucrânia mostram o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o presidente dos EUA, Donald J. Trump, numa reunião à margem da cimeira da NATO em Haia, Países Baixos, esta quarta-feira. EPA/Lusa
Este encontro representa o primeiro diálogo formal entre os presidentes desde abril, altura em que ambos trocaram algumas palavras em Roma, durante as cerimónias fúnebres do Papa Francisco. Uma outra tentativa de reunião, na semana passada, durante a cimeira do G7 no Canadá, acabou por falhar devido à saída antecipada de Trump, alimentando dúvidas sobre a solidez do diálogo bilateral.
Revelação sobre Putin
Já na sua intervenção final na cimeira da NATO, Donald Trump reiterou a sua ambição de ver o conflito terminado: “Esperemos que isso se resolva. Nunca deveria ter acontecido, nunca teria acontecido se eu fosse presidente. Já disse isso milhares de vezes”.
Trump revelou ainda que pediu a Vladimir Putin, num telefonema recente, que “ajudasse a chegar a um acordo” para pôr fim à guerra. No entanto, alertou que o presidente russo poderá ter “ambições territoriais além da Ucrânia”, deixando no ar a possibilidade de uma ameaça mais ampla no continente europeu.
O presidente norte-americano aproveitou ainda a conferência, onde dezenas de jornalistas de todo o mundo o ouviam e interpelavam com questões, para criticar a gestão de recursos dentro da NATO, insistindo que o aumento das despesas militares da Aliança deve ser aplicado em “equipamento militar muito sério, não em burocracia”, e sublinhando que prefere que esse equipamento seja “fabricado na América porque temos o melhor equipamento do mundo”.
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