Bissau, 28 Abr 23 (ANG) – O Presidente da Confederação das Associações dos Alunos das Escolas Públicas e Privadas da Guiné-Bissau (FONAEFEP), criticou hoje que o sistema nacional do ensino guineense se encontra “totalmente baralhado, parado e descontrolado”.
Alfa Umaro Só falava numa conferencia de imprensa em que explicou os motivos do silêncio da sua organização desde Agosto de 2022 e diz que as pessoas fazem o que bem entenderem dentro do sistema educativo.
“Ou seja os directores das escolas dizem que não respondem diretamente ao Ministro da Educação e os directores das escolas ao nível dos sectores afirmam que não respondem directamente aos directores sub-regionais ou regionais do ensino”, disse.
Umaro Só diz estar-se perante uma situação “muito triste”, e acrescenta que os principais culpados por essa situação são os políticos e os governantes sem exceção, “uma vez que são eles que colocam os directores que estão a complicar a vida ao Ministro, que não tem poder de decisão”.
Aquele responsável disse que os directores nomeados pelos partidos políticos estão a enriquecer-se à custa das pessoas, usurpando o que é bem comum para levar para a campanha dos partidos com objetivo de continuarem a merecer as suas confianças.
“O resultado é o que está a vista de todos, uma desorganização total do sistema do ensino no país”, salientou.
Úmaro Só falou em cobranças ilícitas nas escolas principalmente as públicas, o que diz ser “uma aberração”, salientando, “parece mesmo que não existe o Ministério da Educação, nem a Inspecção Geral do Ensino para regularizar estas atrocidades”.
Segundo Alfa Umaro Só, os docentes vão as escolas quando querem, fazendo o que querem, por isso diz ser urgente uma fiscalização rigorosa, tal como acontecia nas escolas, no momento de cobranças das propinas e uniforme.
“Por isso, vamos insistir sobre a nossa proposta de organização de uma Conferência Nacional sobre Ensino Guineense, que foi assumido já há muito tempo pela Presidência da República”, disse.
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