Soldados da Ecomib da força de interposição da Comunidade Económica dos Estados de África Ocidental (CEDEAO) , 6 de Junho de 2012. ALFA BALDE / AFP
Texto por: Mussá Baldé, Editado por faladepapagaio
Os soldados da Ecomib deixaram de dar segurança às individualidades e instituições guineenses.
A Ecomib, força de interposição da Comunidade Económica dos Estados de África Ocidental (CEDEAO), começou a ser retirada do corpo de escolta do Presidente da Guiné-Bissau, do presidente do parlamento, de Aristides Gomes, do primeiro-ministro demitido, da casa de Domingos Simões Pereira e dos juízes do Supremo Tribunal de Justiça. A ordem é de Umaro Sissoco Embalo, Presidente da Republica da Guiné-Bissau, e começou ontem a ser aplicada.
A partir de agora serão os elementos das forças de defesa e segurança guineenses que darão cobertura de segurança à todas as individualidades do Estado.
O general na reserva e ministro da Defesa Nacional, Sandji Fati, disse tratar-se de uma operação normal, uma vez que a Ecomib termina o seu mandato na Guiné-Bissau a 30 deste mês. O ministro guineense da defesa descarta, ainda, qualquer cenário de caça às bruxas em torno da retirada dos contingentes da Ecomib de vários recintos da capital e elogia o papel da força da CEDEAO na estabilizaçao do pais desde 2012.
O general Fati assinalou que não há nenhuma caça às bruxas na Guiné-Bissau e que até os membros do Governo demitido passarão a ter a protecção do corpo de segurança com agentes guineenses.
Em relação à força da Ecomib, o general Fati enalteceu o seu papel ao longo de cerca de oito anos, tendo anunciado que serão homenageados brevemente numa cerimónia pública antes da sua partida definitiva do solo guineense.
A retirada das forças da Ecomib, estacionadas na Guiné-Bissau desde 2012, a seguir a um golpe de Estado na altura, gerou algum pânico. Por agora, muitos sectores afirmaram tratar-se de uma operação com outros fins.
O Ex-primeiro-ministro guineense, Aristides Gomes, denunciou, esta quarta-feira, que a sua residência em Bissau está cercada por militares "fortemente armados". Numa mensagem dirigida aos guineenses e à comunidade internacional, Aristides Gomes questiona o plano "para silenciar", que tem denunciado nos últimos dias, "está em execução".
RFI
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