quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020
Hotna Cufuk Na Doha - NULAR OU ALTERAR OS RESULTADOS ELEITORAIS JÁ PUBLICADOS, CUSTE O QUE CUSTAR, É NO MÍNIMO UM GOLPE DE ESTADO.
"A ganância do poder, cega entendimento dos que dele são viciados".
Os mesmos que têm vindo a apregoar, ultimamente, a alteração dos resultados eleitorais, custe o que custar. Para está franja da nossa sociedade justificam-se todos os meios para se chegar ao poder. Mas na verdade não devia ser assim, porque o poder não é um fim em si mesmo. Pelo menos assim deve ser não só em teoria, mas também, na prática. A menos que os pretendentes a cadeira do poder façam deste um meio de ganhar pão para si, para os amigos e para a família.
"Chegar-se ao poder é colocar-se à disposição do povo".
E em democracia, onde as eleições são meios para a alternância pacífica do poder, ascensão ao cargo do presidente, primeiro ministro, deputado ou qualquer outro cargo electivo só pode significar uma coisa: a predisposição para servir o povo. Por isso mesmo deve ser este (o povo) a escolher quem quer que seja o seu mandatário a quem delegará o poder de agir em seu nome, esperando que os actos praticados por este produzam efeitos na esfera jurídica dele (o povo). E isso só é possível através das eleições, livres justas e transparentes.
Deste modo as eleições tornam-se em alma da democracia, pois só através delas (eleições), entendidas como a mais completa expressão da vontade popular, é possível a alternância pacífica no poder.
Aos concorrentes, impõe-se o dever de respeitar, religiosamente, essa vontade expressa na urna permitindo deste modo, que os eleitos pelo povo assumam as rédeas do poder durante o período em que durar a essa delegação da vontade popular. Assim sendo, não deve haver a mudança de resultados eleitorais que não o seja através doutro pleito eleitoral dentro do período e a periodicidade estabelecidos previamente pela lei.
Nular resultados eleitorais através da fraude eleitoral ou manobras dilatórias juridico-judiciais, será sempre uma forma escamotiada dum golpe de estado, porque tem parecença com o golpe tradicional, executado pelas forças das armas, por entre eles existir o comum facto de consubstanciar a ascenção ao poder contra a vontade da maioria. Pior ainda quando se trata de conquistar o poder através da alteração dos resultados eleitorais a todo o custo ou custe o que custar, incluindo a perda das vidas humanas. Ou os que, recorrentemente, usam esta expressão não tenham a noção do real do seu alcance?
Pois bem, que saibam que é isso mesmo!
Hotna Cufuk Na Doha
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário