O economista guineense Carlos Lopes considerou hoje em Maputo que a prolongada instabilidade na Guiné-Bissau impede o avanço económico do país, lamentando a estagnação prevalecente no território.
"Infelizmente, a Guiné-Bissau faz parte de um grupo de países que tem uma instabilidade bastante longa e que não permite a transformação económica", declarou Carlos Lopes, falando à Lusa em Maputo.
O país, prosseguiu, enfrenta problemas de governação sérios, de âmbito constitucional e político e que contrastam com a tendência de redução de crises instituições em África.
"A África, no seu conjunto, está a ir para a frente e é uma pena que países como o meu não sigam essa tendência", acrescentou Carlos Lopes.
O guineense recebeu hoje o título Honoris Causa em "Estudos de Desenvolvimento" pela Universidade Politécnica, a maior e mais antiga instituição de ensino superior privada em Moçambique.
Após a outorga do título, Carlos Lopes proferiu uma aula de sapiência em que ressaltou a necessidade de África adotar modelos de desenvolvimento económico que promovam a proteção social, através da recuperação da força regulatória do Estado em relação aos mercados.
Dn.pt/lusa
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