O Espaço de Concertação dos Partidos Democráticos exige do Estado maior general das Forças Armadas a realização urgente de um inquérito, visando esclarecer a veracidade ou não do envolvimento e morte de militares guineenses no conflito de Casamança.
Em comunicado assinado na quarta-feira, 23 de março de 2022, por Domingos Simões Pereira, do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo – Verde (PAIGC), Agnelo Augusto Regalla, da União para a Mudança (UM), Vicente Fernandes, do Partido da Convergência Democrática (PCD), António Samba Baldé, do Partido Social Democrata (PSD), Silvestre Alves, do Movimento Democrático Guineense (MDG), e Aristino João da Costa, do Movimento Patriótico (MP), os signatários do comunicado repudiaram “veementemente” a decisão da Cimeira dos chefes de Estado da CEDEAO, “sob forte pressão do Senegal”, de enviar uma força militar que qualificam como “dita” de estabilização para a Guiné-Bissau, com o único objetivo de proteger o “regime autocrático de Umaro Sissoco Embaló”.
“Estamos preocupados com a eventual chegada ao país de uma delegação interministerial da CEDEAO para tratar do envio de uma força militar desta organização regional, a pedido do senhor Umaro Sissoco Embaló, sem consulta prévia à Assembleia Nacional Popular, como manda a Constituição da República” pode ler-se no documento, afirmando que o objetivo do atual poder “inconstitucional” é a instauração no país de um “regime ditatorial e a imposição” de uma nova Constituição da República, à revelia da Assembleia Nacional Popular.
Os signatários denunciaram “a vergonhosa manipulação” a que se prestam certos setores da magistratura judicial, deixando “claro e manifesto os níveis de corrupção” de que enferma a justiça guineense.
Para além de condenarem a “ação brutal e criminosa” das forças policiais contra os dirigentes e militantes do PAIGC, o Espaço de Concertação dos Partidos Democráticos encorajou o partido a prosseguir esforços no sentido da realização do seu Xº congresso.
Por.: Tiago Seide
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