Por LUSA
O Tribunal de Justiça da União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA) ordenou hoje a suspensão das sanções decididas em janeiro por aquela organização contra o Mali, devido ao atraso no regresso dos civis ao poder.
O Tribunal de Justiça da UEMOA ordenou "a suspensão da execução das sanções decididas pela Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da UEMOA durante a sua sessão extraordinária realizada em Acra no dia 9 de janeiro", lê-se na ordem consultada pela agência de notícias francesa AFP.
Os líderes dos países membros da UEMOA decidiram, a 9 de janeiro, sancionar severamente o plano dos coronéis no poder no Mali desde o golpe de Estado de 2020.
As sanções foram agravadas após os militares terem manifestado a intenção de se manterem na liderança por mais cinco anos, enquanto, inicialmente, se comprometeram a organizar eleições em fevereiro de 2022, para permitir o regresso de civis ao poder no país que vive problemas de instabilidade política e de segurança desde 2012.
No mesmo dia, as sanções foram aprovadas por uma organização regional mais vasta, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que fechou desde então as suas fronteiras com o Mali dentro do espaço regional e suspendeu as trocas financeiras e comerciais que não fossem de necessidades básicas com aquele país.
As consequências da decisão do Tribunal de Justiça da UEMOA sobre as sanções da CEDEAO foram inicialmente pouco claras.
Agora, o tribunal ordenou a suspensão na véspera de mais uma cimeira extraordinária da CEDEAO, que decorrerá sexta-feira no Gana.
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