O presidente da Comissão Organizadora do Xº Congresso do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Manuel dos Santos, afirmou que a reunião magna do partido vai ser realizada na data marcada.
Manuel dos Santos disse que as regras que estão a ser estabelecidas neste momento pelo governo “são artificiais”, não têm nada a ver com a realidade que se vive no país e têm como intenção tentar impedir a realização do Xº Congresso do PAIGC.
O presidente da Comissão Organizadora do Xº Congresso do PAIGC fez essa afirmação esta terça-feira, 08 de fevereiro, na sede nacional dos libertadores. Manuel dos Santos disse aos jornalistas que o PAIGC “é um partido democrático que cumpre as regras e as leis.
“Na única vez que perdeu eleições em 2000, não houve protestos e nem reclamações e foi calmamente ocupar o seu lugar na oposição”, enfatizou.
O veterano de guerra avisou para que ninguém se engane, porque o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde é uma formação política que nasceu e cresceu na luta, não podendo deixar nunca que os seus legítimos direitos sejam “pisoteados” por quem quer que seja, nem por ninguém “um pertenço ministro do interior”.
“Temos os delegados ao congresso eleitos em todas as regiões, menos no Setor Autónomo Bissau, porque no dia 05 do mês em curso, a polícia impediu os militantes do PAIGC de entrar na sede dos libertadores, apresentando como justificação uma suposta decisão de um juiz, devido a providência cautelar intentado por um militantes do partido”, lamentou.
“Nada pode impedir os militantes do partido de entrarem na sua sede, isso configura um intolerável abuso de poder perpetrado pelo Ministério do Interior”, acusou, para de seguida frisar que a pandemia a nível do país e do mundo está a dar sinais de abrandamento, mas na Guiné-Bissau “assiste-se a um endurecimento das regras, particularmente a proibição de reuniões políticas, violando assim os direitos dos cidadãos”.
O responsável da Comissão Organizadora do Xº Congresso do PAIGC esclareceu que as forças da ordem não intervieram para pôr fim a uma eventual reunião que não estivesse a respeitar as regras sanitárias atualmente em vigor, mas sim para impedir os militantes de entrarem na sede do partido.
“Mais grave ainda é que realizaram congressos do Partido da Renovação Social (PRS) e Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG), que envolveram miliares de pessoas, sem esquecer as presidências abertas que originaram grande concentração das pessoas, sem respeito às regras sanitárias”, salientou.
O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) marcou a realização da sua décima reunião magna para os dias 17 e 20 do mês em curso em Bissau.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A
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