Por CNEWS Janeiro 25, 2021
A Direção Geral de Comunicação do Ministério do Interior está sem diretor há mais de três anos, informou ao Capital News, fonte do Gabinete do Ministro do Interior, Botche Candé.
Telemóveis são usados no lugar de radiocomunicação, para tratar questões do Estado, e isso “pode colocar em risco a segurança do país”, alerta o perito afeto ao departamento.
A situação deve-se, segundo a fonte, a ausência do último diretor nomeado em 2012, para esse serviço, Det Infanda, na era do ministro António Suka N’tchama.
“Infanda foi ocupar-se, há três anos, da sua quinta”, nos arredores de Bissorã, região de Oio, norte do país, disse a fonte.
Em consequência do fraco funcionamento do serviço, os técnicos afetos ao serviço de comunicação do Ministério do Interior estão confrontados com os materiais de comunicação (sobretudo radiocomunicação) em avançado estado de degradação.
“Todos os nossos materiais já são praticamente obsoletos e não permitem a comunicação numa distância superior de 3km, ou seja, entre o Mercado de Bandim e o Ministério”, revela a fonte ligada ao serviço.
Como alternativa, o interlocutor do Capital News avançou que neste momento, apenas os telemóveis é que são usados para a comunicação, para tratar aspetos da segurança do país.
“Do ponto de vista de segurança, isto é grave, porque a pessoa que fala fica sujeita à escuta pelos estranhos”, lamenta.
A situação é mais grave a nível do Interior da Guiné Bissau, onde não existe radiocomunicação, embora haja presenças dos responsáveis de comunicação, para as regiões, que praticamente, se encontram sem ocupações, soube o CNEWS.
O último apoio à Direção Geral de Comunicação do Ministério do Interior foi dado pelo governo de Timor Leste, que montou uma radiocomunicação, no Ministério e em todas as unidades de esquadras da Polícia da Ordem Pública (POP) e da Guarda Nacional (GN), mas os materiais tiveram pouco tempo de vida, devido ao “mau uso” dos mesmos.
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