Por Rádio Jovem Bissau
Benelívio Cabral Nancassa Insali, candidato derrotado nas últimas eleições para a liderança da Federação de Futebol da Guiné-Bissau, reagiu, hoje, à demissão do Hussein Kamel Farhat das suas funções na instituição que gere o futebol no país.
Para o citado, o pedido de demissão do 2° vice-presidente e responsável pelos sectores administrativo e financeiro da Federação de Futebol da Guiné-Bissau não constitui surpresa para ele. E explica por quê.
"Havia indícios disso desde campanha. Tudo o que é feito aos extremos dá-se nisto. Hussein não queria se envolver nas eleições, mas foi atraído pelo peso do cargo proposto a ele. Julgo que ele se sentiu desautorizado num dado momento ou numa dada situação", disse.
Nancassa Insali culpa o presidente da Federação pela forma como a situação foi gerida.
"Caíto devia procurar o Hussein para conversarem a sós. Farath foi o seu patrocinador de campanha, devia conversar com ele. Podia até solicitar a mediação de um terceiro, caso o demissionário recusasse. Até a Secretaria de Estado da Juventude e dos Desportos podia ser solicitada", aponta o Benelívio.
Hussein Kamel Farhat afirmou que a Secretária Geral e o Diretor Técnico da Federação de Futebol da Guiné-Bissau recebem cinco milhões de fcfa mensal.
Benelívio, ele que é comentador desportivo também, tem uma resposta curiosa.
"As pessoas com as mesmas funções na sub-região recebem mais que isso. O que está em causa é dinâmica, empenho e qualidade do trabalho prestado. Trabalhando bem, ninguém questiona o seu salário. Contudo, o nosso futebol é bastante pobre para alguém estar a auferir tal soma", rematou o comentador.
A demissão de Hussein Kamel Farhat das suas funções na Federação de Futebol da Guiné-Bissau, semana passada, continua a suscitar enúmeras reações.
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