11/11/2020 / Jornal Odemocrata
O vice-primeiro-ministro, Ministro da Presidência do Conselho dos Ministros e Coordenador para a área Económica, Soares Sambú exortou esta terça-feira, 10 de novembro de 2020, os deputados da Comunidade Económicas dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) a refletirem sobre os impactos que poderão cair sobre a cabeça das populações africanas, caso se prolongue a pandemia do coronavírus e o fecho das fronteiras, porque “os países africanos têm deparado com permanentes problemas de insuficiência alimentar”.
Soares Sambú falava na abertura dos trabalhos da reunião rotativa da Comissão Mista do parlamento da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), sob o tema “a produção agrícola e a segurança alimentar na região da CEDEAO sob o impacto da pandemia do covid-19”. A reunião decorre de 10 a 14 deste mês, em Bissau.
Soares Sambú sublinhou que apesar da Covid-19 ser menos violenta para os países africanos, particularmente os da sub-região, em comparação com os outros continentes, em termos de impactos sanitários, os países africanos vivem a sensação do isolamento, devido ao fecho das fronteiras.
Esse fato, na observação de Soares Sambú, deve merecer uma reflexão dos deputados africanos para sepoder encontrar soluções que possam garantir a segurança alimentar das populações, apesar de os países parecerem melhor preparados para enfrentar a segunda vaga da pandemia da covid-19.
“Necessitamos de adotar outra forma de pensamento para enfrentar as consequências”, realçou.
O representante da comissão Mista da CEDEAO, Orlando Pereira Dias, disse acreditar que os temas escolhidos permitirão ter informações que irão diminuir os efeitos negativos da pandemia da Covid-19 na produção agrícola e segurança alimentar na sub-região e ajudar os países da CEDEAO a enfrentar as dificuldades
Por sua vez, o representante da Assembleia Nacional Popular junto da CEDEAO, Califa Seide realçou que os temas a serem discutidos com as cinco comissões especializadas são importantes e de atualidade, porque a África subsaariana é vulnerável às forças das alterações climáticas, onde os dados indicam que quase metade de populações vivem na base do limiar da pobreza e dependem da agricultura irrigada pela chuva, de pastoreio e da pesca para sobreviverem.
Por: Epifânia Mendonça
Foto: E.M
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