O Engenheiro militar, Floriano Cá, chefe da obra de reabilitação do centro para isolamento e tratamento de casos confirmados de Coronavírus no Hospital Nacional Simão Mendes, prometeu esta sexta-feira, 27 de março de 2020, entregar obra que alberga 11 salas de internamento dentro três dias, 29 do mês em curso, para que as autoridades sanitárias possam colocar no isolamento pessoas infetadas por Coronavírus “como mandam as regras”.
Floriano Cá deu essa garantia numa entrevista exclusiva ao semanário O Democrata sobre os avanços de trabalhos da reabilitação. Segundo Floriano Cá, a obra iniciada a 23 de março deveria ser entregue num prazo de quatro dias, mas devido à falta da verba o prazo foi dilatado para mais três dias.
“Às vezes paramos os trabalhos por falta de materiais. Felizmente, ontem recebemos o valor que estava em falta e neste momento estamos a trabalhar sob pressão, 12 horas diárias, para podermos entregar a obra até próximo domingo, tendo em conta as exigências do momento. O que pode ser normal para os outros funcionários requer para um militar um esforço enorme. Tudo que nos foi exigido com base nas orientações médicas e especialistas em saúde está a ser cumprido vigorosamente”, notou.
Cá não revelou o número de camas que o centro terá para o internamento de pacientes e diz que “a pessoa competente para determinar capacidade e o número de camas é um médico, o engenheiro apenas tem a missão de fazer reabilitação do espaço”.
“Nesta primeira fase estamos a fazer reabilitação apenas nos pavilhões do rez-do-chão. Porém, recebemos a informação que se registar aumento de casos de novo Coronavírus no país seremos obrigados a reabilitar o primeiro piso. Pessoas que trabalham na engenharia militar são funcionários de Estado, portanto qualquer solicitação estaremos prontos para executar a nossa tarefa, desde que se coloque meios necessários à nossa disposição”, rematou.
O jornal O Democrata contatou a direção do Hospital Nacional Simão Mendes para se informar da capacidade ou número de camas que o centro terá para o internamento mas sem sucesso. Porém, o administrador do maior estabelecimento hospitalar do país assegurou ao semanário que o número de camas para internamento será determinado de uma avaliação pós-trabalhos de reabilitação.
Salienta-se que até neste momento registou-se no país apenas dois casos confirmados de pessoas infetadas por Covid-19 e que se encontram em quarentena nas suas casas, de acordo com informações avançadas na quarta-feira, 25 de março, pelo Primeiro Ministro Nuno Gomes Nabiam.
As autoridades sanitárias referiram que se registou igualmente a existência de mais um caso suspeito da infeção por Covid-19. Trata-se de um jovem guineense que estuda em Dacar (Senegal), mas regressou ao país devido à doença que assola o Senegal.
Segundo a agência de informação portuguesa (Lusa), o número de mortes causadas pela covid-19 em África subiu hoje para 85 com os casos acumulados a ultrapassarem os 3.200 em 46 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia. Senegal que partilha uma vasta linha fronteiriça com a Guiné-Bissau já registou 119 casos da infeção do Covid-19 e não teve até agora nenhum óbito.
Portugal até neste momento, registou 4268 casos de infeções do coronavírus e conta com 76 mortes, como também conseguiu recuperar 43 pessoas, curadas da doença.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: Marcelo Na Ritche
OdemocrataGB
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