Pelo menos 10 navios a circular ao redor do mundo – e a transportar quase 10 mil passageiros – estão presos no mar depois de terem sido afastados de seus portos de destino face à pandemia da Covid-19, sendo que, em alguns casos, os navios já estão a enfrentar situações médicas desesperadas, segundo apurou o The Guardian.
Entre os mais desesperados está um cruzeiro que tem centenas de passageiros americanos, canadianos, australianos e britânicos e que está na costa do Equador à espera de permissão para atracar na Flórida.
Mas o navio Holland America Zaandam não está melhor já que ficou preso depois de o Chile ter recusado que o navio atracasse no seu destino original, San Antonio, a 21 de março. A bordo, deverá ter 140 casos de doenças respiratórias, com alguns passageiros a precisar de apoio respiratório.
O navio está a subir a costa da América do Sul, na esperança de atravessar o Canal do Panamá e atracar na Flórida. Mas o porto de Flórida, onde muitos dos passageiros planeavam desembarcar na etapa final do cruzeiro, não confirmou se o navio pode proceder ao desembarcar dos passageiros.
A par do Zaandam estão pelo menos dois outros navios que ainda transportam passageiros no mar e relatam surtos de doenças respiratórias semelhantes ao coronavírus a bordo
Contudo, também há navios que estão a ser impedidos de atracar e descarregar os seus passageiros, mesmo sem nenhum sinal de doença.
A publicação dá ainda nota de cenas dramáticas nos cruzeiros atingidos pelo coronavírus, como o Grand Princess, na Califórnia, e o Diamond Princess, no Japão, sendo que ambos se tornaram focos da pandemia. E o facto de existirem ainda tantos navios à deriva evidencia bem como os cruzeiros se tornaram uma espécie de “amaldiçoados dos mares, com as cidades a serem, cada vez mais, cautelosas e a questionar se serão o próximo lar de um navio potencialmente infetado.
executivedigest.sapo.pt
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