terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Guiné-Bissau/Eleições: Ultimato da CEDEAO ao Supremo Tribunal “é inaceitável” – analistas Rui Landim e Rui Semedo

Analistas guineenses consideraram que o ultimato dado pela Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) ao Supremo Tribunal de Justiça guineense, para decidir, até dia 15, sobre o contencioso eleitoral, é uma atitude inaceitável.


No final de mais uma cimeira extraordinária sobre a Guiné-Bissau, em Adis Abeba, Etiópia, no domingo, o presidente da comissão da CEDEAO, Jean-Claude Kassi Brou, anunciou que os chefes de Estado da organização pediram ao Supremo Tribunal de Justiça da Guiné-Bissau que se pronuncie até 15 de fevereiro sobre o contencioso eleitoral, em curso naquela instância.

Para os politólogos guineenses Rui Landim e Rui Semedo, a CEDEAO, não pode, “em circunstância alguma” ditar prazos a um órgão de soberania, como é o caso do Supremo Tribunal de Justiça.

“À medida que o tempo passa, a CEDEAO vem demonstrando atitudes inadequadas face às exigências que vem fazendo aos órgãos de soberania da Guiné-Bissau, como por exemplo esta posição, que se assemelha a uma imposição com caráter arbitrário”, observou Rui Semedo.

O analista reconheceu, contudo, que a organização tem tido um papel “extremamente importante na busca de soluções” para a crise política na Guiné-Bissau guineense, mas lembrou que o país “tem os seus órgãos legítimos”.

Rui Landim, outro analista guineense, chamou a atenção da CEDEAO sobre o facto de o Supremo Tribunal de Justiça ser “um órgão que não recebe ordens de ninguém, salvo da própria lei”, que determina prazos e ‘timings’ para o funcionamento daquela instância judicial.

Rui Semedo sublinhou que a organização oeste-africana “ajudou a que a Guiné-Bissau não tenha resvalado para situações mais graves”, mas também denota “algum desgaste” no acompanhamento da crise política que tem afetado o país nos últimos anos.

Semedo defendeu que deve haver ponderação, sobretudo perante o processo eleitoral, alvo de litígio no tribunal.

“O mínimo que a CEDEAO podia fazer era pedir ao Supremo maior responsabilidade, ou celeridade na sua decisão, agora mandar, obrigar, dar um ultimato ao Supremo é deselegante, inaceitável e inadequado”, defendeu Rui Semedo.

O Supremo guineense está a analisar um pedido de anulação das eleições presidenciais de 29 de dezembro, feito pelo candidato apoiado pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, dado como derrotado pela Comissão Nacional de Eleições.

Os advogados do candidato justificam o pedido alegando fraude no processo e que os dados foram manipulados.

Por seu lado, Umaro Sissoco Embaló, apoiado pelo Movimento para a Alternância Democrática (Madem G15), apontado como vencedor das eleições, ameaçou que vai tomar posse no dia 27 de fevereiro, mesmo contra a vontade do presidente do parlamento.

Embaló, que tem feito périplos por vários países africanos e europeus, defendeu ainda que neste momento “é necessário fazer a guerra” para que a Guiné-Bissau “nunca mais fique refém” de “alguns países” que estarão “a manipular” Domingos Simões Pereira.

interlusofona.info

7 comentários:

  1. Aí deus! Até os jovens que têm pela frente um futuro promissor se deixem ser tele-guiados pelo eixo do mal, senhor Rui Semedo te conheço e sei que és um brilhante quando mas posicionar assim da dúvidas, ontem à quando da intervenção da CEDEAO ao ponto de determinar prazo de 48h para que todos os membros integrantes de um governo numiado por um presidente eleito e em função ouvi o senhor e mais o velho de Landim que já devia era estar no manicômio a defendem que a CEDEAO tinha este poder visto sendo comunidade sub regional e que a posição visava por a estabilidade, agora vir defender que a CEDEAO não deve dar ordem a um órgão da soberania, então vem a questão: A presidência da república não é um,órgão da soberania?
    Ou na altura da vossa análise tendenciosa não viam a presidência enquanto órgão da soberania mas, o que viam era somente era a figura do JOMAV que queriam fragilizar à todo o custo.
    Garandis ta fala" basta mé palavra" No CIBI DIRITO DI KUMA BO PREOCUPAÇÃO A KA DATA KU CEDEAO DETERNINA KU FORONTA BOS, MA I MANERA KU I MANDA KUMPRI LEI DI PAÍS SOBRE TUDO MANERA KU I FALA PA MANTI INTEGRIDADE DI PROCESSO ELITORAL KILA KU PUI BOS FUGO NA RABADA.

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    1. Mas Có ké kunu ku bunda di bu mamé ka para inda bota laime? Bu misti pa ncontinua ba ta mokal o pa Aristides ba ta mokal?... Filho da puta da merda...

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  2. És dus Senhores ka tené vergonha na cara! Aonti CEDEAO i mindjor, pabia d kuma é sirbi bah d escudo de PAIGC, acima d tudo é humilha Jomav. Aos é ka bali pabia d kuma é xta farto d difindi mintida d djintis ku sequestra no País... És dus Senhores i piores comentadores ku Guiné-Bissau tené. Aliás ina falta kil utru kil tal d Luís Peti. Pa Deus purda bos.

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  3. Os meus amigos fiquem a vontade, porque estes analistas político guineenses são baratos, alguém diz uma coisa e depois finge esquecendo-a. Será que CNE não é um órgão da soberania? Quando CEDEAO pediu à CNE que repetisse o processo de consolidação de dados apurados tudo era normal, mas agora como as coisas vão contra PAIGC, estão feridos e começam a analisar disparatadamente.

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  4. Bu kata burgunhu bandidos cadeia kubo dibidi bai tudu ku kil mentirosos kuma tirbunal

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  5. Quando CEDEAO mandou substituir PGR pois limitou os poderes do PR.
    onde estava o RUI?

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  6. Será que CEDEAO pode mandar substituir PGR num pais soberano?ou Rejeitar um Decreto presidencial? Pois ordenar de imediato a demissao caso contrario aplicar sancoes!!!
    Naquele momento tudo estava correto... as tendencias Sao claras...porque todos nos sabemos....

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