sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

CORONAVÍRUS - Primeiro caso de Covid-19 identificado na África subsaariana, na Nigéria

O primeiro caso de coronavírus Covid-19 foi hoje confirmado na África subsaariana, na Nigéria, depois de terem sido identificados outros nos últimos dias no norte do continente, no Egito e na Argélia.


A Organização Mundial da Saúde (OMS) instou todos os países que ainda não detetaram casos a prepararem-se para a chegada do novo coronavírus, alertando que seria um "erro fatal" acreditar que podem estar a salvo.

O caso registado na Nigéria é de um italiano que voltou de Milão a 25 de fevereiro e foi hospitalizado no estado de Lagos, após ser testado positivo para o coronavírus, tornando-se o primeiro paciente na África subsaariana, anunciou o Ministério da Saúde daquele país africano.

"O paciente está numa condição clínica estável e não apresenta sintomas perturbadores", afirmou o ministério, em comunicado.

Dois outros casos de contaminação foram identificados nos últimos dias no norte da África, Egito e Argélia. O número muito baixo de pacientes detetados em países africanos, com sistemas de saúde frágeis, tem intrigado os epidemiologistas, enquanto mais de 83.000 casos foram identificados em outras partes do mundo.

O Covid-19, detetado em dezembro na China e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou pelo menos 2.858 mortos e infetou mais de 83 mil pessoas, de acordo com dados reportados por meia centena de países e territórios.

Das pessoas infetadas, mais de 36 mil recuperaram.

Além de 2.788 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França, Hong Kong e Taiwan.

Dois portugueses tripulantes de um navio de cruzeiros encontram-se hospitalizados no Japão, um dos quais com confirmação de infeção e o outro por indícios relacionados com o novo coronavírus.

A Organização Mundial de Saúde declarou o surto do Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e alertou para uma eventual pandemia, após um aumento repentino de casos em Itália, Coreia do Sul e Irão.

NAOM

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