O porta-voz da Comissão negocial das duas Centrais Sindicais [Confederação Geral dos Sindicatos Independentes da Guiné-Bissau – CGSI-GB e a União Nacional dos Trabalhadores da Guiné – UNTG], João Domingos da Silva, disse que o governo continua a pedir benefício de dúvidas, sem no entanto, mostrar ointeresse em cumprir os pontos constantes no memorando de entendimento assinado com as duas centrais sindicais no ano passado.
O sindicalista fez estas considerações durante uma conferência de imprensa realizada esta terça-feira, 14 de janeiro de 2020, para debruçar sobre a segunda vaga da greve iniciada hoje e que prossegue até quinta-feira, 16 do mês em curso. Acrescentou na sua comunicação que o executivo invoca sempre a situação da crise política como um dos entraves para atender as exigências dos sindicatos.
Explicou que depois da reunião de ontem, 12 de janeiro, com a ministra da Função Publica, Fatumata Djau Baldé, concluíram que o governo não está interessado em atender as exigências das centrais sindicais. Contudo, diz que a ministra reconheceu que o governo não tem cumprido o memorando, invocando as questões de natureza política como algumas das razões. Frisou que mesmo assim a ministra pediu aos sindicatos um benefício de dúvida ao governo com um levantamento da greve.
João Domingos da Silva disse que o Conselho Diretivo das duas centrais sindicais recusou o pedido do levantamento da greve sugerida pela ministra, por conseguinte decidiu prosseguir com a greve iniciada esta terça-feira.
“Lamento que talvez o governo não esteja tão engajado para fazer respeitar o memorando que ele mesmo assinou, porque o executivo podia fazer diligências quando recebeu o primeiro relatório preliminar”, lembrou.
O sindicalista considera de positiva a adesão dos seus associados neste primeiro dia da paralisação, o que “demostra que estão determinados em lutar para a sua dignificação e melhoria das condições de trabalho na administração pública”.
Exortou os estagiários afetos à função pública a abdicarem de prestar serviços durante a paralisação, dado que as duas centrais estão a lutar para a regularização das suas situações.
Por: Epifania Mendonça
Foto: E.M
OdemocrataGB
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