sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Cápsula da Boeing não conseguirá chegar à Estação Espacial Internacional

Fonte: Boeing

O primeiro teste da cápsula não tripulada da Boeing, a Starliner, não estará a correr como era suposto. A cápsula não conseguiu atingir a órbita correta, o que significa que não alcançará a Estação Espacial Internacional.

Esta é a primeira vez que a Boeing está a testar esta cápsula espacial, num teste sem tripulação, que arrancou esta sexta-feira de manhã. O objetivo inicial era o de chegar à Estação Espacial Internacional, para testar os sistemas da cápsula. Segundo a informação revelada, um problema no sistema de automação terá calculado mal o tempo de voo.

Este erro nos cálculos alterou a rota da cápsula: apesar de ter sido bem sucedida na entrada em órbita, não conseguirá alcançar um dos grandes objetivos do teste. Ainda assim, Jim Bridenstine, administrador da NASA, continua otimista, pelo menos de acordo com as declarações que está a fazer através de canais como o Twitter. “Muitas das coisas correram bem e é por isto que fazemos os testes”, explicou.

Além disso, Bridenstine referiu ainda que, caso estivessem astronautas humanos a bordo, existiria uma alta probabilidade de corrigir o erro.

Este é um dos testes para o desenvolvimento de missões espaciais comerciais da Boeing, em parceria com a NASA. A agência espacial está também a desenvolver testes com a SpaceX de Elon Musk.

É possível acompanhar os desenvolvimentos da Starliner da Boeing através de um site dedicado a esta missão. A ambição da Boeing é a de conseguir fazer regressar esta cápsula à Terra, mais especificamente ao Novo México, a partir de domingo, no melhor dos cenários.

Rosie a bordo

A bordo da Starliner segue apenas Rosie, um boneco inspirado no poster Rosie, the Riveter. O manequim – ou dispositivo de teste antropomórfico – é o único habitante da cápsula da Boeing, com direito à fita de cabelo e fato espacial azul, quase como na versão original.

Fonte: NASA/Boeing

Rosie tem uma missão séria: com o corpo povoado por sensores, a ideia é que este manequim possa recolher informação sobre a reação que o corpo humano pode ter à viagem. O manequim recolherá dados sobre o impacto da força G no crânio, coluna vertebral e pescoço.

Por Cátia Rocha
insider.dn.pt

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