14 de junho de 2018

MINISTRO DO COMERCIO DIZ QUE NÃO EXISTE MILAGRE PARA CASTANHA SER COMPRADA NO PREÇO ANUNCIADO

O ministro do comércio voltou a apelar, esta quarta-feira (13) os camponeses para venderem “o mais rápido possível” as suas castanhas de Caju num preço razoável porque “não há outro milagre a fazer” para que o produto seja comprado no valor anunciado pelo Presidente da República

O apelo de Vicente Fernandes foi feito depois da visita aos diferentes armazéns do estoque de castanha em Bissau assim como em Safim, arredores da capital.

“Não deixem enganados de que haverá milagres. Já choveu e as pessoas que prometeram comprar a castanha a 1000 francos (preço estipulado) até agora não apareceram. Estão a tomar a crédito as castanhas nas mãos dos produtores e não queremos que a situação seja igual do ano passado onde tomaram a castanha nas mãos dos agricultores para depois, no fim, não liquidarem a divida”, adverte.

De acordo ainda com Vicente Fernandes é importante que todos os intervenientes da fileira de Caju abdiquem “daquilo que são os seus direitos” como forma de salvaguardar a presente campanha.

“O governo precisa do dinheiro mas abre as mãos e não cobra taxas para que ninguém sofra amanhã. É melhor que, agora, cada um abdique daquilo que é o seu direito”, sugere o ministro esperançado que no próximo ano a campanha não tenha “influência” política e declarações “que atrapalham o mercado”.

A previsão feita na altura de anúncio do preço pelo chefe do Estado, José Mário Vaz, era de 200 mil toneladas, mas, no entender do presidente de associação do exportadores e importadores, Mamado Iero Djamanca, não será possível atingir a meta divido a fuga da castanha nas fronteiras.

“Será difícil atingir a meta sobretudo as condições criadas n esta aventura de tentar fazer o preço da referência um preço de obrigação ou fixo e isso criou condições de fuga da castanha de Caju na fronteira terrestre. A castanha já saiu desde a altura que as pessoas estavam com a expectativa frustrada dos 1000 francos por quilo. Temos que sustentar a nossa família e não podemos ter Castanha nas casas a espera do preço anunciado que é uma conversa barata”, enfatiza.

De acordo com a informação disponível, o primeiro navio de castanha de Caju saiu esta quarta-feira (13), habitualmente nesta altura saía mais de quatro navios para escoamento da castanha para estrangeiro. 

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Braima Sigá

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