O Líder do Partido Democrático para o Desenvolvimento (PDD), uma formação extraparlamentar, instou está segunda-feira (26.02) ao Presidente da República, José Mário Vaz, a dissolver o parlamento e convocar eleições gerais antecipadas na Guiné-Bissau para acabar com a crise política.
A solução para actual impasse política que dura há quase três anos, de acordo com Policiano Gomes, passa por devolver o poder ao povo guineense.
Para Gomes, só a escolha de um novo parlamento não iria resolver a crise que iniciou após a queda do então governo liderado por Domingos Simões Pereira, líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
“O presidente só tem um caminho para resolver a crise política que passa dissolução do parlamento e marcar das eleições gerais, porque ele é parte do problema, por isso, deve devolver ao povo que esta cansada com situação”, atirou Gomes, visivelmente preocupado com actual situação sociopolítico no país.
Apesar de reconhecer que a eleição não seja solução para os problemas da Guiné-Bissau, o jovem político do PDD, argumenta que eleições gerais podem desbloquear a crise vigente.
O apelo do presidente do PDD, acontece quatro dias depois da Presidência de República anunciou que o Chefe de Estado, José Mário Vaz vai iniciar esta semana auscultação a todos os partidos políticos, com objectivo de fixar a data para as próximas eleições legislativas no corrente ano.
Na opinião de Policiano Gomes, estas iniciativas de Mário Vaz nunca traz solução para resolver a crise política, por isso, deve demitir-se do cargo do Chefe de Estado.
“Ao longo desta crise há quase três anos o chefe de estado já ouviu muita gente, mas nunca conseguiu uma solução plausível para resolver a crise. Nesta óptica deve demitir-sedo cargo enquanto primeiro magistrado da nação guineense e convocar eleições gerais para o povo guineense escolherem os seus novos representantes”, argumentou Gomes.
O presidente do partido criado em 2013, aceitou hoje comentar à Rádio Jovem a crise vigente na Guiné-Bissau e onde apelou ao Presidente de República de assumir a responsabilidade de tirar o povo guineense na difícil situação social, motivada pelo actual crise política.
Nesta declaração a nossa estação emissora, Gomes, refutou comentar as sanções a 19 personalidades guineenses, pela obstrução ao cumprimento do Acordo de Conacri.
A falta do entendimento entre as partes, incluindo o Chefe de Estado, a Comunidade (CEDEAO) elaborou o Acordo de Conacri, em Outubro de 2016, que previa a nomeação de um primeiro-ministro de consenso, facto que não ocorreu. Após a renúncia de Umaro Sissoco Embaló do cargo de primeiro-ministro, Artur Silva foi indicado em Janeiro pelo Presidente da República, mas sem o consenso das outras forças políticas.
Face ao impasse que se vive no país, o Conselho de Segurança das Nações Unidas afirmou-se na quinta-feira passada profundamente preocupado com a crise política e institucional na Guiné-Bissau, criticando o desrespeito pelo direito a reuniões pacíficas, e pediu eleições livres e credíveis.
Por: Alison Cabral
radiojovem
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