Bandeira da Guiné-Bissau. Foto: ONU/Loey Felipe
Amatijane Candé, de Bissau para a ONU News.
O Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau, Uniogbis, pretende que políticos do país se expressem mais livremente sobre as suas diferenças sem que tal leve a conflito.
A Unidade de Informação Pública da Uniogbis termina esta quinta-feira a capacitação de mais de 100 dirigentes e responsáveis de nove formações políticas guineenses na matéria de comunicação.
Discurso
Falando à ONU News, em Bissau, a responsável de Informação Pública da Uniogbis, Júlia Alhinho, explicou como o discurso político pode ser usado para promover a paz.
"Esperamos que os participantes se sintam mais a vontade em falar uns com os outros sobre as diferenças politica sem que isso possa levar a um conflito. Esperamos também para que nos próximos exercícios democráticos eles possam interpretar as preocupações das pessoas e transmitir o que pretendem para a Guiné-Bissau."
Ética e Deontologia
Alhinho recomendou ainda que a política seja feita no sentido mais ético da profissão e que as visões partidárias sejam comunicadas também de forma ética. Ela apelou ao respeito das regras, da deontologia e da ética dos exercícios, tanto da política, como da comunicação são essenciais para promover a paz.
"Se os políticos fizerem política no sentido mais nobre da palavra que é tomada de decisões em nome do povo e em constante comunicação com o povo, politica que tenha em vista o bem comum, respeitarem a independência dos media então por si só já vão comunicar para a paz e para o desenvolvimento sustentável".
Interesse público
A iniciativa está alinhada a resolução 2343 do Conselho de Segurança da ONU e visa dotar os políticos de instrumentos sobre como transmitir aos eleitores e aos órgãos de comunicação social os programas e posições.
O principio orientador deve ser a promoção da paz e o desenvolvimento sustentáveis, segundo a Uniogbis.
O seminário acontece numa altura em que o país enfrenta a crise política pelo segundo ano, após a demissão pelo presidente da República do governo liderado pelo então primeiro-ministro Domingos Simões Pereira, presidente do Paigc, partido vencedor das últimas eleições legislativas.
Unmultimedia.org/radio/portuguese
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