Bissau, 22 Dez 22(ANG) – O ministro das Finanças disse hoje que o país está a caminhar com “passos seguros” na implementação das metas traçadas pelos parceiros nomeadamente o Fundo Monetário Internacional(FMI).
Em entrevista exclusiva concedida à ANG, em jeito de balanço das atividades levadas a cabo durante 2022, Ilídio Vieira Té afirmou que se sentem que estão a cumprir à 100 por cento, as recomendações dos parceiros.
“Podem constatar que a título de exemplo, o país assinou um acordo com a equipa técnica do Fundo Monetário Internacional(FMI), que vai ser validado no seu Conselho de Administração, no próximo dia 30 de Janeiro de 2023”, salientou.
Acrescentou que chegar-se à essa etapa demonstra que o FMI considera que o país é credível e merece apoios.
Referiu que, há seis anos, o país não tinha nenhum acordo financeiro com o FMI, e que, com base neste bom desempenho, conseguiu-se arrastar apoio orçamental do governo francês e português que contribuíram com cinco mil euros cada.
“Isso significa que quando o dossiê da Guiné-Bissau for validado no Conselho de Administração do FMI, haverá mais apoios para o país”, sublinhou.
O governante frisou que as referidas “proezas” dignificam à todos os filhos da Guiné-Bissau, acrescentando que, isso deve-se, sobretudo, ao desempenho e a dinâmica do Presidente da República e do Primeiro-ministro.
Ilídio Té disse que o executivo está igualmente empenhado na melhoria de arrecadação de receitas, e que diz estarem a ser aplicadas na melhoria das infraestruturas do país.
“Penso que é visível o que está a acontecer na parte baixa da cidade de Bissau. As obras que estão a ser realizadas graças ao financiamento interno ou seja com fundos provenientes do Tesouro Público”, disse.
Afirmou que isso demonstra que o governo está empenhado em fazer um trabalho de forma a satisfazer as necessidades das populações no que toca a criação de infraestruturas.
Perguntado sobre o que estão a fazer para estancar a subida da massa salarial na Função Pública, uma vez que 80 por cento das receitas fiscais destinam-se ao pagamento de salário, Ilídio Té respondeu que, existe uma convergência no espaço UEMOA que estipula que a massa salarial não deve ultrapassar os 35 por cento.
“Ou seja a Guiné-Bissau já se situa em 80 por cento das nossas receitas fiscais, mas são aspectos que vêm de longos anos. Todos sabemos que é uma realidade no país, onde os partidos políticos metem as pessoas nas instituições do Estado para honrar os compromissos eleitorais”, disse acrescentando que o governo está a adoptar algumas medidas sobretudo no âmbito das reformas na Administração Pública.
Disse ainda que existem muitas situações para resolver, sobretudo na carreira do pessoal, quadro orgânico, número elevado de conselheiros entre outros.
“A título de exemplo, quanto ao número elevado de conselheiros, o Presidente da República, tomou recentemente uma decisão sábia de redução drástica do número dos seus conselheiros ficando atualmente em 14, e os do Primeiro-ministro Ministro foram igualmente reduzidos restando com seis”, informou.
O governante sublinhou que, são exemplos de sinais visíveis do que está a ser feito no âmbito das reformas ao nível da Administração Pública, para a redução das despesas orçamentais.