Rádio Sol Mansi 18.09.2025
A Associação de Mobilidade de Estudantes Guineenses em Portugal apelou hoje à revisão urgente do acordo de mobilidade entre a Guiné-Bissau e Portugal, após a retenção de dezenas de estudantes guineenses no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.
"Estamos num momento difícil. Estudantes estão a ser bloqueados mesmo com vistos válidos, denunciou Michel José Indi, presidente da organização académica, durante uma declaração no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, em Bissau.
O apelo surge na sequência de um episódio ocorrido no final de agosto, em que 41 estudantes guineenses foram impedidos de entrar em Portugal, alegadamente por falta de documentação e meios de subsistência. A situação causou indignação e protestos por parte da Associação de Estudantes da Guiné-Bissau em Lisboa (AEGBL) e de várias organizações académicas e civis.
Segundo a organização, os estudantes detidos possuíam vistos válidos e estavam colocados em instituições de ensino superior portuguesas.
Michel José Indi, que se encontra em Bissau para participar da V Edição do Encontro Académico da Juventude Guineense responsabiliza diretamente as autoridades nacionais.
"Esta situação deve-se à desorganização do Estado guineense acusou.
A Associação defende a criação de um acordo de facilitacão da mobilidade académica, que garanta entradas seguras e dignas para estudantes guineenses em território português
"O nosso Estado deve rever o acordo com Portugal para permitir o acesso efetivo ao ensino superior" reforçou Indi.

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