segunda-feira, 23 de junho de 2025

Guiné-Bissau volta a testar exames nacionais com contestação

Por  LUSA 

O titular da pasta da Educação aceita que "as escolas têm dinâmicas diferentes", mas rejeita a alegada diferença nos conteúdos.

O Ministério da Educação da Guiné-Bissau tem programada para agosto a realização de exames nacionais a título experimental, em mais uma tentativa de introduzir no sistema de ensino a avaliação contestada nas escolas.

Para a experiência foram apenas selecionadas algumas escolas, segundo disse hoje o ministro da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica, Herry Mané, à margem do primeiro Congresso Internacional do Ensino da Língua Portuguesa na Guiné-Bissau.

O país já experimentou realizar exames nacionais em 2021, entre contestação, e este ano retoma a iniciativa, também com protestos, nomeadamente sobre a diferença dos conteúdos ministrados nas diferentes escolas.

O titular da pasta da Educação aceita que "as escolas têm dinâmicas diferentes", mas rejeita a alegada diferença nos conteúdos.

Herry Mané assegura que "antes do início das aulas todas têm as mesmas orientações do Ministério da Educação, se não for cumprido, o culpado não é o Ministério da Educação".

Ainda assim, afirmou que o gabinete dos exames nacionais vai fazer uma ronda por todas as escolas para elaborar uma prova que seja igual para todos.

O ministro explicou que foram selecionadas algumas escolas para fazer este ano os exames a título experimental e que, no próximo ano letivo, a medida será alargada a todo o sistema de ensino.

Segundo do governante, trata-se de uma diretriz da União Económica e Monetária do Oeste Africano (UEMOA), organização da qual a Guiné-Bissau faz parte.

"A Guiné faz parte da UEMOA, que tem essas diretrizes, tem regras. Uma das regras é haver exames nacionais em todos os países que fazem parte, têm que fazer exames nacionais", enfatizou.

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