Por SIC Notícias 14/04/23
O Presidente brasileiro está de visita à China. O comentador da SIC, Germano Almeida, explica que Lula quer Lula da Silva de visita à China com foco na economia e reaproximação
O Presidente brasileiro, Lula da Silva, está de visita à China com foco na economia e reaproximação para “recolocar a credibilidade internacional do país depois de quatro anos muito maus de Bolsonaro”, considera o comentador da SIC, Germano Almeida.
A guerra na Ucrânia também será assunto durante o encontro entre Lula da Silva e Xi Jinping, onde o objetivo será a criação de um grupo de países para mediar as conversas entre Volodymyr Zelensky e Vladimir Putin.
Germano Almeida, apesar de dizer que respeita muito o Presidente brasileiro, afirma que “cada vez que Lula abre a boca em relação à guerra fica desiludido”.
O comentador aponta situações em que Lula fez afirmações como "se um não quer, dois não brigam" ou “esse Zelensky não pode ter tudo o que quer”, sem nunca se dignar - “numa posição parecida com os chineses” - a dizer que a Rússia é invasor e a Ucrânia o invadido, aponta.
Lula da Silva não terá “nada contra a Ucrânia”, mas quer manter a relação com a Rússia e a forma como vê a China, como principal esperança para uma recuperação económica que o Brasil precisa, são dois fatores que pesam neste sentido.
Quanto à viagem que Serguei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros russo, vai fazer pelo Brasil, Venezuela, Nicarágua (…), mostra que o “agressor russo precisa de amigos” e esses países precisam da Rússia.
Sobre os documentos confidenciais norte-americanos que foram divulgados nas redes sociais, Germano Almeida esclarece que a “informação compromete os EUA com coisas muito sensíveis” e do ponto de vista da guerra “há coisas complicadas - mas na verdade não há grande surpresa”.
“Documentos mostram que contraofensiva está difícil e demorada, mas também que os russos estavam com falta de munições”, afirma.
Estes documentos já estariam naquela plataforma online há alguns meses e o responsável pela sua divulgação foi Jack Teixeira, um jovem de 21 anos.
Germano Almeida aponta que o essencial a dizer sobre este rapaz se resume a três coisas: Deus, armas e antigoverno. Era alguém que liderava um chat com 20-30 pessoas, num ambiente reservado, mas com tiradas racistas e muito militarista, acrescenta.
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