Por LUSA 11/03/22
A grande maioria dos ucranianos (92%) acredita na vitória do seu país sobre a Rússia, de acordo com uma sondagem realizada no início desta semana por um instituto da Ucrânia, noticia a AFP.
A sondagem foi realizada junto de 1.200 pessoas, que vivem em várias partes do país, com exceção das regiões separatistas da Crimeia e do Donbass, contactadas por telefone entre 08 e 09 de março, vários dias depois do início da invasão russa.
Dos inquiridos, 92% acreditam que a Ucrânia será capaz de repelir o ataque da Rússia.
Desses, 57% está confiante que o país conseguirá vencer o conflito nas próximas semanas, dos quais 18% dentro de uma semana.
Por outro lado, 18% dos inquiridos acredita que a guerra vai durar vários meses e 9% prevê que terminará dentro de seis meses ou mais.
Além disso, 80% dos inquiridos disseram que participam na defesa do país, sendo que 39% diz que está a ajudar o exército ucraniano como voluntário e 37% presta ajuda financeira.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de 4,5 milhões de pessoas, 2,5 milhões das quais para os países vizinhos -- o êxodo mais rápido na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, e muitos países e organizações impuseram à Rússia sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 16.º dia, causou um número ainda por determinar de mortos e feridos, que poderá ser da ordem dos milhares, segundo várias fontes.
Embora admitindo que "os números reais são consideravelmente mais elevados", a ONU confirmou, hoje, a morte de pelo menos 564 pessoas e 982 feridos civis.
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O Alto-Comissariado da ONU para os Direitos Humanos recebeu "informação credível" de que a Rússia utilizou várias vezes nas mais de duas semanas desde que invadiu a Ucrânia um tipo de armamento proibido pelo seu impacto indiscriminado sobre civis.
Ouso dessas bombas ocorreu "mesmo em zonas povoadas", disse hoje a porta-voz daquele organismo, Liz Throssell, precisando que, em 24 de fevereiro, uma bomba de fragmentação explodiu no hospital principal de Vuhledar, situado na parte da região separatista de Donetsk sob controlo governamental, matando quatro civis e ferindo outros dez.
"Houve outros ataques com bombas de fragmentação em vários distritos de Kharkiv, nos quais morreram nove civis e 37 ficaram feridos", prosseguiu a porta-voz...Ler Mais
"As Nações Unidas não estão cientes de nenhum programa de armas biológicas. Isso deve-se em grande parte à Convenção de Armas Biológicas de 1972, que proíbe o desenvolvimento, produção, aquisição, transferência, armazenamento e uso de produtos biológicos e tóxicos como armas", disse Izumi Nakamitsu.
"A Federação Russa e a Ucrânia são ambos Estados membros da Convenção. Além disso, a Federação Russa é um Governo Depositário ao abrigo da Convenção", acrescentou a responsável pelos Assuntos de Desarmamento...Ler Mais
Notícias ao Minuto 11/03/22
A Rússia foi hoje acusada por vários diplomatas de divulgar mentiras e desinformação acerca de alegados programas de armas biológicas na Ucrânia e de convocar o Conselho de Segurança da ONU para difundir propaganda favorável ao Kremlin.
Em causa está uma sessão extraordinária do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), convocada para hoje por Moscovo, sobre a alegação de que a Ucrânia possui dezenas de laboratórios biológicos experimentais perigosos para criar patógenos como a cólera, financiados pelo Governo norte-americano.
Na sua declaração na sessão extraordinária, o embaixador da Rússia na ONU, Vasily Nebenzya, afirmou ter na sua posse documentos que mostram exemplos chocantes de estudos para criar bactérias letais a partir de aves e morcegos.
Contudo, o posicionamento de Nebenzya foi condenado por vários embaixadores presentes na reunião, que acusaram o homólogo russo de mentir e de usar o seu assento permanente no Conselho de Segurança da ONU para espalhar desinformação e "alterar o propósito" do próprio Conselho de Segurança.
"A Rússia pediu esta reunião apenas com o intuito de divulgar falsas informações. (...) É a Rússia que tem uma história bem documentada de usar armas químicas", indicou a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield.
A guerra na Ucrânia entrou hoje no 16.º dia, sem que se conheça o número exato de baixas civis e militares.
A ONU contabilizou 564 mortos e 982 feridos civis, até quinta-feira, incluindo 41 crianças mortas e 52 feridas.
Também segundo dados da ONU, a guerra forçou 4,5 milhões de pessoas a fugir de casa, das quais 2,5 milhões procuraram refúgio nos países vizinhos, na pior crise do género na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão da Ucrânia foi condenada pela generalidade da comunidade internacional e levou à imposição de sanções à Rússia em praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
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