sexta-feira, 11 de março de 2022

GUERRA NA UCRÂNIA - Ucrânia diz que Putin está a planear um "ataque terrorista" em Chernobyl

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Notícias ao Minuto  11/03/22 

O Ministério da Defesa da Ucrânia alerta para uma possível "catástrofe". Num comunicado, considera que Rússia tentará culpar a Ucrânia e que até já tem soldados russos a colocar "provas" falsas em Chernobyl.

O Ministério da Defesa ucraniano alertou esta sexta-feira que o presidente russo, Vladimir Putin, está a planear um “ataque terrorista na central nuclear de Chernobyl” e pretende culpar a Ucrânia pela "catástrofe".

“De acordo com as informações disponíveis, Vladimir Putin ordenou o planeamento de um ataque terrorista na central nuclear de Chernobyl. A criação de uma catástrofe tecnológica está a ser planeada pelas forças russas, que tentarão responsabilizar a Ucrânia”, lê-se num comunicado dos serviços de informação publicado no Facebook.

O governo ucraniano frisa que a central “está completamente desligada dos serviços de monitorização da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA)” e alerta que os geradores existentes no estabelecimento têm capacidade para 48 horas. 

“Os invasores [tropas russas] recusaram-se a dar acesso a um técnico russo. Em vez disso, entraram lá, de acordo com as instruções de Alexander Lukashenko, ‘especialistas bielorrussos’. Entre eles, entraram também dissidentes russos disfarçados para organizar um ataque terrorista”, avisou.

Além disso, nos últimos dias “as tropas de Putin atacam a central nuclear de Zaporizhzhia e o Instituto Físico e Técnico de Kharkiv, onde existe um reator nuclear experimental”.

De forma a “encenar o envolvimento de militares ucranianos” no possível desastre em Chernobyl, os “invasores tentam criar ‘provas’ falsas para confirmar a sua versão”. No ataque ao aeroporto Antonov, em Hostomel, foram “observadas carrinhas frigoríficas russas” a “recolher corpos de militares ucranianos”.  

Na ótica do Ministério da Defesa, Putin está a orquestrar o “ataque” por não conseguir “obter o resultado desejado da operação militar terrestre e das negociações” com a Ucrânia. “Putin está pronto a comprometer-se com uma chantagem nuclear com a comunidade internacional por causa das ações de apoio à Ucrânia”, frisou.

E alerta: “As ações de Putin terão consequências catastróficas para o mundo inteiro. Parece que é exatamente com isso que o ditador russo está a contar, ao exigir ações inaceitáveis”.

Nas últimas semanas, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 500 pessoas morreram e 900 ficaram feridas. Contudo, as autoridades ucranianas afirmam que mais de dois mil civis foram vítimas da ofensiva russa. Mais de 2,5 milhões de pessoas já abandonaram a Ucrânia, metade das quais são crianças.


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JAPÃO: Tóquio denuncia manobras militares russas em arquipélago japonês

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Notícias ao Minuto  11/03/22 

O Ministério da Defesa japonês denunciou hoje o trânsito de uma dúzia de navios da Marinha russa por um estreito ao norte do arquipélago japonês, em manobras que descreveu como "preocupantes" no contexto da guerra na Ucrânia.

A flotilha russa, que incluía contratorpedeiros da classe Udaloy, foi detetada por aviões de vigilância das Forças de Autodefesa do Japão na quinta-feira, a cerca de 180 quilómetros do Cabo Erimo, na ilha de Hokkaido.

Os navios russos cruzaram o Estreito de Tsugaru, com menos de 19 quilómetros de largura e que separa a ilha de Honshu, a maior do arquipélago japonês, e a de Hokkaido, em águas não territoriais, por serem consideradas uma passagem marítima internacional.

O ministro da Defesa japonês, Nobuo Kishi, descreveu como "preocupante" a "ativação das atividades militares russas no Japão enquanto [Moscovo] está a invadir a Ucrânia".

Kishi garantiu que o Japão "monitoriza cuidadosamente" os movimentos dos navios russos e acrescentou que Tóquio transmitiu a sua "preocupação" a Moscovo, através dos canais diplomáticos.

O Ministério da Defesa japonês já tinha manifestado a sua preocupação, nos últimos meses, com a intensificação das manobras militares russas e chinesas à volta do arquipélago japonês, antes da guerra na Ucrânia.

As mais recentes manobras russas ocorreram perto do arquipélago das Curilas do Sul (apelidado Territórios do Norte, no Japão) pertencente à Rússia e cuja soberania é reivindicada por Tóquio.

A disputa por esses territórios é o principal obstáculo para a não assinatura de um acordo de paz entre os dois países desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

Na aplicação de sanções contra a Rússia, por causa da invasão da Ucrânia, o Japão juntou-se ao G7 e à UE, o que já provocou ameaças de Moscovo contra Tóquio.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 549 mortos e mais de 950 feridos entre a população civil e provocou a fuga de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

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O Reino Unido vai sancionar 386 deputados da Duma russa (câmara baixa) pelo apoio à invasão da Ucrânia e à secessão das regiões de Donbass, anunciou hoje o Ministério dos Negócios estrangeiros britânico.

Esta nova ronda de sanções, segundo o Governo do Reino Unido, inclui a proibição de viajar para o país e o congelamento dos bens dos parlamentares russos.

"Temos como alvo os cúmplices da invasão ilegal da Ucrânia pelo [presidente russo, Vladimir] Putin e aqueles que apoiam esta guerra bárbara", afirmou a ministra dos Negócios Estrangeiros britânica, Liz Truss, em comunicado...Ler Mais


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