A Guiné-Bissau vai abrir um consulado-geral em Almeria, no sul de Espanha, para melhor servir a comunidade guineense que aí vive, revelou hoje em Madrid a ministra dos Negócios Estrangeiros do país africano.
Depois de uma reunião que teve com a sua homóloga espanhola, Suzi Barbosa explicou que a embaixada de Madrid já tem funções de consulado-geral de apoio à comunidade guineense e que a prioridade agora é Almeria, onde também vivem muitos cidadãos do país.
As chefes da diplomacia dos dois países passaram em revista a relação entre os dois Estados depois de muitos anos em que o diálogo entre as duas partes foi quase inexistente.
“É um prazer para a Guiné-Bissau poder retomar o relacionamento com Espanha”, disse Suzi Barbosa no encontro que as duas responsáveis tiveram com a imprensa.
A ministra guineense reconheceu que representa um “Estado de pequena dimensão”, mas que pode ser “útil” para o relacionamento entre a África e a Europa.
Barbosa sublinhou que no setor das pescas “o principal parceiro é a União Europeia”, mas que com Espanha a Guiné-Bissau pode ter relações particulares de cooperação, visto ser a principal potência dos 27 neste setor.
“Queremos também ser um mercado para os investidores espanhóis”, que na Guiné-Bissau podem beneficiar de se falar português, um idioma próximo do espanhol, disse a responsável governamental.
A “diplomacia feminista” foi outro tema abordado, nomeadamente para promover a cooperação que ajude as mulheres a participar no desenvolvimento do país.
A responsável pela diplomacia espanhola, Arancha González Laya, explicou que o continente africano “é uma prioridade” para Madrid não só em termos económicos, mas também culturais, estando prevista a abertura em Dakar, no Senegal (que faz fronteira com o norte da Guiné-Bissau), de uma escola do Instituto Cervantes (correspondente ao Instituto Camões português).
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