Por LUSA
O ministro das Finanças guineense, João Fadiá, congratulou-se hoje com o crédito de cerca de 16,86 milhões de euros que o Fundo Monetário Internacional (FMI) concedeu ao país no âmbito de assistência no combate à pandemia da covid-19.
O ministro defendeu que o apoio representa a retomada de assistência com o FMI ao país o que, disse, já não acontecia desde abril de 2018.
"No dia 02 de abril de 2018 foi a última vez que o dossiê da Guiné-Bissau foi apreciado pelo conselho de administração" do FMI, assinalou João Fadiá, para reforçar a sua satisfação pela retoma da cooperação entre o país e a instituição financeira mundial.
"O FMI aprovou o desembolso de 20,47 milhões de dólares [16,86 milhões de euros] ao abrigo da Facilidade de Crédito Rápido para ajudar a Guiné-Bissau a cumprir as necessidades urgentes da balança de pagamentos que surgem devido à pandemia de covid-19", lê-se numa nota enviada à Lusa na terça-feira.
O ministro das Finanças disse que a verba será utilizada para fazer face às despesas urgentes ligadas à saúde, mas também para a recuperação da economia.
João Fadiá disse ser um "final feliz" a forma como o conselho de administração do FMI apreciou o dossiê da Guiné-Bissau e ainda assinalou que o desembolso agora aprovado representa 50% da quota do país na instituição.
O ministro não escondeu que o crédito do FMI "chegou numa boa altura" dada a situação da tesouraria do país, que disse ter sido afetada em 2020 com uma perda de receitas fiscais previstas na ordem de 28%.
João Fadiá notou que se não fossem os empréstimos angariados junto de instituições financeiras regionais e internacionais e apoios de países e organizações amigas, o país teria tido mais dificuldades para enfrentar os efeitos da pandemia da covid-19.
"A nossa economia continua a ressentir-se fortemente dos efeitos da pandemia", declarou o governante guineense perante a nova vaga de infeções.
João Fadiá afirmou que a "debilidade das finanças públicas continua presente" e que o apoio do FMI ajudará o país em vários domínios.
O ministro notou que a verba disponibilizada pelo FMI, por exemplo, vai ajudar a atender o pedido feito ao Ministério das Finanças pelo Alto-Comissariado de Luta contra a Covid-19, no valor de mil milhões de francos CFA (cerca de 1,5 milhões de euros) para enfrentar a doença.
Segundo o último balanço do alto-comissariado, a Guiné-Bissau regista 45 mortos devido à covid-19 e 2.542 infetados desde o início da pandemia.
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