Por capgb.com
À margem da conferência de Chefes de Estado, realizada em 23 de Janeiro de 2021 em modo virtual, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) decidiu suspender o seu pacto de convergência para todo o ano de 2021 devido às despesas excepcionais incorridas pelos Estados na luta contra a pandemia de Covid-19 em 2020 e às consequências previsíveis da segunda vaga.
Em 2020, o PIB da região sofreu uma recessão de -1,7%, em contraste com o crescimento de 3,9% registado em 2019. Além disso, muitos países viram as suas contas deteriorar-se, tais como a Nigéria, a potência económica da África Ocidental, com 70% do PIB da CEDEAO, que tem uma taxa de inflação de 15% em 2020, segundo o seu Gabinete Nacional de Estatística. A decisão da CEDEAO está em conformidade com uma medida semelhante tomada na Primavera de 2020 pela União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA), que também tinha baixado os seus critérios de convergência.
Além disso, é de notar que a Conferência de Chefes de Estado encarregou a Comissão da CEDEAO, em colaboração com a Agência Monetária da África Ocidental (WAMI), a Comissão da UEMOA e os Bancos Centrais da Comunidade de lhe apresentarem na próxima sessão ordinária um projecto de novo pacto de convergência e estabilidade macroeconómica, tendo o dia 1 de Janeiro de 2022 como data de início da fase de convergência. Estes organismos foram encarregados de elaborar um novo roteiro para a moeda única, o Eco, a grande vítima da Covid-19.
Entretanto, os Chefes de Estado tomaram nota dos progressos realizados na criação de um mecanismo multilateral que permitirá a utilização de moedas nacionais para o pagamento e liquidação de transacções intracomunitárias. Em particular, os líderes encarregaram a Comissão, em colaboração com os Bancos Centrais e a Agência Monetária da África Ocidental (WAMA), de acelerar os trabalhos para a interconexão urgente dos sistemas de pagamento da CEDEAO e de lhes apresentar um relatório na sua sessão ordinária em Junho de 2021.
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