O Secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG – Central Sindical), Júlio Mendonça, anunciou esta terça-feira, 27 de outubro de 2020, a paralisação da função pública guineense na próxima semana, se o executivo continuar sem cumprir o memorando do entendimento que assinou com os sindicatos.
Júlio Mendonça falava aos jornalistas à saída da reunião do secretariado da UNTG, órgão deliberativo para tomar decisões, realizada na sua sede em Bissau, na qual garantiu que o órgão deliberativo deu aval para o início da greve na próxima semana e que ainda nesta semana vão dar entrada o pré-aviso de greve.
Informou ainda que durante a reunião, decidiram que desta vez a greve vai ser sequencial, ou seja, semana sim, semana não, até que a promessa seja cumprida na sua totalidade, obedecendo sempre às regras de greve que estão na lei. Júlio Mendonça sublinhou que não haverá negociações no decorrer da greve até que o memorando existente seja cumprindo na íntegra, corrigindo assim todos os atos cometidos fora da adenda.
O sindicalista advertiu que neste momento há condições para pagar dívidas, mas como existe no ministério das finanças um omnipotente que manda e desmanda e tem capacidade de bloquear salários de todos os funcionários que entraram em greve sem cumprir as normas da lei de greve, também a greve que será iniciada na próxima semana não terá fim enquanto todas as dívidas do ano 2013 até a data presente não forem liquidas. “Desta vez ou o país arranca ou pára definitivamente e reorganizamo-lo de novo”, rematou.
Questionado sobre a inclusão dos transportes público na greve, Mendonça assegurou que vão fazer questão de falar com os sindicatos dos motoristas uma vez que cada sindicalista é livre de aderir porque a atual confederação dos motoristas não é afilhada da UNTG.
Sem comentários:
Enviar um comentário