Cyril Rampahosa, chefe de Estado sul-africano, sucedeu ao seu homólogo egípcio Abdel Fattah al-Sissi, na presidência da União Africana. Ao tomar posse na liderança do bloco Ramaphosa, referindo-se às riquezas do continente, alertou para que "a nossa bênção não se torne na nossa maldição".
O presidente sul-africano lidera a UA, União Africana, até 2021. Ele enalteceu a Zona de livre comércio, implementada no ano passado, e que, a seu ver faria do continente um actor de peso nas relações internacionais.
Cyril Ramaphosa revelou, desde já, a organização de uma cimeira extraordinária continental no seu país em Maio próximo para debater da luta contra o terrorismo.
Numa altura em que o tema deste conclave era, precisamente, "silenciar as armas para garantir o desenvolvimento africano".
A Líbia, o Sahel, o Corno de África debatem-se com o problema do terrorismo, que teria tendência em alastrar, alertou o estadista.
Já o presidente da Comissão da União Africana, o chadiano Moussa Faki Mahamat, tinha alertado, na sua alocução de abertura, que o terrorismo se estaria a propagar, como o povam, citamos, "os crimes hediondos cometidos por grupos terroristas contra populações civis em Moçambique, na Tanzânia e no leste da RDC".
Mahamat apelou à solidariedade entre africanos lembrando os efeitos das calamidades naturais, citando as inundações no Zimbabué, Malauí e Moçambique, a invasão de gafanhotos na Etiópia e no Quénia, bem como as ameaças de fome em certas regiões da África austral.
A cimeira da União Africana encerra nesta segunda-feira, 10 de Fevereiro de 2020, ao final do dia.
Daqui até lá as delegações limam arestas que garantam avanços nos dossiers do momento que passam pela gestão das crises, reforma da organização e agenda de desenvolvimento.
Texto por:Miguel Martins /RFI
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