Bissau, 28 Mai 18 (ANG) - O primeiro vice-presidente da Assembleia Nacional Popular adiou para próxima quinta-feira a retoma da sessão para a discussão e eventual aprovação do Programa de Governo e Orçamento Geral de Estado de 2018.
A decisão de Inácio Correia vem na sequência das declarações dos líderes da bancada parlamentar do Partido da Africano da Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde (PAIGC) e do Partido da Renovação Social (PRS) que sugeriram, entre outros, a retirada do Projecto da Ordem do Dia, do debate e votação do projecto lei que altere o Estatuto do Conselho Nacional de Comunicação Social.
João Seide Bá Sane e Certório Biote fundamentaram as suas sugestões com a necessidade do Sindicato dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social conhecer o diploma antes da sua aprovação na ANP.
O líder da bancada do PAIGC propõe que a discussão do Programa do Governo seja feita na sessão de Quinta-Feira alegando que vai ser aprovado primeiro numa Mesa Redonda constituída pelos partidos políticos com assento parlamentes e de seguida apresentado a ANP para adoção.
Por outro lado, pediu que os Acordos Internacionais e Convenções sejam apresentados no hemiciclo por um membro de executivo.
Intervindo na plenária, Certório Biote apelou aproximação dos deputados e para que pensassem no interesse do país, apelo partilhado com o líder parlamentar do (PAIGC) sobre alteração do Estatuto do Conselho da Comunicação Social.
Por outro lado, o líder parlamentar do (PRS) sugere a retirada da proposta de lei que define o Estatuto Remuneratório dos Magistrados Judiciais e do Ministério Publico e da subvenção vitalícia dos titulares de cargos políticos, alegando não só dificuldades financeiras que possam acarretar ao executivo, bem como a injustiça social que evidencia em relação à outros servidores de Estado.
Solicitou aos deputados no sentido de não aprovarem de momento uma lei que no futuro próximo é capaz de criar problemas, como aconteceu, por exemplo com a Carreira do Docente que quase todos os executivos têm dificuldades em aplicar.
As opiniões de João Seide Bá Sane e de Certório Biote foram partilhadas pelos deputados do partido União para Mudança (UM) e os da Nova Democracia (PND).
ANG/LPG/ÂC//SG
Acerca da leitura explicitada correta da Sigla “PAIGC”
ResponderEliminarVê-la, um lapso bem grave na leitura explicitada da sigla PAIGC, cometido neste presente artigo (http://faladepapagaio.blogspot.ch/2018/05/anp-adiado-o-debate-sobre-programa-do.html, acessado, 29.05.2018), devendo ser corrigido. Para o bem do restabelecimento, e sempre do restabelecimento, da verdade histórica das nossas coisas de grande valor. O P.A.I.G.C, um Partido sempre continuando dinâmico, combativo e responsável (portanto, ainda não se tendo feito nada da peça museológica), mas todavia, tudo, constituindo um dos elementos centrais e essenciais dos ATOS FUNDADORES do nosso atual Estado-Nacional, a Guiné-Bissau (sua dimensão do Partido histórico). E consequentemente, um dos elementos do ATO FUNDADOR da nacionalidade bissau-guineense, portanto, da nossa identidade em como um dos coletivos dos seres humanos, política, geográfica e culturalmente constituído no mundo dos nossos tempos.
Mas, porque de toda esta consideração introdutiva a este um simples “Post” em comentário?
Resposta. Porque sabendo o seguinte. Este que o célebre jornalista camaronês Alain Foka (para não citar que apenas este), com muita certeza e justeza, costuma dizer com toda a autoridade intelectual e, da ética e moral nas antenas da RFI, de que: "NINGUÉM TEM O DIREITO DE APAGAR UMA PÁGINA DA HISTÓRIA DE UM POVO. PORQUE UM POVO SEM HISTÓRIA É UM MUNDO SEM ALMA” (tradução livre do autor deste presente “Post”, do francês de: “Nulle n'a le droit d'efacer une page de l'histoire d'un peuple. Car un peuple sans histoire est un monde sans âme”).
Para dizer que a sigla, P.A.I.G.C, na sua leitura explicitada, não é e nunca foi, “PAIGC”, “Partido da Africano da Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde (PAIGC)” tal como proposta neste artigo aqui comentado (com a ANG como a fonte do texto original). Não e não! E nem é tão pouco, “PAIGC”, “Partido Africano para Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde”; nem “PAIGC”, “Partido Africano para a Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde”; nem “PAIGC”, “Partido Africano para Independência da Guiné e do Cabo Verde”; e muito menos, “PAIGC”, “Partido Africano de Independência de Guiné e de Cabo Verde”, etc. etc… Como algumas canetas têm vindo a proceder bem frequentemente nos últimos tempos. Não! Nada de tudo isso.
Mas sim, a leitura explicitada correta da sigla “P.A.I.G.C.”, historicamente estabelecida e até hoje solidamente confirmada e firmemente preservada, é:
Primeiro, a do P.A.I. – Partido Africano da Independência (União dos Povos da Guiné e Cabo Verde), a composição inicial. O modo de leitura escolhido e adotado primeiramente nos balbucios da fundação deste Partido em 19 de Setembro de 1956, em Bissau. E segundo, tendo-se evoluído um pouco mais tarde para a composição final do P.A.I.G.C. – Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde. Ponto final.
Esta apelação, a sigla, o modo desta leitura explicitada e o significado, ora concebidos metódica e programaticamente pelo camarada Cabral e seus discípulos, tendo-se mantido até aos nossos dias, o fim do findo IX Congresso do PAIGC, tido este ano de 2018 em Bissau, entre 31 de Janeiro e 06 de Fevereiro.
Eis a verdade, sendo todo o resto, procedido consciente ou inconscientemente, uma tentativa de falsificação da história comum dos nossos heroicos povos combatentes, africanos, irmãos, habitantes das atuais Repúblicas da Guiné-Bissau e de Cabo Verde.
Obrigado.
Pela honestidade intelectual.
Por uma Guiné-Bissau de Homem Novo (Mulheres e Homens), íntegro, idôneo e, pensador com a sua própria cabeça.
Amizade.
A. Keita