Trinta jovens guineenses partem hoje para Portugal para estudar no Instituto Politécnico de Beja (IPB), que tem uma parceira com uma organização juvenil da Guiné-Bissau, cujo objetivo é apostar na formação dos guineenses.
Ericsson Mendonça, coordenador adjunto da ONG guineense Tchintchor, indicou que os 30 jovens vão juntar-se aos 60 que já se encontram no IPB, "onde se estão a formar para servir a Guiné-Bissau".
"Tentamos, à nossa maneira, ajudar a criar bons cidadãos para Guiné-Bissau", defendeu Mendonça, explicando uma série de procedimentos que a Tchintchor faz antes de decidir dar uma oportunidade ao jovem estudante.
Afirmou que desde que a Tchintchor firmou um protocolo com a IPB, em 2015, já recebeu mais de 500 candidatos às vagas, mas até hoje apenas vão entrar 90.
O candidato à vaga é submetido a uma entrevista e uma prova escrita sob a responsabilidade da Tchintchor e se for aprovado é ainda testado através de uma outra prova escrita já sob a coordenação do IPB.
Essa prova é avaliada em Portugal.
Ultrapassadas essas etapas, o candidato viaja para Portugal e é inscrito no IPB com o estatuto de estudante internacional, com condições especiais, com direito ao alojamento gratuito, mas pagando uma propina anual de 1.100 euros.
Ericsson Mendonça explicou que a Tchintchor, criada em 2013, na sequência de "mais um golpe de Estado militar na Guiné-Bissau", ocorrido em 2012, pretende mostrar "uma outra imagem do país".
"Não negamos que aqui matamos o Presidente da República, o Chefe das Forças Armadas, não negamos tudo isso, mas a Guiné-Bissau é muito mais do que isso", referiu Mendonça, que acredita na parceira com o IPB para formar "novos homens e mulheres" guineenses.
tsf.pt/lusa
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