Dois chimpanzés da Guiné-Bissau serão transferidos, na próxima quarta-feira (25), para o santuário Sweetwaters do Quénia com objectivo de os proteger da morte por parte da sua espécie após a convivência com os seres humanos
O processo para a transferência dos chimpanzés foi anunciado, esta segunda-feira (23), em conferência de imprensa conjunta entre o Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas (IBAP), a Direcção Geral da Floresta e Fauna, o União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) e a União Europeia (UE).
Na ocasião o embaixador da União Europeia no país, Victor Madeira dos Santos, alerta que cada animal que sai da Guiné-Bissau “é uma perda para o património genético do país”.
“Não é com o prazer que nós recuperamos os dois chimpanzés da Guiné-Bissau, nós estamos perfeitamente conscientes que vocês guineenses estão a perder qualquer coisa, a questão está em como impedir que a outra chimpanzé sai do seu habitat e queremos evitar a impunidade de aqueles que matam as famílias inteiras das animais para poderem transladar os bebes, e a única maneira para que isso não aconteça é criando consciência das populações do valor económico da biodiversidade e da vida selvagem da Guiné-Bissau”, sustenta.
O director geral do Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas, Justino Biai, explica que o chimpanzé depois de sair do seu habitat e conviver com os homens é totalmente impossível retorná-lo a floresta.
“Deixando o chimpanzé cá na Guiné-Bissau condenamo-lo a morte, porque não vai poder sobreviver neste cativeiro, por isso mesmo como há esta possibilidade de transferir estamos aproveitar”, informa.
Entretanto o chefe da União Internacional para a Conservação da Natureza igualmente antigo director geral do IBAP, Alfredo da Silva, garante que a operação de transferência dos dois chimpanzés é legal porque está prevista no testo da convenção da biodiversidade no capítulo da conservação do animal.
“O animal vai continuar a pertencer ao país da origem - neste caso a Guiné-Bissau”, assegura.
Entre as duas chimpanzés juvenis, uma se encontrava no Parque Natural das Lagoas de Cufada - em Buba e a outra estava sob a protecção do comando da Guarda Nacional (GN) de Mampata Forea – sul do país.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Braima Siga
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