sexta-feira, 14 de junho de 2024
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A Força Aérea francesa vai realizar vários exercícios na Ásia-Pacífico no verão, que têm como objetivo a "proteção de espaços soberanos, promoção do direito internacional e parcerias com países vizinhos", revelou hoje o Ministério das Forças Armadas.
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Por Lusa 14/06/24
França lança vários exercícios militares aéreos na Ásia-Pacífico no verão
A Força Aérea francesa vai realizar vários exercícios na Ásia-Pacífico no verão, que têm como objetivo a "proteção de espaços soberanos, promoção do direito internacional e parcerias com países vizinhos", revelou hoje o Ministério das Forças Armadas.
A 'Missão Pégase 24' irá decorrer entre 27 de junho e 15 de agosto e abrangerá três bases aéreas das Forças Armadas francesas na Nova Caledónia, na Polinésia Francesa e no sul do Oceano Índico, destacou o ministério, em comunicado.
Um total de treze países serão visitados no espaço de oito semanas, com os exercícios a envolverem caças Rafale e Eurofighter, A400M Atlas e A330 MRTT Phénix.
A operação prevê um "desdobramento conjunto dos países do Future Air Combat System SCAF" (avião de combate do futuro desenhado por França, Alemanha e Espanha), com mais de 200 pilotos em três exercícios distintos.
"Este sistema também poderá apoiar as nossas forças no exterior através de escalas na Nova Caledónia, Saint-Pierre e Miquelon e na Ilha da Reunião", sublinhou ainda o Ministério das Forças Armadas.
A Força Aérea francesa também vai participar num exercício de alta intensidade nos Estados Unidos (Alasca) e farão uma série de escalas e exercícios conjuntos no Canadá, Japão, Emirados Árabes Unidos, Singapura, Indonésia, Nova Zelândia, Malásia, Índia, Qatar, Egito e pela primeira vez nas Filipinas.
Outro destacamento será organizado com a Inglaterra, também com destino à Austrália, para um exercício entre estes aliados.
O "Indo-Pacífico", segundo o termo utilizado pela França, é uma vasta área que abrange os oceanos Índico e Pacífico, palco de crescentes tensões internacionais entre Pequim e Washington.
A França, com a força dos seus territórios ultramarinos, pretende desenvolver a sua presença nessa região, ao lado dos parceiros regionais e posicionar-se como uma "potência de equilíbrio" na região.
Em 2023, no entanto, os senadores publicaram um relatório no qual denunciavam "uma real inadequação de recursos às ambições francesas" na região.
Alguns milhares de soldados destacados do Jibuti, uma antiga colónia francesa, para a Polinésia parecem não ser suficientes para o poderio dos exércitos chinês e norte-americano, os dois principais intervenientes numa área que se estende desde a Índia e o Oceano Índico até ao Pacífico Sul.
Leia Também: Manifestações contra extrema-direita em França mobilizam 21 mil polícias
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse hoje que cerca de 700.000 soldados estão envolvidos atualmente na ofensiva na Ucrânia, que se iniciou em fevereiro de 2022.
© ALEXANDER KAZAKOV/POOL/AFP via Getty Images
Por Lusa 14/06/24
Putin diz estarem envolvidos 700 mil soldados na ofensiva contra Ucrânia
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse hoje que cerca de 700.000 soldados estão envolvidos atualmente na ofensiva na Ucrânia, que se iniciou em fevereiro de 2022.
"Temos quase 700.000 homens na área da operação militar especial", disse Putin, utilizando o termo oficial para caracterizar a guerra em curso, durante um encontro com soldados condecorados pelos seus feitos de armas, com transmissão televisiva.
Em dezembro, Putin tinha indicado que o número de tropas envolvidas era de 617.000.
Este anúncio surge no momento em que a Rússia lançou, em maio, uma vasta ofensiva na região de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia.
A Rússia não menciona as suas perdas humanas na ofensiva militar em solo ucraniano.
O último número conhecido, em setembro de 2022, era de 5.937 soldados mortos em combate, mas várias análises independentes, bem como as dos serviços secretos ocidentais, estimam que essas perdas são, pelo menos, da ordem das dezenas de milhares.
A Rússia tem vantagem no que diz respeito aos números na linha da frente, nomeadamente ao nível dos operacionais, enquanto a Ucrânia está a lutar para se mobilizar após mais de dois anos de combates mortais e devastadores.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, calculou as perdas militares do seu país em fevereiro em 31.000 mortos.
Vladimir Putin estabeleceu hoje uma capitulação de facto da Ucrânia como condição para as conversações com Kyiv, na véspera de uma cimeira na Suíça dedicada a formas de alcançar a paz, da qual a Rússia está excluída, enquanto Zelensky rejeitou o que considerou ser um "ultimato" ao estilo do líder do regime nazi Hitler.
A Rússia ocupa praticamente a totalidade do Lugansk e grandes porções da região do Donetsk, assim como partes de Zaporijia e de Kherson.
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.
Os aliados de Kyiv também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
O conflito, que já entrou no terceiro ano, provocou a destruição de importantes infraestruturas em várias áreas na Ucrânia.
Leia Também: Kyiv recebeu os corpos de 221 soldados ucranianos que participaram nas hostilidades em Donetsk, outros 25 mortos em Zaporijia e outros quatro em Lugansk. Os restantes quatro estavam em morgues na Rússia.
Dos 28 km de estrada terra batida, 18 já foram reabastecidos com financiamento da população local e a comunidade emigrada. Os restantes 10 km constituem a grande preocupação. Daí vem o apelo para conclusão das obras e minimizar o sofrimento do setor de Caio.
22 de Junho de 2024 - Evento solidário com o Centro Renascer de São Tomé na UCCLA
Evento solidário com o Centro Renascer de São Tomé na UCCLA
Vai decorrer, no dia 22 de junho, às 16 horas, o evento solidário com o Centro Renascer de São Tomé e Príncipe - Glávi (bonito) - nas instalações da UCCLA.
Moda, música e muitas surpresas não irão faltar.
A entrada é de 10€ para adultos e 2€ para as crianças. A receita do evento reverte a 100% para o Centro Renascer. IBAN com os dados bancários, caso queira proceder ao pagamento antecipadamente, ou ajudar na causa: PT50000700000037980388923
Venha ajudar e apoiar o Centro Renascer de São Tomé!
Centro Renascer:
"No dia 11 de fevereiro de 2021, dia de Nossa Senhora de Lurdes, abrimos as portas do Centro Renascer.
Este é um espaço que acolhe crianças vulneráveis do Bairro do Hospital e arredores. Tem como objetivos principais: o acompanhamento escolar, o suporte humano-espiritual e a ajuda alimentar.
Com estes auxílios acreditamos que, podemos incutir nestas crianças valores cívicos e morais, dando-lhes instrumentos académicos e humanos para enfrentarem a vida com sabedoria.
De momento o Centro acompanha 50 crianças, idade compreendida de 7-13 anos, cada uma com a sua história, traumas e potencialidades. No nosso humilde espaço, encontram abraços, afetos, pessoas que as compreendem, as amam e as ajudam a aliviar as suas feridas profundas.
A título de exemplos:
- temos 3 crianças que não são registadas/reconhecidas, existem mas é como se não existissem;
- duas, apesar de terem 6 anos ou mais, ainda não frequentam o ensino escolar;
- 70% destes miúdos não tem o nome do pai;
- 90% vive só com a mãe.
- algumas crianças apresentam experiências de vida graves que requerem de nós uma atenção especial.
Há crianças cuja mãe não sabe aonde o filho dorme e nem se importa com isso.
Amigos, infelizmente, há pais que não sabem ser pais, perderam ou nunca tiveram o sentido da responsabilidade e o dom de serem bons progenitores.
O Centro RENASCER funciona como ATL, de segunda a sexta-feira, das 7:30h às 16h.
Além de sessões de apoio escolar, formação humana, garantimos também um pequeno-almoço 8h, o almoço às 12:30h e um lanche, antes do encerramento diário.
Como é que conseguimos manter esta rotina? Através do sistema de apadrinhamento. Cada padrinho/madrinha, assumiu a responsabilidade de contribuir com um valor mensal para a caixa do RENASCER. Os mesmos têm a responsabilidade de acompanhar os afilhados, a nível humano e académico, até à entrada/saída da universidade.
Temos amigos do Centro que também vão dando o seu contributo monetário e alguns géneros alimentícios.
Mesmo a comunidade paroquial, aos 1° domingos de cada mês participa na sustentabilidade do Centro, na doação do valor simbólico de renúncias que faz. Há também um apoio do Sr. Bispo, Dom Manuel, através de ajudas que recebe e algumas são canalizadas para o nosso Centro.
Temos várias despesas, principalmente, o salário mensal de 5 colaboradores, a energia elétrica e a manutenção do espaço.
Cada dia que passa, há pais que nos batem à porta procurando um lugar para os seus filhos. Este auxílio é-lhes negado, porque o nosso espaço é muito limitado. Não temos meios suficientes para acolhê-los a todos.
Quero, aqui, agradecer profundamente ao serviço dos bombeiros que, quinzenalmente, abastece o nosso depósito de 8.000 litros de água.
Caríssimos Irmãos, este é o selo da Igreja Católica em todo mundo e São Tomé não foge à regra. Onde nós estamos preocupamo-nos com todos, principalmente com aqueles cujas vozes e clamores não são escutados nem valorizados.
Obrigado a todos vós que ides apoiando o nosso Centro e que vos doais diariamente para mantê-lo.
Se o grão de trigo não morrer dará muitos frutos.
Tudo para honra de Deus.”
Padre Fausto Matos (fundador e responsável pelo Centro Renascer)
Com os melhores cumprimentos,
Anabela Carvalho
Assessora de Comunicação | anabela.carvalho@uccla.pt
Avenida da Índia n.º 110, 1300-300 Lisboa, Portugal | Tel. +351 218 172 950 |
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Guiné-Bissau - Tabaski: Governo e Comissão da Lua falam em dias diferentes
Por Rádio Capital Fm
Bissau - (14.06.2024) - O Governo guineense considera “feriado” a segunda-feira, 17 de junho, alegando “coincidência” com a reza de tabaski.
No nota à imprensa, o governo, através do Ministério da Administração Pública, Emprego, Formação Profissional e Segurança Social, disse que em conformidade com a alínea h) do artigo n°1° do Decreto N°1/2023, de 18 de Janeiro, será observado como feriado, no dia 17 de Junho, com exceção aos serviços dos bombeiros, estabelecimentos sanitários, forças de ordem e militares, que deverão organizar-se em conformidade.
"Temos mais problemas com mulheres no poder do que com homens"
© MADS CLAUS RASMUSSEN/Ritzau Scanpix/AFP via Getty Images
Por Lusa 14/06/24
A primeira-ministra dinamarquesa afirmou hoje que as mulheres na política são criticadas devido ao seu género, na sua primeira aparição pública, uma semana após a agressão que sofreu.
"Temos mais problemas com as mulheres no poder do que com os homens no poder", afirmou Mette Frederiksen, 46 anos, num festival político na ilha oriental de Bornholm, que marcou o seu regresso às atividades públicas.
"Não tenho sido muito boa a falar de mim como mulher" na política, disse.
"Penso que algumas das críticas que Helle [Thorning-Schmidt, a primeira mulher a chefiar um governo na Dinamarca] e eu recebemos estão relacionadas com o nosso género", considerou Frederiksen.
Em 2019, aos 41 anos, tornou-se a mais jovem primeira-ministra do país escandinavo e manteve o cargo depois de o seu partido ter vencido as eleições gerais de 2022.
"Estive muito ocupada a cuidar de vós e do nosso país, que estava numa situação muito difícil, mas talvez não tenha sido tão boa a cuidar de mim própria", admitiu.
Na terça-feira, numa entrevista à televisão pública da RD, lamentou o endurecimento do tom das discussões políticas.
"Todos sabemos, independentemente do partido, que as fronteiras se deslocam dramaticamente, sobretudo desde o início da guerra no Médio Oriente", afirmou.
No dia 07 de junho, a chefe do Governo dinamarquês foi esmurrada enquanto caminhava no centro de Copenhaga.
O seu alegado agressor, um polaco de 39 anos, foi imediatamente detido e encontra-se desde então sob custódia. A polícia acredita que o ataque não teve motivações políticas.
Arábia Saudita: Grande peregrinação anual a Meca arranca sob um calor sufocante
© Getty Images
Por Lusa 14/06/24
A grande peregrinação anual muçulmana arrancou hoje em Meca e nos arredores, no oeste da Arábia Saudita, com fluxos de fiéis a chegarem ao gigantesco acampamento de Mina sob um calor sufocante.
De autocarro ou a pé, para os mais corajosos, os fiéis deixaram a cidade santa em direção a um vale dominado por montanhas rochosas, a poucos quilómetros da Grande Mesquita, onde uma cidade de lona se estende até onde a vista alcança.
"Deus é grande" ou "Deus, aqui estamos, respondendo ao teu apelo" eram algumas das frases entoadas por peregrinos vindos dos quatro cantos do mundo, tomados pela emoção, um dia antes do ponto alto deste evento religioso, que ocorre no Monte Arafat, segundo o relato das agências internacionais.
"Está muito, muito calor", disse Fahad Azmar, um paquistanês de 31 anos, enquanto o termómetro se aproximava dos 40 graus centígrados, devendo atingir os 44 centígrados, segundo as previsões oficiais.
"Mas estou grato a Deus por me ter dado a oportunidade de estar aqui", reforçou o peregrino.
O 'hajj', que este ano reúne mais de um milhão e meio de muçulmanos, consiste numa série de ritos ao longo de vários dias.
Depois de circundar sete vezes a 'Kaaba', a estrutura cúbica negra no coração da Grande Mesquita, os fiéis passam a noite em Mina, em tendas divididas de acordo com a nacionalidade e os recursos económicos.
Intisham el-Ahi, um paquistanês de 44 anos, partilha a sua tenda com dezenas de compatriotas.
"Devia haver um pouco mais de espaço entre as camas e o ar condicionado não funciona bem (...) mas o 'hajj' é sinónimo de paciência", considerou.
No exterior, foram instalados vaporizadores e os guardas de segurança iam borrifando os transeuntes com garrafas de água.
Prevê-se que o sábado seja um dia particularmente difícil para os peregrinos no Monte Arafat.
No ano passado, foram registados mais de 10.000 casos de doenças relacionadas com o calor durante o 'hajj', 10% dos quais foram insolação, de acordo com Mohammed al-Abdulali, porta-voz do Ministério da Saúde saudita.
Este ano, o 'hajj' decorre no contexto da guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza, e muitos peregrinos afirmaram estar a rezar pelos palestinianos.
"Os nossos irmãos estão a morrer, podemos vê-lo com os nossos próprios olhos", lamentou um peregrino.
A guerra foi desencadeada a 07 de outubro de 2023 por um ataque sem precedentes do Hamas contra Israel, que causou a morte de 1.194 pessoas e mais de duas centenas de reféns, de acordo com os números oficiais israelitas.
A retaliação israelita já matou mais de 37 mil pessoas na Faixa de Gaza em mais de oito meses de conflito, de acordo com o Ministério da Saúde do governo de Gaza liderado pelo Hamas.
Riade afirmou que pagará a peregrinação de 1.000 palestinianos de entre as famílias das vítimas da Faixa de Gaza, elevando para 20.00 o número total de peregrinos palestinianos que participarão no 'hajj' este ano.
O ministro do 'Hajj', Tawfiq al-Rabiah, advertiu que não serão toleradas manifestações políticas, uma vez que a peregrinação deve ser estritamente dedicada às orações.
O 'hajj' é um dos cinco pilares do Islão: os muçulmanos devem efetuar a peregrinação pelo menos uma vez na vida, se tiverem meios para tal.
As autorizações são atribuídas todos os anos pela Arábia Saudita, com base em quotas para cada país.
A organização do 'hajj' é uma fonte de legitimidade para a Arábia Saudita, cujo soberano detém o título de "guardião das duas mesquitas sagradas" de Meca e Medina.
Mas é também um grande desafio logístico para o reino, que recebeu mais de 1,8 milhões de peregrinos no ano passado, cerca de 90% dos quais vindos do estrangeiro.
O 'hajj' foi palco de várias tragédias, nomeadamente em 2015, quando uma enorme debandada causou 2300 mortos.
As autoridades efetuaram entretanto melhorias, nomeadamente na Grande Mesquita, cujas obras de ampliação deverão estar concluídas em 2025, e estão a recorrer a ferramentas de Inteligência Artificial para garantir a segurança e a boa circulação das multidões.
Putin: Cessar-fogo? Sim, se Kyiv abdicar da NATO e dos territórios ocupados
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Por Lusa 14/06/24
O Presidente russo, Vladimir Putin, prometeu hoje ordenar "imediatamente" um cessar-fogo na Ucrânia e iniciar negociações se Kyiv começasse a retirar as tropas das quatro regiões anexadas por Moscovo em 2022 e renunciasse aos planos de adesão à NATO.
"Assim que Kyiv (...) iniciar a retirada efetiva das tropas [das regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia], e assim que notificar que está a abandonar os seus planos de aderir à NATO, daremos imediatamente, neste preciso momento, a ordem para cessar-fogo e iniciar as negociações", disse Putin aos funcionários do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.
Estas reivindicações constituem uma exigência de facto para a rendição da Ucrânia, cujo objetivo é manter a sua integridade territorial e soberania, mediante a saída de todas as tropas russas do seu território, além de Kyiv pretender aderir à aliança militar.
A Ucrânia não comentou de imediato a proposta de Putin.
Putin disse que a sua proposta tem como objetivo uma "resolução final" do conflito na Ucrânia, em vez de "congelá-lo", e sublinhou que o Kremlin está "pronto para iniciar negociações sem demora".
O líder russo enumerou como exigências mais amplas para a paz o estatuto não nuclear da Ucrânia, restrições à sua força militar e a proteção dos interesses da população de língua russa no país. Todas estas exigências deveriam fazer parte de "acordos internacionais fundamentais" e todas as sanções ocidentais contra a Rússia deveriam ser levantadas, afirmou Putin.
"Estamos a insistir para que se vire esta página trágica da história e se comece a restaurar, passo a passo, a unidade entre a Rússia e a Ucrânia e na Europa em geral", disse.
Estes comentários surgem quando os líderes do G7, principais países industrializados, se reúnem em Itália, num encontro em que participou o Presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, e na véspera da Cimeira da Paz, organizada pela Suíça, que vai reunir neste fim de semana dezenas de líderes mundiais - mas não de Moscovo - para tentar traçar os primeiros passos para a paz na Ucrânia.
Putin criticou a iniciativa suíça, considerando-a uma "manobra para desviar a atenção de todos" dos verdadeiros responsáveis pelo conflito, que, na sua opinião, são o Ocidente e as autoridades de Kyiv.
"A este respeito, gostaria de sublinhar que sem a participação da Rússia e sem um diálogo honesto e responsável connosco, é impossível alcançar uma solução pacífica na Ucrânia e para a segurança da Europa em geral", insistiu o Presidente russo.
Os comentários de Putin representaram uma rara ocasião em que expôs claramente as suas condições para pôr fim à guerra na Ucrânia, mas não incluíram quaisquer novas exigências. O Kremlin já disse anteriormente que Kyiv deve reconhecer as suas conquistas territoriais e desistir da sua candidatura à NATO.
Vladimir Putin proclamou a anexação das quatro regiões do leste e do sul da Ucrânia em setembro de 2022, para além da anexação da Crimeia em 2014.
O líder russo especificou que a Ucrânia deve entregar todos estes territórios à Rússia, apesar de Moscovo apenas os ocupar parcialmente.
Leia Também: Putin considera "um roubo" a utilização de ativos russos congelados
Leia Também: A Ucrânia desvalorizou hoje a proposta do presidente russo, que prometeu iniciar negociações de paz se Kyiv se retirar de quatro regiões e abdicar de aderir à NATO, com o conselheiro da Presidência ucraniana a classificá-la como "contrária ao bom senso".
Presidente cabo-verdiano convida Papa Francisco para visitar arquipélago
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Por Lusa 14/06/24
O presidente
cabo-verdiano convidou hoje o Papa Francisco para visitar o arquipélago
durante as comemorações dos 500 anos da diocese de Santiago, anunciou
numa mensagem, após um encontro com o líder da Igreja Católica, no
Vaticano.
"Reiterei o convite para que visite as ilhas, no quadro das comemorações dos 500 anos da criação da Diocese de Santiago de Cabo Verde", escreveu José Maria Neves.
As comemorações prolongam-se até 2033.
Por outro lado, tal como já havia referido na quinta-feira, o chefe de Estado deu conta do "desejo de beatificação de Manuel Costa Ríos, mais conhecido por negro Manuel, que partiu de Cabo Verde para Argentina, no século XVII, e se tornou guardião de um santuário na localidade de Luján".
O Presidente cabo-verdiano descreveu o encontro de hoje com o Papa Francisco numa mensagem no Facebook.
"Foi um encontro luminoso. Falámos sobretudo da paz e da fraternidade no mundo, da liberdade de espírito e da dignidade da pessoa humana. O Santo Padre referiu-me Cabo Verde, com um misto de emoção, orgulho e profundo respeito", descreveu.
O Papa Francisco "tem sido uma liderança inspiradora e tem abordado com grande sapiência e magnanimidade as questões mais candentes da atualidade como as guerras geo-estratégicas, as mudanças climáticas, a pobreza, as desigualdades e as migrações", acrescentou.
José Maria Neves foi recebido "exatamente 10 anos depois" da última reunião entre ambos, também no Vaticano, enquanto primeiro-ministro, para troca dos instrumentos de Ratificação do Acordo Jurídico assinado entre Cabo Verde e Santa Sé, em junho de 2013.
O encontro de hoje esteve enquadrado numa visita que o chefe de Estado realiza a Itália, até segunda-feira.
O chefe de Estado tem ainda na agenda outros encontros ao nível da cooperação bilateral e visitas a comunidades cabo-verdianas em Roma e Nápoles.
Leia Também: O primeiro-ministro cabo-verdiano vai participar na Conferência para a Paz na Ucrânia, este fim-de-semana, na Suíça, onde terá também um encontro bilateral com o seu homólogo do Canadá, anunciou hoje o Governo.
O Tribunal de Estado do Níger levantou hoje a imunidade do Presidente deposto Mohamed Bazoum, abrindo caminho para um possível julgamento do homem que foi derrubado por um golpe militar em julho de 2023.
© Reuters
Por Lusa 14/06/24
Tribunal nigeriano ordena levantamento da imunidade de Presidente deposto
O Tribunal de Estado do Níger levantou hoje a imunidade do Presidente deposto Mohamed Bazoum, abrindo caminho para um possível julgamento do homem que foi derrubado por um golpe militar em julho de 2023.
"O Tribunal ordena o levantamento da imunidade de Mohamed Bazoum", declarou Abdou Dan Galadima, presidente do mais alto tribunal do Níger, criado em novembro de 2023 pelo regime militar.
As autoridades de Niamey acusam o Presidente deposto de conspiração para minar a autoridade ou a segurança do Estado", traição, apologia do terrorismo e financiamento do terrorismo.
Desde o golpe de Estado de 26 de julho de 2023, Mohamed Bazoum está detido na residência presidencial com a mulher.
No final da audiência, Ould Salem Mohamed, um dos advogados de Bazoum, disse que tinha "tomado nota da decisão" e que o grupo de advogados do ex-Presidente iria fazer uma declaração "em breve".
Bazoum é acusado de ter falado ao telefone com o Presidente francês, Emmanuel Macron, e com o Secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, para lhes pedir que o apoiassem "através de uma intervenção armada" durante o golpe de Estado.
É também acusado de ter afirmado "ter libertado terroristas e de os ter recebido na presidência".
A audiência de hoje foi adiada duas vezes, depois de os advogados de Bazoum terem denunciado uma série de obstáculos ao direito de defesa.
Em dezembro, o Tribunal de Justiça da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) exigiu a libertação de Bazoum.
O pedido não foi atendido e, em janeiro, o Níger abandonou a CEDEAO, organização da África Ocidental que tinha sancionado o Níger após o golpe de Estado, antes de levantar as sanções a 24 de fevereiro.
Luta contra a mutilação genital feminina está em perigo, alerta ONU
A luta contra a mutilação genital feminina está ameaçada pela prática de enviar raparigas para países que não a proíbem, alertaram hoje as Nações Unidas, apelando à comunidade internacional para reagir contra esta prática.
Embora muitos Estados estejam a esforçar-se para erradicar a mutilação genital feminina, continua a ser realizada em todo o mundo, em parte devido à “natureza clandestina” desses movimentos transfronteiriços que contornam as proibições, afirmou o Alto-Comissariado dos Direitos Humanos da ONU num relatório hoje divulgado.
Segundo o Alto-Comissariado, “esse fenómeno, difícil de quantificar, afeta particularmente as raparigas que vivem na Europa ou nos Estados Unidos, muitas vezes durante as férias escolares, mas outras regiões também são afetadas”.
Embora a “mutilação genital feminina transfronteiriça” sempre tenha existido, um dos fatores que agora favorece esse movimento em África é a diferença de legislação entre os países, explicou o relatório, sublinhando que a maioria dos países do continente já criminaliza essa prática.
“A mutilação genital feminina faz parte de uma violência continuada baseada no género e não tem lugar num mundo que respeita os direitos humanos”, declarou o Alto-Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, num comunicado.
Türk apelou aos Estados para "garantirem a adoção de uma abordagem global concertada" para enfrentar as causas e consequências dessa prática, "em particular harmonizando os seus quadros jurídicos e políticos (…) se quiserem realmente respeitar os seus compromissos de acabar com esta prática prejudicial em todos os lugares”.
As raparigas são, em alguns casos, levadas para países que funcionam como “centros transnacionais de mutilação genital feminina”, denunciou a ONU, sem especificar que nações.
Türk também apelou aos países para que reforcem a recolha de dados, embora enfatize que a natureza clandestina destes movimentos os torna difíceis de quantificar. As estatísticas são particularmente deficientes no Médio Oriente e na Ásia.
De acordo com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), mais de 200 milhões de raparigas e mulheres - que ainda estão vivas - foram submetidas à mutilação genital. Em 2024, estima-se que 4,3 milhões de raparigas estão a correr o risco de serem afetadas.
“Se a prática continuar ao ritmo atual, estima-se que 68 milhões de raparigas terão sido submetidas à mutilação genital feminina entre 2015 e 2030”, indicou o Alto-Comissariado.
Segundo o relatório, existem 600 mil mulheres na União Europeia (UE) que foram submetidas à mutilação genital feminina e 190 mil jovens estão expostas a este risco.
Alunos portugueses são dos que têm mais férias de verão na Europa
Ensino científico. Estudantes a bordo do Santa Maria Manuela ao largo de Cascais. 9 outubro 2022. Patrícia de Melo Moreira/AFP via Getty Images
Por CNN Portugal, 14/06/2024
REVISTA DE IMPRENSA || Estudantes portugueses entre os que têm mais férias de verão na Europa
Os alunos portugueses são dos estudantes da Europa com mais férias de verão. De acordo com o Jornal de Notícias, que cita um relatório da Agência Europeia para a Educação e Cultura, na maioria dos países europeus, os alunos têm entre oito a 12 semanas de férias de verão e voltam às aulas em setembro.
Esta sexta-feira, os alunos do 5.º ao 10.º anos entram de férias, naquela que é uma das pausas mais longas na Europa - três meses - e que se deverá manter nos próximos quatro anos.
Já os alunos do 9.º, 11.º e 12.º terminaram as aulas a 4 de junho uma vez que têm provas de final de ciclo e exames nacionais.
Os alunos portugueses que terminam as aulas mais tarde são os do 1.º ciclo e os do pré-escolar, para quem as férias só começam a 28 de junho.
Atualmente, as férias longas são três meses, dependendo do nível de ensino. Os alunos do 9.º, 11.º e 12.º terminaram as aulas a 4 de junho. Mas ainda não guardaram os livros: decorre a 1.ª fase das provas finais de ciclo e começa hoje a dos exames nacionais do secundário.
Segundo o Jornal de Notícias, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação já propôs um calendário para os anos letivos de 2024/2025 a 2027/2028 - que está em consulta pública - e mantém as férias de Natal, Carnaval, Páscoa e verão.
Este ano, as aulas deverão arrancar entre 12 e 16 de setembro.
Leia Também: Os exames nacionais do ensino secundário começam hoje com a prova de Português do 12.º ano, a disciplina com mais alunos inscritos, e a de Mandarim para os estudantes do 11.º ano.
Aborto: Brasileiras manifestam-se contra proposta de equiparar aborto a homicídio
© Lusa
Por Lusa 14/06/24
Centenas de mulheres brasileiras saíram às ruas de São Paulo e do Rio de Janeiro para protestar contra um projeto de lei para restringir o aborto, que após as 22 semanas seria tratado como homicídio.
Em São Paulo, o protesto de quinta-feira marchou pela Avenida Paulista, uma das principais artérias da maior cidade do Brasil, com gritos contra Arthur Lira, o presidente da Câmara dos Deputados.
Horas antes, a maioria conservadora da câmara baixa do parlamento brasileiro aprovou debater em regime de urgência a proposta, que estabeleceria penas semelhantes às previstas para o crime de homicídio para a interrupção de gravidez depois de 22 semanas, mesmo em caso de violação.
O caráter de urgência do debate, aprovado pela maioria conservadora da câmara baixa, vai permitir que o projeto de lei tramite mais rapidamente e siga diretamente para o plenário da câmara dos deputados.
Lira disse ao jornal O Globo que o projeto será modificado para preservar os casos já protegidos por lei e que, apesar do carácter de urgência, "será amplamente debatido" pelos deputados, dos quais apenas 17,7% são mulheres.
Na maioria dos cartazes das manifestantes em São Paulo podia ler-se: "Se os homens engravidassem, o aborto seria legal", "aborto legal agora".
No Brasil, de acordo com a legislação atual, o aborto só é legal em casos de violação, risco de morte para a mãe ou em caso do feto ser anencéfalo (malformação do sistema nervoso central em que há ausência parcial do cérebro).
No Rio de Janeiro, centenas de manifestantes concentraram-se em frente da Câmara Municipal. Um grupo de mulheres trouxe flores e um pequeno caixão para o protesto em sinal de luto.
A proposta de alteração ao Código Civil foi apresentada pelo deputado Sóstenes Cavalcante, do Partido Liberal (direita conservadora), do ex-presidente Jair Bolsonaro, e conta com o apoio das influentes igrejas evangélicas.
"O Presidente [Luiz Inácio Lula da Silva] mandou uma carta aos evangélicos na campanha dizendo ser contra o aborto. Queremos ver se ele vai vetar. Vamos testar Lula", disse, antes da votação, Sóstenes Cavalcante.
O Governo de Lula da Silva condenou veementemente a iniciativa. "É muito grave; um retrocesso nos direitos das mulheres", afirmou na quinta-feira, nas redes sociais, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.
De acordo com o projeto de Cavalcante, se o aborto for realizado após 22 semanas de gestação, será considerado "homicídio simples", para o qual a lei prevê penas que variam entre seis e 20 anos de prisão.
A proposta argumenta que essa classificação deve ser aplicada mesmo nos casos em que a gravidez é resultado de violação, o que gerou uma onda de protestos de alguns setores da esquerda brasileira e de membros do Governo brasileiro.
Leia Também: O Supremo Tribunal dos Estados Unidos decidiu unanimemente, esta quinta-feira, que o acesso à pílula abortiva mifepristona permanecerá inalterado. A vitória para os grupos defensores do direito ao aborto determina, assim, que o medicamento continue a ser enviado aos pacientes sem uma consulta prévia.
Milhões, acordos e garantias: Dia em cheio para Zelensky. Rússia ameaça... Presidente ucraniano celebrou acordos, ainda, com o Japão e os EUA. Teve também algumas garantias da China.
© Reuters/Alessandro Garofalo
Por Notícias ao Minuto 14/06/24
O G7 alcançou um acordo provisório para conceder à Ucrânia um empréstimo de cerca de 46.000 milhões de euros. O valor será financiado com juros gerados pelos ativos do banco central russo congelados na União Europeia (UE).
O acordo provisório foi alcançado pelos negociadores dos países do bloco - conhecidos como 'sherpas' -, na manhã de quinta-feira. Depois disso, ficou em standbye à espera de ser aprovado formalmente por cada um dos líderes. Algo que não demorou muito a acontecer.
A primeira-ministra de Itália, Giorgia Meloni, cujo país assume a presidência rotativa do grupo dos sete países mais ricos do mundo, foi quem confirmou o acordo.
"Confirmo que chegámos a um acordo político para fornecer apoio financeiro adicional à Ucrânia", disse Meloni numa declaração oficial no final do primeiro dia da reunião dos líderes do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, mais a União Europeia).
A reação mais esperada, como seria de esperar, era do principal rosto da resistência ucraniana, Volodymyr Zelensky, que nas redes sociais congratulou-se com a boa nova.
"Apoio inequívoco à Ucrânia, ao direito internacional e a uma paz justa. Todos os dias reforçamos as nossas posições e a nossa defesa da vida. Cada reunião serve o objetivo de dar à Ucrânia novas oportunidades de vitória. Estou grato a todos os nossos parceiros", escreveu.Reações internacionais
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, considerou, por seu turno, que este apoio é uma "sinal forte à Ucrânia" no conflito com a Rússia e garantiu que "vamos apoiar Kyiv na sua luta pela liberdade durante o tempo que for necessário".
Já o alemão Olaf Scholz deixou um recado a Vladimir Putin considerando que este apoio é uma prova inequívoca de que a UE está empenhada no seu apoio à Ucrânia e em fazer frente à Rússia.
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, elogiou o acordo, mas defendeu a necessidade de fundos específicos para apoio militar.
"A NATO propõe um compromisso financeiro mínimo de 40 mil milhões de euros por ano, centrado exclusivamente no apoio militar, o que permitirá manter o nível de apoio mútuo que temos prestado até agora", afirmou Stoltenberg, acrescentando que essa solução proporcionará "previsibilidade e maior responsabilidade", uma vez que tem havido casos em que os aliados assumem compromissos e depois não os cumprem.
Do Japão e dos EUA também vieram boas notícias
No mesmo dia, também o Japão acordou financiar a Ucrânia em 4.500 milhões de dólares (cerca de 4.173 milhões de euros) este ano, no âmbito de um acordo sobre segurança e cooperação bilateral assinado entre os dois países.
Notícias ao Minuto Zelensky com o primeiro-ministro do Japão© Getty Images/Ukrainian Presidency / Handout/Anadolu
Este é o primeiro acordo que a Ucrânia assina com um parceiro fora da Organização do Tratado Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês) e foi assinado à margem da cimeira do G7.
"O documento estabelece as principais orientações do apoio, a longo prazo, do Japão, no domínio da segurança e defesa, ajuda humanitária, recuperação e reconstrução", segundo uma nota da Presidência ucraniana.
Também à margem da cimeira, os Estados Unidos assinaram um acordo de segurança por dez anos com a Ucrânia. compromete os Estados Unidos a realizar consultas ao mais alto nível com Kyiv no prazo de 24 horas se a Ucrânia for novamente atacada no futuro, para "determinar os próximos passos e as necessidades adicionais de defesa".
Notícias ao Minuto Zelensky e Biden© Getty Images/Ukrainian Presidency / Handout/Anadolu
O dia não acabou sem que o presidente ucraniano recebesse, ainda, garantias da China. Segundo anunciou o próprio, o seu homólogo chinês, Xi Jinping, garantiu-lhe que Pequim não venderá armas à Rússia, um reconhecido aliado chinês.
"Veremos. Deu-me a sua palavra", afirmou Zelensky.
Ameaça russa contra Bruxelas
Ao final da noite, a Rússia ameaçou a União Europeia (UE) com medidas "extremamente dolorosas", após o acordo do G7 sobre um empréstimo à Ucrânia a ser financiado pelos juros dos bens do Banco Central russo congelados em território comunitário.
"Na Rússia, existem propriedades e bens europeus suficientes, e a inevitável retaliação russa será extremamente dolorosa para Bruxelas", advertiu a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, acrescentando, ainda, que "destinar fundos, na prática, roubados à Rússia para a aventura militar do regime de Kyiv e dos seus patrocinadores é criminoso e cínico".
O empréstimo, no valor de cerca de 46 mil milhões de euros, chegará à Ucrânia antes do final deste ano.
Leia Também: O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou que o acordo hoje alcançado na cimeira do G7 sobre a utilização de bens russos congelados para ajudar a Ucrânia demonstra ao Presidente russo, Vladimir Putin, o não-recuo do Ocidente.
Si Npabi Kabi i presidente ilegal di CNE, anta vitória de eleison di 4 junho de 2023 de PAI TERRA RANKA i ilegal tambe! ...
Por Estamos a Trabalhar
PAIGC npés ku si claqueiros ka tene ninguém di nível tanto académico, intelectual e credibilidade suma Npabi Kabi
Si Npabi Kabi i presidente ilegal di CNE, anta vitória de eleison di 4 junho de 2023 de PAI TERRA RANKA i ilegal tambe!
És kusa tem ku kaba na Guiné, kim ku tene opinião ku ka agrada claque ku turma di dito intelectuais de PAIGC abo logo i alvo a bater i buta transformado na um monstro di sociedade. Aliás, kim di PAIGC ku si ditos intelectuais, ku pudi dúvida di nível des pursor di faculdade di Direito?
Anta Npabi ku bai miti queixa na STJ otcha PAIGC ku si candidato-zinhu sutadu di forma vergonhoso pa General Umaro Sissoco Embalo, na eleição Presidencial? Boka odja Kuma ku verdadeiros democratas ta age? Eleição legislativa di ano passado kim ku nega resultado? És narrativa di fala djintis cumpradu pirdi dja ngoma
quinta-feira, 13 de junho de 2024
Presidente da República Desloca-se a Bahamas para Participar na 31ª Reunião Anual do Afreximbank.
EUA assinam acordo de segurança por dez anos com Kyiv
© Reuters
Por Lusa 13/06/24
Os Estados Unidos assinaram hoje um acordo de segurança por dez anos com a Ucrânia, à margem da cimeira do G7 (grupo das sete maiores economias do mundo e União Europeia), no sul de Itália.
"Hoje, os Estados Unidos expressam um forte sinal do seu firme apoio à Ucrânia", anunciou o Governo do Presidente norte-americano, Joe Biden, num comunicado divulgado pouco antes da cerimónia de assinatura do acordo, entre Biden e o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, convidado a participar na cimeira do G7 na estância balnear de Bari.
Num púlpito azul com as bandeiras dos Estados Unidos e da Ucrânia, Biden e Zelensky assinaram perante a comunicação social o documento e, no final, apertaram as mãos.
O texto do pacto compromete os Estados Unidos a realizar consultas ao mais alto nível com Kyiv no prazo de 24 horas se a Ucrânia for novamente atacada no futuro, para "determinar os próximos passos e as necessidades adicionais de defesa".
Embora pretenda enviar um sinal de forte apoio de Washington a Kyiv, o acordo poderá, no entanto, ser abandonado por futuros líderes norte-americanos, sendo que as próximas eleições presidenciais nos Estados Unidos são já em novembro e o adversário Republicano a Biden será, quase certamente, o ex-presidente Donald Trump.
Zelensky agradeceu aos Estados Unidos o acordo de segurança e a ajuda militar, disse que o pacto abrirá caminho para uma integração na NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental), mas acrescentou: "A questão é agora saber quanto tempo durará".
Segundo anunciou a Casa Branca na quarta-feira, o acordo bilateral de segurança entre Washington e Kyiv não envolverá diretamente as tropas norte-americanas na defesa da Ucrânia contra a invasão russa -- uma linha vermelha traçada por Biden, que teme ser arrastado para um conflito direto entre as potências com armas nucleares.
O conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, indicou que o acordo prevê o fornecimento de armamento e assistência à Ucrânia, à semelhança dos acordos assinados por Kyiv com outros aliados.
"Qualquer paz duradoura na Ucrânia deve assentar na sua própria capacidade para defender-se", sublinhou Sullivan.
Também na quarta-feira, Kyiv reagiu com satisfação ao anúncio da assinatura do acordo bilateral de segurança entre os Estados Unidos e a Ucrânia.
"Percorremos um longo caminho na nossa cooperação com os Estados Unidos, e toda a equipa fez um excelente trabalho para tornar possível este acordo", declarou o chefe do gabinete presidencial ucraniano, Andrii Yermak.
Sullivan classificou o acordo como uma ponte para o momento em que a Ucrânia for convidada para aderir à NATO -- uma prioridade de longa data de Zelensky que, seguindo uma condição imposta pelos aliados, exigirá antes o fim da guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
A cimeira do G7 deste ano ocorre três anos depois de Biden ter declarado, na sua primeira reunião, que o seu país estava de regresso como líder global, após as perturbações nas alianças ocidentais que ocorreram quando o Republicano Donald Trump estava na Casa Branca.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os dois beligerantes mantêm-se irredutíveis nas suas posições territoriais e sem abertura para cedências negociais.
Os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.
Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas têm-se confrontado com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais.
A Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA) declarou hoje que o Irão continua a expandir as suas capacidades nucleares, uma semana após aprovada pelo seu Conselho de Governadores uma resolução criticando a falta de cooperação de Teerão.
© ALEX HALADA/AFP via Getty Images
Por Lusa 13/06/24
Irão continua a aumentar as suas capacidades nucleares, denuncia AIEA
A Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA) declarou hoje que o Irão continua a expandir as suas capacidades nucleares, uma semana após aprovada pelo seu Conselho de Governadores uma resolução criticando a falta de cooperação de Teerão.
A AIEA informou hoje os seus membros de que Teerão lhe comunicou estar a instalar mais estruturas para enriquecimento de urânio nas instalações de Natanz e Fordow, segundo um comunicado da agência especializada da ONU.
Uma fonte diplomática considerou este desenvolvimento "moderado".
A moção apresentada pelo Reino Unido, França e Alemanha, com a oposição da China e da Rússia, na reunião do Conselho da AIEA, composto por 35 países, foi a primeira do género desde novembro de 2022.
A resolução, que Teerão classificou como "precipitada e imprudente", surgiu num momento de impasse sobre a escalada das atividades nucleares do Irão e entre os receios das potências ocidentais de que Teerão esteja a tentar criar uma arma nuclear, o que o Irão nega.
Embora de natureza simbólica nesta fase, a moção de censura visa aumentar a pressão diplomática sobre o Irão, com a possibilidade de remeter a questão para o Conselho de Segurança da ONU.
No passado, resoluções semelhantes levaram Teerão a retaliar, retirando câmaras de vigilância e outros equipamentos das suas instalações nucleares e intensificando as atividades de enriquecimento de urânio.
Segundo a AIEA, o Irão é o único Estado não-detentor de armas nucleares a enriquecer urânio até ao elevado nível de 60% - próximo do grau de qualidade militar -, enquanto continua a acumular grandes reservas de urânio.
A AIEA declarou que Teerão acelerou consideravelmente o seu programa nuclear e dispõe agora de material suficiente para produzir várias bombas atómicas.
A República Islâmica tem vindo gradualmente a quebrar os compromissos assumidos no âmbito do acordo nuclear assinado com as potências mundiais em 2015.
Esse acordo histórico permitiu o levantamento das sanções económicas ocidentais ao Irão em troca da limitação do seu programa nuclear a fins pacíficos, mas começou a deteriorar-se após a retirada unilateral dos Estados Unidos em 2018, sob a presidência de Donald Trump, que reimpôs as sanções a Teerão.
Leia Também: Medvedev denunciou que Washington e os seus aliados declararam uma "guerra sem regras" a Moscovo, sublinhando que "é necessário tentar causar todos os dias o máximo de dano aos países que impuseram estas restrições" à Rússia e seus cidadãos, insistindo em impor "danos onde se possam causar danos".
Embaixador de Portugal na Guiné-Bissau fala sobre o serviço consular para obtenção do visto de entrada para Portugal.
Zelensky agradece atribuição de 50 mil milhões de dólares pelo G7
© Lusa
Por Lusa 13/06/24
A cimeira do grupo dos sete países mais ricos do mundo (G7) deu um apoio claro à Ucrânia com um pacote de 50 mil milhões de dólares, anunciou na rede social X o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
"Cimeira do G7. Apoio inequívoco à Ucrânia, ao direito internacional e a uma paz justa", afirmou o líder ucraniano, publicando uma foto com os líderes mundiais durante o encontro, que decorre em Itália.
"Todos os dias reforçamos as nossas posições e a nossa defesa da vida", afirmou.
O pacote de apoio de 50 mil milhões de dólares (46,3 mil milhões de euros) será financiado pelos juros sobre os ativos russos congelados.
"Cada reunião serve o objetivo de dar à Ucrânia novas oportunidades de vitória. Estou grato a todos os nossos parceiros", acrescentou ainda Zelensky.
A primeira-ministra de Itália, Giorgia Meloni, cujo país assume a presidência rotativa do G7, confirmou entretanto este acordo.
"Confirmo que chegámos a um acordo político para fornecer apoio financeiro adicional à Ucrânia", disse Meloni numa declaração oficial no final do primeiro dia da reunião dos líderes do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, mais a União Europeia).
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, considerou, por seu turno, que este apoio é uma "sinal forte à Ucrânia" no conflito com a Rússia.
"Vamos apoiar Kiev na sua luta pela liberdade durante o tempo que for necessário", prometeu a responsável europeia, salientando que a medida constitui uma tomada de posição perante Moscovo.
"É também um sinal forte para [Presidente russo, Vladimir] Putin: ele não pode ganhar", acrescentou, recordando que além desta verba existem "50 mil milhões de euros de ajuda da União Europeia (UE) e 60 mil milhões de euros de ajuda dos Estados Unidos".
Também presente na reunião do G7, o chanceler alemão, Olaf Scholz, qualificou de "histórica" a decisão e um "sinal claro para o Presidente russo" do empenho da UE.
Quando a Rússia invadiu a Ucrânia, em fevereiro de 2022, os Estados Unidos, a UE e os seus aliados bloquearam 260 mil milhões de euros de fundos do banco central russo em todo o mundo, a maior parte dos quais estão depositados em instituições financeiras na Europa.
Perante as crescentes necessidades financeiras da Ucrânia, o G7 argumenta que a reconstrução do país e a compra de armas, entre outras necessidades, podem ser financiadas com os lucros gerados pelos ativos russos enquanto estiverem imobilizados em diferentes bancos.
Também o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, elogiou o acordo, mas defendeu a necessidade de fundos específicos para apoio militar.
"A NATO propõe um compromisso financeiro mínimo de 40 mil milhões de euros por ano, centrado exclusivamente no apoio militar, o que permitirá manter o nível de apoio mútuo que temos prestado até agora", afirmou Stoltenberg, acrescentando que essa solução proporcionará "previsibilidade e maior responsabilidade", uma vez que tem havido casos em que os aliados assumem compromissos e depois não os cumprem.
Para Stoltenberg, se a NATO implementar uma contribuição deste tipo, será possível "medir, avaliar e comparar" os diferentes tipos de apoio.
Para tal, propôs que os países baseassem as suas contribuições no seu Produto Interno Bruto (PIB), com os Estados Unidos a garantirem 50% (representando 50% do PIB conjunto dos países da NATO) e o Canadá e os aliados europeus os outros 50%.
O objetivo é, frisou o representante, "evitar aquilo a que assistimos nos últimos meses, com atrasos graves na entrega do apoio militar, que criaram grandes problemas aos ucranianos no campo de batalha".
Stoltenberg disse ainda que espera que os aliados aprovem na sexta-feira este plano para que a NATO centralize ainda mais a gestão da ajuda militar e a formação dos soldados ucranianos.